segunda-feira, 26 de abril de 2010

Electra Glide Classic sai do catálogo brasileiro

A fábrica em Manaus da HD não estará produzindo o modelo Electra Glide Classic nos próximos meses.

A saída do modelo do catálogo brasileiro faz parte de estratégia de elitização do modelo Electra Glide.

O modelo Ultra Classic Electra Glide será o único a ser fabricado e o preço será uma média entre os valores praticados para o modelo Classic e Ultra Classic no ano passado. Especula-se que o valor será em torno dos R$ 65.000,00.

As últimas Electra Glide Classic foram vendidas a toque de caixa na promoção de queima de estoque a R$ 50.900,00 e vão deixar saudades naqueles que querem um modelo touring com a excelente garupa, mas não querem pagar por alguns detalhes como caixas de som na traseira, rádio PX e intercons entre piloto e garupa.

Em compensação, a mudança vai ser um incentivo para aqueles que sempre quiseram a top de linha da HD, mas ficavam "sem coragem" de desembolsar o valor da diferença.

DSR faz um ano.

Os amigos do Dark Side Riders comemoram um ano de existência do grupo no dia 5/5 em São Paulo.

Infelizmente para mim, a data é complicada para dar o abraço pessoalmente, mas eles comemoram essa data especial em encontro privado em local a ser definido em São Paulo.

Fica o abraço do "estrangeiro" e o agradecimento pela solidariedade recebida no acidente da Silvana.

Valeu gente... tomem um Jack por mim.

Mega Cycle em São Lourenço

No próximo fim de semana ocorrerá o Mega Cycle em São Lourenço - MG.

A cidade é bem acolhedora e o evento multimarcas promete sempre muitas atrações.

Não acredito que a HD marque presença este ano por conta do processo entre dealer e fábrica, mas não deixa de ser opção para quem se interessa por motocicletas.

Fica a sugestão para quem for ao encontro do Fórum HD em Penedo.. sair antes ou voltar antes e dar um pulo em São Lourenço... de Penedo à São Lourenço são cerca de duas horas de serra e um B&V é sempre interessante.

FTD: divórcio acertado... e quem fica com o HOG?

O processo continua e eu continuo apostando em acordo entre as partes.

Quando o HOG RJ não alinhou com os demais Chapters e direção do HOG Brasil eu escrevi que o HOG é independente do dealer. Como não pude ir à loja HD RJ neste fim de semana por conta de outros compromissos, só vim a saber das repercursões mais tarde.

Dentro desse quadro me chamou a atenção exatamente as opiniões a favor e contra o ponto da independência do HOG.

Já disse antes que tudo no Brasil vira uma partida de futebol e não se admite neutralidade aos observadores. Todos tem de "torcer" para uma das partes sob pena ser tachado de "maria vai com as outras".

Quando afirmo que o HOG é independente, ou seja independe da decisão judicial para existir, afirmo que o HOG é neutro e não pode, nem deve se filiar a um dos lados.

Escutar que fazer parte do HOG é ser coxinha ou que o HOG faz o dealer mandar, ou ainda que o HOG faz parte da divulgação da marca são argumentos que não se sustentam pela própria democracia existente no HOG: não quer participar, não participa!

Gostaria que me apontassem um outro grupo, clube ou associação onde o membro tem liberdade para dar opinião, participar ou fazer uso das cores e símbolos como é o HOG.

Não ando em grupo desde que saí da faculdade (e isso já são mais de 25 anos) e decidi participar do HOG exatamente porque poderia escolher quando, onde e como participar. Diferente dos diretores, que assumem uma obrigação junto aos membros do Chapter, qualquer membro tem liberdade de escolha dentro do HOG.

Dentro da estratégia elaborada pelos advogados das partes o HOG acabou virando um filho de casal em separação e agora ambos querem a guarda da criança.

O HOG é marca da HD. A HD detém direitos sobre o uso dessa marca e empresta sua marca aos proprietários que sentem prazer em usar os produtos HDs. O HOG não acaba se o dealer fechar as portas. Em Portugal, a loja HD de Braga fechou (ainda faz serviços como oficina independente), mas o Chapter Minho ainda existe e por tradição se encontram na mesma loja para a partida dos passeios.

Hoje, se o dealer deixar de ser dealer e passar a ser um independente, revendendo a marca, fazendo serviços para a marca, o Chapter RJ não deixa de existir porque é um grupo de pessoas que tem em comum o interesse pela HD, pelo uso das HDs e pela convivência entre si que foi criada dentro do HOG.

Eu sou membro do HOG, pago a assinatura anual que dá direito às revistas, pin e patch. A HD me procura anualmente para a renovação, coisa que o dealer não faz... é preciso ligar para um 0800 e dizer que tem interesse em continuar sendo membro do HOG e do Chapter, ou seja, eu quero me manter fiel à marca, mas isso não é aproveitado pelo pós-venda do dealer.

Um dos maiores patrimônios da HD são seus clientes, e o cadastro de clientes brasileiro não é diferente, mas infelizmente esse cadastro é abandonado a cada dois anos (período em que a garantia se encerra) quando seria o momento de investir no cliente novamente buscando a renovação da motocicleta. Isso é gestão básica de um cadastro e costuma ser feita pelas empresas eficientes.

O HOG existe, é independente porque é formado por pessoas que são ligados pelos mesmos interesses, neutro nessa disputa judicial porque o próximo dealer terá a mesma obrigação que o atual e foi uma dos motivos que causou a recuperação da marca na crise da AMF. O HOG não é criança para ser disputada pelos parceiros nesse divórcio.

Sou um proprietário da marca que aprendeu a ser fiel à marca exatamente pelo diferencial que o HOG representa. Nunca tive problemas com o dealer, mas é notório o número de clientes insatisfeitos com o dealer. Minha moto nunca me deixou na mão, a moto da minha esposa a salvou de ser atropelada pelo eixo traseiro do caminhão no acidente. Em resumo não tenho motivo para me dizer insatisfeito com o dealer ou com a marca, mas a minha realidade não se sustenta atualmente. São muitos os que desistem da marca por conta de mau serviço, de má conduta ou de defeitos que devem ser resolvidos em garantia e não são. Assim como são muitos que procuramm soluções alternativas por conta do prazer em ter uma HD.

Já disse antes e volto a repetir: a situação não se sustenta e deve ser resolvida rapidamente porque os prejuízos à imagem, tanto do dealer quanto da marca, estão se tornando um diferencial para a não escolha dos produtos HD.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

começa a temporada de eventos nacionais

O primeiro de maio marca o primeiro evento nacional de HDs.

O Fórum HD (www.forumhd.com.br), comunidade internauta onde os proprietários de HDs trocam informações e se ajudam, marcou o primeiro encontro nacional entre os foristas.

O encontro é privado e visa aumentar ainda mais a coesão da comunidade dando oportunidade dos colegas se conhecerem ao vivo e a cores.

O que era apenas um projeto nascido da teimosia do Artur Porcão (que no início do fórum fazia perguntas para ele mesmo responder) tomou forma e se tornou uma fonte de consulta para os diversos problemas, barulhos e "manias" das HDs.

Vai ser primeiro de maio em Penedo. Quem quiser conhecer os membros da comunidade é só chegar lá. O encontro será no bar do Fritz e para quem não conhece Penedo, será o bar com HDs de todos os tipos e modelos paradas em frente à calçada.

modelos 2010

Enquanto isso tudo não termina, quem quer uma HD 2010 vai precisar fazer o pagamento a vista e antecipado.

O relacionamento do dealer com a fábrica continua azedo e com os bancos é pior ainda. Não existe opção de financiamento por falta de financeiras interessadas em negociar com o dealer brasileiro.

Desse jeito, a única forma de adquirir as (poucas) motocicletas 2010 no mercado brasileiro é fazendo o pagamento a vista, não sendo sequer permitido o parcelamento de uma parte no AMEX pois a HDSP depende do pagamento da motocicleta para ir até Manaus comprar a moto.

Essa situação vive um cabo de guerra entre o dealer e a fábrica onde quem perde é o consumidor.

As promoções estão ficando limitadas aos modelos encalhados e os modelos 2010 parecem que serão comercializados com a tabela cheia (aqueles valores absurdos das etiquetas penduradas nas motocicletas dentro do salão).

Como a HD só pode vender para o Grupo Izzo por conta do contrato, vem diminuindo o ritmo da produção para minimizar os prejuízos nesse período. Por sua vez, o Grupo Izzo parece não ter caixa para fazer um estoque próprio e confia na exclusividade para operar com o estoque da fábrica e dessa forma age como um vendedor aceitando encomendas mediante pagamento antecipado.

Traduzindo: se ficar o bicho come e se correr o bicho pega... o consumidor, já tão mal tratado dentro do universo HD (problemas na entrega/licenciamento/garantia/falta de peças), agora vai financiar o capital de giro do dealer sem ter a ajuda das financeiras que não emprestam mais dinheiro tendo uma HD como garantia do contrato.

Hoje em dia, só consegue um financiamento para comprar uma HD quem não precisa de financiamento porque o contrato será baseado em outras garantias diferentes da motocicleta como é a praxe no mercado de veículos.

café da manhã vai ser requentado

De acordo com informações que circulam na loja HD RJ, o Chapter RJ foi o único que não assinou o "acordo da concórdia" onde o HOG empresta apoio ao revendedor autorizado. Pelo menos um dos diretores dos demais Chapters e vários proprietários assinaram a carta de apoio solidarizando-se com o revendedor e esquecendo dos problemas que passaram ou que outros colegas passaram.

Da loja HD RJ também vão assinaturas conseguidas pelos funcionários, que emprestam seu prestígio junto aos clientes para angariar as assinaturas.

Não há como repudiar a atitude dos funcionários, pois é o sustento deles que está ameaçado com o processo judicial, sendo que vários deles já foram demitidos quando da separação das outras marcas vendidas na loja HD.

O que não se pode entender é a falta de coerência dos colegas que exercem o cargo de diretores ao se colocar ao lado do representante e contra a fábrica. Na realidade, não se pode aceitar que esses colegas falem em nome da maioria (quase unanimidade não fosse a posição adotada pelo Chapter RJ) dos membros do HOG se não tem sequer legitimidade para isso. Afinal esse cargo não é fruto de uma eleição (o que seria um processo interminável em razão do número de associados do HOG) e sim uma escolha por parte do dealer que patrocina o Chapter.

Não imagino um protesto por parte dos associados contra seus diretores. A maior parte dos associados sequer vivencia o que acontece dentro do Chapter. Mas faltou coerência na atitude dos diretores do HOG que abrem mão da independência do HOG em favor de interesses do dealer local.

Dentro do processo judicial (e foi assumido por alguns funcionários na loja HD RJ que o objetivo em angariar as assinaturas é mostrar apoio ao dealer) a verdade é o que está acostado aos autos do processo e nesse processo tanto a matriz quanto o HOG forneceram provas de que o pós-venda brasileiro é uma maravilha. Pena que essa não seja a realidade brasileira.

Os "coxas" do HOG foram depilados pelo dealer em nome de um café da manhã com croissant e eclairs de chocolate... Aqui no Rio, onde os "coxas" permanecem cabeludos, a tendência é que tenhamos que levar o café na garrafa térmica porque acho que o café da manhã carioca vai passar a ser requentado.

domingo, 18 de abril de 2010

FTD: a posição do HOG

Neste sábado fui surpreendido, antes mesmo de entrar na loja HD RJ, por um amigo do HOG RJ que comentou sobre um documento onde eram pedidas assinaturas de membros do HOG em apoio à HDSP (Grupo Izzo).

Não cheguei a entrar na loja, estava passando rapidamente para cumprimentar os colegas que iam no passeio e todos já estavam do lado de fora aguardando a formação do trem. Não chequei a ter acesso ao documento. Pelo que observei do lado de fora, os novatos eram abordados pelos vendedores e alguns assinavam, mas a maioria se recusou a dar o apoio a essa iniciativa da HDSP.

Acredito que essa iniciativa da HDSP tenha como objetivo servir como prova de satisfação dos proprietários no processo judicial sobre o contrato em vigor com a HD USA.

No domingo almocei com o Rodolfo, diretor do Chapter RJ, e inicialmente o documento foi enviado aos diretores para, na qualidade de "representantes" dos membros do HOG, ser assinado e enviado de volta à HDSP. No HOG RJ isso não aconteceu e por conta disso foi feita a movimentação em busca de assinaturas na loja durante o café da manhã.

Afinal de contas, o que o HOG tem a ver com isso tudo? E como o HOG pode influenciar?

O HOG foi criado em 1983, com a retomada da HD pelos proprietários tradicionais da AMF. A marca encontrava-se desgastada e essa iniciativa promovida pelos proprietários de motocicletas da marca se tornou um alicerce para o reerguimento da marca.

Hoje o HOG é marca registrada da HD e deve ser um dos instrumentos de divulgação da marca mais eficientes, pois um dos grandes diferenciais na compra de uma HD é a irmandade de proprietários que recebe o novo proprietário sem qualquer restrição. Aonde você chegar de HD e existirem outras HDs, logo se forma um grupo para falar sobre assuntos ligados à marca e a motocicleta (não vem sendo diferente durante essa fase de litígio judicial entre a matriz e seu revendedor).

Mas se o HOG é marca registrada da HD e por obrigação contratual todo dealer deve manter e patrocinar a estrutura do Chapter local, os diretores e membros do Chapter não tem qualquer vínculo com esses mantenedores além da divulgação da marca.

Os diretores não são assalariados, os membros não contribuem para o Chapter (contribuem para o HOG internacional) e todo o trabalho desenvolvido para organizar e orientar passeios, treinar os novatos e contribuir para a confraternização entre os membros do HOG é voluntária.

O cargo de diretor não é fruto de eleição entre os membros do Chapter. É escolha do gerente da loja (dealer) e tem "mandato" de três meses que pode ser renovado conforme o interesse do diretor em permanecer com o ônus do cargo.

É certo também que o cargo não traz somente obrigações. Dentro do patrocínio do Chapter, o dealer dá desconto em peças usadas nas revisões (além de bancar o café da manhã dos sábados).

Esse formato liberal do HOG traz um diferencial importante em relação a outros motoclubes: não existem obrigações a serem cumpridas pelos membros para se manterem como membros ativos do HOG. Não existe punição para o membro que só aparece no HOG Rallye e não participa dos passeios e muito menos existe a imposição de ser aceito por todos os demais membros para fazer parte do HOG: basta ter uma HD (nova ou usada) para fazer parte do HOG.

Dito isso, temos essa situação entre revendedor e matriz. O HOG deve abrir mão dessa independência para apoiar algum dos lados? Qual será o destino do HOG se o dealer atual deixar de patrocinar o Chapter? O HOG Brasil vai acabar se o dealer perder a disputa judicial?

O HOG não acaba enquanto existir essa disposição de bater papo e viajar junto com outros amigos de HD, seja ele mantido ou não pela HDSP. Se existir outro dealer, esse terá a mesma obrigação que tem hoje a HDSP de manter o Chapter local e dar condições para o trabalho do HOG em divulgar a marca.

Em relação à independência do HOG em relação a isto tudo, a resposta dos diretores do Chapter RJ, enviada à HDSP e aos demais diretores de Chapters é a não concordância com o documento ou com a exigência em se filiar a um dos lados nessa pendenga jurídica.

Acho relevante a divulgação do documento enviado aos diretores e mais relevante ainda a posição tomada pelos diretores do Chapter RJ. Seguem íntegras de ambos documentos. Primeiro o documento enviado pela HDSP (sob o manto do HOG Brasil) aos diretores (e no sábado na loja HD RJ em busca de assinaturas):

Chapter Brasil.


Eu_____________________________________________________,portador do RG_______________________, Diretor do HOG Chapter _________________________________, gostaria de esclarecer que a HDSP através das atividades sociais promovidas pelo HOG logrou incentivar a participação dos clientes e dos associados no pleno desenvolvimento da marca Harley-Davidson no Brasil.

Como membro do HOG, me orgulha muito em trabalhar de forma comunitária para o crescimento da marca e para a satisfação dos associados, resultando conseqüentemente no aumento das vendas, fazendo da marca H-D no Brasil um desejo de consumo e principalmente, transformando a vida de muitos clientes.

Assim sendo, a HDSP nunca mediu esforços para que esse processo de satisfação dos clientes nos motivasse a continuar no HOG e lutar junto a ela pela plena satisfação dos proprietários de H-D que por nós aqui são representados.


__________________________, _________ de Abril de 2010.


_________________________________
Ass.


É preciso notar que o último parágrafo do documento é uma demonstração explícita de apoio ao dealer e não representa em hipótese alguma a real situação dos proprietários de HD no Brasil, deixados à própria sorte para resolver os problemas de entrega/licenciamento e garantia das motos vendidas pelo dealer local.

Esse documento deveria ser entregue ao gerente da loja ou enviado por fax e visava demonstrar "a quem possa interessar a seriedade e confiabilidade das ações" (extraído do e-mail enviado pelo José Tadeo - diretor do HOG Brasil e funcionário da HDSP)

A resposta dos diretores do Chapter RJ explicitando a não concordância com a iniciativa:

Prezado José Taddeo.

Nós diretores do HOG RIO temos a honra e o orgulho de coordenar o grupo de proprietários de Harley-Davidson no Rio de Janeiro, fazendo um trabalho comunitário de socialização com nossos associados, promovendo passeios bate&volta e bate&fica, festas de confraternização, consequentemente divulgando a marca Harley-Davidson e gerando satisfação para os proprietários dessa notória marca.

Não obstante, não concordamos com a associação deste trabalho comunitário desenvolvido no HOG RIO, com qualquer política de vendas ou pós-vendas da HDSP (Grupo Izzo), que trancende em muito as atribuições desta diretoria, motivo pelo qual não estaremos assinando a referida carta.

Outrossim, continuamos empenhando nossos esforços para contribuir de forma positiva para a continuidade do sucesso dos Chapters e do HOG Brasil.

Saudações.

Atenciosamente,
Diretoria HOG RIO
Francisco Ferraz, Rodolfo Ferreira, Rogério Barros


Não posso falar pelos demais Chapters, mas aqui no Rio o HOG continua independente e tratando dos assuntos pertinentes aos interesses de seus membros: um serviço de pós-venda de melhor nível que possa fazer jus à tradição da marca, divulgar a marca e manter a unidade e camaradagem entre os proprietários das motocicletas da marca.

E continuará assim seja qual for o desfecho da ação judicial, que na minha opinião só pode ter um desfecho: quebra do contrato e abrindo a concorrência dentro do mercado brasileiro.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Reflexos na fábrica.

Divulgados os números da ABRACICLO para o primeiro trimestre de 2010.

Os números da fábrica da HD: no primeiro trimestre de 2010, foram produzidas 529 motocicletas (332 motocicletas no primeiro bimestre), uma redução de 31,3% sobre a média de 2009. As vendas de Jan/Março de 2010 totalizaram 710 unidades (545 motocicletas no primeiro bimestre), ou 17% menos.

Como comparação: o mercado brasileiro de motocicletas teve um crescimento de 31.2% no primeiro trimestre de 2010, comparado com igual período de 2009.

Fica pior ainda se levarmos em conta os números só de Março/2010 (quando o processo da quebra de contrato era apenas um rumor): foram fabricadas 197 motocicletas e vendidas 165 motocicletas, com saldo em favor das vendas de apenas 32 motocicletas. Ou seja, o encalhe de 2009 baixou de 860 para 828, enquanto nos meses de Janeiro e Fevereiro/2010 o encalhe baixou de 1000 para 860.

Isso tudo com promoções que baixam os preços seguidamente.

O PHD Roque deixou algumas observações sobre esse processo de sucateamento da marca HD no Brasil que valem a pena ser lidas:http://wilsonroque.blogspot.com/2010/04/e-os-precos-continuam-cair.html.

Em resumo, a fábrica mantém um ritmo que faz prever uma queda de 30% na produção em relação ao ano passado e mais de 50% em relação ao ano de 2008 e nada garante que a fábrica irá entregar a produção de 2010 ao revendedor autorizado por conta dos problemas entre eles (apesar de já serem encontradas algumas Heritages Classics 2010 nos show room).

Resta saber quais serão os movimentos da HD matriz para tentar manter sua posição no mercado brasileiro, ainda mais com o contrato ainda válido entre as partes.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

o poço é mais fundo

Quando divulgaram os preços promocionais na semana retrasada achei que o preço das motos zeros tinha chegado ao fundo do poço... me enganei.

Foi enviada através de e-mail pelos vendedores do Grupo Izzo uma nova tabela com reduções de R$ 2.000,00, além da mudança na forma do pagamento: antes era 50% a vista e o saldo parcelado no AMEX. Agora é 40% a vista e o saldo permanece parcelado no AMEX.

Trocando em miúdos, o revendedor autorizado está pegando um valor menor em dinheiro vivo (valor de venda menor e percentual menor na reserva da venda) provavelmente porque os interessados estão com maiores receios ou simplesmente não existem mais interessados com fundos necessários para pagar a entrada.

O mercado de usadas vai acusar o golpe rapidamente e cada vez mais os vendedores vão escutar os compradores dizendo que o preço está caro ou que pelo preço pedido é melhor comprar uma zero... Dificilmente vamos encontrar bons negócios no mercado de usadas enquanto o revendedor autorizado não encontrar o fundo do poço.

Quando comprei a minha Fat em 2006 me disseram que era uma moto para a vida toda, e eu pensando que era uma afirmação retórica...

segunda-feira, 12 de abril de 2010

e está nascendo um novo grupo no Rio de Janeiro

O fórum HD (www.forumhd.com.br) é um espaço criado e mantido pelo Artur Porcão para que proprietários de HD troquem experiências e se auxiliem na, cada vez mais difícil, tarefa de manter as motos rodando.

Como é um espaço virtual, nem todos os foristas se conhecem e como acontece na maior parte das vezes, a comunidade paulista é majoritária.

Aqui no Rio a comunidade está crescendo e com o Valladares (presidente honorário do "Chapter RJ do FHD") agitando está criando tradição de fazer passeios aos sábados.

Já tive o prazer e o privilégio de rodar com eles em um pequeno passeio até a Urca e posso dizer que é uma turma muito animada e bem humorada.

Já foram feitos dois passeios, o terceiro foi adiado por conta das chuvas e o quarto passeio já está programado para o próximo sábado (se o tempo ajudar).

O encontro nacional (primeiro de muitos) será em Penedo no primeiro de maio e já tem vários foristas confirmando presença. Um Bate e Volta está sendo programado como o quinto passeio do "Chapter RJ".

Para maiores informações, basta se cadastrar no fórum e acessar a área privativa dos foristas que trata dos encontros e passeios.

Vale a pena.

programação HOG RJ alterada

E as chuvas também serviram para cancelar o passeio para Teresopólis de sábado passado.

O passeio foi adiado para o próximo sábado (17/04), sendo mantido os horários previamente planejados.

Chuvas no Rio de Janeiro

As chuvas da semana passada trouxeram problemas para os clientes da Brazil Custom.

Uma parede caiu levando o teto e a oficina está fechada para reparos.

Quem precisar de seviços de manutenção, terá de procurar outras opções.

Ao pessoal da Brazil Custom, fica a solidariedade e a torcida para que retornem o mais rápido possível à ativa.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

e agora José: hd nova ou usada?

O processo HDxIzzo segue a sua marcha. As informações andam meio complicadas devido a dificuldades em consultar o processo no site do TJ SP, mas os foruns das comunidades harleyras continuam produzindo informações, assim como os blogs do PHD Roque e dos Harlystas RS.

Foram divulgados diversos processos contra o revendedor autorizado, vários deles visando despejo de imóveis locados pela HDSP, mas não se consegue saber a localização desses imóveis. Os processos existem, mas as pesquisas nos sites não trazem grandes informações. Do mesmo modo que circular cópias de e-mails enviados dando conta que a HD Goiânia vai fechar e que os modelos 2010 já estão recebendo reservas... ou seja, as informações são as mais contraditórias possíveis.

De um lado mostra a possibilidade de um acordo entre as partes, de outro mostra o Grupo Izzo dando sinais de que vai mal financeiramente e de outro mostra a HD USA usando a rede de revendas do Grupo Izzo para vender seus produtos no Brasil.

E onde fica o interessado em comprar uma moto nova? E como se comporta o proprietário de motocicleta em garantia que precisa de serviço?

O PHD Roque no seu blog (http://wilsonroque.blogspot.com) publicou algumas observações interessantes sobre esses questionamentos. Vale a pena conferir:"http://wilsonroque.blogspot.com/2010/04/harley-processando-o-grupo-izzo-4aparte.html" e "http://wilsonroque.blogspot.com/2010/04/o-grupo-izzo-finalmente-falou.html"

Dentro desse mesmo contexto, o Bocuzzi do Dark Side Riders postou no fórum HD (www.forumhd.com.br) uma opinão que concordo integralmente:

Alguns pontos fundamentais, na minha visão, dessa estória toda:
1) A Harley está mal das pernas não porque o Brasil vendeu menos, mas porque o mundo todo vendeu menos. É um produto altamente supérfluo, que em época de crise é rapidamente cortado de qualquer orçamento. Não adianta pegar o mercado de motos em geral no Brasil.
2) Se tem uma coisa que os caras da Izzo sabem fazer é promover a marca, fazer eventos, vender moto, etc., tanto é que relativamente popularizaram a marca e venderam muita moto, mesmo com a merda de pós venda que ele têm.
2.a) Alguns vão dizer "Eu não comprei minha moto na Izzo". Ok, mas o cara que te vendeu a usada provavelmente comprou uma 0km. Por quê? Simples: se você entrou "novo" nesse universo, é porque alguma moto entrou "nova" também, a menos que tenha alguém compartilhando moto por aí (ok, tem alguns que trocam de marca, etc., mas é uma minoria).
2.b) Vale lembrar que o serviço da Izzo sempre foi uma merda, e a matriz nunca deu bola pra isso.
3) Se a Harley que tirar o pé da lama aumentando as vendas aqui no Brasil - o que faz sentido, dado que somos um mercado emergente e que passou melhor pela crise do que o primeiro mundo - o caminho mais eficiente deve ser mesmo quebrar a exclusividade da Izzo, pois haverá sem dúvida um ganho de escala nesse trabalho de venda.
3.a) A própria HD USA, em pleno século XXI, não oferece email ou qualquer canal eletrônico como método de comunicação. Quem quiser falar com eles pode ligar (nunca testei) ou enviar carta (?!?).

Assim, a minha conclusão é que, se dermos azar de entrar outra Izzo como concessionária, só haverá desvantagens na quebra de exclusividade. Serão vendidas mais motos, o serviço de pós venda continuará uma merda, e consequentemente haverá mais consumidores insatisfeitos detonando a marca e vendendo as motos a preço de banana.

Sei que, em tese, a concorrência pode nivelar por cima esse serviço de pós venda... mas sei lá, em se tratando de Brasil, oligopólios, cartéis e etc., sou meio cético.


Hoje em dia a compra de uma HD vem sendo uma opção para consumidores realmente apaixonados pela marca ou para consumidores inocentes que desconhecem esse histórico e se interessam pelos preços praticados.

Levar sessenta dias para licenciar uma motocicleta assusta e deixa muito inquieto o consumidor desavisado. O clima de criado pelo processo judicial quebra a confiança no revendedor e acelera as dificuldades financeiras acarretadas pela má gestão do revendedor.

E nisso tudo o mercado de usadas toma outro solavanco e fica cada vez mais difícil negociar a usada para tentar adquirir uma zero.

Eu já sou um adepto de evitar a compra de uma HD zero por conta das várias opções com pouco uso existentes no mercado e agora com essa instabilidade do revendedor, a zero km é algo para deixar o consumidor perdendo o sono até o licenciamento.

Por enquanto existe uma certa garantia de que a entrega será honrada e a moto licenciada (afinal o banco que financiou o capital de giro do Grupo Izzo tem interesse em receber o dinheiro e não tem interesse em executar a garantia), mas logo o estoque financiado pelos bancos estará encerrado e os clientes que podem aproveitar os preços promocionais para pagamento a vista serão em número cada vez menor, agravando a situação do revendedor.

Motos 2010, somente se o Grupo Izzo pagar à HD USA e sem a confiança do mercado financeiro, vai restar apenas a opção de encomendar a moto na fábrica.

E os serviços tenderão a piorar com o aumento de serviço nas oficinas especializadas não credenciadas pela HD porque a oficina autorizada estará cada vez mais com menos condições de prestar os serviços.

Quem se interessar em aproveitar a situação, o faça sabendo dos riscos envolvidos nessa operação, e boa sorte.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

programação HOG RJ

E enquanto a bagunça não acaba, o HOG RJ vai para a estrada. Afinal as HDs não foram feitas para ficar na garagem.

Segue íntegra do e-mail enviado pelo Rodolfo, diretor do HOG Chapter RJ:

Pessoal,

Neste mês de abril vamos colocar o trem na estrada e visitar os "Vagões" da Serra!!!

No dia 03/04 temos um bate-e-volta para Itaipava e dia 10/04 um bate-e-volta para Teresópolis, almoçando no restaurante Vagão de cada localidade.. Nosso trem estará literalmente nos Vagões da Serra! Ambiente temático, boa comida e uma seleção invejável de cervejas!

Na noite de sábado, 10/04, teremos um Nigth Train especial, repetindo a dose com a banda "Oleo 40" no Espírito das Artes da Cobal de Botafogo, comigo (Rodolfo) na bateria. Rock e Blues autorais com muito peso e letras marcantes. Venham conhecer! Serão 2 bandas a partir das 20:30h horas (tocaremos por volta das 21h). Para quem quiser conhecer as músicas (e ajudar a banda!), visite o site http://www.pleimo.com/oleo40 para adquirir o CD ou músicas avulsas em formato MP3. Teremos também a banda Trip Limousine, interpretando clássicos dos anos 70 e 80. Uma noite com muito rock´n roll!!!

No dia 24/04 teremos nova edição do HOG RIO FOTOS apresentando os grandes momentos da mega viagem da Valéria Aranha e Claudia Fujarra para o fim do mundo, Ushuaia. Essa dupla mais uma vez surpreende a todos fazendo uma mega-viagem de "gente grande", e sozinhas em suas Rockers, "Samira e Samara"! Mulheres no "Fin del Mundo"! Realmente imperdível! Após o HOG RIO FOTOS sairemos para um passeio até Guaratiba com almoço no "Bira de Guaratiba".

E a tradição continua na última quarta-feira do mês, 28/04, quando teremos a comemoração dos aniversariantes do mês no Rota 66 do Leblon.. Venha participar da festa com deliciosa torta oferecida pela casa!

Mais um mês especial para colocarmos o trem na estrada!
Participem!!!

Consultem sempre o Twitter do HOG RIO para informações, programação, avisos e fotos dos passeios. Visitem www.twitter.com/hogrio ou "siga" o hogrio em sua conta do Twitter!!
Forte abraço a todos!!!
Chico, Rogerio e Rodolfo
Diretoria HOG Rio
Todos os membros do HOG e seus convidados participam voluntariamente e por sua conta e risco do HOG e sua programação. O HOG, seus diretores e colaboradores, a Harley-Davidson Motor Company, suas subsidiárias, distribuidoras, revendedoras e funcionários não são responsáveis por quaisquer perdas ou danos aos membros, seus convidados e seu patrimônio advindos da participação no HOG ou em suas atividades.

Vagão Itaipava e Teresópolis
www.vagaobeer.com

Banda Óleo 40
Às 21h, na Cobal do Humaitá - Rua Voluntários da Pátria, 446.
Casa de shows Espírito das Artes, segundo piso.
R$13 reais com o nome na lista amiga ou R$18 na hora.
Lista amiga na comunidade do Óleo 40:
http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=7634249
Formada em Janeiro de 2001, a banda Óleo 40, conta com integrantes que participaram ou ainda participam de bandas que batalham no mercado independente do Rock Carioca. Com uma química musical especial, impulsionada por três guitarras, aliada a experiência dos músicos, a Óleo 40, mescla Rock and Roll com blues e um toque de pop, com seus componentes criando ritmos vibrantes, melódicos e letras marcantes. Entre as composições destacadas pela banda estão Vem Comigo, Tudo ou Nada, Dramático, Adrenalina, Luz e Jugular que entre outras transitam com personalidade e desenvoltura por referidos ritmos. A Óleo 40 já se apresentou ao vivo no programa Atitude.com da TV Brasil e tocou no Saloon 79 e no palco do Rio Rock and Blues Club na Barra da Tijuca, quando lotou a casa com seu público.

BIRA DE GUARATIBA
http://www.biradeguaratiba.com.br

Aniversariantes do Mês no Restaurante Rota 66 Leblon
Rua Conde Bernadotte 26
http://www.restauranterota66.com.br/

O Rota 66 surgiu em dezembro de 2001 na Cobal do Humaitá, conhecido pólo gastronômico da região. O restaurante reúne o que há de melhor da gastronomia tex-mex, ambiente e atendimento. Com a arquitetura inspirada na mais famosa rodovia dos Estados Unidos, o local é repleto de objetos decorativos, trazidos do "Route 66 Museum", na Califórnia. Miniaturas de Harley Davidsons, pôsteres de carros da época e de atores como James Dean, Marylin Monroe e John Wayne povoam as paredes do bar. O Rota 66 também oferece um cardápio musical de DVD´s extenso, composto em sua maioria por Rock n´Roll, Blues e Pop Rock.

Todos os dias, entre 11h30 e 16h, há a opção de almoço executivo, onde o cliente pode montar seu prato escolhendo diversos tipos de grelhados, molhos e acompanhamentos, em mais de 1000 combinações possíveis. O restaurante também oferece vantagens para grupos, como cartela de consumo individual e Mega Drinks de dois litros.

Em janeiro de 2008, foi inaugurada a primeira filial do Rota 66, na rua Conde Bernadotte 26, no Leblon. Um dos destaques da nova casa, localizada em um dos pontos mais badalados do bairro, é a chopeira, uma das mais modernas do mercado atualmente. Ela tem 240 m de serpentina e um pré resfriador, que mantém o chopp sempre a uma média de -2,8 graus.

HD divulga motivos da ação

como não tenho acesso ao processo que trata sobre o contrato entre a HDSP e a HD, só posso formar a minha opinião através do que é divulgado na imprensa.

Até este momento, nenhuma das partes havia se manifestado sobre os motivos que levaram ao processo.

A HD, através da coluna de motociclismo publicada no Terra - Motociclismo On line ("http://motociclismo.terra.com.br/index.asp?codc=829")- veio a público para expor a motivação que a levou a via judicial.

A HD informa no comunicado que visa a satisfação dos clientes e já mostra suas intenções em abrir o leque de revendedores.

Segue íntegra do comunicado da HD:
“A satisfação dos consumidores é a prioridade número um da Harley Davidson. Nossa reputação é uma das mais reconhecidas e nossa marca, das mais icônicas do mundo, e isso depende da oferta de melhor serviço ao cliente possível que a Harley-Davidson e seus distribuidores podem prestar.Recentemente, nós tomamos conhecimento que nosso revendedor exclusivo no Brasil está violando o contrato com a Harley-Davidson, tirando o foco da experiência de consumo, afetando diretamente nossos consumidores e marca. As violações de contrato, problemas de desempenho e falta de foco na marca Harley-Davidson levaram a níveis crescentes de insatisfação dos consumidores no Brasil, e eles têm sido extremamente vocais sobre suas experiências.

Após muitas tentativas de remediar a situação diretamente com o distribuidor, que se recusou a reparar a infração do contrato, a Harley-Davidson decidiu tomar providências legais para assegurar que seus consumidores sejam bem atendidos. Em 15 de março, um juiz da 26ª corte do Estado de São Paulo concordou com que a Harley-Davidson encerrasse o contrato atual com a HDSP em 120 dias. Este é o primeiro passo em permitir que a Harley-Davidson selecione novos distribuidores e garanta que as necessidades dos consumidores sejam supridas. A Harley-Davidson está comprometida em fazer o que for necessário para assegurar que os consumidores no Brasil recebam o melhor possível.”
Harley-Davidson Motor Company


Vale lembrar que a decisão de 15/03/2010 teve retratação por parte do juízo que a proferiu e que a exclusividade está mantida até a sentença sobre a quebra do contrato entre as partes.