terça-feira, 25 de setembro de 2018

Slip-on Eliminator 400 Vance&Hines

Na viagem para o HD 115 eu cheguei a ver e ouvir essa ponteiras "ao vivo e a cores".

É um produto bem feito e bem acabado como já é tradição na V&H. 

O vendedor garantiu que, a princípio, não seria necessário fazer qualquer tipo de ajuste, mesmo para as HDs internacionais.

A opção a essas ponteiras era a Neighbor Hater da Cobra, mas essa eu não consegui achar.

As ponteiras V&H tinham preço de 550 dólares, taxas inclusas, e pesavam pouco mais de dois kg, além de ser um belo trambolho para quem já tinha um guidão comprado que já tinha me obrigado a comprar uma mala maior.

Mandar via DHL acrescentava mais 210 dólares (over sized package) e iria ser taxada na chegada ao Brasil (acrescente outros 400 dólares na conta) deixando as ponteiras acima dos 1.000 dólares de custo.

Eu pesquisei antes de viajar, já tinha visto as ponteiras em uma loja da web chamada Motobox de São Paulo, mas o produto estava com indicação de esgotado e por isso estava analisando as ponteiras da Cobra.

Semana passada voltei a pesquisar e novamente o Google me levou ao site da Motobox onde constava as ponteiras da V&H pelo preço de 3.500,00 mais frete, com possibilidade de 10% de desconto para pagamento a vista ou parcelar em seis vezes.

Compra feita na última sexta feira e as ponteiras chegaram ontem (segunda feira) com frete via GolLog (envio aéreo). Recomendo a empresa.

Agora é desembalar e instalar após a revisão de 1.600 kms e ver se o vendedor da V&H tem ou não razão ao afirmar que não haverá necessidade de ajustes...

5000 kms com o M8

A RKS vai para revisão de 1600 kms amanhã e com os 3.600 kms percorridos com a Street Glide nos EUA ultrapasso a marca de 5.000 kms usando o M8.

Enquanto a SG americana já usava um motor bem amaciado (cerca de 16.200 milhas ou 25.900 kms), a RKS está cumprindo o final do período de amaciamento fazendo a revisão de 1.600 kms.

Tanto o motor americano quanto o motor brasileiro estão com suas configurações stock, ou seja filtro e escapes originais.

Como a moto americana foi licenciada na Flórida, a configuração stock dela é menos restrita que a nossa, além do fato de usar gasolina com percentual de álcool limitado a 10% (a nossa gasolina usa percentual de álcool variando entre 25 e 27%), mas de maneira geral o comportamento de ambos os motores é bastante similar, com o nosso motor esquentando um pouco mais que o motor americano.

Muitos rumores davam conta de problemas com o M8: nesses 5.000 kms não tive nenhuma queixa. O motor é forte, com aceleração linear e com torque aparecendo em qualquer regime de rotação, tanto que era possível sair de 70 mph (110 km/h) para 90 mph (140 km/h) sem sequer reduzir de sexta para quinta marcha, coisa que não consegui nem com o Twin Cam 110 SE da Street Glide CVO.

Aliás o Twin Cam é um motor que precisa ser "liberado" para render bem: a configuração Stock é muito mais restrita que a configuração Stock do M8, panorama atestado pelos preparadores de motores HD que conseguem um ganho menor com o Stage I no M8 do que o ganho conseguido com o Stage I no Twin Cam pelo fato do projeto do M8 estar melhor dimensionado para as atuais normas verdes que são usadas nas homologações dos motores a combustão interna.

Ainda não penso em fazer nenhum ajuste ou remapeamento na RKS.

Eu cheguei a marca de 110 mph (180 km/h) apenas uma vez e mantive essa velocidade por, talvez, 10 minutos para me agregar ao grupo na estrada e o M8 seguiu sem maiores problemas. Na RKS ainda não ultrapassei a marca de 120 km/h, mas o M8 brasileiro confirma o bom rendimento do M8 americano.

E pela experiência com a RKS percebo que o sistema elétrico do conjunto M8 é bem melhor dimensionado que o do Twin Cam porque a RKS passa intervalos de tempo grandes parada na garagem, sempre ligando na primeira tentativa.

O M8 é um motor melhor que o Twin Cam representando uma evolução em termos mecânicos.

terça-feira, 18 de setembro de 2018

Road King Special: ergonomia II

Antes de viajar comentei sobre a ergonomia da RKS e o ganho com o uso dos manetes reguláveis da Oberon Performance e sobre o problema das manobras em baixa rotação (pode ler aqui).

Na postagem falei sobre dois guidões, um original HD (o Road King Fat Handlebar p/n 55800388) e um da Wings Custom (o Flat Bar).

Durante a viagem do evento HD 115 eu passei em alguns Dealers e não encontrei o guidão original, mas o atendente da Bumpus HD em Memphis fez uma recomendação do Fat Reach Handlebar (p/n 55800714) e visualmente achei que poderia ser uma boa solução e comprei.

O Fat Reach Handlebar tem rise e comprimento um pouco maior que o Road King Fat Handlebar, mas praticamente a mesma medida de pullback.

Tanto um quanto o outro prometem trazer os comandos mais próximos do piloto pelo maior pullback mudando apenas a indicação de uso: o Road King Fat é indicado para a RKS e o Fat Reach é indicado para as Softails. Na prática serviu como uma luva na RKS.

A RKS e seu guidão original era assim:



E ficou assim:



Visualmente o que chama a atenção é a menor altura do guidão novo (7 polegadas contra 9 polegadas), mas o guidão também deixou os manetes mais próximos



Infelizmente não tenho fotos nessa posição do guidão original para poder fazer uma melhor comparação.

Com o guidão mais baixo e mais fechado melhorou muito o uso do corredor com a RKS: já consegui voltar a empurrar motoboy no corredor da Pinheiro Machado, e o manete regulável permite maior controle da embreagem.

Sei muitos colegas preferem os guidões mais altos (mini apes e ape hanger de 12 polegadas ou mais), mas eu venho de uma pilotagem com semiguidões manx e fico muito mais a vontade com os punhos mais baixos.

Aliás, o guidão original mais alto vinha deixando a mão direita dormente e os punhos doloridos pelo pullback menor do guidão original. Foi um ganho muito grande para a minha pilotagem.

Os cabos permaneceram originais pois o novo guidão é mais baixo, o que deixa a brincadeira mais barata, embora a montagem tenha sido bem trabalhosa devido à HD mudar o sentido da enfiação: antes você enfiava a tomada pelo guidão saindo do centro e agora faz o sentido ao contrário pois a tomada ficou maior. Outro detalhe interessante é o uso de fita condutora ao invés da fiação tradicional.

A fita condutora é um cabo chato por onde toda a fiação é ensanduichada permitindo menos problemas na condução do sinal elétrico, mas precisando de cuidado extra para não quebrar a fita no momento da instalação.

Também não houve necessidade de troca de risers, sendo a instalação do novo guidão totalmente plug'n'play, bastando passar a fiação por dentro dele.

No final a brincadeira ficou em 250 dólares da compra do novo guidão (com direito a desconto de HOG member oferecido pela Bumpus HD de Memphis) e 380 reais da mão de obra do Adriano.

Fazendo conversão de 4 reais para cada dólar temos mais R$1.380,00 para o custo da RKS, que chega aos 1400 kms ao custo de R$ 2,56/ km rodado.

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

procurando um novo capacete

A viagem nos EUA foi a despedida do N-44.

Apesar de não ter completado 4 anos com ele, o N-44 padeceu do mesmo mal do N-43: mesmo tendo comprado um casco menor do que o casco do N-43, o N-44 ficou frouxo e me obrigou a usar uma bandana para evitar que ficasse balançando com a velocidade do vento, me deixando incomodado com o movimento.

Gostei dele, foi um capacete versátil pela possibilidade de ser transformado em capacete aberto ou fechado, mas é meu encerramento com a Nolan.

Como mantenho o Custom 500 da Bell em uso (alterno com o Taurus customizado). não vou mais investir em um capacete com casco fabricado em policarbonato: o próximo será um capacete fabricado com materiais mais nobres, tricomposto de policarbonato, kevlar e fibra de carbono.

Não se encontra um capacete com casco tricomposto sem ser fechado.

As opções que tenho visto são o AGV Corsa, Corsa-R (evoluções dos meus últimos AGVs), mas as pinturas "racing" não me atraem.

A melhor alternativa que vi foi o Bell Star MIPS (evolução do Star) e o Bell Pro Star (mais antigo que o Star MIPS).

Com a atual cotação do dólar e euro não vale a pena fazer a importação direta da FC-Moto (um Corsa-R custa 850 Euros, acrescidos do imposto de importação e frete chega fácil a quase 1500 Euros ou 7.800 Reais) e devo cotar nas lojas brasileiras, mas antes quero ver se encontro esses modelos Bell para poder avaliar melhor.

HD 115t: comentários finais

A exemplo do que fiz cinco anos atrás (relembre aqui), vou encerrar a série HD 115th anniversary event com uma análise final.

Qualquer viagem vale a pena, se for de motocicleta melhor ainda.

A entrada/saída dos EUA ficou simplificada com a adoção do controle automatizado.

O Giba novamente mostrou sua competência tratando de assuntos externos à viagem, como por exemplo prestando assistência a um colega do grupo que deixou a moto tombar no seu pé inviabilizando a viagem de moto (moto no caminhão e o piloto seguiu, conforme seu desejo, no carro de apoio), bons hotéis e boa estrutura para atender as diversas necessidades que foram pedidas antes mesmo de embarcar no avião. Mais uma vez sem queixas e para quem participou só teve a preocupação de montar na moto e aproveitar a viagem.

Pena que a maior parte da viagem foi em Interstates, os trechos mais agradáveis para pilotar foram as estradas vicinais.

Foi muito bom ter a companhia da Silvana na garupa nas cidades. 

E para terminar vou postar uma foto do grupo com quem partilhei os 3.600 kms subindo os EUA de sul a norte: da direita para esquerda estão Marinho, Carmelo, eu, Alvaro, Rogério e Mauro.


HD 115th anniversary event: fim de festa em Chicago

O evento terminou, a moto foi entregue, o capacete foi jogado fora (depois de cinco anos e bastante laceado), mas a viagem não terminou: esticamos por mais duas noites em Chicago antes de voltarmos ao Brasil.

Chicago Downtown concentra as atrações turísticas que se resumem a uma arquitetura bastante impressionante.

No próprio dia da nossa chegada (domingo, véspera de feriado) já fizemos um passeio de barco que é guiado por um arquiteto. Esse arquiteto comenta todos os prédios ao longo do rio e faz algumas observações.

Na segunda feira era feriado (Labor's day) e continuamos a fazer turismo: visitamos a Willis Tower, O Millenium Park e a escultura do "feijão" e depois tentamos ir ao Pier no Michigan Lake, mas o mau tempo impediu.

Na terça feira, nosso último dia, aproveitamos para fazer compras de lembranças para a família e terminamos a viagem no Buddy Guy's Legends onde pudemos ouvir blues com direito a canja do próprio Buddy Guy.

Em resumo, Chicago é uma cidade que vale a pena ser visitada: várias atrações, bom comércio (com direito a lojas que são encontradas em New York) e boa comida.

HD 115th anniversary event: Milwaukee

Chegamos a Milwaukee no início do evento, quarta-feira 29/8 e deixamos a cidade no domingo 2/9.

Ficamos no mesmo hotel, que há cinco anos foi uma escolha interessante pelo fato da Flag Parade passar na porta, mas este ano se mostrou pouco atraente porque o hotel envelheceu e a vizinhança estava em obras.

Milwaukee foi a cidade onde a Silvana mais andou na garupa: com quatro dias na cidade e as atrações acontecendo na área do lago e do canal, a moto foi nosso meio de transporte.


O HD 115th anniversary event teve um formato diferente do HD 110th anniversary event: ao contrário de cinco anos atrás quando aconteceu no Summer Park com direito a atrações de renome internacional, esse ano a festa foi espalhada pela cidade (postei sobre o novo formato para o evento aqui).

Como cheguei cedo em Milwaukee na quarta feira já aproveitei para dar uma olhada nos locais programados, começando pelo Veteran's Park para ver o Moto Carnival, passando antes no Public Market para almoçar frutos do mar.

O Moto Carnival era um grande espaço com palco onde tocavam bandas locais, além de espaço para alimentação e exposição das novidades HDMC para 2019. A chuva deixou esse local com bastante lama e a situação só melhorou na sexta, mas no sábado voltou a ficar enlameado por conta de chuva forte na noite de sexta.

A quinta foi dedicada a visitar a House of Harley, principal dealer HDMC em Milwaukee e que também tem espaço dedicado aos 115 anos da HDMC.

Na House of Harley pude ver a linha 2019, fotografar a nova FXDR, comprar camisetas e olhar a "feirinha" que o dealer disponibilizou onde eram comercializados vários tipos de acessórios como escapes esportivos (com direito a remapear com dinamômetro), bancos e badulaques diversos. Destaques para as camisetas com motivos relacionados com o presidente Trump. Achei essa estampa muito divertida:



Da House of Harley fomos para o HD Museum.

O HD Museum era outro ponto de encontro no mesmo modelo do Veteran's Park: espaço aberto, palco para apresentação de bandas locais e as atrações HDMC.

A linha HD 2019 estava completa e deram destaque para a LiveWire, a elétrica HD, que será lançada em 2020.

Também no HD Museum pude conversar com  mais tempo com os expositores HD para saber sobre as novidades para 2019 e sobre a elétrica HD.

Saindo do HD Museum para dar uma volta na cidade, almojanta e volta para o hotel para a saideira.

A sexta foi dedicada a fazer turismo: uma olhada no Miller Park para assistir o Civil and Police Skills,


passeio pelo downtown e White Fish Bay com direito a um almoço demorado no Jack Pandl's, uma passada no Veteran's Park para ver o fim da Beach Racing e saideira no hotel.

Sábado foi um dia sem moto: começou chovendo e decidimos usar o transfer do Hotel para o Public Market a fim de assistir os eventos que aconteceriam no Historic Third Ward e mais tarde na Bradway Street.

A Bradway Street foi fechada ao trafégo na parte da tarde e noite, transformando-se em uma amostra do evento de Sturgis totalmente tomada por motos paradas a noventa graus nas calçadas e motos subindo e descendo a rua enquanto a multidão assistia da calçada. Entrar em bares era inviável pelo grande número de pessoas e os bares vendiam bebidas na calçada em balcões improvisados.


O programa de domingo era a Flag Parade, que este ano aconteceu na parte da tarde. Nosso compromisso era para a entrega das motos na Eagle Rider em Chicago até 16h30 e como o horário para início da Parade era as 14h00 (concentração a partir das 13h00) o grupo se dividiu entre participar ou não da Parade, apesar das credenciais devidamente providenciadas pelo Giba.

Eu, Marinho, Pirim e mais duas motos optamos por chegar cedo em Chicago e não participar da Parade.

Saímos de Milwaukee após o café, pegamos a I-94 para as últimas 90 milhas (cerca de 150 kms) e entregamos as motos em Chicago na hora do almoço, quando fomos para o hotel em Chicago Downtown.


sexta-feira, 14 de setembro de 2018

HD 115th anniversary event: Pontiac


Pontiac é uma pequena cidade que a Route 66 cortava.

Hoje em dia é possível ir a esses locais, devidamente marcados, assim como em várias outras cidades que ficavam na estrada.

A Route 66 tem sua importância por possibilitar a ligação à costa Oeste (a Route 66 termina no pier de Santa Mônica, Califórnia).

Em Pontiac é possível, além das fotografias tradicionais, visitar o museu da Route 66 e comprar lembranças.

As Gas Station fechadas são tradicionais nas fotos da Route 66.



No dia seguinte saímos de Pontiac para Milwaukee pela I-55 e I-94 fazendo mais 180 milhas (cerca de 280 kms), com trechos de garoa quando passamos pelo aeroporto de Chicago.

HD 115th anniversary event: Saint Louis

Saint Louis serviu para mais um pernoite com direito a uma rápida visita ao The Gateway Arch.

The Gateway Arch é uma obra de engenharia na forma de um arco onde se pode acessar o topo do arco através de uma cápsula e do topo do arco descer ao outro pé por outra cápsula.

O interessante é o movimento da cápsula que sobe em curva. Infelizmente a outra cápsula encontrava-se em manutenção impedindo o trajeto completo. Era possível subir ao topo, ver a paisagem e voltar pela mesma cápsula.

Alguns colegas se aventuraram a assistir show de blues, mas a maioria ficou na cerveja no hotel, jantar e cama.

No dia seguinte foi dedicado ao trecho da Route 66 entre Saint Louis e Pontiac: se optar pela I-55 serão cerca de 200 milhas (320 kms) entre as duas cidades, mas você pode sair da I-55 e visitar diversos trechos da Route 66.

Litchfield, Springfield e Pontiac são os pontos mais conhecidos da Historic Route 66.

HD 115th anniversary event: Nashville

Pernoitamos em Nashville, Tennessee, por duas noites: a primeira foi dedicada a um bar recomendado por um local, o Sutler.

Esse bar tem música ao vivo e um subsolo onde se encontra outro bar, o Melrose Billiard Parlor onde eixstem mesas de bilhar e totó.

Do Sutler fomos para a Broadway Street, mais uma rua de bares e onde se pode beber nas ruas.

A cidade estava muito agitada por conta de vários shows de Country, na noite em que chegamos a atração principal foi Taylor Swift, musa teen do Country, e o transito estava bloqueado em vários quarteirões ao redor da Bridgestone Arena. Como chegamos ao local depois que o show havia terminado, o movimento de pessoas era muito grande.

O dia seguinte foi um domingo devidamente dedicado ao turismo a pé.

Nashville é uma cidade muito interessante, com bastante movimento e com atrações concentradas ao redor da Broadway Street, o que facilita bastante para conhecer a pé.

Visita a boutique turística HD, almoço no Long Horn (excelente steak) e jantar no Olive Garden para terminar a visita à Nashville.

De Nashville fomos para Saint Louis, Missouri, em mais 300 milhas (cerca de 500 kms) de Interstate: primeira a I-24 e em seguida a I-64, sem grandes novidades: mais duas lojas HD pelo caminho e só.

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

HD 115th anniversary event: Robbinsville

Pernoitamos em Robbinsville, North Carolina, por duas noites: a da chegada e mais um dia para poder passear pelo Smoky Mountains e fazer o Tail of The Dragon.

Robbinsville é outro Dry County e dessa vez não conseguimos festejar no hotel. A exemplo de Lynchburg, Robbinsville também encerra o expediente cedo, mas uma festa Gospel foi a atração da noite. Detalhe: é uma festa anual.

O Tail of The Dragon é um traçado exigente na US129: são 311 curvas em 16 milhas (cerca de 25 kms). Com tantas curvas não existe retas para "tomar fôlego" antes da próxima curva.

A US129 é usada por motociclistas e carros esporte que ficam trafegando entre o Tennessee e North Carolina. Eventualmente aparece um caminhão que é escoltado pela polícia para evitar acidentes.

Não existem cotovelos entre as 311 curvas, como existem no Rio do Rastro, e o traçado tem curvas que compensa a força centrífuga dentro das curvas.

O Tail inicia em Deals Gap, onde existe um posto de gasolina e loja de souvenirs e vai até o Tennessee onde uma loja HD serve como referência para retornar à North Carolina.

Fica aqui o registro dos Poeiras no Tail of The Dragon





Fiz o traçado três vezes: uma vez no sentido do Tennessee, outra no sentido contrário voltando para North Carolina e no dia seguinte a caminho de Nashville.

Minha melhor passagem foi justamente a primeira, onde sem tráfego na minha frente pude me concentrar no mantra "reduz, freia, acelera".

A maior dificuldade no Tail é quando temos algum outro piloto a nossa frente que possa impedir um melhor ritmo, pois como as ultrapassagens são proibidas e os pontos de ultrapassagens permitidas são raros (e a polícia está presente no Tail) você acaba ficando travado a menos que o piloto da frente te permita passar.

A velocidade máxima é 30 mph e as curvas mais perigosas são sinalizadas e tem velocidade máxima diminuída.

Vi vários motociclistas sem a preocupação com a velocidade máxima, abusando do traçado, mas não vi nenhum acidente nesses dois dias.

Uma diversão extra é entrar nos sites de fotos para buscar as fotos que foram tiradas de você nas passagens pelo Tail. Achei minhas três passagens, agora é selecionar e pedir a foto em alta definição.

Além do Tail, vale a visita pelo parque: nós estivemos na Fontana Dam e chegamos ao Deals Gap pelo lado oposto.

Outro local que vale a pena dar uma parada é o Tapoco Lodge, um hotel que fica às margens do lago Santeetlah e tem boa comida além de poder beber uma cerveja antes de voltar para Robbinsville.

Saímos para Nashville, Tennessee, no dia seguinte pela US129, fazendo o Tail pela última vez, até pegarmos a I40 completando mais 228 milhas (cerca de 360 kms). Alguns colegas desviaram o caminho e fizeram o Devil's Triangle, outra estrada sinuosa e com alguns cotovelos. Nós preferimos seguir direto para Nashville.

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

HD 115th anniversary event: Lynchburg


Lynchburg, Tennessee, é uma cidadezinha peculiar: abriga a destilaria de uma das marcas de Whiskey mais conhecidas no mundo e é um Dry County.

Dry County é um condado seco, ou seja: você não pode beber em bares ou restaurantes e muito menos em público. Acaba sendo uma contradição abrigar a destilaria do Jack Daniels.

Chegamos em Lynchburg no início da tarde, com visita marcada na Destilaria para 16:30.

Os tours na destilaria podem ou não incluir degustação de whiskey e é claro que marcamos a visita com degustação incluída.

Custa 25 dólares por cabeça e o Giba ainda arrumou um desconto para quem fez o tour.

No tour visita-se a fonte de água da destilaria (só pode ser considerado um Whiskey se tiver água do Tennessee), em seguida a área de fermentação (onde só de entrar no recinto já se sente o aroma do Jack Daniels), filtragem e engarrafamento.

Na degustação foram oferecidas cinco tipos de Jack Daniels, os mais requintados: Jack Daniels Sinatra Select, Jack Daniels Single Barrel Rye, Jack Daniels Single Barrel Select, Jack Daniels Single Barrel 100 proof e Gentleman Jack.

O meu preferido continua sendo o Jack Daniels Single Barrel Select. Não gostei do Single Barrel Rye (centeio ao invés de milho).

Saindo da destilaria só deu tempo de passar rapidamente na Gift Shop do Jack Daniels no centro da cidade porque a cidade encerra expediente as 18h.

E quando digo encerra o expediente é fechar tudo mesmo. O Giba conseguiu que um restaurante nos atendesse após as 18h para comer um hamburger e foi só.

Como Lynchburg é uma cidade pequena, o hotel foi um típico motel de filme: quartos em sequencia, com vaga para a moto na frente do quarto, uma tv com canais via satélite e banheiro bem simples, bem pior que os motéis Super 8 que são encontrados nas estradas americanas.

Ainda assim pudemos aproveitar bem o fim de tarde: Giba conseguiu no mercadinho perto do hotel que fosse disponibilizada cerveja e soft drinks, e pude aproveitar o fim de tarde/início da noite bebendo um Jack comprado na loja da destilaria. 

Em Lynchburg a lei seca só vale no centro da cidade, como percebe-se pela nossa "mesinha" trazida do quarto...




No dia seguinte foi pé na estrada rumo a Robbinsville, North Carolina, que serviu de base para "domar o dragão".

Foram mais 230 milhas (cerca de 350 kms) pela I-24 e I-75 até a US165 onde entramos no Smoky Moutain Park e fizemos a Cherohalla Skyway até chegar em Robbinsville.

Cherohalla Skyway é uma das mais cênicas estradas que já pude fazer: pequenas retas, curvas longas, sempre margeando as montanhas e com um asfalto sensacional (principalmente a parte da North Carolina).

A temperatura desce rapidamente conforme é feita a subida da montanha (me fez sentir falta do casaco no alforge) e volta a subir na descida.

E apesar de não ser um traçado exigente é preciso atenção durante todo o trajeto, que é feito em pista de mão e contramão e tem velocidade máxima de 30 mph.

Vale a passagem.

HD 115th anniversary event: Memphis

Memphis é a cidade de Elvis Presley, inclusive existe um museu na propriedade que ele comprou e deixou para a família.

Por conta disso, o grupo pernoitou por dois dias na cidade: uma noite da chegada e outra noite após dia livre.

No dia livre passei no Dealer HD de Memphis, a Bumpus Harley-Davidson.

A loja é grande, tem bom estoque de usadas e motorclothes. Aproveitei para procurar o guidão que estava pesquisando para a RKS, mas eles não tinham em estoque.

O funcionário perguntou o motivo para a troca do guidão, expliquei sobre a dificuldade do pullback pequeno e do comprimento excessivo e ele me sugeriu o Fat Reach Handlebar (p/n 55800714) que é parecido com o Road King Fat Handlebar que estava procurando e fiz a compra. Detalhe: a Bumpus dá desconto de 10% para HOG Member.

O resto do dia foi dedicado a passear pela cidade: passamos pelo museu do Elvis, mas não entramos (visita demorada e custo alto: 58 dólares por pessoa), um bom steak como almoço e uma passada na Broadway Street onde ficam os bares com bandas ao vivo.

No dia seguinte foi pegar a estrada a caminho de Lynchburg no Tennessee para visitar a destilaria do Jack Daniels.

Fizemos boa parte das 263 milhas (pouco mais de 400 kms) na Interstate 40 seguindo pela US 840, cruzando o Tennessee de Oeste a Leste.

A I-40 foi uma das estradas mais cansativas pelo grande tráfego de caminhões, apesar de cruzarmos por paisagens interessantes subindo e descendo montanhas, já a US 840 foi mais tranquila ate chegarmos a Lynchburg passando por dentro de várias cidades menores no Tennessee.

terça-feira, 11 de setembro de 2018

HD 115th anniversary event: New Orleans - o início da "festa"

Já comentei algumas vezes que um evento de moto começa na estrada. Nosso ponto de entrada na estrada foi New Orleans na Luisiana.

O grupo foi formado pelo Giba através da empresa dele de mototurismo e foi compost por 23 motocicletas, duas mini-vans para as garupas que não quiseram encarar a estrada e um caminhão para as malas e a moto reserva (uma Heritage M8 107ci).

Fui para New Orleans através da American Airlines em vôo noturno com escala em Miami, onde foi feita a imigração.

O processo de imigração foi simplificado pela adoção de preenchimento, em terminal de auto atendimento, das informações e no momento em que se chega ao balcão da imigração é feita a conferência.

Sem maiores problemas, escala com tempo para um café no Starbucks em Miami e vôo doméstico para New Orleans.

Chegamos ainda na parte da manhã, com translado para o hotel, check in e fomos conhecer a cidade.

Em New Orleans só visitei uma loja HD, uma boutique turística localizada no French Quarter, com direito a uma camiseta local.

A cidade é bastante musical (nosso almoço foi em um bar com direito a show ao vivo) e permite que se ande pelas ruas com bebida alcoólica na mão (fato bastante raro nos EUA).

Além do French Quarter, uma passada pela Bourbon Street (local do agito turísitico) é praxe, mas não fiquei até tarde, quando acontece o verdadeiro tumulto onde você entra e sai de bares vendo de tudo.

Domingão dedicado ao turismo a pé e aproveitar a culinária cajun.

Pegamos as motos na Eagle Rider na segunda pela manhã. Com alertas de tempestade e inundação nos celulares, decidimos evitar o Baton Rouge e seguir direto pela Interstate 55 através da Luisiana e Mississipi até Memphis no Tennessee.

A viagem através da Interstate é sempre rápida (máxima de 75 mph) e com as ameaças de tempestade foi em ritmo acelerado (85/90 mph). Entrei em ritmo de estrada rapidamente... hehehehe.

Foram cerca de seis horas, com três paradas (duas delas em Harley-Davidson Dealers) para abastecer e comer/beber alguma coisa.

Chegamos em Memphis perto do fim do dia e após fazer check in e ligar a tv no quarto enquanto esperava a Silvana chegar, descobri que a tempestade se transformou em um tufão que dissipou em seguida.

Batismo de viagem auspicioso por termos conseguido chegar em Memphis, cerca de 400 milhas (pouco mais de 600 kms) sem pegar chuva.

HD 115th anniversary event: Poeiras on the road

Em um grupo maior sempre se formam grupos menores que tem maior afinidade entre si.

Nessa viagem compartilhei a estrada com três amigos dos Fazedores de Poeira: Carmelo, Pirim e Marinho; e mais dois amigos de outras viagens ao exterior: Alvaro e Mauro; e com o Rogério (amigo do Mauro) formou-se o pelotão de estrada.

Todos pilotando Ultra, equipadas com o infotainment mais completo (com GPS), fiquei de "patinho feio" acompanhando as Ultras e eles cuidando para não "me perderem" nas bifurcações da estrada.

A propósito do GPS posso dizer que funciona muito bem nos EUA, apesar das críticas que sempre li.

O software parece ser Garmin e é um pouco chato de dar input nos dados, mas uma vez programado funcionou muito bem.

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

HD 115th anniversary event: a "montaria"


Minha "montaria" foi uma Street Glide standard, motor M8 107 ci de refrigeração a ar, com infotainment simples (apenas rádio e leitor de MP3 com bluetooth e ligação USB, sem GPS e tela pequena sem touchscreen). A foto foi tirada no Tail of the Dragon pelos fotógrafos profissionais que ficam no traçado.

Peguei a moto com exatos 16.263 milhas no odômetro em New Orleans e foi entregue em Chicago com 18.528 milhas, quatorze dias depois.

A moto usou sempre gasolina regular (a comum americana) com 10% de etanol e fez média entre 40 e 44 milhas por galão (entre 17 e 18 km/litro).

O trajeto foi feito na maior parte do tempo em rodovias interestaduais (as Interstates) com velocidade máximas entre 60 e 75 mph (nem sempre respeitadas), com passagens por rodovias estaduais (as US) principalmente no Tennesseee (rota para Lynchburg, Cherohalla Skyway e Tail of The Dragon) e Illinois (historic Route 66) com velocidades máximas entre 30 e 50 mph.

A Eagle Rider (locadora das motos) usa as suspensões traseiras com regulagem de pré-carga da mola 10, bem acima do recomendado pelo manual e com bom resultado em termos de estabilidade e conforto, mostrando que a regulagem depende muito mais da preferência pessoal que da recomendação do manual.

O pneu dianteiro ainda era o original (bem perto do TWI, mas não alcançou) e o pneu traseiro era novo.

O motor M8 107 é bastante elástico, bastando acelerar em sexta marcha para rapidamente alcançar velocidades superiores a 80 mph (muito conveniente para ultrapassar as carretas americanas) e não tive nenhum problema com temperatura, mesmo no transito mais pesado dentro das cidades maiores (New Orleans, Memphis, Nashville e Saint Louis).

O pequeno windshield (3 polegadas) fumê é estiloso, mas pouco eficiente em velocidades acima de 70 mph, bem diferente do windshield e 4,5 polegadas que tinha na CVO ou mesmo do windshield original com formato de defletor.

Os pneus Dunlop originais se comportaram bem durante a viagem, mesmo em pista úmida (não pegamos chuva, apenas garoa leve na passagem por Chicago).

Com exceção de alguns trechos com forte vento lateral, a moto se mostrou muito estável e com bastante fôlego para fazer ultrapassagens, rodando em velocidades acima de 80 mph por longos trechos.

O ponto negativo fica com o windshield baixo que provoca muita turbulência no capacete, fato que forçou o uso de uma bandana dentro do capacete para deixá-lo mais firme.



HD 115th anniversary event: fim de festa

Acabou a farra desse ano: foram 20 dias de viagem, 14 deles com a moto.

Passei por oito estados: Luisiana, Mississipi, Tennessee, North Carolina, Kentucky, Missouri, Illinois e Winsconsin e completei 2239 milhas (cerca de 3600 kms).

Nas próximas postagens falarei sobre a viagem e o evento.