domingo, 29 de junho de 2008

a importância do Briefing

O Chapter Rio de Janeiro do HOG está sempre programando passeios aos sábados e antes de cada passeio sempre é feita uma pequena conversa sobre percurso, forma de se conduzir no trem de motos, importância dos sinais e as atividades no destino do passeio.

Isso é o Briefing.

Muita gente acha isso perda de tempo, mas se esquecem que não temos somente membros experientes. Na maioria das vezes o trem é formado por quase um terço de membros novatos que ainda não tiveram a experiência de andar em grupo. É para esses que são dirigidos os briefings.

Isso não quer dizer que os experientes não devam assistir aos briefings, pois sempre poderão acrescentar algo, lembrar alguma regra que não foi dita e dividir experiências. Essa troca de informações ajuda a aumentar a coesão do grupo e facilita ainda mais a interação entre experientes e novatos.

Participe dos briefings, nem que seja para saber qual o roteiro que o trem vai fazer, pois sempre pode acontecer algo durante o passeio e quanto mais informações você tiver mais fácil será para encontrar uma solução.

comentários das postagens

O sistema de comentários das postagens neste blog foi modificado, permitindo agora uma maior facilidade para enviar seus comentários.

Agora você não vai precisar ser cadastrado no Google ou ter um open id (seja lá o que isso for), bastando colocar seu nome e endereço de e-mail.

Esta opção permite inclusive comentários anônimos que, como moderador do blog, não irei publicar.

Faça seu comentário. Concorde, discorde, deixe um recado ou simplesmente dê sugestão para temas.

Eu ainda estou aprendendo a usar as ferramentas (não sou um expert como o Hamiltom) e toda a ajuda é válida. Se alguém souber como fazer para deixar uma espécie de mural de recados ou um fórum de opiniões, eu estou querendo aprender.

passeios do HOG


Ontem (28/06) tivemos mais um passeio do Chapter RJ do HOG. Como sempre foi um sucesso. Com a participação dos três diretores, o Chapter RJ esteve em Niterói visitando a rampa de saltos dos praticantes de vôo livre e almoçaram na churrascaria Verdana.

As fotos deste passeio, assim como de outros mais antigos podem ser vistas no Blog do Chapter RJ, que é mantido pelo amigo Hamilton, no endereço http://www.blhog.blogger.com.br/ .

Pelas fotos (infelizmente não pude ir por conta de compromissos com a família) pode-se ver que novos colegas estão se juntando aos membros que habitualmente frequentam os passeios, asssim como alguns dos mais antigos que estavam afastados estão retornando, aumentando ainda mais a nossa comunidade de harleyros. Ponto para o Chapter e a sua diretoria!

Sejam benvindos à nossa pequena comunidade, espero que se sintam à vontade e possam desfrutar da alegria de andar de Harley Davidson junto conosco.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Bate e Volta em Niterói

Amanhã tem B&V para Niterói. O Chapter vai sair da loja às 10h00 para Niterói, onde haverá confraternização durante o almoço na Churrascaria Verdana.

Boa opção para o sábado de manhã, que está prometendo ser de sol com um pouco de frio. Ótimo para um passeio de motocicleta.

Já sabe, amanhã não fique preguiçando na cama, vá até a loja, converse um pouco e vá almoçar em Niterói com os colegas do HOG.

sentei na Rocker

A Rocker chegou e já foi vendida. O feliz proprietário da menina é o Sidinho, que avisa a todos para NÃO sentarem na moto dele!!

Como eu sou abusado, sentei para ver como era a criança. A moto é muito linda e mesmo sem cromados impressiona muito. A altura do assento de acordo com as especificações é a mesma da Deluxe, mas na prática isso não procede.

O tanque mais longo do que os tanques tradicionais das softails leva o banco mais para trás e deixa o piloto um pouco mais alto do que na Deluxe, que continua com o título de banco mais baixo das HD.

Essa mesma posição faz com que a batata da perna esteja em contato direto com a tampa da primária, o que pode incomodar um pouco até que você se acostume com isso.

Outro departamento é o guidão. Com regulagens muito reduzidas, os nanicos, como eu, acabam ficando em uma posição mais para frente, lembrando muito as Fat Boy de aro 17'', só que sem a possibilidade de trazer o guidão para trás como nas Fat. Ainda assim a posição é muito melhor do que a da Night Train.

Pedaleiras e punhos seguem o padrão CG, ou seja, tem de trocar imediatamente.

O banquinho suicida do garupa é retratil, ficando em baixo do banco do piloto, só não descobri como isso acontece. Aliás ninguém descobriu ainda. Novidade é assim mesmo.

Agora é esperar a boa vontade do Sidinho e dar uma volta na menina!

E não esqueçam: a Rocker já tem dono!!! Não sentem na moto do Sidinho! (como se isso fosse adiantar.. hehehe).

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Peças e acessórios: como comprar?

Comprar peças para Harley Davidson já foi mais difícil, que o digam os harleyros mais antigos. Ainda assim continua sendo bastante complicado comprar peças e acessórios para HD, isso sem falar no custo.

Se você tenta comprar uma peça ou acessório na autorizada muitas vezes se decepciona: ou não tem o que você quer e você precisa esperar meses pela peça (eu mesmo já esperei dez meses por uma peça a ser trocada em garantia) ou quando tem acaba tendo um valor bastante elevado quando comparado com os valores nos EUA.

Aí você procura uma peça similar nos catalogos da Kuryakin ou mesmo uma similar nacional. As vezes os valores caem bastante, mas a peça escolhida nem sempre consegue o resultado que você queria, ou quando você encontra um substituto, o preço acaba sendo quase o mesmo do catalogo da HD, e isso estamos falando de acessórios porque as peças "genéricas" acabam dando mais dor de cabeça do que aliviando o bolso.

Solução para tentar superar esses "pequenos problemas" são as compras via internet nos EUA. Aí começa outra dor de cabeça: se você tem pressa e pede entrega via empresas especializadas, você tem de pagar os impostos e acaba saindo quase o preço da loja, sem falar que você ainda vai pagar a mão-de-obra para instalar ou trocar a peça. Se você pede via correio normal, demora e muitas vezes você acaba pagando o imposto para retirá-la no correio.

Resultado disso tudo: você fica entre a cruz e a espada. Não tem jeito, você vai ter de pesquisar para encontrar a melhor solução. Mandar vir do exterior é fácil quando você tem um contato pessoal (parente, amigo) que trata de comprar e despachar para você (dica: peça para ele despachar a encomenda como "gift", declarando valor menor para evitar os impostos), ou você viaja aos EUA e traz na tua mala (lembre-se que você pode sofrer a revista aleatória e ter de pagar multa de 100% sobre os valores devidos, se não quiser arriscar a revista declare os valores e pague os impostos sobre os valores que ultrapassarem a sua cota).

Eu tenho pesquisado muito, utilizo muitas vezes as lojas autorizadas da HD (principalmente em Miami), sempre me identificando como membro do HOG internacional, e uso os serviços da empresas transportadoras. Existem também lojas na internet, sendo as mais conhecidas a Adventure (www.hmhd.com) que entrega no Brasil e a Zanotti (www.zanottimotors.com) que você precisa manter contato via telefone (para quem tem Skype e serviços similares a ligação acaba sendo mais barata que uma ligação local).

O PHD indicou a moto import (www.importautopecas.com) como empresa idônea. eu fiz cotação com eles e os valores são bastante acessíveis em relação aos valores praticados no Brasil. A empresa tem sede em Miami, te envia via correio ou empresa transportadora, você paga em reais através de depósito ou cartão de crédito. É uma alternativa bastante viável.

Se você faz compra pela internet, verifique os descontos para valores por eles especificados e procure fazer uma encomenda grande para diminuir o valor do frete por quilo enviado, pois quanto mais quilos menor o preço unitário do quilo. Catálogos e livros não pagam imposto e vale a pena tê-los em mão pois tudo que você pede necessita do "part number" (referência da peça) para ser cotado e comprado.

Com as cotações na mão procure nas lojas no Rio e São Paulo, não se esquecendo das lojas autorizadas que podem reservar algumas surpresas, porque muitas vezes acaba valendo pagar um pouco mais para já ter a peça colocada na moto ou ter maiores facilidades de pagamento (compras no exterior normalmente não são parceladas e impostos devem ser pagos na entrega).A Harley é um brinquedo de adulto e boa parte da brincadeira é encontrar os acessórios. Faça as suas compras sem pressa que as experiências servem de assunto nos encontros.

oficina: como escolher?

Todo harleyro já passou pela dúvida de onde levar a moto para fazer mecânica ou modificação, ainda mais com o pós-venda padrão IZZO 9000.

Fica-se pensando no valor a ser gasto na oficina autorizada para trocar óleo e manuntenção corriqueira (por exemplo, troca de pastilhas ou cabos) e na garantia do serviço feito, sem falar no período inicial de dois anos quando a moto é nova e você obrigatoriamente deve fazer as revisões.

Eu confesso que prefiro fazer mecânica na autorizada. Além da autenticidade das peças, você ainda conta com uma oficina que tem o ferramental adequado para o serviço. Não adianta o mecânico da oficina independente ter tido curso na Harley ou ter sido mecânico da Harley porque hoje em dia as motos contam com uma eletrônica embarcada que limita muito os serviços que podem ser feitos sem o uso do computador. As próprias motos já contam com um computador de bordo que vai elaborando um log de erros que acontecem entre as ocasiões em que a moto estava fora da oficina.

É lógico que ainda existem pequenos serviços que qualquer um pode fazer, inclusive você que está lendo agora, do tipo trocar pastilhas de freio. Mas lembre-se que você vai ter que comprar as pastilhas, sangrar o sistema hidráulico e balancear a roda, e não é todo mundo que tem essa disposição para fazer isso em casa.

No caso das pequenas modificações que tornam a moto diferenciada em relação às demais, é claro que a oficina independente tem toda a condição de fazer essas modificações. Muitas vezes elas são especialistas nesse tipo de serviço, até mesmo mais especializadas do que a oficina autorizada. Em mais de uma oportunidade ouvi do atendente na oficina autorizada que eles não fariam o serviço, mas recomendavam uma oficina bastante conhecida pelo serviço de customização.

O importante nessa questão é a confiança que você deposita no mecânico que vai cuidar da moto. Fazer o serviço só porque o preço fica mais em conta, sem saber da qualidade do serviço é jogar na loteria, muitas vezes com resultados bem ruins. Já fiz serviços tanto na autorizada quanto em independentes, sempre com resultados satisfatórios. Valeu apenas a regra do cada macaco em seu galho, ou seja, se a independente é especializada no serviço a ser feito não hesito em levar a moto lá, mas se existe dúvidas quanto à qualidade é melhor pagar um pouco mais e fazer o serviço na autorizada.

Vale o lembrete: membros do HOG tem descontos na compra de peças nas oficinas autorizadas, não esqueça de pedir o seu desconto HOG porque senão vai pagar o preço cheio.Também vale lembrar que todo serviço feito, seja ele em autorizada ou independente, tem garantia. Se o serviço não ficou bem feito, volte e reclame.

Você trocaria sua HD por outra marca?

Não faz muito tempo, houve uma discussão no site dos PHD sobre problemas com garantia e relacionamento com o Grupo Izzo, que deixava de cumprir aspectos básicos da garantia, tipo trocar peças cromadas enferrujadas ou substituir peças defeituosas.

Eu mesmo tive meus problemas, solucionados com muita paciência, mas foram solucionados. Esperei cerca de nove meses para substituir uma buzina defeituosa e outros dez meses para substituir bicos injetores que não conseguiam espargir a mistura por toda a câmara de combustão dentro do pistão.

A buzina foi azar e até entendo a demora, harleyro não usa buzina... acelera e faz a moto roncar para abrir caminho! Mas os bicos foram um problema detectado pela oficina autorizada na primeira revisão de 1.600 km, repetido na segunda revisão de 8.000 km e a solução do problema (a moto falhava muito) foi dada pela oficina: o leque dos bicos das HD injetadas modelo 2006 haviam sido feitos no Brasil para compor cota da fábrica brasileira e receber os incentivos fiscais e não conseguiam preencher a câmara de combustão. Resultado: a moto falhava, e não era só a minha... foram todas as modelo 2006! Coisas do Grupo Izzo.

Depois de uma espera longa, finalmente trocaram os bicos, e estão trocando os bicos de quem reclama, e só de quem reclama. Os novos bicos são americanos e estão equipando os modelos 2008, e fazem a moto andar muito bem. Quase desisti do EFI tuner, mas isso é outra estória.
De toda a forma, esses percalços fizeram muita gente trocar de moto, seja para a Gold Wing, seja para a BMW.

Aliado a esse pós-vendas fraco, ainda temos as dificuldades em arrumar peças, o mercado de usadas inexistente e as dificuldades na hora de trocar a moto antiga por modelos mais novos.

Pelo outro lado, quem trocava por outra marca dizia que a moto nova era mais confortável, mais avançada tecnologicamente, mais isso, mais aquilo....

Só esquecem que a moto nova NÃO é uma Harley Davidson... NÃO tem a tradição de uma Harley Davidson.... você NÃO vai mais fazer parte dos escolhidos que mantém a lenda viva!

Como disse um amigo para um colega que trocou a HD dele por uma BMW (e infelizmente teve a BMW dele roubada), você só troca a sua HD por outra HD... problemas a gente resolve conversando, e sempre vai ter alguém que vai arrumar um jeito para aquele pisca que cisma em queimar. Harleyro, só de Harley Davidson!

A vista ou a prazo?

Com a maior possibilidade de comprar uma HD, alguns amigos tem me perguntado se vale a pena entrar em um financiamento para comprar uma Harley Davidson.

Pagamento à vista foi uma grande vantagem na hora de negociar o valor final da moto, ou carro... tanto faz. Hoje em dia a revendedora não te dá mais desconto para o pagamento à vista pela simples razão de que para eles tanto faz vender a vista ou a prazo. Se você chega para comprar uma HD hoje, o vendedor já te diz que a moto custa tanto e que você pode pagar a metade e financiar o resto em 24 vezes sem juros.

O próprio vendedor não está preocupado como você vai pagar a moto, ele quer é vender a moto e oferecendo de cara uma forma mais fácil de comprar fica mais fácil vender a moto.
Eu comprei a minha financiada, e do mesmo modo que eu quase todos fizeram assim. É difícil encontrar alguém que pagou a moto a vista. Teve gente que comprou a moto no AMEX em dez vezes sem juros... precisa falar mais?

A grande dúvida na hora da compra a prazo acaba sendo dar uma entrada ou não. Se você não quer amortizar uma parte, você acaba comprando a moto sem entrada ou fazendo um consórcio. E falando em consórcio temos outra opção que pode ou não ser vantajosa. Vai depender da sua ansiedade. Se você deseja fazer uma poupança ou acreditar na sua sorte, o consórcio é uma grande pedida. Se você vai para o consórcio para dar um lance no leilão, eu já não acho um grande negócio.

De cara, se você tem dinheiro para o lance, pode dar uma entrada e ter uma prestação fixa menor que o consórcio. Ou se acha que o dinheiro vai aparecer no decorrer do consórcio, você pode financiar e amortizar com desconto as parcelas finais do seu financiamento.

O grande problema do consórcio é o valor do bem. Sempre que o valor do bem aumenta e, no caso das HD, ele aumenta conforme a vontade do Grupo Izzo, a prestação aumenta. Mas, se o valor do bem diminui por conta de uma promoção, a sua prestação não diminui e você continua pagando o valor cheio.

É claro que a prestação do consórcio é menor que a prestação de vários financiamentos, mas se levarmos em conta o prazo total do consórcio, o valor do bem pode acabar ficando maior do que se tivesse sido financiado, sem falar que você não tem desconto se decidir antecipar o final do consórcio como no caso do financiamento.

Acaba sendo muito pessoal a forma de pagar a compra. Tem gente que quer a tranquilidade de não dever nada ao banco, outros preferem ter uma reserva e pegam um financiamento. Mas é bom não se iludir. Não existe aplicação financeira que possa dar retorno superior ao que é cobrado em um financiamento, exceção feita a parceria entre o Finasa e o Grupo Izzo, já que o saldo a ser cobrado tem 0% de juros.

Aliás essa forma de pagamento tem sido muito proveitosa para o comprador que tem o capital para a compra da moto com pagamento a vista, pois você paga a metade e aplica a outra metade e ao final do financiamento o rendimento vai ter pago pelo menos uma das parcelas.

Isso sem falar na loucura de algumas semanas atrás onde você pagava um preço menor se financiasse do que se comprasse a vista.

Se você quer a sua HD, o melhor conselho é não ter pressa. O mercado de usadas vai aumentar e os preços da motos novas estão derrubando o preço das usadas, o mercado atual é comprador e não vendedor. Promoções estão sempre aparecendo e os financiamentos tem variado muito conforme o risco que as financeiras estão dispostas a enfrentar.

Lembre que a sua HD foi feita para te dar prazer e não para ser um peso no orçamento doméstico. Compre a vista ou a prazo, mas não esqueça de escolher o melhor momento para isso, e esquece a idéia de ter lucro na hora de revender a moto porque provavelmente ela vai estar com tantos acessórios que o valor final vai ser algo para ser esquecido.

Vale a pena trocar de moto para ter um motor maior?

A minha Fat Boy é 2006, um pouco antes da mudança que houve para a linha 2007. Ela tem o motor 88 ao invés do motor 96 que equipa as softail à partir dos modelos 2007. Eu não sabia que a linha ia mudar (calouro de Harley Davidson) e acabei meio aborrecido quando vi que a moto tinha mudado toda em menos de dois meses. Fiquei examinando prós e contras em vender uma moto com dois meses para ter outra com motor maior.

Continuo com a minha Fat 06 e, se não houver nenhum percalço, não pretendo vender a moto. Sem críticas às motos 07 em diante, mas a minha moto é mais confortável que os modelos mais novos em virtude da minha ergonomia. O motor 88 não fica junto da batata da perna como o motor 96.

Aí começa a briga: quero a minha moto com um motor mais "esperto", pelo menos tâo "esperto" quanto o motor 96. Minha moto sempre pareceu meio amarrada e pesquisando na internet vi que a simples troca de ponteira já ia melhorar muito o motor. Como já queria um escape mais sonoro, troquei a ponteira e filtro. A moto melhorou, mas ainda continua faltando alguma coisa... comprei o race tuner e a moto melhorou mais um pouco.

Aí descobri o famoso kit 95, que leva a moto para a capacidade do motor das motos 07, sem aumentar o tamanho do motor: é questão de mudanças mecânicas de cilindros, pistões, válvulas e comando de válvulas. Conversa daqui, conversa dali.. me convenceram que não vale a pena fazer essa modificação. E olha que a HD tem um Kit mais novo que é capaz de transformar o motor 88 em motor 103 (o mesmo que equipava os modelos Screaming Eagle). Todo mundo diz que a moto já anda muito.

Mas eu ainda quero a moto desenvolvendo melhor na estrada. As HD´s são rainhas no quesito torque, isto é, são motos que rodam em regime de giros mais baixos e produzem tanto torque quanto uma esportiva que gira em um regime muito maior. As HD´s em estrada rodam como um carro, com regime entre 2500 e 3500 rpm, sendo o pico na faixa dos 4000 rpm.

Os motores maiores conseguem uma perfomance igual com um regime um pouco mais baixo. Ora, se todos dizem que a moto já tem potência suficiente (a potência declarada dos motores 88 é de 62hp, enquanto a dos motores 96 é de 71 hp), qual vai ser a solução para deixar a moto mais "esperta"? A resposta que vem me dando é a troca do comando de válvulas.

O comando de válvulas é uma parte mecânica (independe de eletrônica) que faz as válvulas abrirem e fecharem. Na realidade é o comando de válvulas que dita o ritmo do motor. Nosso comando de válvulas original privilegia a faixa de rotação média, onde o motor consegue um desempenho mais regular, evitando os giros mais altos e baixos.

Uma moto mais "esperta" vai precisar ultrapassar um pouco esse regime médio para aproveitar melhor a potência que o motor desenvolve. Uma moto que necessite ter mais força vai precisar ter a faixa de torque começando mais cedo. A Harley Davidson com a divisão Screaming Eagle desenvolveu um a série de comandos de válvulas esportivos que visam isso. Os comandos que necessitam de menos alerações são os comandos SE 203 (privilegia baixa e média rotações) e o SE 204 (privilegia média e altas rotações). Problema é achar os bichos no Brasil. O kit 95 usa o comando SE 203 para aproveitar o ganho de potência nas faixas inferiores, mas nada impede de usar o SE 204.

Só para ilustrar o que estou falando, no catálogo de peças da Harley Davidson, na seção Screaming Eagle, a gente encontra o seguinte:

SCREAMIN’ EAGLE® PRO TWIN CAM®
PERFORMANCE CAMS
Kits include front and rear cams. Splined rear cam is included for exceptional load handling capability. Gaskets and bearings not included. Dealer installation is recommended, and special tools are required for proper installation.Cam Installation Kit P/N 17045-99C (sold separately) includes all required gaskets, bearings and seals for proper installation. ’99 models require splined Cam Sprocket P/N 25716-99 for installation. All EFI models require ECM calibration* (priced separately). For race application only.

SE-203 Cam Kit
Performance cam designed to provide exceptional low and mid-range torque. These cams are also used in the Stage II EFI Kits. For race application only.
25937-99B Fits ’99-’05 Dyna®, ’00-’06 Softail® and ’99-’06 Touring models. $269.95
25458-06 Fits ’06-later Dyna, and ’07-later Softail and Touring models. $299.95

SE-204 Cam Kit
This cam produces peak horsepower around 5800 RPM and installation does not require any headwork or performance valve springs. Should be used in conjunction with open intake and exhaust. For race application only.
25149-00 Fits ’99-’05 Dyna, ’00-’06 Softail and ’99-’06 Touring models. $269.95
25464-06 Fits ’06-later Dyna, and ’07-later Softail and Touring models. $299.95

Assim, não se precisa troca de moto só pelo motivo de ter um motor maior. A HD é realmente um lego: vale a pena trocar o comando de válvulas até nas motos mais novas, pois assim a gente consegue uma moto mais "esperta", que aproveite melhor a potência que ela já tem nas faixas que a gente gosta de usar.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Mercado de usadas

Existe um mercado de HD usadas ou, como gostam de chamá-las, semi-novas?

A estratégia de preços do Grupo Izzo não privilegia muito o mercado de usadas no Brasil. Além da dificuldade de negociar a moto usada para a compra de uma nova na autorizada, os preços das motos novas estão cada vez mais próximos dos preços das motos usadas.

Veja a situação de quem comprou uma Road King em 2003. A moto nova custou R$ 68.000,00 em 2003, você rodou cinco anos e hoje gostaria de trocar a sua moto por uma nova. Chega na loja e pergunta o preço: R$ 57.000,00! Você tenta fazer negócio e informam que o Grupo Izzo não tem caixa para pagar motos usadas. Você coloca sua moto à venda de forma particular e imagina que possa conseguir R$ 35.000,00.

Errou! As tabelas de usadas dizem que sua moto vale R$ 38.000,00, mas a prática diz que você pode comprar uma Road King zero quilometro por R$ 28.500,00 e financiar o saldo em 24 vezes sem juros. Você vai pensar em comprar uma usada por esse preço?

Se extrapolarmos esse raciocínio para motos ainda mais novas como as softail até 2006, com os motores 88B, que custaram praticamente a mesma coisa que custam as novas 2008 com motores 96B e cambio de seis marchas, você vai constatar que não vai conseguir vender a moto exceto por preços muito menores do que as tabelas mostram.

Existem rumores de que o Grupo Izzo, com a entrada do novo sócio, começa a pensar em fortalecer o mercado de usadas. Isso começaria a partir de uma mudança na estratégia de vendas, passando a aceitar a usada como parte do pagamento, mas enquanto existir a parceria com o Finasa acho muito difícil disso ocorrer.

Ainda bem que a Harley Davidson é uma moto para você usar durante gerações porque esse mercado de usadas é apenas um incentivo a manter minha Fat Boy por muito tempo.

Rocker no Rio de Janeiro

A Softail Rocker, grande novidade da Harley Davidson para o primeiro semestre, acaba de desembarcar no Rio de Janeiro.

Encontra-se em exposição na loja HD do Rio de Janeiro uma Rocker na cor vermelha.

Como esperado, é o modelo mais simples, sem cromados, com o quadro na cor da moto e com o banco suicida para ser homologada em atendimento à legislação brasileira que prevê o banco do garupa para que a moto não seja considerada como veículo de carga, a exemplo da CG cargo (lembram da CG com apenas um banco e preparada para o baú que só podia ser emplacada para finalidades comerciais e usando placa vermelha).

O preço sugerido de R$ 59.900,00 mais frete está sendo praticado, apesar dos boatos que davam conta de um valor menor para que o modelo apresentasse sucesso no início das vendas.

O Grupo Izzo praticando o preço sugerido aposta na "novidade do estilo" para assegurar o sucesso da moto no mercado brasileiro, ao contrário da Dyna que começou com um preço menor para se firmar no mercado.

Será uma questão de tempo para saber se a aposta vai ter sucesso.

Dyna deixa de ser "pronta-espera"

A HD Dyna em seus dois modelos deixou de ser "pronta-espera". A regularização na entrega das motos aos interessados que estavam na lista de pré-venda aliado à perda de status de "novidade" para a Rocker fez com que as Dyna possam ser encontradas nas lojas HD com mais facilidade.

Essa facilidade ainda não se traduz em pronta-entrega do modelo, mas já segue a espera normal de duas semanas entre a concretização do negócio, seja pagamento de sinal, aprovação de financiamento ou pagamento à vista, e a entrega da moto.

A boa notícia é que com isso a Dyna já consegue ser comprada no esquema oriundo da parceria entre a Finasa e o Grupo Izzo de entrada de 50% e o restante em 24 vezes sem juros o que deixa a moto bem mais acessível para os mortais que dependem do carnê de financiamento para terem a sua HD.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Lei seca

Foi editada lei no sentido de proibir a ingestão de bebidas alcoólicas por parte dos motoristas e motociclistas.

O motorista ou motociclista que for pego dirigindo alcoolizado terá sua carteira apreendida e o veículo retido.

Fora do Rio de Janeiro já foram registrados inclusive casos de prisão por desobediência a esta lei, mas ainda não tivemos grandes fiscalizações para coibir o uso do alcool.

Apesar de muito impopular, a medida é louvável, devendo apenas ser adaptada para ter maior eficácia. O nível zero de alcool no sangue é algo muito severo e de difícil implementação em virtude da falta de equipamentos capazes de efetuar esta medição.

Embora o bom senso seja muito bem dividido pela população (não conheço nínguem que diga que não tem bom senso), ele não é muito utilizado e um prova disso é não levar em consideração o poder de absorção do alcool pelo organismo de cada um.

Não sou defensor da liberação do alcool para os motoristas, apenas defendo uma adequação que permita a aplicação da lei.

O alcool é um dos grandes fatores que contribuem para a violência no trânsito, acidentes fatais e não fatais, mas lei seca (ou tolerância zero como gostam de falar) não será a solução.

selo no capacete

Os meios de comunicação andam alardeando o início da fiscalização do selo do INMETRO nos capacetes. A fiscalização começou em 01/06, e já temos quase um mês de fiscalização sem muitas queixas por parte dos motociclistas.

O selo aqui no Rio de Janeiro não tem tido grande fiscalização porque o próprio DENATRAN abrandou as exigências feitas aos capacetes.

Selo e reflexivos são obrigatórios para capacetes fabricados a partir de 01/08/2007 e dessa forma não se tem visto um grande esforço por parte das autoridades, sendo flagrados alguns coquinhos, modelo este em total desacordo com a legislação.

Para conhecimento, posto abaixo a resolução que está em vigor a respeito dos capacetes.

DELIBERAÇÃO Nº62 DE 08 DE FEVEREIRO DE 2008

Dá nova redação ao art. 2º da Resolução nº 203/2006, do CONTRAN.

O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO, ad referendum do Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, no uso das atribuições que lhe confere o art. 12, inciso I, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, e conforme o Decreto nº 4711, de 29 de maio de 2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito. Considerando os entendimentos mantidos com o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO, resolve:

Art. 1º O art. 2º da Resolução nº 203/2006, do CONTRAN, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 2º Para fiscalização do cumprimento desta Resolução, as autoridades de trânsito ou seus agentes devem observar a aposição de dispositivo refletivo de segurança nas partes laterais e traseira do capacete, a existência do selo de identificação da conformidade do INMETRO, ou etiqueta interna com a logomarca do INMETRO, podendo esta ser afixada no sistema de retenção, sendo exigíveis apenas para os capacetes fabricados a partir de 1º de agosto de 2007, nos termos do § 2º do art. 1º e do Anexo desta Resolução.” Parágrafo único. A fiscalização de que trata o caput deste artigo, será implementada a partir de 1º de junho de 2008.

Art. 2º Esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação.

ALFREDO PERES DA SILVAPresidente

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Evento em Tiradentes

O tradicional encontro de motociclistas que ocorre em Tiradentes está chegando.

O XV BIKE FEST a ser realizado entre 27 de junho e 01 de julho em Tiradentes-MG deve reunir grande número de motoclubes uma vez que, ao contrário do HOG Rallye realizado em Maio, é aberto a todas as marcas.

Festa tradicional no calendário de eventos dos motoclubes, este evento agita bastante a pacata cidade de Tiradentes.

Se está pensando em participar é bom correr porque provavelmente as pousadas já estarão cheias e o tempo frio parece que vai comparecer como convidado nesta edição do Bike Fest.

Loja HD Bandeirantes

O Grupo Izzo inaugurou a sua 4a loja Harley-Davidson em São Paulo Capital, confirmando a tendência de crescimento no mercado brasileiro.

Ainda funcionando em esquema de pré-inauguração, pois a oficina ainda não está funcionando completamente, mas já é possível agendar serviços. A nova loja fica na Avenida dos Bandeirante, número 2.040. Para chegar, pegue a Bandeirantes sentido Rodovia dos Imigrantes, a loja fica logo após o Viaduto Santo Amaro, do lado direito.Telefone: 5090-1700.

A Silvana ganhou o seu espaço

Com maioria de 88% a favor do espaço para a Silvana, este Blog ganha uma colaboradora muito especial: Silvana, uma das Hogcats como diz o Sidinho.

Sobre o que ela vai falar, eu não sei, mas o espaço está aberto.

Esperaremos ansiosos pela primeira postagem.

domingo, 22 de junho de 2008

Sporster 1200 Nightster

E já que o Grupo Izzo deixou a menina para o segundo semestre, vamos a uma amostra para deixar água na boca: apresentada no Salão de Duas Rodas de 2007, a Nightster ainda não desembarcou no Brasil, mas já figura no catálogo da linha 2008 presente nas lojas HD. Opção para quem não quer abandonar a linha Sportster ou para quem deseja uma HD para andar no trânsito das nossas cidades, esse modelo promete ser best seller. Vários colegas de Chapter demonstram interesse na Nightster, seja por curiosidade, seja por vontade de crescer sem abandonar a linha.

A Nightster não vai trazer nenhuma grande novidade para quem já andou com as Sportster 1200, mas apresenta uma considerável diferença em relação às 883. Afinal o motor aumenta em quase 50% a sua capacidade trazendo uma emoção bem diferente, embora mantendo o estilo que já está consagrado. O motor recebeu ainda pequenas alterações estéticas, como a aplicação de tinta epóxi na cor preta em alguns de seus componentes. O resultado é um sistema diferente, sem os famosos cromados, marca registrada da montadora. O sistema de injeção é o já conhecido ESPFI (Electronic Sequential Port Fuel Injection), utilizado em outros modelos da marca.
Acessórios que nas outras versões da linha eram cromados agora dão lugar a componentes menos “chamativos”, como rodas, farol e tanque de combustível pintados em combinações de cores foscas.

A altura do assento também está menor nesta versão. Agora, são 668 mm do solo, o que propiciará uma condução mais confortável para pilotos de menor estatura. A Nightster ainda vem com aros e rodas pintadas em preto, e uma capa sanfonada na suspensão dianteira, muito utilizada em modelos scrambler. Outro detalhe que merece destaque é a pára-lama traseiro. Na Nightster a equipe de projetistas da Harley-Davidson preferiu um desenho mais curto para a peça.

Esse modelo não esteve presente no "demo ride" em Tiradentes, o que causou um certo desapontamento entre os participantes do evento. Agora só resta esperar para ver se as promessas irão se concretizar, pois a Nightster e a Rocker prometem ser os mais novos integrantes da "pronta-espera" da HD.

Rocker já está em exibição

Eu sei que é notícia velha, mas a softail Rocker já se encontra em exibição ao público na nova loja da HD Bandeirantes em São Paulo.

Alguns já chegaram a fazer o "ass drive", sentando na mocinha.

A moto vai ser mais uma HD do tipo "ame ou deixe". O alto preço sugerido (R$59.900,00 + frete) está fazendo com que muita gente fale como a raposa da fábula, que por não alcançar as uvas disse que as uvas estavam verdes. A moto promete ser o lançamento do ano e mesmo com o preço elevado já existe uma fila se formando aguardando a pré-venda.

Do mesmo modo que a Dyna, a Rocker promete ser mais um modelo "pronta-espera".

Quem já fez o "ass drive" disse que a moto lembra a posição das FX e das Night Train, mas com um banco mais baixo. Da altura do banco, já se fala que é mais baixo que a Deluxe. As informações técnicas do site americano desmentem essa versão ( 62,23 cm da Deluxe contra 64,14 cm da Rocker C e os mesmos 62,23 cm da Rocker). A principal diferença entre a Rocker e a Rocker C é o assento do garupa, presente na Rocker C e acessório na Rocker. Como ninguém falou do assento do garupa, acredito que a Rocker em exibição é a mesma do Salão Duas Rodas do ano passado: a Rocker.

A grande estrela da moto é sem dúvida o pneu traseiro com medida de 240 mm. Alguns dizem que quanto maior o pneu traseiro, mais díficil é o comportamento da moto nas curvas, mas ninguém consegue achar feio aquele pneu largo na traseira da moto. É a verdadeira "choper concept" feita por uma fábrica.Vamos esperar para quando o Grupo Izzo nos honrar com um modelo para exibição aqui no Rio.

A Rocker atrasa a Nightster

O lançamento da Rocker vem ocorrendo bem devagar, com exposição da moto em lojas em SP (até agora duas lojas já tem a moto em seus showrooms: Bandeirantes e JK) e o balão de ensaio a respeito do preço já está lançado: preço sugerido de R$ 59.900,00 sem frete, embora muitos acreditem que esse preço ainda possa diminuir. A lista de espera ainda é virtual, uma vez que as lojas não iniciaram sequer um cadastro pré-venda.

Desta forma o grande lançamento da HD no primeiro semestre é a Rocker e com isso o lançamento da Nightster será adiado para o segundo semestre como forma de manter a motivação dos compradores das motos HDs.

Estratégia de mercado, mas que eu gostaria de ver se a versão tupiniquim vai seguir a versão americana da Nightster, isso eu gostaria. Se a versão brasileira for uma adaptação das Sportsters já fabricadas, apenas modificando o motor, será uma grande decepção, uma vez que a Nightster vem com um conceito de moto exclusiva.

É sabido que o modelo brasileiro não terá o banco solo, nem a placa na lateral para cumprir a legislação brasileira, além da tropicalização do motor. Mas espero que seja mantida a roda raiada escurecida e baixa altura do banco, assim como a motorização original americana que não é um simples Kit 1200 já conhecido pelos proprietários das 883.Vamos ter paciência e esperar o segundo semestre. Nesse meio tempo, vamos curtir a primeira Chopper de fábrica: Softail Rocker e seu banco do garupa suicida.

Inimigos de uma pilotagem segura



Quem anda de moto conhece o ditado "motoqueiro que diz que nunca caiu é mentiroso!". Isso é verdadeiro em parte, pois todo mundo acaba caindo e os tombos, além de servirem de estórias para conversa, acabam por ensinar alguma coisa a quem caiu.

Os tombos podem ser leves, graves ou mortais. Você tanto deixa a moto tombar parado (e para os harleyros isso é algo que pode acontecer até mesmo no posto de gasolina ao pisar em uma mancha de óleo) como pode ter um acidente com sequelas bastante graves (pinos e placas, sem falar nos arranhões de praxe).

A pilotagem segura é o melhor modo de evitar um tombo e o maior inimigo da pilotagem segura é sempre o piloto. Causa humana é o maior índice nas estatísticas de acidentes e os maiores culpados são o medo e o excesso de confiança. O motociclista que tem medo acaba sofrendo acidente pela falta de prática e o motociclista que tem confiaça demais em si mesmo acaba sofrendo acidente por não acreditar que aquilo possa acontecer com ele.

A melhor maneira de evitar os acidentes é a prática contínua e o conhecimento da sua moto. Quando você pilota por instinto, normalmente você não precisa pensar em como fazer a curva ou como frear, simplesmente faz. E o instinto nasce com a prática. Minha esposa foi a Tiradentes, pilotou por quase 300 quilometros dentro do trem de motos, sem pensar ou se preocupar, simplesmente acompanhando o grupo. Quase chegando lá, ela se descuidou e olhou para o velocímetro, pouco antes de uma curva, e quando viu a velocidade ficou com medo. Resultado: uma curva quadrada que o instinto consertou.

A Harley Davidson, preocupada com a segurança do piloto e passageiro, tem um curso em cinco etapas: o "Rider's Program". Aqui no Brasil, e em especial no Rio de Janeiro, o Grupo Izzo não consegue realizar com a devida periodicidade o Rider's Program. As razões são as mais diversas, desde a falta de datas até a falta de quorum. No nosso caso em especial (Chapter Rio de Janeiro), eu venho tentando fazer o primeiro módulo há dois anos, mas quando tem interessados (por exigência do Grupo Izzo é necessário um mínimo de 25 interessados) os organizadores modificam as datas e os interessados se desmotivam e o curso não sai. Colegas do Chapter tiveram que ir a São Paulo para fazer os dois primeiros módulos, mas mesmo em São Paulo não foi feito ainda o terceiro módulo.

Aliás teremos uma nova tentativa de Riders Program em Julho, nos dias 18 e 19, com custo de R$ 120,00 para o primeiro módulo. Procure maiores informações com a Patrícia, assistente do HOG Chapter RJ no telefone 2494 5500.

Aproveitando essa deficiência, o irmão PHD Captain, de São Pedro d'Aldeia, começou a apresentar e ministrar um curso em quatro módulos, tendo sido o último feito no dia 10 de maio no kartdrómo da Barra. Eu ainda não fiz por falta de tempo, mas quem fez o curso diz que é muito bom, repetindo sempre que podem.

O curso se chama curso de controle operacional em baixa velocidade para motocicletas pesadas, tendo sido divulgado pela revista especializada MOTO, no site dos PHD (http://www.phd-br.com/) e no site dos Biker Friends (http://www.bikerfriends.net/), site dedicado à customização de motocicletas, com uma seção de classificados muito boa. Para maiores informações sobre o curso, o PHD Captain mantém um site (http://www.aviaomotoskill.com/), onde você encontra tudo sobre o curso.

Para quem não tem tempo, fica o lembrete: motocicleta tem de andar e você, piloto, tem de fazer muitos quilometros com ela. Pilote equipado, respeite os seus limites e não se considere um "Evel Knievel", até mesmo porque Evel Knievel conseguiu quebrar todos os ossos do corpo. Ande por prazer, pilote com responsabilidade e aproveite para aprender com os erros dos outros porque quando o erro é nosso, normalmente custa caro.

Você já tentou levantar uma Harley Davidson?

Em algum momento na vida de um harleyro já aconteceu da moto tombar ou cair. A Harley é uma moto pesada e como todos imaginam, depois que o centro de gravidade é ultrapassado, só em um estado de adrenalina total para impedir que a moto vá para o chão. No máximo a gente tenta que a moto diminua a velocidade da queda.

Depois que passa o susto, você se levanta se tiver ido junto com a moto ou simplesmente vê a menina deitada no chão, você começa a pensar como é que isso aconteceu... e não vai saber explicar.

Seja prático. Primeira coisa será fechar a torneira da gasolina se a sua moto for carburada, depois ver se alguém te ajuda a levantar a moto. Muitas vezes você está sozinho e sozinho continua. A Revista HOG Tales colocou uma matéria interessante sobre como levantar a moto sozinho, que publico abaixo as providências a serem tomadas:

Vamos checar a nossa máquina: certifique-se que o motor está desligado. Certifique-se que não houve derramamento de combustível no chão ou em qualquer parte da motocicleta. Tome muito cuidado, se houver.Se a motocicleta tombou para o lado direito, extenda primeiro o descanso e engrene a marcha em primeira.Agora, use esta técnica para levantar sua motocicleta :

(Technique II – Motocicletas pesadas – uma motocicleta que tombou para o lado esquerdo)
1 - Vire o guidão para a posição de travamento.
2 - Encontre o ponto de equilíbrio entre os dois eixos, considerando o peso do motor. Você quer o ponto onde o peso da motocicleta estará bem distribuído no sentido do comprimento.
3 - Abaixe-se e coloque as costas/nádegas de encontro ao banco do piloto. Mantenha suas costas eretas.
4 - Com uma mão, agarre a manopla, mantendo o seu punho reto.
5 - Com a outra mão, agarre uma parte da estrutura da motocicleta, tomando o cuidado para não agarrar nenhuma parte quente (escapamento, por exemplo).
6 - Suspenda a motocicleta usando suas pernas, enquanto continua empurrando a motocicleta com as nádegas, em pequenos movimentos, para colocá-la na vertical. Mantenha suas costas eretas.
7 - Abaixe o descanço da motocicleta (neste exemplo) e coloque-a num lugar seguro.

Depois que sua motocicleta estiver na posição vertical e devidamente estacionada em um lugar seguro, tome alguns minutos para inspecioná-la e verificar se houve alguma avaria.Na maioria das vezes, o tombamento só ocasiona alguns arranhões e assim mesmo no mata-cachorro. Mas verifique se não há alguma parte da motocicleta raspando o pneu, especialmente quando você ( e o seu garupa) estiver sentado na motocicleta.Cuidado especial deve ser tomado com as manoplas, para verificar se o freio de mão ou a embreagem, não foram afetados. Se tiverem sido atingidos, mesmo que aparentem boas condições, devem ser substituídos na primeira oportunidade.(adaptação livre de um artigo escrito por Becky Tillman, Instrutora Líder da Academia Harley-Davidson de Motociclismo e publicado na revista Hog Tales, de Março/Abril de 2008).

sábado, 21 de junho de 2008

Harley Davidson Super Glide Custom

Publicado ontem no http://www.motonline.com.br/:

20/6/2008 - A primeira grande Harley - HD Super Glide Custom
Equipada com motor V-Twin de 1584 cm³, a Dyna Super Glide Custom traz como principal atrativo o preço - R$ 39 900,00.Para esquentar a briga entre os modelos custom de média e alta cilindradas chega ao País a Harley-Davidson Dyna Super Glide Custom com preço bastante atrativo - R$ 39.900,00 - para uma moto de quase 1600 cm³. Só para comparar, a Yamaha Drag Star 650 (649 cm³ e 40 cv) custa R$ 25.300,00 e a Honda Shadow 750 2009, com injeção eletrônica (745 cm³ e 45,5 cv) sai por R$ 29.980,00. Já a Suzuki Boulevard M800 (805 cm³ e 55 cv) tem preço sugerido de R$ 32.900,00. Porta de entrada para a linha Classic da marca norte-americana, o modelo está equipado com o motor Twin Cam 96 de exatos 1584 cm³, equipado com injeção eletrônica de combustível e câmbio de seis marchas. Outra novidade da linha Dyna é que a moto utiliza linhas de freio de malha de aço. Em função de seu porte, estilo, configuração e preço, a Super Glide Custom tem tudo para seduzir os motociclistas estradeiros. Mas como é na prática pilotar está primeira grande Harley-Davidson? Para responder esta pergunta colocamos a moto em seu habitat natural, a estrada. Nesse test-drive, o novo modelo da Harley rodou mais de mil quilômetros por rodovias paulistas e mineiras. De cara, a estradeira norte-americana impressiona pelo conforto e pela facilidade de condução. Nada mais sensato para quem é --marinheiro de primeira viagem-- pilotando uma Harley é incorporar o -espírito de tiozão-, fugir dos buracos, reduzir a velocidade e deixar a moto contornar a curva, suavemente, sem pressa de ser feliz. Frear dentro de uma curva, jamais! Por isso, o piloto inexperiente deve ter atenção redobrada. Senão, é chão na certa! Na versão testada, a Super Glide Custom estava equipada com um banco solo. Porém, de série o modelo traz um assento em dois níveis, já a versão Super Glide é que vem equipada com banco único.Motorização - O coração desta máquina norte-americana é o motor Twin Cam 96, de 1584 cm³, que esbanja torque - 12,3 Kgf.m a 3.125 rpm -, principalmente em baixos e médios regimes de rotação. Detalhe: o propulsor é o mesmo que equipa a linha Touring. Apoiado em coxins e sem balanceiro, a vibração do motor em marcha lenta é minimizada com a moto em movimento. Para os aficionados pela marca - que completa 105 anos em agosto -, isso não é um defeito, mas sim uma característica dos motores HD. Para os mais sensíveis e que não estão acostumados a pilotar uma Harley, a moto vibra em demasia. Por isso, engate logo a última marcha. Ideal para longas viagens, a sexta marcha over drive parece que acalma o motorzão V-Twin, que trabalha com giro mais baixo, oferecendo conforto e economia. Agora se o piloto precisar fazer uma ultrapassagem é só reduzir uma marcha e virar o cabo. A entrega de potência é gradativa, porém oferece muito vigor e segurança. Com velocidades variando entre 80 Km/h e R$ 130 Km/h, o consumo da Super Glide Custom ficou entre 23 Km/l e 17 Km/l. Com média de 19 Km/l, é possível rodar pouco mais de 350 quilômetros com um tanque de combustível (que tem capacidade para 19,3 litros).Acessórios - Além do motorzão e do ótimo custo benefício, essa HD também oferece ao piloto uma confortável posição de pilotagem. Como nenhuma Harley é igual à outra, o novo modelo comercializado no País pode receber inúmeros itens de personalização. E esse é um dos grande trunfos da Dyna. Por exemplo, com um investimento de cerca de R$ 10 mil em acessórios - pedaleiras plataformas, pára-brisa, sissy-bar, alforges etc - a moto ainda fica mais barata que uma Deluxe (R$ 57.900,00) ou uma Fat Boy (R$ 58.900,00). Detalhe: os três modelos compartilham do mesmo vigoroso motor V-Twin de 1584 cm³.DIFERENÇAS - Já a Dyna Super Glide, que tem preço sugerido é de R$ 36.900,00, é uma custom com apelo mais esportivo, evidenciado pelo banco solo riding e também pelas belas rodas de liga-leve. O painel é muito parecido com o utilizado na HD XL 883. Sob o tanque há o bocal em aço escovado, além de marcador de combustível, emoldurados por uma peça de alumínio. O modelo mais básico da linha Dyna tem tanque de combustível um pouco menor se comparado à versão Custom (18,2 litros).
FICHA TÉCNICAHarley-Davidson Dyna Super Glide Custom
MOTOR Dois cilindros em V, Twin Cam 96, refrigerado a ar
POTÊNCIA MÁXIMA n/d
TORQUE MÁXIMO 12,3 Kgf.m a 3125 rpm
CAPACIDADE CÚBICA 1584 cm³
DIÂMETRO X CURSO 95.3 mm x 111.1 mm
SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO Injeção Eletrônica de Combustível Seqüencial (ESPFI)
RELAÇÃO DE COMPRESSÃO 9.2:1
SISTEMA DE PARTIDA Elétrica
CÂMBIO Seis velocidades, com Cruiser Drive
TRANSMISSÃO FINAL Correia dentada
CAPACIDADE DO TANQUE 19,3litros
CHASSI De aço tubular de secção quadrada na trave principal
SUSPENSÃO DIANTEIRA Telescópica
SUSPENSÃO TRASEIRA Bichoque, com regulagem de pré-carga a ar
FREIO DIANTEIRO Disco simples de 300 mm
FREIO TRASEIRO Disco simples de 292 mm
PNEU DIANTEIRO D401F 100/90-19 57H
PNEU TRASEIRO K591 160/70B17 73V
COMPRIMENTO 2.355 mm
ALTURA DO BANCO 681 mm
DISTÂNCIA ENTRE-EIXOS 1.630 mm
PESO A SECO 295 kg
PREÇO R$ 39.900,00 - Aldo Tizzani/Infomoto

Rocker a caminho

Publicado ontem no //carros.uol.com.br/motos

20/06/2008 - 19h10
Harley-Davidson Rocker chega ao Brasil por R$ 59.900
Da Infomoto

Rocker faz releitura "macia" das hardtail, que não tinham suspensão traseiraA Harley-Davidson preparou uma bela surpresa aos motociclistas brasileiros. Trata-se da chegada da nova Softail FXCW Rocker, modelo apresentado oficialmente durante o Salão Duas Rodas 2007. Segundo a marca norte-americana, a Rocker faz uma espécie de releitura futurista das antigas motos "rabo duro", que não tinham suspensão traseira, e chega ao Brasil com preço sugerido de R$ 59.900 (sem frete).No mercado internacional, a Rocker é vendida em duas versões: standard (a que vem ao Brasil) e custom. Entre os diferenciais de cada uma estão os cromados em maior número no modelo custom, além de leves alterações no acabamento. Com a Rocker, a intenção da marca norte-americana é trazer para a linha de produção um modelo totalmente personalizado, bem ao gosto dos clientes.Na lista de destaques do modelo a ser vendido no Brasil estão os escapes duplos cromados, um robusto pneu traseiro de 240 mm, rodas de liga-leve e o banco do garupa retrátil, herdado da Rocker Custom. Para retomar o visual ao estilo "hardtail", mas agora utilizando suspensão traseira, os amortecedores ficam escondidos sob a moto. O nome Softail ("rabo macio", justamente o oposto do que o visual indica) é um jogo de palavras com essa característica.Segundo a Harley-Davidson essa seria a configuração ideal para os anseios do mercado brasileiro. Se eles estão certos, só o tempo irá dizer.

ESTILO DIFERENCIADOA novidade da Rocker está, definitivamente, em seu desenho. Sua bengala alongada aliada às rodas de liga leve com cinco raios conferem ao conjunto um belo visual. Toda essa harmonia fica mais marcante pela pintura prata acetinada de algumas partes da moto, como a capa do farol, guidão e reservatório de óleo. O painel de instrumentos é simples, e conta com o velocímetro fixado sob o tanque de combustível.Por falar em tanque, o reservatório de gasolina é construído no tradicional formato de gota, com aspecto bastante atraente. O assento do piloto baixo (622 mm de altura) conta com a novidade do banco do garupa retrátil -- algo que, embora descaracterize um pouco a harmonia do visual, é um acessório bastante útil para viajar acompanhado.Na traseira a Rocker usa um pára-lama amplo que encobre o avantajado pneu. Outro detalhe interessante está no grupo formado pelas luzes-espia. Ao contrário da versão norte-americana (mostrada nas fotos), a Rocker tupiniquim terá luz de freio separada dos piscas -- nada mais do que uma adequação à legislação vigente.

GRANDE MOTOR V2Não há novidades nas partes mecânica e ciclística da nova Rocker. O motor é o já conhecido Twin Can 96B com dois cilindros em "V" de 1.584 cm³, arrefecido a ar e equipado com injeção eletrônica de combustível (ESPFI). O torque anunciado está na casa dos 11 kgfm. O câmbio é de seis velocidades, com a transmissão final feita por uma correia dentada.O quadro tubular em aço tem seção retangular do tipo backbone. Os freios são a disco, com 292 mm diâmetro na frente e atrás. A suspensão dianteira usa um garfo telescópico com 127 mm de curso, e na traseira o curso é de 86 mm.No Brasil, a Softail Rocker vai estar disponível na rede de concessionárias nas próximas semanas com preço de R$ 59.900, sem despesas de frete. Apesar do preço um pouco salgado levando-se em conta o pacote oferecido, a nova Harley promete agradar àqueles que procuram exclusividade e destaque na multidão. (por Murillo Ghigonetto)

dia especial


Aos amigos que leem este blog vou pedir desculpas pelo assunto que não é relacionado com motos. Hoje, 21/06, é aniversário do meu filho mais novo: Nuno.


Fazem quatro anos que o pequeno lobinho nasceu e desde aquele dia não se passa um dia sem que o garoto não traga alegria para todos aqui em casa. Sempre muito alegre e espertinho, passando pelos perrengues normais de criança e fazendo muita bagunça, este molequinho fez a diferença aqui em casa, uma vez que inclusive os irmãos já eram adultos e cada um procurava seu caminho.


Criado dentro do melhor espírito da motocicleta: com liberdade de escolha e ensinado sempre a pensar sobre o que escolhe, esperamos que o nosso lobinho escolha o caminho das HD quando for seu momento.


Parabéns, filho.

irmãos de gasolina

No dia 19/05/08 tivemos mais uma comemoração dentro do Chapter RJ. Foi segunda feira e juntamos trinta pessoas, pelo menos 12 motos, fora os colegas que chegaram de carro.
Os colegas mais antigos no Chapter RJ ficam impressionados com essas coisas, chegando mesmo a dizer que nunca viram um grupo tão coeso quanto o grupo dos novatos. Ninguém consegue explicar, mas surgiu uma irmandade entre os membros mais novos, com todos querendo auxiliar e participar dos passeios e atividades.
Quando entrei para o HOG (junho de 2006 com a compra da minha Fat Boy) eu achei que as atividades se resumiam ao café da manhã e não havia uma interação entre os antigos que ficavam conversando em separado e os mais novos que não sabiam onde ir dentro da loja. Praticamente abandonei o café da manhã. Em outubro, com uma nova diretoria, houve uma tentativa de revitalizar os passeios e voltei a frequentar a loja, embora de forma esporádica.
Devo muito a minha esposa que insistiu em ir no X HOG Rally em Búzios, onde não tivemos uma grande acolhida (acabei sentando em uma mesa junto com colegas de SP), mas pelo menos já deu para começar a participar mais.
Após o HOG Rally, mudou a diretoria novamente (que permanece até hoje) e todos são unanimes em reconhecer o esforço dos diretores. O Chapter cresceu em participação, passeios passaram a ser uma rotina e os mais novos passaram a ser agregados de forma mais rápida, até mesmo porque houve renovação no desejo de participar e conquistar mais colegas para os passeios.
Hoje basta um telefonema que uma verdadeira rede sem fio faz espalhar onde vai ter encontro. A turma é unida, sempre disposta a fazer uma farra, respeita as diferenças existentes e conseguimos curtir uma estrada como poucos.
Eu posso dizer que é uma honra fazer parte do Chapter RJ e que vale a pena frequentar os encontros.Como disse o Roberto ontem a noite, somos todos irmãos.... irmãos de Harley, irmãos de gasolina e irmãos de estrada.

viagem em grupo: vale a pena?

Muitos colegas me perguntam se vale a pena viajar com um grupo tão grande. Como sempre temos dois lados. Vejamos quais os "contra" de se viajar em grupo: um grupo muito grande tende a ser lento, com paradas lentas e muitas vezes com esperas para banheiro e abastecimento. Além disso um grupo muito grande acaba tendo de ser disciplinado, com todos respeitando suas posições (a viagem não é uma corrida, mas sim um passeio e por conta disso a posição deve ser respeitada).
Os pontos a favor residem na segurança que você tem de não estar sozinho para resolver um problema, com um colega sempre cuidando de saber onde você está e no passeio com os amigos, afinal ninguém está apostando corrida.
Eu gosto de viajar com o grupo, é uma visão bacana quando você consegue olhar na estrada e só enxergar motocicletas, além do mais o espírito da Harley Davidson é exatamente esse: uma união que você não encontra em outros lugares.
É lógico que sempre tem a turma que acha isso uma tremenda babaquice, chamando essa turma que gosta de andar junto de "coxinhas" e achando que o melhor é chegar logo. Amigos, vamos esclarecer de uma vez por todas: o barato de viajar de moto, principalmente de HD, não é chegar e sim o passeio.
Apreciar a paisagem, tirar fotos de cima da moto, saber que a turma que você conversa está toda em volta, são coisas que não tem preço.Se você é Harleyro, vai valer sempre viajar em grupo, principalmente o seu grupo. Se você só tem interesse na velocidade e na adrenalina, vou te recomendar comprar uma esportiva, se vestir feito o Jaspion e passar a 250 km/h pelo trem de HD. O problema é que você vai parar um bocado para fumar um cigarro e esticar as costas, enquanto a gente vai estar passando...

HOG ou PHD?

PHD ou Proprietários de Harley Davidson é um grupo de, como eu, aficcionados por HD. Criado em Santa Catarina, estado que não possui autorizada HD, e já reune mais de 1000 membros em todo a América do Sul. Convivendo com o HOG, nem sempre de forma pacífica, o PHD se transformou em um fórum de harleyros, trocando idéias através de sua página na internet (http://www.phd-br.com/) mostra uma organização exemplar, chegando a promover um evento anual em Blumenau que vem reunindo um número de harleyros bastante comparável com os eventos oficiais do HOG.
Como não existe um Chapter do HOG em Santa Catarina, o PHD organiza passeios como se fosse um dos Chapters do HOG, só que com muito mais empolgação. O último passeio organizado pelo PHD foi o encontro em Mendoza na Argentina, onde poucos membros do Chapter RJ do HOG estiveram presentes.
Tanto o HOG quanto o PHD mostram que não é preciso se organizar em motoclube para manter viva a tradição de pilotar uma Harley Davidson. O PHD tem a vantagem de, não sendo patrocinado pela Harley Davidson, e portanto fora do controle do Grupo Izzo, apontar as falhas existentes na rede autorizada e apontar alternativas muito eficazes aos problemas que encontramos para manter as nossas motos andando ou simplesmente para que elas tenham a cara dos nossos sonhos.HOG ou PHD? Como harleyro, eu prefiro os dois, pois uma moeda sempre vai ter dois lados...

o HOG é um motoclube?


HOG é a sigla do Harley Owner´s Group, mantido pela Harley Davidson em todo o mundo. É um grupo de pessoas que tem em comum o fato de possuirem uma Harley Davidson. Não se exige habilidade, provas de iniciação ou subordinação à alguém. Basta você gostar de andar de HD, falar sobre HD e curtir uma HD. Muitos consideram o HOG coisa de "coxinha"... algo desclassificante dentro do ambiente daqueles que consideram andar de HD é coisa para biker.
O HOG é o grande pós-vendas do Harley Davidson. Seus eventos, que reunem pessoas que não consideram HD exclusividade de bikers, são grandes momentos para conversas, ver motos e mostrar a sua moto (motivo sempre de orgulho!).
No Brasil o HOG tem sua imagem associada ao Grupo Izzo, detentor da marca, e isso acaba atrapalhando um pouco, pois os representantes brasileiros não parecem muito preocupados com a reputação de suas lojas. Lojas que na maior parte do tempo só conseguem vender roupas, Este ano foi o primeiro ano em que vi a loja da HD do Rio de Janeiro com acessórios para as motocicletas. Como não sou dono da verdade e acho que cada um determina sua estratégia de mercado, o Grupo Izzo se esforça para vender motos e o HOG, representado pelos seus membros, se esforça para manter a lenda da Harley Davidson viva no Brasil. Se motoclube significar regras, códigos e hierarquia para seus membros cumprirem, o HOG não é um motoclube, mas se motoclube é algo para reunir amigos e se divertir andando de moto e conhecendo outros lugares, então o HOG é um motoclube.

Motoclube, moto grupo, grupo de amigos, afinal que nome dar?

Não existe um harleyro que ande sozinho na estrada, pois mesmo quando começa uma viagem sozinho vai encontrar um outro harleyro na estrada e mais outro e acaba se formando um pequeno grupo somente pelo prazer de andar em grupo.

Normalmente, vão existir vários amigos que vão comprar suas Harleys em algum momento, alguns antes, outros depois e muitos ao mesmo tempo. Com esses amigos a camaradagem é algo muito natural.

Mas existe algo de diferente quando, dentro de um grupo de harleyros, alguns passam a conviver com mais regularidade, formando um grupo mais unido do que um mero grupo de viagem.

Nessa hora tem sempre alguém que diz: "vamos formar um motoclube!". E é feito um estatuto, reuniões e outros encargos, como taxas e manutenções. Aí alguém diz que isso desvirtua o espírito do grupo, e volta a ser um grupo de amigos ou um moto grupo.

Hoje em dia eu faço parte de dois moto grupos: O HOG e o PHD. Mantenho contato com um grupo bastante eclético: os Biduzidos, e lógico tenho um círculo de amizades dentro do HOG, que são as pessoas com as quais eu tenho maior intimidade.

Harley Davidson é isso: você faz do jeito que quer e tem total liberdade para escolher o seu caminho.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Evento PHD em agosto

O PHD abriu inscrições para o seu evento anual a ser realizado em Blumenau e Pomerode no estado de Santa Catarina.

A inscrição tem valor de R$600,00 por pessoa, incluindo hotel e todo o evento a ser realizado de 15 a 17 de agosto. Os dados devem ser enviados através do site do PHD: http://www.phd-br.com/.

O evento é muito bem organizado e rivaliza com o HOG Rallye, vale a pena tirar dez dias para viajar e curtir o evento em Santa Catarina.

o que ler

Não sei se já perceberam mas é muito difícil encontrar uma revista editada pela dita imprensa especializada que seja realmente imparcial.

Como as nossas revistar vivem do patrocínio das grandes fábricas ou são editadas pelas mesmas (como a revista do Grupo Izzo) é raro encontrar uma motocicleta com pontos negativos nas avaliações que são feitas pelos repórteres especializados.

Eu procuro os sites na internet, de preferência aqueles que não tem compromisso com modelo ou marca, mas ultimamente esses sites tem sido bastante raros.

Os fórums da internet necessitam de muita paciência na leitura e muitas vezes não acrescentam nada ou muito pouca coisa.

O site http://www.motonline.com.br/ era uma opção bastante razoável em virtude da pouca necessidade de patrocínio, mas vem sofrendo intervenções externas e não tem conseguido mais se manter atualizado.

Tenho lido a parte de motos do http://www.uol.com.br/, que você acessa a partir do conteúdo carros do site, mas este também é pouco preciso e algumas vezes encontro algumas informações que não procedem.

No site lusitano http://www.motonline.pt/ encontra-se informações sobre modelos que nem sempre estão no mercado brasileiro, sem falar na necessária adaptação linguística que é necessária.

As revistas escritas eu procuro as novidades e dou uma olhada no texto para saber se vale a pena comprar. Duas Rodas e Moto são as mais vendidas e que necessitam de leitura mais crítica. A MotoAdventure é bastante superficial, quase uma Caras.

Já a revista Motociclismo tem parecido bem isenta, tendo mesmo produzido um dossiê sobre as motos custom disponíveis no mercado que, apesar da reportagem muita suscinta, serve como referência para comparação dos modelos da mesma marca e de marcas diferentes.

motoboy

Nós que andamos de HD sabemos bem o que é ter um motoboy azucrinando na traseira. Por regra eu dou passagem porque tudo o que eu não quero quando estou de motocicleta é me aborrecer com pilotos imprudentes como a turma dos motoboys.

Pensando neles, deixo uma frase que sintetiza bem o motoboy. A fonte é o fórum do http://www.motonline.com.br/, um site que trata de motocicletas e assuntos relacionados que anda passando por uma reformulação, mas o fórum continua bem movimentado.

"Motoboy é como pinto: tem cabeça e não pensa, vai e vem o dia todo, quer passar onde não cabe, às vezes se esfola, geralmente anda duro e de quebra ainda f@#$ os outros!"

domingo, 15 de junho de 2008

quando comprar uma custom

Dificilmente o motociclista escolhe a moto custom como sua primeira moto, pelo menos no Brasil. Nos EUA a moto custom já faz parte da cultura nacional e normalmente a primeira moto vai ser uma custom, mas no resto do mundo o motociclista deseja sempre começar com uma esportiva.

É claro que as esportivas normalmente estão longe do bolso do iniciante e ele acaba sempre comprando aquela 125 que todo mundo usa.

Com o passar do tempo, o motociclista vai querendo uma moto maior, mais potente e mais rápida... de repente esse motociclista que vive da adrenalina da velocidade acaba se cansando de manter o giro alto e das constantes trocas de marchas. Esse é momento em que o motociclista vai escolher a custom.

Moto custom é coisa de velho? Não sei. Eu mudei para as custom em 1997, andando com uma Vulcan e não me sentia nada velho naquela época. Foi mais um recomeço, trocando moto, emprego, esposa. Coisa de garoto!A moto custom vem no momento em que você não se incomoda mais com a opinião dos outros e quer simplesmente curtir a paisagem, e isso pode ser aos 18 ou aos 80!

Como virei harleyro

Depois de mais de vinte anos andando com as japonesas, comprei uma Harley Davidson. É um mundo completamente diferente! Para começar você é acolhido por um grupo de pessoas que aceitam você sem fazer perguntas ou exigências, basta ter uma HD. E olha que você nem precisa se preocupar em cumprir quaisquer obrigações para com o grupo. Se você vai ao encontro é sempre bem recebido, se você não vai, tem sempre alguém que pergunta por você, e se você some e volta todos te recebem como se você nunca tivesse de deixado ir.

É esse o diferencial que faz com que você se torne um Harleyro: o grupo de pessoas que compartilham a idéia de que uma motocicleta foi feita para fazer o que você quiser!

tabela Harley Davidson Junho/2008

Circula na web uma tabela para os modelos da HD, que segue abaixo:

"Tabela Izzo junho 2008
Tabela da Izzo (preços validos para pgto a vista & financiamentos - acrescer o frete de 2,630 em todos os modelos)
Sportster 883 - 24,900
Sportster 883 R - 28,900

Dyna Super Glide - 34,900
Dyna Super Glide Custom - 38,900

Softail Standard - 39,900
Heritage "Custom" - 42,900
Softail Deluxe - 48,900
Fat Boy - 50,900
Heritage Classic - 51,900
Rocker - 59,900

Road King Classic - 56,900
Road King Classic Anniversary Ed - 58,900
Electra Glide Classic - 59,900
Ultra Classic Electra Glide - 69,900

V-Rod - 76,900
Night Rod Special 84,900

Screamin' Eagle Springer - Vendas Suspensas
Screamin' Eagle Road King - 105,900
Screamin' Eagle Ultra Classic - 124,900

Reparem que a Rocker já aparece nessa tabela, mas a Nightster não. A Night Train deixou de aparecer e a FX continua viva apesar dos boatos de que seria descontinuada (apesar de estarem aparecendo bem menos nas lojas da HD), e dizem os boatos que a Night Train deixa de vir para o Brasil para abrir espaço para a Rocker, coisa que não concordo pois tem mercados distintos.

Aliás, a descontinuidade da Night Train é uma surpresa uma vez que a matriz americana está apostando suas fichas nas Dark Custons como a Cross Bones e a Nightster.

O preço das Dyna subiu, assim como o preço das Sportster dando margens à especulações de que este seria um movimento no sentido de encaixar a Nightster entre a 883 R e a Dyna.

Como dizem os "astrologos": quem viver, verá.

Casa Nova

Mudança é algo sempre trabalhoso, mas quando a casa nova te proporciona mais conforto vale a pena.

Estou mudando do domínio zip.net para o domínio blogspot porque este modelo dá maior liberdade para postar, podendo incluir fotos e vídeos de forma mais fácil.

Vou trazer algumas postagens do zip.net para a casa nova e mesclar com postagens novas.

Espero que este domínio seja mais fácil de deixar comentários e assim possamos fazer deste blog um local para troca de experiências.