quarta-feira, 18 de março de 2009

Xenon: vale a pena usar?

Neste fim de semana que passou fiz uma viagem com a Silvana até São Pedro da Aldeia, Região dos Lagos fluminense. Parte da viagem foi feita durante a noite e quem conhece a Via Lagos sabe que a estrada corta morros e campos, ficando relativamente afastada dos aglomerados urbanos das cidades que se localizam na Região.

Como a noite estava nublada e devido ao pouco movimento na estrada tivemos vários quilometros de escuridão onde pude avaliar bem os faróis das motos.

A Fat usa capa de farol que vem de série na Road King, a popular "cabeça de touro" e fiz a opção de continuar usando o farol padrão americano sealed beam. Para quem não sabe o que é um farol sealed beam, esse farol é do tipo que a lâmpada do farol é o próprio globo ótico como alguns carros mais antigos (Opalas, Chevettes, Brasílias), diferente dos faróis mais atuais onde se troca a lâmpada (padrão H4) e mantém-se o globo ótico no lugar.

A FX usa o farol original da Fat, que troquei quando instalei a "cabeça de touro", e uma lâmpada super branca Crystal Vision da Phillips. Essa lâmpada tem uma luz mais branca, diferente da coloração amarelada das lâmpadas originais das Harleys e muitos a confundem com o farol com lâmpada Xenon.

Sempre achei que o farol sealed beam seria uma limitação no uso noturno em estrada, mas isso não aconteceu. Esse farol teve potência suficiente para iluminar uma faixa de quatro metros a frente e o acabamento da "cabeça de touro" direcionava o facho de forma a concentrar a luz exatamente a frente, sem tanta iluminação lateral ou para cima.

Já o farol da FX foi uma confirmação do que já esperava: boa potência aliado ao globo ótico maior demonstrou grande capacidade de iluminação (estimo em algo perto de dobro do farol sealed beam) com foco tanto para frente quanto para os lados e para cima.

Como o farol de Xenon encontra-se proibido (não se sabe até quando), inclusive tive um pequeno problema em vistoria de licenciamento na Fat de um amigo (foi preciso argumentar que não era Xenon e sim uma incandescente super branca para que a moto fosse aprovada), fica a dúvida entre adotar faróis auxiliares em lugar do farol de Xenon.

Alguns amigos dos biduzidos dizem que a melhora, mesmo em relação aos faróis auxiliares, é tremenda, mas ainda não pude comprovar.

Achei os faróis originais, ainda mais se forem incrementados com as lâmpadas super brancas, muito bons e acho que os faróis auxiliares compõem bem o estilo clássico das HDs, ao contrário da iluminação quase fluorescente das lâmpadas Xenon.

Se começar o hábito de viajar durante a noite estou inclinado a adotar os auxiliares com lâmpadas super brancas e evitar o aborrecimento com a fiscalização do Xenon.

Para finalizar, parabéns a Silvana que passou por mais um batismo: viajar a noite. A cada quilomêtro rodado ela enfrenta novas experiências e faz valer a máxima que para andar bem de moto é preciso fazer quilomêtros com ela.

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