quinta-feira, 29 de janeiro de 2009




Hoje é aniversário da Silvana, minha esposa, minha cúmplice, minha companheira e a minha maior motivadora para entrar no mundo da HD.

Não fosse pelo apoio e incentivo que me deu no momento de comprar minha Fat Boy, hoje ainda estaria andando de Drag Star ou Boulevard, sem conhecer esse mundo completamente diferente da Harley-Davidson.

Também não fosse pela persistência dela, o meu caçulinha Nuno não teria nascido e a vida seria bem menos completa.

Feliz aniversário, meu amor! Amo você e quero que você ainda me acompanhe em muitos kms de HD. Parabéns!

Programação HOG RJ - Março

já está decidida a programação do HOG Chapter RJ para Março. Preparem-se.


7/3 - Bate e Volta: Parque da Cidade em Niterói. Saída da loja às 10h30

12/3 - Night Train: Balada Mix - Av. Érico Verissímo - Barra a partir das 20h

14/3 - Bate e Volta: Itaipava - café da manhã na Loja da Richards no Shopping Estação Itaipava - Saída da loja às 9h00

25/3 - Night Train: Aniversariantes do mês - Rota 66 - Leblon a partir das 20hs

28 e 29/3 - Bate e Fica: Penedo em hotel a definir - Saída do Parque dos Patins às 9h00.


Penedo é uma cidade que sempre vale a pena ficar para curtir a noite, mas para quem não puder ficar será uma ótima opção de Bate e Volta.

Hamilton está de volta!

Hamilton, criador do BlHOG está de volta a ativa.

Durante meses o BlHOG (www.blhog.blogger.com.br) foi o principal canal de comunicação do Chapter RJ do HOG. Nosso querido Hamilton era responsável pela divulgação da programação e fotos dos passeios e eventos que o HOG-RJ executava e esteve fora do ar durante o final do ano.

Agora junto com a nova diretoria do HOG-RJ, o BlHOG voltou com a força toda.

Acompanhe a programação e as fotos dos eventos, além de deixar comentários na página de comentários do BlHOG. Use novamente o canal aberto pelo Hamilton para se comunicar com o HOG-RJ.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

SERT e Super Tuner

A grande dificuldade que tenho para fazer alterações na injeção da minha moto é falta de ferramental. Eu adotei o SERT (Screaming Eagle Race Tuner) para poder modificar, mapear e ajustar a injeção da minha moto.

Os motivos foram o fato de ser esse o modo de manter a injeção funcionando como foi projetada (nada de adds-on, módulos ou enriquecedores de mistura) e a minha moto ter sua mecânica totalmente Harley-Davidson, pois até na escolha das ponteiras fiz a escolha pelos Screaming Eagle (além do filtro de ar completando o stage I do Kit 95).

Com isso qualquer alteração deveria ser tranquila, mas não foi, muito por conta do mau treinamento dos mecânicos da HD-RJ em tratar de injeção eletônica.

Com a ajuda do Álvaro, um pouco de paciência e alguns drives de computador para solucionar a falta de cabos adequados (já foram devidamente encomendados na HD Adventure - www.hmhd.com e custam U$ 27,00) consegui fazer o ajuste da minha injeção.

Além dos cabos enfrentamos outro problema: a mudança do software para ajustar a injeção. A HD disponibiliza através da sua divisão SE peças e softwares para ajustes de performance das motos.

O meu SERT veio com a versão G do SERT e custou R$ 1200,00 junto com o serviço de remapeamento feito na loja HD RJ. Nos EUA esse equipamento custava U$ 400,00 e recomendava cerca de 2 horas de mão de obra para o serviço.

O software do Álvaro já é uma versão superior e leva o nome de Super Tuner (não tem preço no Brasil e custa U$ 500,00 e recomenda cerca de duas horas para remapear).

O software mais moderno é mais "user friendly" e não necessita tanta manipulação de tabelas para determinar qual o mapa mais indicado. Os ajustes são feitos de maneira idêntica (incrementos de unidade no mapa), mas a entrada deixou de ser serial e passou a ser USB.

Essa mudança de entrada da comunicação da injeção com o computador nos custou um tempo para instalar o programa com a versão antiga (o novo não se comunica com a interface mais antiga) e um adaptador para porta serial (quero ver alguém achar um notebook com entrada serial hoje em dia).

Você pode ajustar todos os parametros da injeção, desde o percentual de mistura na marcha lenta (não se consegue uma rotação inferior a 750 rpm) até o intervalo de tempo da injeção de combustível para mistura. O ponto da ignição também é regulado nesse programa.

Ponto negativo: a interface (parte principal do equipamento) fica casada com a moto onde você a utilizou. O chassi da moto é gravado na interface e não permite que seja utilizado em mais nenhuma motocicleta.

Conclusão: produto é ótimo, a evolução para o Super Tuner é fantástica (mais fácil de usar, pode fazer um log de até 15 minutos para você comparar com o mapa original e ver onde necessita de ajuste - se você tiver paciência, você pode dispensar o uso de um dinamômetro para ajuste fino da injeção) e vale a pena o investimento se você pretende ficar com a moto durante muito tempo porque dificilmente alguém irá dar valor a esse acessório no momento da revenda.

Um cuidado se faz necessário: no momento da compra certifique-se que o SERT ou Super Tuner está lacrado para evitar o estresse de descobrir que comprou algo que não poderá ser usado em outra moto além da moto que usou pela primeira vez a interface.

Falhas na aceleração da Fat Boy

Eu fiz revisão na minha Fat Boy, mas a oficina onde fiz a revisão não tem ferramental adequado para verificar, mapear e ajustar a injeção eletrônica, o que não é demérito algum se levarmos em conta que a autorizada, apesar de possuir o ferramental adequado, também não consegue fazer isso.

Eu digo isso porque a minha Fat tem uma falha na aceleração, basicamente no momento da retomada, que atrapalhava bastante o uso da moto em baixa rotação. Na revisão de 8000 km reclamei disso e a autorizada deu um diagnóstico de bico de injeção, trocados após nove meses de espera. Realmente melhorou, mas não resolveu.

Recomendaram o SERT e remapear, fiz isso na autorizada e também não resolveu. Deram diagnóstico de mangueira furada (micro furos foi o diagnóstico), trocou e não resolveu. Depois da revisão de 16000 km o problema passou a ficar mais crônico e a gente vai levando, afinal já tinha trocado bico, remapeado, trocado mangueira.

Na revisão de 24000 km, feita fora da autorizada, descobri uma vela frouxa quando troquei as velas e já havia pedido um cabo de velas novo, também trocado. O problema amenizou, a baixa rotação ficou mais homogênea, mas a falha permanecia.

Um amigo do Chapter RJ, o Álvaro, havia remapeado em casa seguindo as orientações do Paulo Couto (colunista do Motonline - www.motonline.com.br) que também havia feito isso. De conversa em conversa, o Álvaro veio me ajudar a remapear a injeção.

Consegui resolver o problema da falha (ou pelo menos diminuir a quase zero): aumentamos o intervalo de tempo da injeção acima de 48º (quando a moto começa a aquecer) e a falha desapareceu (ou diminuiu).

Pergunto: se dois apaixonados por Harley-Davidson que estudam um pouco mais a literatura técnica conseguem resolver um problema crônico de mais de um ano ocorrendo, por que os mecânicos, treinados pela autorizada, não conseguem?

domingo, 25 de janeiro de 2009

Para quem tem dúvidas sobre qual softail comprar.

De cara é preciso ter em mente que a linha softail está menor para 2009: os modelos FX (FXST) e Night Train (FXSTB) estão fora da linha de montagem para dar espaço para a linha de montagem da NIghtster e XR1200, portanto se você quiser uma dessas já sabe que vai ter de procurar no mercado de usadas.

E esses modelos não sairam de linha porque tem defeitos ou problemas, saem por conta de decisões gerenciais. As duas são irmãs, diferindo no acabamento(a Night Train tem acabamento preto fosco e a FX tem acabamento cromado/fosco no motor, caixa e suspensão), e a roda fina na frente tem muitos fãs (eu inclusive) por aproximar-se mais do modelo chopper tradicional.

Motores e caixas iguais, com pedaleiras avançadas e sem fazer uso das pedaleiras, as duas tem condução semelhante diferindo no conforto por conta dos guidões (o guidão T-bar da Night Train é muito desconfortável para um piloto mais baixo) e dos bancos (o banco da FX é muito mais macio e muito proprietário de NT tem um banco de FX para viajar). O pneu 200 traseiro adotado a partir de 2006 dá um charme especial para as motos mais novas sem prejuízo na pilotagem (aconselho firmemente a troca do pneu 90/90 dianteiro por um 120/90 ou 120/70 pois cabem no mesmo aro e a pilotagem fica mais confortável). A FX, por tratar-se de modelo de entrada (papel hoje ocupado pela Heritage custom) admite maior número de customizações, coisa que a Night Train não permite por conta do visual mais "bandido". Os aros são raiados e usam câmara de ar.

Os modelos que restaram em produção: Heritage custom e classic, Fat Boy e Deluxe, são muito parecidos, diferindo em detalhes e posição de pilotagem.

A Deluxe é para um público bem específico que procura um modelo clássico. O banco do garupa é pequeno e para quem vai levar garupa precisa ser trocado. O banco do piloto é o que tem a posição do piloto mais perto do tanque e comandos, dando muito conforto e confiança para o piloto que não está com altura acima de 1,75m (é o banco mais baixo da HD: 62 cm). Em termos de acessórios, não serão todos que vão ficar bem na moto pelo fato da moto ter um visual extremamente clássico. Os aros raiados obrigam o pneu a ter câmara de ar e tem tamanho de 16" o que deixa a moto mais baixa que a Fat Boy. É o modelo mais "amigável" da linha, qualquer um que sente na moto sai rodando sem problemas. Se você não tem mais de 1,75m e gosta do visual clássico é a melhor escolha. O preço fica entre o da Fat Boy e o da Heritage Classic.

A Fat já é um modelo que podemas chamar de mais esportivo, o guidão é diferente e tem pegada bem característica. Os bancos são mais confortáveis para um piloto grande e a garupa não reclama como no banco da Deluxe. Os aros fechados dão uma pilotagem bem diferenciada quando a gente pega uma turbulência ou vento lateral, mas a gente acostuma. Em termos de acessórios quase tudo vai bem na moto, mas é difícil encontrar alguém que queira transformar muito a moto (mas eles existem: já vi uma Fat "classic" com wind shiel, plataformas para garupa, sissy bar, churrasqueira, alforges fixos e banco mais largo para o garupa), normalmente trocam-se tampas e coisas como punhos e pedaleiras e coloca-se um sissy bar. De acordo com as especificações é o motor onde o torque aparece mais cedo possibilitando uma tocada mais agressiva. Os aros 17" a deixam como a moto mais alta da linha e o pneu traseiro 200 tem alguns críticos. As Fats anteriores a 2006 usam aros 16" que a deixam mais acessível para o piloto mais baixo e o guidão de 1" ajuda muito na hora de customizar (os modelos mais novos tem guidão de 1 1/4" acarretando problemas para a colocação de risers ou até mesmo troca de guidão). Em todos os modelos os pneus não usam câmara de ar. O preço é o mais caro da linha softail.

A Heritage é medida certa para quem fazer pouco na moto. A classic vem completa (falta só a churrasqueira e trocar punhos e pedaleiras) e já está pronta para viajar. O guidão é o meio seca e para o piloto mais alto dá um conforto fora de série sem prejuízo para um piloto mais baixo. Os aros são raiados por conta da presença da câmara de ar, mas a ciclística fica muito neutra com os aros 16" (esterça bem e deita muito, embora a Fat e os aros 17" fique mais a vontade para raspar as pedaleiras). A custom já vem mais pelada, mas a diferença de preço é considerável, e com outro guidão (bem parecido com o da Fat antiga) onde normalmente vai bem um riser para levantar o guidão. como o guidão é mais baixo, a ciclística fica bem mais agressiva que a da classic. Os bancos da Heritage (os dois modelos) são os mais confortáveis de todas e a sua garupa vai agradecer muito a troca (ainda para quem estiver vindo da 883). A custom seria a minha opção se quisesse um motor 1600 e caixa de seis marchas por ser a mais parecida com a minha Fat Boy (guidão, posição de pilotagem, aro traseiro 16") além de ter o preço mais em conta de todas, já o preço da Classic é um pouco mais barato que o da Deluxe, mas os acessórios originais pesam na hora de escolha pois se você decide comprar os acessórios para posterior colocação a conta acaba ficando mais cara.

Melhorou ou piorou?

um texto interessante

Eu costumo olhar alguns blogs que tratam de motocicleta. Este texto foi postado pelo PHD Roque (http://wilsonroque.blogspot.com), com uma chamada no site do PHD (www.phd-br.com) e achei bastante interessante e decidi divulgar também.

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Anti-preconceito contra as motos - Dicas de Segurança


Primeiro, as definições:

1. Moto é PILOTADA, não DIRIGIDA. Carro a gente dirige. Moto a gente pilota. E isso nada tem a ver com excesso de velocidade ou corridas e rachas.

2. Moto: Veículo motorizado de 2 rodas plenamente capaz de circular pelas vias. Técnicamente designada como motocicleta ou motoneta, no CTB (Código de Trânsito Brasileiro – Lei 9503 de 23 de Setembro de 1997).

3. Motoqueiro: Pessoa que sabe colocar uma moto em movimento e acha que sabe pilotar.

4. Motociclista: Pessoa que sabe pilotar uma moto e pilota com prudência.

5. Cachorro-louco: Motoqueiro que anda desrespeitando o maior número possível de leis de trânsito. Raramente pára em um semáforo, sempre está acima do limite de velocidade da via, e muito acima do limite de velocidade segura da moto que está pilotando.

6. Motoboy: Pessoa que trabalha no ramo de transporte de mensagens e encomendas. É um trabalhador que usa uma moto como ferramenta de trabalho. Motoboys podem ser Motoqueiros ou Motociclistas, inclusive alguns são Cachorros-Loucos.

7. Bandido: Pessoa que subtrai os pertences (ou tenta) de outra pessoa, por meio de intimidação, coação ou violência.

Agora, os fatos:

1. Quem pilota moto não necessariamente é motoqueiro.

2. Quem pilota moto não necessariamente é motoboy.

3. Quem pilota a moto não necessariamente é bandido.

4. Quem pilota moto raramente quer morrer (exceto se for Cachorro-louco ou Bandido) .

5. Motociclistas trabalham, tem família, e usam a moto para ir e vir, ou passear, da mesma forma que os motoristas fazem com seus carros.

6. Bandidos não trabalham, sua renda vem principalmente da subtração dos pertences e dinheiro de outras pessoas.
7. Motos são pequenas e rápidas, por isso são muito usadas por bandidos, mas isso não faz com que toda e qualquer pessoa em cima de uma moto seja um bandido.

8. Motos tem os mesmos direitos que os carros.

9. Motos tem SIM o direito de andar pelos corredores. O Artigo 56 do CTB, que proibia as motos de circular pelos corredores foi VETADO pelo então Presidente Fernando Henrique Cardoso (ver nota, abaixo).

10. Motos NÃO são perigosas. Perigosos são os pilotos irresponsáveis e os motoristas irresponsáveis em sua volta.

11. Motos devem ser estacionadas a um ângulo de 90 graus (ou próximo disso) em relação a guia. Desta forma, ela ocupará a mesma largura que um carro ocuparia se estivesse lá, com a vantagem de ocupar pouco espaço no comprimento. No espaço de um carro podem estacionar até 6 motos pequenas ou 4 grandes.

12. Existem motos de todos os tamanhos e preços, assim como carros. Motos podem estar em perfeito estado de funcionamento e conservação, ou quebradas, ou com problemas mecânicos, assim como carros. Motos exigem manutenção, assim como carros. Motos quebram, assim como carros. Motos são duráveis e boas, assim como carros.

Agora, as dicas:

1. Procure não chamar qualquer pessoa que usa uma moto de Motoqueiro. Você pode acabar ofendendo esta pessoa.

2. Procure não demonstrar pena, raiva, ódio, ira ou preocupação ao saber que alguém de seu meio usa uma moto. Isso não faz sentido. Se for uma boa pessoa sobre os dois pés, será também sobre uma moto.

3. Procure não falar sobre os perigos de andar de moto. Acredite, ele ouve isso o tempo todo, já está cansado de tanta perseguição e provavelmente ele nem se importa com a sua opinião sobre isso.

4. Procure não fechar uma moto no trânsito, da mesma forma como não faria se fosse um carro.

5. Procure manter o corredor entre a primeira e a segunda faixas da esquerda livre para que as motos passem. Você está de carro e já está preso no transito, não há o que fazer a não ser esperar, seja paciente. Fechar o corredor não vai fazer o transito andar mais rápido. Pelo contrário, acabará por piorar a situação.

6. Se você precisar trocar de faixas com seu carro, olhe no retrovisor antes, para ver se vem vindo uma moto. Se vier, aguarde que a moto passe antes de trocar de faixa. Dê a seta para sinalizar a sua intenção. Quando for trocar, faça-o rapidamente, evite demorar e ficar entre uma faixa e outra. As motos se aproximam muito rapidamente. Lembre-se da dica número 5 – Mantenha o corredor livre.

7. Em auto-estradas e rodovias, motos podem andar na mesma velocidade dos carros. Motos não precisam costurar os carros para fazer ultrapassagens. Se uma moto pedir passagem, dê. Não espere que ela desista e o ultrapasse pela direita, afinal, isso é proibido de acordo com o CTB.

8. Se uma pessoa de moto bater em seu carro, ela deve pagar seu prejuízo. Você tem todo o direito de anotar a placa e procurar uma delegacia. Se você danificar uma moto, o proprietário também tem o direito de procurar uma delegacia e exigir ressarcimento. Não resolva nenhum problema deste tipo na rua. A polícia existe para isso.

9. Se você derrubar uma pessoa em uma moto, ou se uma moto simplesmente aparecer e bater em seu carro, PARE E PRESTE O SOCORRO. Por pior que seja a situação, ainda é melhor do que fugir sem prestar socorro. Sua obrigação é prestar socorro em qualquer situação, e não apenas quando você é o errado na história. Se preciso, peça ajuda a outros motoristas. Eles também são obrigados a ajudar, e se eles se omitirem, anote a placa e denuncie.


Nota:
Redação original do artigo 56 do CTB, vetado pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso:
"Art. 56. É proibida ao condutor de motocicletas, motonetas e ciclomotores a passagem entre veículos de filas adjacentes ou entre a calçada e veículos de fila adjacente a ela."
Razões do veto:
"Ao proibir o condutor de motocicletas e motonetas a passagem entre veículos de filas adjacentes, o dispositivo restringe sobre maneira a utilização desse tipo de veículo que, em todo o mundo, é largamente utilizado como forma de garantir maior agilidade de deslocamento. Ademais, a segurança dos motoristas está, em maior escala, relacionada aos quesitos de velocidade, de prudência e de utilização dos equipamentos de segurança obrigatórios, os quais encontram no Código limitações e padrões rígidos para todos os tipos de veículos motorizados.”

(Texto original de autoria de Simone Barreto, do MG Aranhas do Asfalto, de Camaçari, BA)



Postado por Wilson Roque às 18:32
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sábado, 24 de janeiro de 2009

Ecos do café da manhã na Loja HD RJ

Hoje estava programado passeio para Rio Claro/Passa Três que foi cancelado pelo mau tempo. Muita gente na loja, muitos carros e algumas motos.

A turma que foi de moto decidiu se aventurar, e junto com o Rodolfo (diretor) foram para Rio Claro. De acordo com o Rodolfo, que foi de carro, a viagem foi tranquila, com chuva somente na Dutra e no momento em que falava com ele estava caindo um temporal e iam aguardar uma estiada para retornar.

Na loja já se falava na linha 2009 e nas listas para reservar a Nightster, XR1200, Dyna e Road King. Pagamento à vista ou financiamento com juros, não existe previsão de promoção de entrada e 24 sem juros. A Sportster 883 virá somente na versão R e as 1200 tem diferença mínima para a Dyna. A Roda King tem preço previsto para R$ 67.000 e as Fat Boy vem com preço de R$ 58.000.

A linha softail vem com pequenas diferenças (basicamente pintura e tampas da primária)e as Sporsters 1200 já estão em exibição em São Paulo (confirmado no site dos Biduzidos).

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Estrelas da linha HD 2009

Já temos as estrelas da linha 2009 da HD. Além das novas touring que vem com inúmeras alterações mecânicas, chegam ao Brasil a Nightster e a XR1200.

As duas fazem parte da família Sportster que foi desfalcada ao longo dos anos dos modelos Custom e Low, ambas com motorização 883, e este ano sai de linha o modelo Standard, também 883.

Ficou a Sportster 883R para quem quiser uma Sportster com motor 883 e as novas Nightster (cerca de R$ 41.000) e XR1200 (cerca de R$ 42.000) ambas acrescidas do valor do frete.

E se vocês não acreditam que esses modelos vão vender, já dão conta de fila de espera sendo formada para entrega em 40 dias.

A HD Bandeirantes, a mega loja do Grupo Izzo, programou o lançamento desses modelos para este sábado durante o café da manhã. Aguardaremos as notícias da terra da garoa para começar a torcer para que os modelos aportem em terras cariocas para pelo menos fazermos o "ass-drive" no café da manhã.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

programação HOG Chapter RJ

Recebi a programação do Chapter RJ do HOG para Fevereiro/2009. Temos passeios curtos e não tão curtos. Não foi programado nenhum Bate&Fica, mas temos Bate&Volta para todos os gostos.




Como o sítio eletrônico da HD mudou, procure pelos links: HOG>sobre a HD>Chapter Barra (sabe-se lá porque o Grupo Izzo decidiu chamar o Chapter RJ pelo bairro e não pela cidade).

Nightster

Recebi um e-mail encaminhado por um amigo de São Paulo onde a Nightster começa a ser oferecida para comercialização pela HD-Bandeirantes, com preço e condições. Retirei os dados pessoais do vendedor para evitar problemas posteriores e estou copiando o teor da mensagem que divulga a Nightster.

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----- Original Message -----

From: xxxxxx

To: xxxxxx

Sent: Thursday, January 15, 2009 1:37 PM

Subject: NIGHTSTER 2009


CAROS AMIGOS!


É COM MUITO ORGULHO QUE VENHO APRESENTAR E NIGHTSTER 1.200cc 2009.

R$ 38.900,00 + FRETE R$ 1.300,00

PARA PAGAMENTO À VISTA OU FINANCIADO EM ATÉ 60X.

PARA RESERVA PECISO DE 30% DE SINAL OU SEJA R$ 12.060,00 E SALDO RESTANTE NO FATURAMENTO DA MOTOCICLETA À VISTA OU FINANCIADO.

QUALQUER DÚVIDA ESTOU A SUA DISPOSIÇÃO.


xxxxxx

Depto de Vendas

Harley-Davidson Mega Store Bandeirantes

Tel: XXXXXX Nextel: XXXXXXX

XXXXXXXX@harley.com.br"

Agora a pergunta: por R$ 41000,00 não vale a pena investir em uma Softail ou em uma Dyna? Ou até mesmo comprar uma Sportster 883 e transformar seu motor com kits de qualidade reconhecida (inclusive existe um kit desses da própria HD)?

Será que a exclusividade vale tanto assim?

tabela de preços HD dos últimos modelos 2008.

A linha 2009 ainda não chegou (só se sabe que as Sportsters 1200N - Nightster e a XR1200 estão com lista de espera para 30 dias), mas a tabela mudou:

Tabela de preços HARLEY-DAVIDSON modelos 2008

Janeiro de 2009

MODELOS/ PREÇOS

Sportster XL 883 (XL 883) R$ 29.900,00

Sportster XL 883R (XL 883R) R$ 33.900,00

Dyna Super Glide (FXD) R$ 39.900,00

Dyna Custom (FXDC) R$ 39.900,00

Heritage Custom (FLST) R$ 46.900,00

Rocker (FXCW) R$ 63.900,00

Fat Boy (FLSTF) R$ 58.900,00

Heritage Classic (FLSTC) R$ 59.900,00

Deluxe (FLSTN) R$ 57.900,00

Road King Classic (FLHRC) R$ 61.900,00

Electra Glide Classic (FLHTC) R$ 66.900,00

Electra Glide Classic (FLHTC) Pil.Aut. R$ 68.900,00

Electra Glide Ultra Classic (FLHTCU) R$ 79.900,00



V-Rod (VRSCAW) R$ 84.900,00

VRSCDXA 2008/2008 R$ 89.900,00

Springer SE (FXSTS SE) R$ 102.900,00

Road King SE (FLHR SE) R$ 105.900,00

Ultra SE (FLHTCU SE) R$ 124.900,00



XL 883 SPEC 2 R$ 74.900,00

XL 883 SPEC 3 R$ 84.900,00



Notas:

* Esses preços poderão mudar a qualquer momento sem aviso prévio;

* As vendas podem ser suspensas a qualquer momento;

* Frete todos os modelos R$ 2.630,00.

domingo, 18 de janeiro de 2009

motor TC96 anda mesmo!

Sai para uma volta hoje com alguns amigos, todos com HDs equipadas com o motor TC96 e em certo momento partimos para ver até onde iam as motos.... olha, vou dizer que a minha Fat com o TC88B anda direitinho, mas não deu para acompanhar a Electra do Marcelo Melodia.

Equipada com o motor TC96, que nas touring rende sete cavalos a mais que os motores TC96B, a Electra arrancou em um sinal na av. das Américas e partiu decididamente para chegar na frente de todos que sairam naquele sinal.

Levei minha Fat até o limite de corte em três marchas e não consegui alcançar a Electra (alcancei a outra Fat e deixei uma Fat TC96 para trás).

Para quem tem a EG, posso dizer que vale a pena trocar as ponteiras e deixar o motor mais livre;

Se você quer uma HD para longos trechos de estrada em ritmo mais elevado, a EG não vai te decepcionar. Se você anda procurando uma HD rápida e versátil, considere a
Dyna como uma opção, mesmo motor e quadro das EGs e peso inferior devem deixar a moto um verdadeiro canhão na estrada e na cidade.

posse da nova diretoria do Chapter RJ do HOG

A nova diretoria foi empossada oficialmente no sábado 17/01 e foi organizado um passeio de improviso,vez que o restaurante "Os Esquilos" não poderia receber o HOG por conta de reserva anterior.

O passeio foi pela Zona Sul, subindo pelo Horto até a Vista Chinesa e retornando para a Barra pelo Alto da Boa Vista até parar na Ilha do Sol para almoço.

Trinta e duas motos participaram do passeio que saiu da loja HD na Barra às 11h30 e chegou no restaurante às 13h30. No almoço os colegas se fartaram com uma feijoada e a tarde terminou às 17h30.

Parabéns à nova diretoria que conseguiu contornar o problema e organizou um passeio que agradou a todos.

Agora vamos à Rio Claro/Passa Três para a feijoada do Jacy.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Revisão Fat e FX

Fiz revisão na Fat Boy como previsto e na FX, um pouoo adiantada por pequenos problemas que percebi enquanto andei com a moto durante a estada da Fat Boy na oficina.

As revisões foram feitas na Brazil Custom com o Adriano, muito atencioso e muito eficiente. Custo da brincadeira: R$ 740,00 para a revisão da Fat e R$ 380,00 para a revisão da FX, além de R$ 380,00 para tampas cromadas dos reservatórios de fluído de freio dianteiro e traseiro (totalmente corroídas por vazamento de fluído devido a aperto excessivo dos parafusos fazendo as juntas estourarem) e fixações dos piscas dianteiros cromadas para substituir as antigas totalmente enferrujadas e sem aperto (o pisca direito rodava em falso na contra-porca) e R$ 150,00 em uma tampa de combustível "flames" para compor o visual da FX.

Detalhes das revisões: moto parada na oficina apenas um dia (ao contrário de cinco dias na oficina autorizada), verificou itens que não haviam sido verificados até então(quando foi para o reaperto e regulagem da suspensão dianteira descobriu-se que o parafuso de fixação da mesa dianteira da Fat estava PARTIDO, com um pedaço apoiado no outro não garantindo a integridade da suspensão dianteira) e o custo da mão de obra bem abaixo do praticado pela oficina autorizada sem perda de qualidade no serviço.

Outro detalhe significativo foi o nível de óleo da FX: faltava um litro para completar o nível do óleo do motor sem que houvesse qualquer indício de vazamento ou motivo para esse consumo excessivo. As suposições para este fato são várias e como são só suposições não adianta tecer comentários a esse respeito.

Na revisão da Fat foram trocados os lubrificantes do motor, caixa de marchas (primária) e suspensão dianteira (bengalas). Foi trocado também o fluído de freio, tampas dos reservatórios de fluído de freio, reaperto, limpeza e regulagem de freio, acelerador e embreagem. Detalhe foi a observação do Adriano dizendo que as pastilhas traseiras (estão com 16000 km rodados) estão no final, mas ainda rodam mais um pouco e se recusou a condená-las para trocá-las sob argumento de ainda duram mais um pouco. Na comparação com a oficina autorizada que recomendou a troca dessas mesmas pastilhas quando foi feita a revisão de 8000 km, condenando-as mesmo com um resto de vida útil, percebe-se a lisura da oficina independente. Velas haviam sido trocadas antes e estou esperando cabos novos que não chegaram de São Paulo. O resultado final foi uma moto mais macia, com engates melhores e freios com acionamento mais progressivo. A suspensão dianteira está mais firme e recomendo a troca do lubrificante em períodos menores para motos que trafegam muito na cidade ou em pisos muito esburacados (sempre se pode encontrar um parafuso quebrado).

A questão do afinamento da injeção permanece em aberto vez que no Rio de Janeiro não encontrei técnico capaz de fazer regulagem (faltam maiores informações sobre o independente da BMW que faz os bicos por fora mexendo nas injeções de marcas diversas). A minha intenção é levar a São Paulo para afinar na HD Pimenta como já postei antes. Se depois da afinação a moto render o que espero o projeto comando de válvulas vai ser encostado, se ocorrer o contrário vou continuá-lo.

Na revisão da FX (feita aos 19000 km) não havia nada problemático. Foram substituídas as pastilhas traseiras desgastadas pelo tempo (vitrificaram e estavam se desmanchando sem dar o devido atrito para parar a motocicleta) e foram substituídos lubrificantes de motor e caixa. A sangria do fluído de freio ficou para a próxima revisão já que não lembro se foi feita ou não.

Como foi a Silvana que pegou a moto na oficina ainda não andei com a moto, mas de acordo com ela, a moto está ótima e reclamou um pouco dos engates (a alavanca da caixa de marchas foi limpa e regulada, já que estava prendendo um pouco). Pretendo confirmar essa impressão.

Concluindo, a Brazil Custom não deve nada à oficina da HD RJ em termos de serviço, pelo contrário: para quem tem pressa ou não quer ir a Barra por morar fora da Barra da Tijuca, a Brazil Custom é opção excelente. O único pecado da Brazil Custom é não resolver problemas ligados à injeção, mas isso a autorizada também não consegue.

programação Chapter RJ Janeiro/2009

A nova diretoria do Chapter RJ será empossada oficialmente no próximo sábado 17/1. Os diretores serão apresentados durante o café da manhã e pretendem fazer um passeio curto até a Floresta da Tijuca, com almoço no restaurante "Os Esquilos".

O restaurante é muito aconchegante e o passeio bem bacana, apesar de curto. Vai servir para o grupo se reencontrar depois das festas de fim de ano e confraternizar com a nova diretoria. Um aviso: o restaurante "Os Esquilos", por não ter linha telefônica, não aceita cartão de crédito ou débito. Portanto aqueles que quiserem almoçar devem se precaver com dinheiro ou cheque.

No sábado seguinte (24/1) o Jacy está convidando a todos os Harleyros para a feijoada na sua fazenda em Rio Claro/Passa Três (saída no km 237 da Dutra). Somente a bebida será cobrada e o Chapter RJ já confirmou participação na feijoada. Saída da loja HD Barra às 10h30.

E por último, no sábado 31/1 está marcado passeio para Itaipava com almoço no Resort Bom Tempo. Saída da loja HD Barra às 9h30.

Qualquer alteração, eu aviso assim que souber.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Bate e Fica em Conservatória

Estivemos em Conservatória neste fim de semana (09 a 11/01). Embora não fosse um passeio do HOG RJ, todos que participaram eram membros do HOG RJ e mais um casal convidado pelo Chico que foram cada um em sua moto.

O grupo foi composto pelo Fernando Mutley(Fat Boy) que conseguiu as reservas na pousada, Claudio Floquinho (Fat Boy), Rogério (Fat Boy), Rodolfo (Heritage Custom)que será empossado oficialmente como diretor do HOG RJ no próximo sábado, Luís (Heritage Classic), Chico (Electra Glide), Anor (Suzuki Hayabuza) e sua esposa Elza (Suzuki Bandit 650), Marquinho Azeitona (Fat Boy), Carlinhos (Heritage Classic), Rodrigo (Fat Boy), Marcelo Melodia (Electra Glide), que também será empossado como diretor do HOG RJ no próximo sábado, Salmon (Heritage Custom - a "Noiva") e os coxinhas Nuno (meu filho de 4 anos que nos "levou" de carro), Bruno (filho de 1 mês do Sidão que "levou" ele de carro também) e o Roberto (que disse que a Fat Boy dele quebrou rolamento). Todos foram com as respectivas noivas, esposas, namoradas, amigas, e no meu caso e do Sidão os filhos. Totalizamos 13 motos e 3 "carros de apoio", e trinta pessoas nesse passeio

Boa estrada, apesar dos quebra-molas das rodovias estaduais, bom grupo e um lugar para não fazer nada (Conservatória). Serviu para comemorar o aniversário do Rodolfo e mostrar aos colegas e aos novos diretores que mesmo quando se programa com antecedência acontecem problemas: a pousada escolhida garantiu lugares para todos, mas acabou com "overbook" e quem chegou no sábado tinha a opção de ficar em um prédio onde os quartos não eram sequer merecedores desse nome (apenas uma cama e um ventilador de pé, com banheiro no corredor e com direito a safari noturno para caça às baratas) ou se aborrecer para receber o sinal dado e ir para outra pousada (foi minha opção).

Problemas surgem e problemas são solucionados. A questão da hospedagem não foi culpa de ninguém além dos gerentes da pousada que prometeram algo que não cumpriram, mas tanto o Rodolfo quanto o Fernando ficaram muito incomodados com o fato.

Valeu o passeio, valeu a comemoração, valeu a cachoeira de domingo e a cachaça de sábado.

Parabéns ao Chico que estreou a Electra Glide (tirou da loja e foi para a estrada), parabéns à nova diretoria que estreou extra-oficialmente e um parabéns especial ao nossso querido Marquinho Azeitona que fez sua estréia na Dutra ultrapassando com louvor o teste da Serra das Araras, e dessa vez com garupa: um progresso notável!

Benvindo o casal Luiz e Ana (Rota 66) que fizeram seu primeiro passeio HOG RJ depois que o Luis decidiu se afastar dos Harleys Dogs para tratar de assuntos pessoais e o casal Anor e Elza que andando de Suzuki sentiram o gostinho de andar com o HOG RJ. Vamos repetir a dose, casais!

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

a boa do fim de semana

A nova diretoria ainda não foi apresentada oficialmente, a diretoria antiga ainda não se despediu, mas a boa do fim de semana é Conservatória. Distante 140 kms do Rio, é uma opção para um bate&volta ou bate&fica.

Um grupo se organizou durante o Reveillon e partiu para Conservatória hoje (09/01) para ficar até domingo. Outro grupo parte amanhã do Posto do Parque dos Patins na Lagoa às 8h30 e também volta no domingo. Eu vou com esse grupo (infelizmente vou de carro para poder levar meu caçula de 4 anos), mas nada impede aos colegas que quiserem partir da loja após o café da manhã. Saindo da loja HD RJ às 10h30, estarão chegando em Conservatória por volta das 12h30, bem a tempo de almoçar e jogar conversa fora.

Com sorte arrumam uma pousada e ficam para curtir as serestas do sábado a noite.

Animo. Estaremos esperando os colegas para o almoço.

Para reflexão da nova diretoria do Chapter RJ

Eu ando com o HOG RJ e visto a camisa do HOG. Acho um grupo bom e com muita união. Parte disso é decorrente do trabalho feito pela diretoria anterior e que a nova diretoria vai dar continuidade.

Mas o HOG tem aquela fama de "coxinha", de "metido" e de "esnobe". Não tenho essa experiência no nosso Chapter e sou o primeiro a dizer que não concordo. De toda a forma vou transcrever cometários postados no fórum dos Biduzidos (www.biduzidos.com.br) em um tópico criado por mim para falar sobre andar ou não com o HOG. Para melhor entendimento, os biduzidos são um grupo de motociclistas que tem o espírito do Chapter RJ: sair, andar de moto, jogar conversa fora e se divertir com os amigos. É bom lembrar que a maioria dos biduzidos é paulista e portanto as impressões dizem respeito às experiências junto aos Chapters paulistas.

Esse assunto já andou rondando pelo Fórum, mas acabou se perdendo.

O HOG é o cartão de visitas da Harley, tanto que basta comprar a sua HD zero que automaticamente você passa a ser membro do HOG, sem precisar passar por todo o noviciado comum a outros motoclubes.

O Biduzidos se auto proclama como sendo moto grupo e não um moto clube, até mesmo porque a principal regra é não ter regras e sem obrigações a não ser manter o espiríto livre de regras. Nesse sentido o HOG também seria um moto grupo, pois a principal regra é ser dono de uma HD, tendo zero obrigações para com o moto clube.

Em alguns chapters as reclamações se sucedem no sentido de dizer que são esnobes ou que fazem preconceito com novatos ou ainda que não sabem administrar o grande número de pessoas que estão inscritas no chapter.

Em outros chapters essas reclamações não existem e consegue-se uma união motivada pelo interesse de rodar com as motos. Exemplo disso é o chapter RJ, que neste último final de semana levou 51 motos em um passeio para ver um restaurador de motocicletas em Petropólis. Passeio transcorreu sossegado, sem acidentes e com o trem seguindo bem (exceção à subida da serra onde alguns colegas mais afoitos não conseguiram manter o ritmo do trem e passaram a fazer ultrapassagens por qualquer lado).

A exemplo dos biduzidos, onde qualquer um é bem vindo, o Chapter RJ também aceita todos sem distinção (no último trem tinha Shadow, GSX 750, Hornet e Drag Star), coisa que parece não acontecer nos chapters paulistanos.

Será que a diferença existente entre um chapter agregador e um desagregador é motivado pela não participação e não renovação dentro dos chapters, ou simplesmente o HOG não funciona de maneira nenhuma e o chapter RJ é uma exceção?

HOG só sabe fazer festa, como a dos 105 anos HD/25 anos do HOG ou realmente é pode ser considerado como um fator agregador entre os harleyros?

e aí, vale a pena ser membro do HOG?

wolfmann


Wolfie, eu sou meio radical nesse sentido.
A única vez que fiz um passeio com os HOGdas-presas foi só stress, muita pastilha comida, muito, mas muito nego que não sabe andar de moto, enfim, foi a única vez que viajei de moto que fiquei tenso, irritado e estressado.
Até tenho carteirinha do HOG (se bem que acho que já venceu), e usava exclusivamente pra lavar a moto uma vez por mês de graça, se bem que era uma lavagenzinha meia-boca, e os caras ligavam a moto sem esperar a luzinha apagar...
Portanto, na minha opinião não vale à pena.
Abrax!!!

Jardim

NIGHT TRAIN BANDIDAÇA, CARBURANDO DIRETO!
carb rulez...


O HOG da JK é bem atuante. Tem passeios com grande frequencia e tudo indicado no site.

Particularmente nunca participei de nenhum evento deles, porém tenho amigos que já o fizeram e não gostaram, pelos mesmos motivos relatados pelo Jardim.

Isso foi em meados de 2004, e como o público das HDS não para de crescer, quem sabe hoje em dia não tem um pessoal bacana?

Sei lá, tenho vontade de tentar participar de um B&V.

abraços,

Monsó


Sabem aqueles filmes onde o cara é preso, e quando chega ao presídio encontra um clima que varia entre a total animosidade e a mais absoluta indiferença?

É como eu me sinto no HOG-SP.

Acho que é fruto de um comportamento menos "sociável" do paulistano, e por isso os biduzidos de outros estados/cidades não sentem o mesmo.

G R Bocuzzi


Bocuzzi, sempre que vou a SP sou bem recebido e não dá para perceber essa animosidade, inclusive os melhores grupos de que faço parte são de SP, portanto não dá para entender o porque dessa segregação no HOG SP. Mas eu também sinto essa aninosidade na loja da JK.

Estive lá na viagem para o SPMF e todos olharam para nós como se fossemos parentes indesejados. Só o pessoal da loja se esforçou para receber bem (mas isso é dever de ofício).

Na comparação de experiências, não dá para entender essa postura do HOG JK.

wolfmann


Mas faço uma ressalva:
Bocuzzi, não dá pra generalizar e dizer que a animosidade é dos paulistanos.
Sou paulistano da gema, totalmente sociável, do bem total, etc.
Acho, sim, que tem uns tipos de panelinha no Hog - e em zilhões de outros cantos - que são refratários à chegada de gente nova, o que considero uma idiotice absurda.
É verdade que temos alguns traços culturais de menos simpatia, mais fechamento, mas ainda tem muita gente CB, que agradece no trânsito, dá passagem, retribui a um bom-dia no elevador, etc.
Os biduzidos, por exemplo, fazem parte desta "nata"

Abrax!!

Jardim

NIGHT TRAIN BANDIDAÇA, CARBURANDO DIRETO!
carb rulez...


Sempre que eu falar, considerem que é na média. Quando for pra generalizar, eu falarei "100% dos casos"... ok?

Eu sinto uma diferença grande até mesmo no interior de SP.... a receptividade é outra, as pessoas se cumprimentam na rua, etc... Tenho a impressão que aqui as pessoas são um pouco mais frias, quando não meio metidas mesmo. Não tenho convicção dos motivos, mas é o que eu sinto.

Não conheço BH o suficiente, mas mesmo no RJ as pessoas me parecem mais simpáticas na rua, etc...

G R Bocuzzi


Assino junto com :- Bocuzzi (em todas as suas citações); Olney (tambem em todas as citações) e Jardim (tambem em todas as citações).

Só acrescento que o chapter campinas (ao qual sou filiado), nao tem nada de interessante. Os cafes da manha "sao para a panelinha" que ficam conversando entre si, nao estando abertos aos "outros" que por la chegam.

Os passeios tambem, tem um clima pouco propicio à amizade, a menos que voce seja milionario e idiota (que nao saiba falar em outra coisa, a nao ser dos 10-12000 que gastou com acessorios para uma moto que voce praticamente nao anda - a menos que a mesma esteja sobre uma carretinha).

Essa foi é minha opiniao, e a mesma foi formada apos algumas tentativas de "inturmar-me" com o HOG campinas.

Respeito a opiniao de todos.

Um grande abraço


FX flamejante - Só eu Tenho!!!!!!

"FUCK IZZO e SUA GARANTIA"


Não sei se é o caso de dizer que "não vale a pena participar do HOG" ou o contrário, como se isto fosse uma verdade absoluta e inquestionável. Cada caso é um caso, e em cada local a realidade é diferente.

Lendo os posts dos amigos, elaborei uma teoria. Levei em conta o que vejo aqui em SP, portanto aos amigos de fora peço que não se ofendam se a mesma não se aplicar às suas cidades.

Não sinto nas pessoas que encontro na HD aqui em SP um verdadeiro orgulho por fazer parte do HOG. Nem o espírito de um grupo existe ali. Na verdade o que existe é uma reunião de pequenos grupos e pessoas avulsas em torno de um orgulho por "ter uma HD", não por "fazer parte do HOG".

Vêm daí duas consequências:

1) Se as pessoas não se sentem parte do HOG, não se sentem anfitriãs, logo não conseguem bem receber os novatos. Vejam que o oposto ocorre com os Biduzidos. Em qualquer evento que algum novato aparece, sempre tem algum Biduzido de carteirinha para dar as boas vindas, etc.

2) Se o orgulho é por ter HD, e não por ter moto e fazer parte de um grupo, acaba ocorrendo uma diferenciação entre as pessoas, dependendo da marca, modelo, ano, preço, etc. E aí vem aquele sentimento de competição, de quem tem a moto mais cara, quem gastou mais com acessórios, etc. Chegar à HD de "moto pequena" às vezes é como entrar na Tiffany ou no Fasano com roupa de mendigo.

Quando entrei na faculdade, lembro que o Centro Acadêmico estava lá, no dia da matrícula, arregimentando "sócios". Quem se associou naquele momento já chegou no primeiro dia enturmado, pois conhecia alguns veteranos, alguns diretores do CA e outros sócios novatos. Frequentar o CA passou a ser uma coisa natural, gostosa, onde eu encontrava pessoas que já conhecia, etc.

No HOG vc ganha uma carteirinha de membro e tem que sair pelo salão da loja em busca de "amigos". Puxar papo com estranhos que nem parecem muito receptivos (talvez estejam apenas na defensiva, como você). Essa associação "automática", sem que você precise demonstrar interesse genuíno, talvez seja o maior problema. Talvez funcionasse melhor se fosse como o CA que mencionei acima. Você iria ao chapter em um sábado, procuraria um membro diretor do HOG, se apresentaria e faria sua inscrição.

Não acham que faz sentido?

G R Bocuzzi



Quem mora em prédio sabe o quanto é difícil falar com o seu vizinho de andar, aqui em SP.

Se voce cumprimenta, parece que o individuo quer virar um avestruz, tentando enfiar a cabeça no piso do elevador.

Eu tento, puxo papo mesmo, sou muito cara de pau, brinco com as crianças do prédio e todos ficam me olhando com aquela cara de quem viu ET.

Um fato engraçado é quando eu, que gosto de mexer com carro e moto, fico polindo a moto ou o carro na garagem do prédio, limpando e passando o pretinho no pneu do carro. As pessoas me olham com a cara de "não acredito que ele esta fazendo isso". Paulistano é muito engraçado.

Morei boa parte de minha vida no interior e estou a 6 anos aqui mas "me descurpe" não consegui me adaptar ao "modus operandi" do povo aqui.

Concordo com a tese de que nos HOG-SP tem um ar de status. Eu acho o povo do HOG da Pacaembu um grupo de esnobes. Se voce não sabe trabalhar sua frustração, não entre participe do HOG. Só não sei se isso é "a cara do paulistano".

Só digo uma coisa: quem tanto ostenta status torna-se prisioneiro dele.

Quem me conheceu um pouquinho sabe que eu sou uma pessoa simples, gosto das coisas simples e o símbolo biduzístico do desjejum, o "bistoico" de "porvio" é simples. Simples como a amizade e o único objetivo é curtir moto, independente de marca, tamanho, modelo.

abs
Motörhead


Acho que o Bocuzzi tocou em um ponto fundamental: ter orgulho de fazer parte do HOG.
Também acho que boa parte da má receptividade seja por conta de ostentação de "status" ou de "riqueza", como aconteceu em boa parte do ano de 2006 aqui no Rio. A mudança ocorreu com a troca da diretoria, que decidiu arregaçar as mangas e mostrar que vale a pena fazer parte do HOG, mais ou menos como no Centro Acadêmico que o Bocuzzi.

Muitas vezes me param em estacionamentos no centro da cidade por conta da Fat e perguntam se faço parte de algum motoclube, digo que faço parte do HOG, convido para conhecer a loja e as pessoas no café da manhã, do mesmo modo que é feito aqui ao convidar os novatos para o café no SA.

Não se faz distinção de motos ou marcas no HOG hoje em dia, não sei se continuará assim após a mudança de diretoria, que deve ocorrer em breve, porque ser "sindíco" também cansa. Quem chega de 883 ou de Fat Boy tem a mesma receptividade que tem quem chega de XT, Twister ou CG.

wolfmann


O melhor do HOG Rio é o pessoal que se identificam como amigos, se reunem todas as quartas no Rota 66, combinam e fazem o que for do agrado de todos do grupo, e acima de tudo também vale registrar o fato de como recebem bem os novatos.

O HOG Rio somos nós!!!!!

Rogerio Barros
Rio/RJ - FAT BOY


Entendo que o HOG nada mais é do que uma grande sacada de marketing da Harley-Davidson. Funciona mais ou menos assim:

"Vc me dá uma quantia X em dinheiro e leva para casa e mais lendárias das motocicletas. Ainda, como se isso não fosse o bastante, vc participará de um grupo de donos de Harley-Davidons!!!"

Pronto, fechou, a HD fala para o cara: VEJA SÓ, VOCÊ É UMA PESSOA DIFERENCIADA!!!

No que tange comunicação e suas "arminhas" não há mensagem melhor para fazer a cabeça do ser humano.

Sinceramente, quando eu tiver minha HD não vou ligar para o tal HOG. Procuro e quero amigos sinceros, não um grupo de pessoas que têm algum bem material igual ao meu. Isso não diz e não me agraga absolutamente nada.

Se, lá dentro, eu encontrar pessoas bacanas, honestas, sensíveis e que não sejam "cegas" à outras causas, ótimo, certamente participarei do HOG, mas caso contrário tô fora.

Abraços
Diniz
Brasília/DF


Diniz,

bem vindo de volta!

Foi assim mesmo que aconteceu comigo. O vendedor disse:

'voce não está comprando uma moto, está conquistando o direito de fazer parte de um seleto grupo de bla bla bla...'

'não é apenas uma moto, é uma HARLEY-DAVIVSON bla bla bla...'

'porque aqui voce participa do HOG sem ter que pagar nada a mais e bla bla bla...'

No Rio, graças a pessoas com discernimento (ou muita malandragem boa eheheh), pelo que vejo, transformaram esta GRANDE SACADA DE MARKETING num grupo sem preconceitos, sem status e sem frescura.

Aqui em São Paulo, como Harley é uma marca chique (não importando que uma Sportster custe o mesmo que uma Drag Star) o marketing imperou.

Aliás aqui tem muito mito, preconceito: se eu compresse uma Drag ou uma Shadow, no trabalho iam comentar : 'ah, legal' e pronto, morreu o assunto. Como é uma Harley: 'nossa, custa caro, nossa você tá podendo, nossa você é rico, nossa isso, nossa aquilo'. E quando falo que não é nada disso, acham que eu to fazendo tipinho de falsa modéstia. Hell!

Vai entender...

abs
Motörhead


Infelizmente pelos motivos já comentados não tenho interesse em participar nos eventos do HOG -SP. Só uso a carteirinha para os descontos nas lojas...
Acho que a solução seria o pessoal dos Bid's de SP se filiar aos HOGs do RJ e BH...hehehe. Pronto, problema resolvido...Iríamos nos encontrar com o pessoal nestes estados, onde o HOG realmente funciona e o pessoal é gente boa. Agora falando sério, que bom que vocês estão com esta estrutura. Seria um caminho natural ter o HOG como ponto de partida.
Acho que pela quantidade de pessoas em SP os caras não conseguem organizar as coisas...é muito mais complicado e a panelinha é forte.
Bem antes de comprar a moto, desde que tirei carta de motorista, ia na loja na Av. Europa e o desprezo era total. Me olhavam babando nas motos e nem ao menos se importavam que ali poderia estar um futuro cliente. O pessoal (donos e vendedores) eram metidos pacas. Isto mudou muito a uns 2/3 anos atrás. Quando voltei na loja, fui muito bem atendido mesmo não tendo a intenção de comprar a moto naquele momento.
É uma pena que o HOG não funcione em SP...mas ainda bem que existe o pessoal dos Biduzidos.
Abs

Gustavo Godoy - GII



Godoy falou uma coisa que me chamou a atenção: o tratamento que é dispensado aos "futuros proprietários". Mais de uma vez os vendedores me procuraram no salão com um interessado em comprar que começava a fazer perguntas sobre "aquela turma que estava conversando junto do café".
O vendedor apresentava o cliente, o cliente começava a perguntar isso e aquilo, gostava do ambiente e acabava comprando a moto. Teve mês que eu consegui "vender" cinco motos só de papo furado no café. Igual a mim tem vários colegas que são abordados para dar impressões sobre a moto, o que pode ser feito, o que já foi feito e coisas assim. No café no sábado e os fins de tarde, principalmente de quarta a sexta, sempre tem um grupo conversando e marcando alguma coisa.
O próprio gerente participa ativamente dessas conversas, porque se depender do pós-venda da oficina e venda de acessórios a galera nunca mais volta.
A loja do Rio funciona porque o HOG funciona.

wolfmann


Como eu falei, acho que poucos se sentem realmente parte do HOG aqui em SP, como o Wolf se sente no RJ, a ponto de abordar os novatos e introduzí-los ao grupo.

Quando conheci os Biduzidos, apareci no Serra Azul e todos me receberam muitíssimo bem, me deram boas vindas, foram ver minha moto, etc. Quando o Danilo apareceu nesta terça no JW, também o recebemos, nos apresentamos, etc.

Se fossemos o HOG SP, teríamos ignorado a chegada do Danilo, e teria cabido a ele a tarefa de se apresentar ao grupo, puxar papo, etc. Ou seja, provavelmente ele não teria se apresentado, não faria parte do grupo e estaria falando o mesmo que falamos do HOG SP.

G R Bocuzzi


Caros,

Participei de uma única viagem do HOG.
Um Bate-e-volta SP-Guarujá organizado pelo Chapter Pacaembu, ao qual me associeie até hoje não fui pegar a carteirinha.
Já relatei algumas vezes o teor da experiência do B&V do Hog.
Achei que fiquei sozinho no meio de uma multidão.
Sentei ao lado de um grupo que conversava animadamnente e nenhuma, nenhuma das pessoas falou algo do tipo: - prazer, meu nome é fulano, senta aqui mais perto, vamos conversar.
Achei ruim o comportamento do povo sobre a moto e pior sem a moto.
No café da manhã na loja, achei que pairava no ar uma postura meio esnobe.
No restaurante, tive certeza.
Acho que isso decorre de uma conjunção de fatores, mas não faz bem nem à marca nem aos membros do HOG.
Pelo pouco que vi nos EUA, a percepção que lá tem sobre uma H-D é diferente, pois parece que eles associam a marca à liberdade, ao espírito genuinamente americano, ao Tio Sam.
E se vc. porta um elemento do HOG, as pessoas vem puxar conversa.
Vejam só.
Quem conhece americano sabe que eles são muito mais comedidos e reservados que os brasileiros, mas eles dão muito mais significado à sigla HOG do que os brasileiros, cuja maioria prefere se comportar como magnata apenas porque possui uma determinada marca de motocicleta.
Abraço
JF-GI





Peço desculpas pelo longo post, mas esse tópico serve para mostrar o que acontece no HOG Brasil e como somos diferenciados pela nossa natureza. Não temos as estradas paulistas ou as lojas paulistas, mas temos um grupo que se orgulha de dizer que faz parte do HOG.

qualidade da gasolina

Quem acompanha o blog sabe que andei experimentando diversos tipos de gasolina e marcas. Isso se deu por força de um diagnóstico feito na oficina autorizada de que falhas na moto seriam decorrentes da qualidade da gasolina.

Gente, eu trabalho com posto de gasolina e abasteço normalmente nos postos em que trabalho ou em posto que tem programa de controle de qualidade, portanto qualidade de gasolina não seria o causador das falhas na minha moto, mas como a gente não discute com mecânico fui a luta.

Ao fim e ao cabo, uma parte das falhas era causada por uma vela frouxa que relatei no post anterior.

De toda forma, acabei pesquisando sobre gasolina, fiz experiências e vale a conversa sobre gasolina.

Inicialmente vamos entender o seguinte: a gasolina nos EUA usa 10% de alcool ao contrário da nossa que usa, hoje, 25% de alcool. Ou seja: nos EUA a cada 10 litros de gasolina que você compra na bomba, 9 litros são de gasolina e 1 litro é alcool e no Brasil a cada 10 litros de gasolina que você compra na bomba, 7,5 litros são gasolina e 2,5 litros são de alcool.

Além do menor volume de gasolina, nos EUA a gasolina chamada Regular tem um índice de octanagem mínimo de 85 octanas (idêntico ao do Brasil), mas é ADITIVADA (ao contrário do Brasil que não recebe qualquer aditivo) e ambas são sem chumbo. Além desse tipo existem mais dois tipos Mid-range e Premium, onde a diferença é o índice de octanagem (mínimo de 91 octanas para a Mid-range e mínimo de 95 para a Premium que no Brasil somente a Pódium da Petrobrás possui).

Desta forma, quando o manual da HD recomenda gasolina REGULAR não está recomendando a nossa gasolina comum, mas sim a gasolina aditivada. É um erro de tradução que está matando a leitura do manual e a turma das autorizadas repete o manual traduzido.

Não existe qualquer problema em usar a gasolina comum, exceto que o motor precisa consumir mais combustível para compensar o excesso de alcool na nossa gasolina. Enriquecer a mistura é questão apenas de melhorar a dissipação de calor, já que os motores são refrigerados a ar e quanto mais rica a mistura melhor a queima e dissipação de calor.

Na prática o que eu constatei é que a melhor gasolina comum é a Especial da Texaco, exatamente porque ela é aditivada e as demais gasolinas comuns não são. Entre as gasolinas premiums, prefira a Pódium da Petrobrás porque é a única que tem o índice de octanagem da gasolina premium americana, mas tem melhor qualidade que as gasolinas premiums americanas, embora já tenha escutado boas referências sobre a V-Power Racing da Shell (não cheguei a usar) mesmo sem atingir o índice de 95 octanas da Pódium da Petrobrás.

O uso das gasolinas aditivadas brasileiras tem o problema com alguns aditivos muito fortes e capazes de desmanchar juntas de silicone. Recomendo fortemente que se evite o uso da gasolina Supra (solvente forte). A V-Power da Shell também não tem muitas recomendações (eu não cheguei a usar). A aditivada da Texaco é jogar dinheiro fora, uma vez que a Especial também é aditivada e custa mais barato. As aditivadas da Esso e Ipiranga são equivalentes.

Na estrada as opções diminuem, e muitas vezes a gente abastece rezando para não dar problema, mas se você tentar usar postos de gasolina que participem de algum programa de controle de qualidade a possibilidade de problema diminui.

vela solta

Fiz a minha última revisão em maio de 2008, onde reclamei que a moto falhava de modo intermitente. Pediram para remapear julgando que a causa se originava na injeção. Como uso o SERT em minha moto, o remapeamento foi feito (onde descobriram que haviam utilizado o mapa errado em função do tipo de bico de injeção), mas a falha permaneceu.

Limpeza de bicos de injeção e a qualidade da gasolina foi eleita a vilã causadora das falhas. Não acreditei muito nessa explicação porque abasteço em posto de gasolina onde trabalho e sei que não há qualquer tipo de manipulação do combustível.

Como poderia ser um problema relacionado com a distribuidora de petróleo passei a experimentar diversos tipos de gasolina e marcas, sempre com o mesmo resultado.

Suspeitei da ignição, pedi um cabo de velas junto ao Artur Porcão (quem frequenta o Fórum HD - www.forumhd.com.br - vai saber quem é) para tirar a dúvida, mas ainda não chegou.

Como preciso fazer revisão e verificando as notas fiscais referentes às revisões anteriores notei que ainda não troquei velas, decidi fazer o serviço completo: trocar velas e cabos.

Na quarta feira estive na Brazil Custom (vou partir para uma oficina independente já que a garantia da moto acabou) para remarcar a revisão e pedi para já trocar as velas. Resultado: a vela do cilindro da frente estava frouxa, talvez desde a revisão dos 16000 km feita na oficina autorizada. Foi feita a substituição das velas por outras novas (as antigas ainda não demonstram desgaste ou queima irregular nos cilindros) e já queimei um tanque de gasolina.

As falhas permanecem embora com menos intensidade, o consumo de combustível melhorou e os "pipocos" da desaceleração aumentaram. Minha desconfiança passa a ser o ponto da ignição desregulado em virtude da vela nova, se não houver jeito de regular recolocarei as velas antigas ou levarei na oficina autorizada para regular/remapear injeção e ignição.

De toda a forma, as novas velas se demonstraram uma solução boa pois as falhas diminuiram bastante e a moto está com uma performance mais regular e consumindo menos combustível.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Nova diretoria do HOG RJ

O Chapter RJ do HOG tem nova diretoria. Sérgio e Sidinho decidiram acompanhar a Valéria na aposentadoria e deixam a Diretoria do HOG RJ após quase dois anos de trabalho a frente do Chapter organizando passeios e eventos. Foi uma diretoria ativa e que contribuiu em muito para o crescimento do HOG no Rio de Janeiro.

Assumem em seu lugar os colegas Alexandre Marinho (Fat Boy), Marcelo "Melodia" (Electra Glide) e Rodolfo (Heritage Custom) e já começam com uma missão em mente: descobrir onde será o XII HOG Rallie Nacional para que a turma do Rio possa se acomodar em conjunto.

Quando o Sérgio anunciou que a diretoria sairia, achei que o Zé Roberto (Grupo Izzo) iria inovar e chamar alguém de fora do grupo que está mais presente nos eventos do HOG com a finalidade de dar sangue novo, mas usou o bom senso e indicou os três diretores de dentro do próprio grupo, o que dá mais segurança na manutenção do trabalho que já vinha sendo feito.

Ser diretor de Chapter não é cargo, pelo contrário, é um encargo que a pessoa que aceita a indicação(não existe eleição) passa a ter. Além de estar presente o máximo possível, o diretor do HOG também precisa organizar e criar eventos para manter o grupo em atividade, e nesse ponto a diretoria antiga conseguiu fazer passeios em quase todo final de semana, sem falar na instituição do Night Train semanal às quartas feiras.

Disso tudo se depreende que o diretor do Chapter muitas vezes abre mão de seus interesses individuais e do tempo livre para organizar um grupo que muitas vezes não tem tanto interesse no que foi organizado.

O HOG é uma instituição única no mundo, que reúne todo tipo de pessoas com apenas um interesse: andar de moto e de preferência andar de Harley Davidson e só por conta dessa diversidade de pessoas já fica garantido o volume de "abóbrinhas" que os diretores acabam escutando. Administrar vaidades é sempre difícil e esse acaba sendo um dos principais encargos do diretor de Chapter.

Bom... o caminho foi aberto, o grupo se encontra unido, acredito que a vontade de todos (tanto diretores antigos quanto novos e os membros que participam mais ativamente) é de melhorar sempre. Aos novos Diretores desejo boa sorte, garanto que continuo participando e colaborando como sempre fiz. Aos antigos Diretores agradeço profundamente pelo trabalho que fizeram e que ainda vão fazer como membros ativos participando dos eventos.

domingo, 4 de janeiro de 2009

balanço de fim de ano (2)

A Fat Boy foi comprada zero km na loja da HD RJ. Custou R$ 52,5k em junho de 2006 e tirei-a da loja em julho de 2006. Ficou esperando trinta e dois dias pelo famoso BIN que vem a ser o número de cadastro de importação. Apesar de montada em Manaus, todas as HDs necessitam do BIN, além de registro na Receita Federal antes de serem despachadas para as lojas no Sul e Sudeste.

Na época eu tinha uma Yamaha Drag Star, também comprada zero km, e acabei comprando a Fat por aconselhamento de um amigo e muito incentivo da minha esposa. Como o Grupo Izzo não tem uma política de motos usadas, a minha Drag seria remetida para um revendedor em SP recebendo um preço abaixo do que pretendia e acabei mantendo a Drag por algum tempo até conseguir um comprador que pagasse melhor.

O uso de uma japonesa e de uma HD é complicado por conta dos diferentes comandos e respostas da moto. Na comparação entre as duas a Fat respondia melhor e fazia mais curva, mas eu ainda me assustava com o peso (cheguei a tombar com a moto na garagem, sem qualquer prejuízo pois ficou apoiada na plataforma) e por isso andava bastante com a Drag durante a semana no transito e apenas dava umas voltas com a Fat no fim de semana.

Esse uso conjugado fez com que a minha revisão de 1600 km fosse feita apenas 01/11/2006, e exatamente porque não tinha me acostumado com a moto e a proximidade da revisão me fizeram desistir do primeiro evento do HOG (I HOG Rallye Regional em Campos do Jordão).

Durante os primeiros dias, inconformado com o barulho de máquina de costura do escapamento, encostei a moto na loja HD RJ e comecei a customização: kit Screaming Eagle (ponteira e filtro de ar) e um riser para colocar o guidão em uma posição mais confortável. Eu tinha realmente muito pouca experiência com a moto e não senti o que todos reclamam quando trocam ponteira e filtro: a moto ficar mais “chocha” e fui levando até a primeira revisão. Na comparação com a Drag, a HD era muito melhor, mesmo com a injeção trabalhando forte para compensar o empobrecimento da mistura. Custo da brincadeira: R$ 2,2k e conheci o melhor amigo do harleyro: cartão AMEX em 10x sem juros.

Na primeira revisão trocaram o óleo do motor, filtro, resetaram a injeção e lavaram a moto. Custo: R$ 670. Aliás eram bons os tempos em que não se pagava para lavar a moto uma vez na loja por conta do HOG.... Nessa revisão reclamei da minha buzina que havia ficado muda (único defeito relatado por mim), como não tinham a buzina deram o “sopro da morte” e a buzina começou a falar... rouca é verdade, mas o suficiente para passar na vistoria anual do Detran e ficar muda novamente. Reclamei novamente e apenas DEZ meses depois, chegou a buzina em garantia.

Vendi a Drag em Outubro de 2006 e passei ao uso contínuo da Fat. Fui a alguns passeios curtos, comprei um Sissy bar destacável para que minha esposa tivesse mais conforto, instalado na loja HD RJ. Custo da brincadeira: R$ 1,5k.
Pronto para o evento de maio de 2007, acabei indo de carro em virtude de um problema de joelho, e sem moto... já viu... ninguém fala contigo. Compareci ao X HOG Rallye Nacional em Búzios, vi o movimento, minha esposa se empolgou com as roupas HD (e tome AMEX em 10x) e com isso ela se animou para andar de moto, foi quando comprou a Yamaha Virago e eu comprei a minha segunda HD, a softail FX que já contei a estória dela antes.

Na viagem para procurar uma pessoa para transformar a FX acabei comprando a capa de farol da Road King (conhecida como “cabeça de touro”) e pedaleiras plataforma para o garupa da marca Free Zone. Trouxe para o Rio e foi tudo colocado na Brazil Custom (começo da minha estória na Brazil Custom). Custo da customização: R$ 2,2k, com direito a instalação do farol da Fat na FX.

Em outra viagem, ainda sem ser de moto, conheci a HD Pimenta em SP, e fiquei de olho em um par de manetes para substituir meus manetes originas, que já se encontravam rasgados pelo uso. Acabei comprando na Brazil Custom pelo preço da HD Pimenta, mas com a instalação inclusa. Custo: R$ 480. Da manete evolui para a tampa da primária e do timer, sempre com o mesmo motivo e lá foram mais R$ 550.

Nisso a minha moto parou do nada... Reboque, garantia e diagnóstico: mangueira de ligação dos tanques furada. Não houve custo, mas a moto ficou uma semana na oficina para trocar uma mangueira, além de um diagnóstico nada agradável: os bicos injetores da minha moto precisavam ser trocados por outros com leque maior pois a mangueira havia estourado por conta do excesso de pressão para poder manter o motor alimentado. Para variar, não tinham os bicos e precisava encomendar. Chegou mais rápido que a buzina: só NOVE meses de espera e mais um estouro de mangueira porque afirmaram que a moto poderia continuar rodando até a chegada dos bicos. A troca foi feita em garantia e a moto melhorou muito.

Com uso e fazendo algumas viagens mais longas (Região dos Lagos e serra carioca) percebi que a injeção devia render melhor, resultado: comecei a inteirar sobre como funciona a injeção das HDs e encomendei o SERT (Screaming Eagle Race Tuner) ou a popular “faítana”. Custo barato para um acessório como esse, pois foi comprado na loja: R$ 1,5 com direito a remapeamento da injeção.

Em setembro de 2007 foi feita a revisão de 8000 km: trocaram óleo do motor e filtro, óleo de caixa, trocou as pastilhas de freio traseiras (muito uso urbano) um pouco antes do final, mas não queria retornar somente para trocar pastilhas. Dessa vez a lavagem já foi paga e custo da Revisão foi de R$ 870.

Moto rodando bem, sem defeitos, participando mais ativamente do HOG, inclusive com a minha esposa pilotando ao meu lado, fui a Tiradentes para o XI HOG Rallye Nacional e na volta deixei a moto para revisão de 16000 km, ainda em garantia decidi fazer novamente na loja HD RJ. A moto ainda não tinha os 16000 km (estava com 15500 km), mas não queria parar a moto, e como estava de férias, adiantei a revisão. Trocaram óleo do motor, filtro, óleo de caixa, óleo das bengalas, pastilhas de freio dianteiras. Custo: R$ 1,4k.

E nessa ocasião perguntaram se desejava remapear e para minha infelicidade disse que sim. Nessa época a turma da oficina estava sendo trocada (espantem-se: o recepcionista não sabia o que era o módulo do SERT) e acabou sendo uma verdadeira catástrofe. Colocaram o mapa errado (consideraram a configuração antes da troca dos bicos), a moto falhava muito e acabei voltando para reclamar do serviço. Resultado: alegaram que os bicos estavam sujos, mas assumiram que o remapeamento havia sido feito errado e fizeram novamente o remapeamento, trocando mais uma vez a mangueira que liga os tanques. Paguei a limpeza dos bicos (R$ 184), mas o remapeamento e troca da mangueira (inclusive a mangueira) foi feito em garantia. A moto melhorou, mas não voltou a ser o que era antes desse remapeamento e pretendo levar a moto na HD Pimenta para verificar esse mapa e fazer um afinamento melhor com ajuda de dinamômetro. Previsão de custo R$ 600.

Na busca de uma posição ainda mais confortável instalei as Highway shift Mark III da Kuryakin, que deixa uma pedaleira mais adiantada para uso na estrada (R$ 350 e as pedaleiras originais HD do garupa) e troquei o banco original por um HD badlander (o banco original da Softail Night Train), que deixou a moto mais fina e me deixou em uma posição mais confortável para a estrada (R$ 780).

Troquei o pneu traseiro na HD JK com 20000 km (prazo normal e pneu devidamente vencido), pois não tinha pneu no RJ. O pneu novo é o Dunlop série Harley Davidson, 150/80R16 e custou R$ 850 com serviço de montagem e desmontagem, balanceamento e alinhamento inclusos.

Com o fim da garantia e a aproximação da revisão de 24000 km, já marquei para revisar os itens de mecânica na Brazil Custom: vou trocar óleos (motor, caixa e bengalas), filtro, ajustar e lubrificar cabos, trocar fluído de freio e revisar freios, além de verificar tensão de correia e reaperto. Previsão de custo: R$ 800. Mais barato e mais serviços a serem feitos.

Resumo da ópera: a moto é muito estável, sofre muita influência do vento lateral, mas consegue fazer uma média de viagem muito boa. No uso urbano não tenho queixa, ainda mais depois da troca do banco que me deu ainda mais confiança e mobilidade nos corredores entre os carros. Tirando o problema da falta de peças e a lambança com o remapeamento, a oficina autorizada pode ser utilizada sem grandes problemas. A moto é confiável, embora tenha me deixado na mão uma vez por conta de erro de montagem na fábrica. Teve um custo de R$ 14,9k (R$ 0,60/km rodado) para ser mantida e customizada.

O consumo é normal para um motor TC88B com as modificações feitas na injeção (12,5 km/l na cidade e 20 km/l na estrada) com uso preferencial de gasolina pódium, mas já usei gasolina comum e aditivada sem grandes diferenças exceção a gasolina do mesmo tipo e de diferentes marcas (a da Texaco é melhor do que a da BR, por exemplo). A moto é bem mais esperta do que a FX, acelerando mais forte do que várias Fat Boys com motor TC96B e se igualando às Dynas e Electra Glide com motor TC96.
O seguro foi de R$ 4k (seguro novo e duas renovações) e está válido até jul/09. A moto, com as modificações mecânicas não deixa a desejar a nenhuma moto mais atual e considero que a ciclística dela é melhor do que a ciclística das Fats mais novas que usam os aros 17 polegadas e pneu 200.

Se vocês tiverem oportunidade de comprar uma softail usada com motor TC88B não se sintam inibidos: vale a pena, a FX é ótima para customizar e a Fat Boy tem muito mais possibilidades de customizar do que a Fat Boy mais atual. Na dúvida, faça como eu: compre as duas.

balanço de fim de ano (1)

Fim de ano é época de balanço e acho que vale a pena fazer um relato sobre como se comportaram as minhas Harleys.

Vou começar com a Softail FX, modelo que conta com motor TC88B, injetada, roda dianteira de 21 polegadas e traseira de 150 polegadas. A última série fabricada antes da FX passar a usar o TC96B e roda traseira de 17 polegadas e pneu série 200. Eu comprei essa moto usada em maio de 2007 com 9078 quilômetros rodados. Essa moto é modelo 2004, fabricada em 2005 e o primeiro proprietário era do Espírito Santo. Pelo manual que foi entregue junto com a chave reserva, essa moto fez a primeira revisão (1600 km) em 23/03/2006 na loja do Rio de Janeiro e a segunda revisão (8000 km) em 10/11/2006 na loja JK de São Paulo.

Não dá para saber se havia algum problema ou não que tivesse sido resolvido em garantia, mas pela quilometragem rodada eu diria que a revisão de 8000 km deve ter sido adiantada ou a moto ficou algum tempo parada.

A moto era praticamente original, com ponteiras Screaming Eagle e Sissy bar destacável, com churrasqueira que foi retirada pelo antigo proprietário e custou R$ 32k. De cara mandei instalar o easy boy para tornar o uso da embreagem mais macio e custor R$ 180. O antigo proprietário trocou-a por uma Heritage Classic e a moto precisava ser vendida para cobrir a entrada da moto nova.

Como eu tinha a Fat, essa moto rodou muito pouco (saia com ela uma vez por semana) e tinha como objetivo fazer uma customização forte. Nessa época, minha esposa já tinha uma Yamaha Virago 535, decidi deixar a moto de forma que ela pudesse usar também.
Como a minha esposa tem uma estatura baixa (1,56 m) e muito leve (50 kg) e as Harleys são motos para pessoas altas e fortes, a customização começou com um rebaixamento das suspensões. No Rio me indicaram a Brazil Custom, que conseguia baixar a suspensão traseira usando um calço, mas não tinham como abaixar a suspensão dianteira, e com a traseira baixa e a dianteira normal, a moto teria a sua dirigibilidade bastante alterada.

Em junho de 2007, consegui uma pessoa que se animou com o desafio: Silvestre Pascoal, dono da Silvestone Motos em São Paulo. Levei a moto para São Paulo, mas no meio do caminho o pneu dianteiro furou e a moto terminou a viagem no reboque por conta do seguro da motocicleta. Eu acho que a moto teve a sua roda dianteira trocada, pois o pneu se encontrava bastante gasto e os raios estavam bastante enferrujados, não combinando em nada com a roda traseira.

A moto foi levada para a loja HD JK, em regime de urgência e teve o reparo feito com total presteza, sendo substituída a câmara de ar (R$ 90) e serviço custou R$ 210. Peguei a moto no sábado e levei para a Silvestone, onde o Silvestre iria fazer um orçamento. Foi pedido que levasse em conta a estatura da minha esposa e que a moto pudesse ser usada sem qualquer problema por ela.

O veredicto foi calço para os amortecedores traseiros (solução já dada pela Brazil Custom), troca de eixo que sustenta a mesa por um menor, que fez a suspensão dianteira abaixar, um novo banco solo com fixação mais adiantada e shape que desse maior sustentação para que a minha esposa ficasse mais próxima dos comandos da moto (feito sob medida pelo Mário, capoteiro com grande experiência indicado pelo Silvestre), alongadores para as pedaleiras para que os pés ficassem mais longe do motor, um pneu dianteiro novo para substituir o pneu que veio com ela, um fender trim de fabricação do próprio Silvestre para dar acabamento no paralama traseiro e um guidão novo, maior e em formato V-bar para que fosse melhorar a dirigibilidade já que o embuchamento do guidão original estava laceado. Total da brincadeira: R$ 3,5k. A moto ficou pronta em quinze dias e não pude pegá-la, resultado: carreto para o RJ com custo de R$ 400.

Com a moto pronta, minha esposa se aventurou a conhecê-la e se apaixonou pela criança. Manteve a Virago por mais dois meses e vendeu-a, passando a usar a FX em conjunto comigo. Mudei manetes e pedaleiras originais por modelos da Kuryakin (custo de R$ 750), troquei a roda dianteira por outra de liga leve (custo de R$ 2,4k) e aproveitei para trocar o pneu 90/90R21 que estava na “roda original” por um Metzeler 120/90R21 (custo de R$ 650), modificação que melhorou muito a dirigibilidade da moto.
A dirigibilidade da moto é um capítulo a parte. Com as mudanças na suspensões, os alongadores nas pedaleiras e o novo guidão, a moto teve seu centro de gravidade rebaixado e passou a fazer curvas com esforço mínimo e apesar da necessidade de tomar conta para não inclinar demais a moto nas curvas para não raspar o cano ou o descanso, a moto passou a ser uma referência em termos de estabilidade proporcionando uma segurança muito grande à minha esposa. Com a roda de liga leve e o pneu mais largo, o esforço para entrar nas curvas foi reduzido o que deixou a moto ainda mais agradável para pilotar.

Fizemos pequenas viagens (Petropólis, Teresopólis, São Pedro d´Aldeia, Búzios) e programamos uma viagem a SP, mas acabou não acontecendo. Com isso a moto rodou apenas 4000 quilômetros até abril de 2008 (quase um ano depois da compra) e como se aproximava a viagem para o XI HOG Rallye Nacional, decidi fazer novamente a revisão de 8000 km.

Essa revisão foi feita na loja HD RJ e regulou todos os cabos (a embreagem no máximo possível de folga para ajudar no uso), trocou óleo das bengalas, primária e motor, além do filtro de óleo. Como a moto já tinha mais de dois anos com o mesmo fluído de freio, troquei o fluído e as pastilhas dianteiras, mas mantive o jogo traseiro. Custo da revisão: R$ 1,2k.

Troquei o farol da FX pelo farol da minha Fat (tinha colocado um acabamento de farol da Road King, a cabeça de touro, e o meu farol estava sobrando), troquei a tampa da primária, ganhei uma bolsa de tanque, coloquei acabamentos cromados nos eixos dianteiro e traseiro e por fim troquei a lâmpada do farol (que já tinha trocado por conta de um curto circuito originado no chicote elétrico que sai do comutador de farol baixo/alto) por uma lâmpada superbranca da Phillips, que também tinha ganho. Custo dessas alterações: R$ 800.

A última manutenção da moto foi a troca do pneu traseiro (que ficou “quadrado” com o esforço na suspensão traseira): a moto estava com 17945 km, três anos de uso e o serviço foi feito na loja HD JK, pois não havia pneu na medida 150/80R16 no Rio. O novo pneu é Dunlop série HD (gostaria de ter encontrado um Metzeler, mas não consegui) e teve custo de R$ 850 incluindo o serviço de alinhamento e balanceamento, montagem e desmontagem da roda.

Excetuando-se o furo do pneu dianteiro, a moto nunca me deixou na mão. Usei os serviços das autorizadas mantidas pelo Grupo Izzo sem qualquer problema, sendo sempre muito bem atendido e o único problema é realmente a falta de peças (tive de ir a SP para trocar o pneu traseiro). Do mesmo modo, recomendo a Brazil Custom para serviços rápidos e colocação de acessórios. O Silvestre da Silverstone é “ours-concurs” e fez um trabalho fantástico nas suspensões da moto, melhorando muito a dirigibilidade, possibilitando minha esposa a usar a moto e tudo isso com um custo razoável, comparando com outras oficinas HDs autorizadas ou independentes.

Próximo passo: troca da roda traseira por uma de liga leve e fazer revisão quando se aproximar dos 20000 km (hoje está com 19000 km) que, com sorte, vai ser feita na HD Pimenta para ver se a reputação é merecida.

A moto teve um consumo normal durante esse período (cerca de 14 km/l na cidade e 22 km/l na estrada) com uso na maior parte de gasolina pódium (usa gasolina comum quando estamos em viagem) e nunca precisou de óleo nesse período. O motor 1450, sem qualquer modificação na injeção (usa apenas as ponteiras SE II), tem boa performance e dá muito prazer no uso, tanto na cidade quanto na estrada. Até agora, a moto custou R$ 11k para ser mantida e customizada (R$ 1,10/km rodado) e o seguro foi de R$ 1,7k para o período (endossou o seguro da Virago e renovou uma vez), sempre pela Porto Seguro.

No corredor entre os carros, a moto se comporta muito bem, o guidão V-bar ajuda muito na hora de passar pelos retrovisores e as suspensões rebaixadas requerem cuidado na hora de descer das calçadas e passar por quebra molas. A moto é show de bola!