quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Salão Duas Rodas - marcas americanas

A Indian é praticamente vizinha da HD e dessa forma o fundo da exposição está tomado pelos fãs do segmento custom, e no meio das duas encontra-se a BMW que busca seus clientes dentro desse segmento.

Entrando no stand da Indian vemos a linha 2017 em exposição (Springfield, Chief Classic e Roadmaster). A Scout está no lado oposto do stand junto com a novidade Scout Bobber. A Scout Bobber é uma Scout com algumas modificações que a diferenciam do modelo standard, mas traz o mesmo pacote mecânico.

O destaque da Indian são as novas Dark Horse (Chief e Chieftain) e chama a atenção a Chieftain  Dark Horse porque a roda dianteira estava descoberta ao adotarem o para-lama aberto. Gostei.

Do lado da Harley-Davidson temos casa cheia e muita gente de olho nas Softail e dificultando o acesso às motos, mas fiz o as test em todos os modelos expostos (a Deluxe não estava presente).

De cara um incômodo para quem gosta de andar de bermuda: o M8 é mais largo e a batata da perna esquerda encosta naturalmente na tampa da primária. Vai ser preciso se acostumar a abrir a perna quando parar a moto no sinal e deve causar desconforto no trânsito pesado, não só pela posição, mas também pelo calor. Questão a ser confirmada em um Ride Test.

Outro detalhe que chama a atenção é a nova balança da família Softail: enquanto na linha antiga a balança tinha uma continuidade com o quadro dando uma impressão de rabo duro, os modelos novos tem a balança montada cerca de dez centímetros mais alta e quebra essa continuidade mostrando não um quadro "tradicional rabo duro", mas um quadro normal usando uma balança tradicional. Apenas um detalhe da renovação que foge da tradição em nome da melhor solução mecânica.

Começando a visita pelas Tourings, a HD traz três versões de Road Glide: standard, Ultra e CVO; duas versões de Street Glide: a Special e a anniversary; duas versões de Road King: Classic e Special; duas versões de Ultra: Limited e Limited CVO.

Para um tampinha como eu (1,72), a Roadglide é inviável. O infotaiment fica no centro do painel e deixa a linha do windshield ainda mais alta. Sentado na moto a primeira coisa que me veio à cabeça foi que tinha uma parede de instrumentos na minha frente. O banco da versão CVO continua sendo mais cavado e permite fechar as pernas com menos dificuldade.

A RK Special vestiu como uma luva: o mini ape deixa os braços a vontade no conjunto tanque/guidão/banco e deve ter altura suficiente para passar no corredor sem acertar espelho. Os alforges rígidos São herança das Ultras e o banco é mais cavado proporcionando fechar melhor as pernas que na Classic.

A pintura anniversary (azul) da Limited CVO é muito bonita.

A nova família Softail veio com seis modelos e nove versões: com motorização 107 ci temos Street Bob, Fat Bob, Slim, Heritage, Fat Boy e Deluxe; com motorização 114 temos Fat Bob, Fat Boy e Breakout.

O pacote de mudanças chama a atenção nessa família, descontando o uso e abuso da iluminação de led (a Slim é um exemplo de como usar o farol de led sem quebrar o estilo tradicional), as motos agradam de uma maneira geral.

Street Bob e Slim me agradaram. Por serem mais simples, não fugiram muito do estilo que estamos acostumados. O pacote tanque/guidão/banco da Slim é mais confortável. A Street Bob tem tanque menor e o mini ape em conjunto com o banco deixa os braços mais altos que na RKS e somado a pedaleira central não me agradaram.

A Slim veste melhor e é a minha preferida no catálogo 2018. O conjunto tanque/guidão/banco é semelhante ao conjunto da minha antiga Fat Boy, provavelmente trocaria apenas o banco original por um Badlander.

A Heritage continua vestindo bem, mas aquele windshield pintado é um tiro no pé. Os alforges parecem ter capacidade menor, mas tem trava e abrem mais facilmente. A falta de cromados não é um pecado para mim, porque gosto mais do visual escuro.

A Fat Boy ganhou uma frente japonesa e um aro traseiro de gosto discutível (esse novo pneu 240 vai ser rombo no orçamento na hora da troca), mas continua vestindo bem.

A Breakout continua me lembrando que preciso ter braços e pernas mais compridos.

A Fat Bob mudou bastante. Começando pelo farol tipo Bender do Futurama e terminando pelo suporte de placa que parece ter sido esquecido e fizeram uma gambiarra (quero ver como vão lacrar a placa no chassi com aquele suporte), mas o pacote tanque/guidão/banco melhorou para os tampinhas. Como o tanque diminuiu, o banco veio para a frente e agora ela veste bem.

As Sportsters não trouxeram novidades: tanto a 48 quanto a Roadsters continuam com o guidão te puxando a frente (nisso a 48 leva vantagem com o comando avançado) e as outras duas seguem se me emocionar.

Salão Duas Rodas - marcas européias

As marcas européias, com exceção da Ducati que tem seu forte na velocidade, investem pesado nas Big Trail.

Todas com tecnologia embarcada de ponta, com destaque para a BMW.

Eu gostei das Scramblers da Ducati, moto que parece ser muito divertida. É uma moto que veste bem no quesito ergonomia.

A BMW traz a esportiva RR e as novidades ficam com a GS 700 e com a G 310 R.

No segmento estradeiro só temos a GTL 1600 e a GT 1600 Bagger que foi lançada este ano na Europa. Ambas não estavam liberadas para o público.

Salão Duas Rodas - marcas japonesas

Honda, Yamaha, Kawasaki e Suzuki (leia-se J. Toledo) estão logo na entrada da exposição.

Mostrando uma linha completa de Scooters e motocicletas de baixa cilindrada, esses stands estavam lotados e era bem difícil chegar perto das motos.

A linha speed domina as médias e alta cilindradas em todas as marcas e tem fila de interessados em fazer fotos montados nas motos.

No segmento estradeiro/custom vi as Vulcans e a Gold Wing. A GW estava exposta em duas versões: uma bagger sem tour pack e uma estradeira com todo o conjunto de malas.

Infelizmente o acesso à GW não era permitido e não pude subir na moto para o ass test.

As Vulcans estavam liberadas: três versões para a mesma motorização (650 cc): S, Special Edition e Café e todas vestem bem.

Salão Duas Rodas 2017

Visitei ontem o Salão Duas Rodas, que acontece pela primeira vez no São Paulo Expo.

O São Paulo Expo é melhor que o Anhembi, com estacionamento melhor organizado, tanto para motos quanto para carros; os taxi/uber tem entrada diferenciada e deixam o passageiro na porta e se você compra o ingresso com antecedência é só mostrar o ingresso e entrar.

Ambiente com ar condicionado e muito amplo, praça de alimentação atendendo bem (recomendo a cervejaria da Eisenbahn que está do lado de fora junto do parque de test drive da Honda) e ponto de taxi na saída tornam a vida do visitante bem sossegada.

A disposição dos stands mostra as marcas japonesas na entrada e Harley-Davidson, BMW, Ducati, Triumph e Indian no fundo. Entre os stands das marcas encontram-se stands dos revendedores de capacete e roupas de proteção das marcas presentes na web. Para quem gosta da linha "old school" sugiro uma passada na Taurus que está com a linha Urban e na Lucca especializada em capacetes de forro baixo. Todos os capacetes em exposição e a venda tem o selo do INMETRO.

No lado direito tem um corredor com expositores de produtos diversos para motocicletas.

terça-feira, 14 de novembro de 2017

Salão Duas Rodas: prévia

O Salão Duas Rodas abriu ontem para imprensa e convidados e abre hoje para o público em geral.

No embalo do evento, a HDMC Brasil publicou em seu site a nova linha 2018 (com preços - veja aqui) e confirmou a lista que Dan Morel divulgou em primeira mão em agosto (aqui no blog você pode reler aqui) sem a Low Rider como muitos divulgaram no mês passado, sem a novíssima Softail Sport Glide lançada neste mês (leia sobre a moto no blog do Wilson Roque - aqui) e com a Softail Slim, Road King Special e três versões da Road Glide.

Ainda falando sobre valores, Dan Morel já publicou no blog uma comparação de preços entre os modelos 2017 e 2018, usando os valores mais baixos para os modelos que tem duas motorizações como a Fat Boy e a Fat Bob.

Os valores para as motorizações 107 ci. vieram bem abaixo das previsões que vários colegas fizeram.

Já as motorizações 114 ci. trazem aumentos significativos em relação aos modelos 2017.

Lembrando sempre que são modelos totalmente reformulados e trazem o atrativo de serem novidades, a HDMC mostra uma política de preços bem realista para o nosso mercado nacional, mantendo a política de preços que mostrou no lançamento do catálogo 2018 nos EUA de pouca diferença de preço entre as motorizações M8 e Twin Cam.

Tudo leva a crer que 2018 pode ser um bom ano para HDMC Brasil.

Já no lado da Indian parece que será um ano de ajustes: com a decisão de parar a montagem (publicado aqui no blog em junho - veja aqui) e trazer as motos totalmente importadas, a marca da Polaris não atinge a meta pelo segundo ano consecutivo (deve atingir 400 unidades vendidas em 2017) e vai trazer apenas os modelos mais aceitos no Brasil: Scout, Chief e Road Master além da linha Dark Horse (Chief e Chieftain) e a grande novidade: a Scout Bobber.

Ficam de fora em 2018 a Chief Classic, a Chieftain e a Springfield.

Isso tudo sem ampliar a rede de revendedores como era o objetivo inicial quando do anúncio da chegada da marca no Brasil e mantendo os preços sem alterações para 2018.

Quarta feira (amanhã) estarei no Salão Duas Rodas para ver ao vivo as novidades e posto as impressões.