sábado, 30 de janeiro de 2021

ABRACICLO: números finais de 2020

O ano de 2020 é um ano para a HDMC Brasil esquecer: de líder de vendas no segmento premium na primeira década do século, a marca chega em terceiro lugar em vendas no segmento no final da segunda década, perdendo o segundo lugar para a Triumph em 2020.

A BMW segue liderando o segmento premium, vendendo 10.697 unidades (produziu 11.122 unidades), a Triumph vendeu 4498 unidades (produziu 3.897 unidades) e a HDMC vendeu 3419 unidades (produziu 3.395 unidades).

A BMW fecha o ano vendendo quase três vezes mais que a HDMC e mais que o dobro da Triumph, sendo o melhor ano da marca alemã operando no Brasil.

O sucesso da BMW pode ser creditado ao excelente resultado das G310, responsável por cerca de um terço das unidades produzidas e vendidas no Brasil, e no caso da Triumph o excelente resultado da Tiger puxou os resultados da marca.

Já o mau resultado da HDMC Brasil pode ser creditado a mudança de estratégia da matriz que paralisou linhas de montagem nos EUA, em virtude da COVID,e aproveitou a oportunidade para iniciar uma reestruturação da empresa no mercado global.

O top ten da HDMC em 2020 ficou assim: Fat boy em suas duas motorizações vendeu 798 unidades (produziu 793), Iron em suas duas motorizações vendeu 631 unidades (produziu 655), Fat Bob em suas duas motorizações vendeu 404 unidades (produziu 378), Road Glide em suas duas versões (Special e Limited) vendeu 323 unidades (produziu 324), Ultra Limited vendeu 297 unidades (produziu 276), Sport Glide vendeu 179 unidades (produziu 168), Heritage vendeu 145 unidades (produziu 144), Road King Special vendeu 136 unidades (produziu 130), Low Rider S vendeu 132 unidades (produziu 168) e Street Glide vendeu 96 unidades (produziu 93).

O público  desistiu da Breakout, que vendeu 82 unidades (produziu 73), da FXDR, que vendeu 74 unidades (produziu 42) e da Deluxe, que vendeu 48 unidades (produziu 54) e a HDMC Brasil tirou dois desses modelos do line up para 2021: Deluxe e FXDR.

A família CVO vendeu 72 unidadades: 42 CVO Limited e 30 Street Glide e produziu 97 unidades: 60 Limited e 37 e Street Glide.

Para 2021 não se espera mudanças na estratégia atual da HDMC e para o mercado brasileiro isso significa tentar manter o nível de vendas atual tendo uma meta de 3.000 unidades com um line up contendo apenas 11 modelos e sem a família Sportster, responsável em 2020 por cerca de um quinto das vendas.

Para tentar começar bem 2021, mesmo com a paralisação das linhas de montagem em Manaus por conta da segunda onda da COVID em Manaus, o aumento previsto para janeiro foi suspenso até a chegada das primeiras unidades 2021 nos dealers e promoções para as últimas unidades 2020 já chegaram no meu e-mail (taxa 0,78 e primeiro pagamento em abril).

E para os fãs das Sportsters, estão aparecendo algumas fotos publicados nas redes sociais pelos dealers de Irons que chegaram pela desova do estoque final.

Vamos ver quando aparecem os primeiros números de 2021 no site da ABRACICLO, que anda bem atrasado.



sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Low Rider S: instalado o kit conforto recebido como brinde na compra

 A Rio HD avisou na terça 19/01 que o kit conforto havia sido entregue e poderia marcar data para instalar.

O kit é composto de um guidão Reach Handlebar (p/n 55800717), um banco two-up seat Sundowner (p/n 52000350), pedaleira para o garupa Willie G Skull (p/n 50501282) e o suporte específico.

Deixei a moto para a fazer a instalação na quinta 21/01 na parte da tarde e peguei sexta 22/01.

Na instalação foram trocados os cabos para o novo guidão, tudo cortesia da HDMC através da Rio HD.

Recebi a moto limpa e o guidão e banco original, assim como os cabos originais foram entregues para que eu guardasse comigo.

Como não tinha certeza se o resultado final ficaria bom, o Roosevelt se comprometeu a retornar os equipamentos originais sem custo.

Minha dúvida principal era em relação à nova estética da moto, que ficaria bem diferente da inspiração club bike que dá origem à LRS.

Além da instalação pedi que fosse regulado freio traseiro e alavanca de marchas que foram modificadas quando foi instalado o comando avançado.

O guidão Reach Handlebar deixou os comandos mais perto do piloto melhorando a ergonomia da moto para meu uso, mas deixa a moto menos “esportiva” e mais “custom” pelo uso do guidão mais característico, como pode ser visto nas fotos abaixo:





O novo banco é a mudança mais radical.

Por ser um two-up seat (banco piloto/garupa integral) deixa o visual da moto mais clássico.

A ergonomia muda para pior com o uso desse banco pois me coloca para trás em relação à posição do banco original. Na instalação do novo banco foi retirado um acabamento do paralama traseiro para a colocação de uma trava de fixação e foi mantida a trava original, o que vai me permitir alternar os bancos sem maior complicação que soltar um parafuso.

Pedi para usar a pedaleira do kit como pedaleira do piloto e a pedaleira original no lugar do garupa. A pedaleira original tem uma mola que mantém a pedaleira aberta, mesmo sendo dobrada. Para fazer a troca a mola da pedaleira original foi trocada e agora ela permanece fechada, sendo aberta com o peso do pé do garupa. Esse acaso vai me permitir manter a pedaleira sempre fechada impedindo de bater o pé quando ela fica aberta pois sem ninguém a usando estará sempre fechada.

O novo banco é mais largo, tem mais espuma e dá melhor apoio para a lombar, mas como me deixa um pouco mais para trás obriga a me colocar mais frente nas manobras de baixa velocidade. Acredito que a melhor solução para a ergonomia seria um two-up Reach Seat (p/n 52000354), mas pela primeira impressão prefiro encarar uma viagem longa com o Sundowner do que com o banco original.

Vou fazer alguns quilômetros com o Sundowner e em seguida troca pelo original para avaliar qual a melhor soução para a ergonomia usando o novo guidão.

O novo banco instalado pode ser visto nas fotos abaixo:




Usando o kit conforto a moto deixa de ser uma “Dyna Club Bike” para ser uma “Softail custom tradicional”. O resultado final pode ser comparado com a moto original nas fotos abaixo:




É o dilema estética x conforto, e levando em conta a solução que o kit cortesia proporciona é muito interessante e a estética continua agradável, vai restar apenas a dúvida entre o banco solo original ou o banco Two-up Sundowner para escolher qual será titular e qual será o reserva.



Low Rider S: troca das ponteiras




Depois de tantos anos de "escapamentos sonoros", a exceção foi a CVO, estava decidido a fazer a troca das ponteiras da LRS. 

As opções de escape completo não me atraem pela necessidade de ajustes do mapa de injeção, mas cheguei a ver algumas opções.

Mais uma vez fiz a compra na Motobox (www.motoboxbrasil.com.br) depois de fazer algumas pesquisas na web.

A Motobox tinha para pronta entrega duas ponteiras Vance&Hines, duas ponteiras Cobra e um escapamento completo Vance&Hines. Abrindo cada uma das opções pode ser visto um vídeo ou audio do produto e dei uma olhada em vídeos publicados no YouTube.

O escape completo era o Short Shots e descartei por ser um escape curto. Escapes curtos são os que mais exigem ajustes do mapa de injeção não só para compensar o encurtamento do caminho da saída de gases, mas para corrigir back fires e manter a compressão de projeto nos pistões.

Descartei os Cobras pelo visual da saída das ponteiras e a escolha ficou restrita aos Vance&Hines.

Os modelos à disposição era a Eliminator 300, irmã da Eliminator 400 que usei na RKS, e a Twin Slash.

A Eliminator é uma ponteira com sonoridade mais fechada enquanto a Twin Slash tem sonoridade mais aberta, com diferença de preço entre ambas de R$250,00, que paga o frete para o Rio.

Já tinha usado a Eliminator. Moto nova, vamos experimentar ponteira nova: comprei a Twin Slash.

Preço no site de R$3.799,00 com frete para o Rio de R$ 130,00 totalizando R$3.929,00 parcelados em seis vezes.

Ao contrário da Eliminator, que vem pintada em preto rugoso, a Twin Slash é cromada com capa preta como a ponteira original da LRS.

Montagem plug'n'play feita na garagem de casa com um pouco de WD40 para soltar as originais e paciência para encaixar as novas ponteiras e o resultado pode ser visto nas fotos que estão no início da postagem.

Pela sonoridade mais aberta, tem abafadores menos restritos que os abafadores da Eliminator e parecem mais leves (provavelmente pelos abafadores menos restritos). São efetivamente mais leves que as ponteiras originais.

Na primeira volta com as novas ponteiras já deu para perceber a moto mais solta por ter um escapamento mais restrito, com algum decel poping quando solta o acelerador, mas sem perda de torque ou atrapalhar o rendimento da moto.

A moto agora exige algum cuidado para não incomodar a vizinhança e ao passar em zonas residenciais porque a sonoridade aumentou bastante.

Como comparação o ruído está mais alto que as Screaming Eagles II que usava na Fat Boy, que foram os escapes mais ruidosos que usei, lembrando muito os escapes Short Shots da própria Vance&Hines.

Agora é rodar para avaliar o resultado.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Low Rider S: ajustando a suspensão traseira

O ajuste de fábrica vem na posição zero de cinco possíveis, dez se contarmos com as posições intermediárias.

Não tive problemas de fim de curso na regulagem de fábrica, posição recomendada para a carga que a moto vem sendo usada (apenas o piloto, sem carga). Sem fim de curso, absorvendo as ondulações e passando em buracos sem pancadas na coluna.

Na regulagem de fábrica a moto tem um comportamento neutro, aceita bem as mudanças de pista, anda bem no corredor e permite a técnica do contra-esterço sem grande esforço, mas é uma moto dura.

Quando testei o encosto de lombar do Erê mudei a regulagem para tentar deixar a moto mais macia sem perder qualidade na pilotagem. Mudei para a posição dois de cinco, representando um alívio de 40% na compressão da mola para ajudar a melhorar o conforto.

Fiz isso na CVO e na RKS com bons resultados e na LRS não foi diferente.

A moto não virou um Landau de suspensões super macias como as Electra Glide que usavam as suspensões hidro-pneumáticas, mas quando sento já sinto a moto abaixando.

O ajuste na carga da mola na Softail tem resultados melhores do que nas Tourings que tive, pois foi preciso aliviar a compressão da mola 80% na CVO e 60% na RKS para ter um resultado parecido com o que tive na LRS (o melhor ajuste até agora).

A LRS só confirma o bom acerto que a HDMC conseguiu nas suspensões das novas Softails.

Para os colegas que estão sentindo desconforto com as regulagens de fábrica, não tenham medo de tentar regulagens personalizadas: o resultado vale a pena.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

o que esperar do catálogo HD 2021

O site mostra desde ontem apenas onze modelos a serem comercializados em 2021: são seis Softails e cinco Tourings, sem Sportster e CVO e com quatro modelos Softail a menos.

Quem saiu: Sportster Iron 883 e 1200, Softail Deluxe, Softail FXDR, Softail Fat Bob 107, Softail Fat Boy 107, CVO Street Glide e CVO Limited.

Quem entrou: ninguém.

A HDMC parte para uma meta em vender 3000 motos em 2021 e não conseguiria vender mais com as tabelas atuais e sem a família Sportster.

O modelo de entrada passa a ser a Low Rider S valendo R$ 90.500,00 e o modelo mais caro passa a ser a Limited valendo R$ 128.000,00 e isso porque o aumento esperado para janeiro/21 teve vigência postergada para fevereiro, momento em que os modelos 2021 devem começar a aparecer nas lojas.

Eu espero alguma promoção no estilo da promoção em que comprei a Low Rider S: "preço antigo para modelos 2020", mas não existe nada além de conversas de vendedores.

Sem novidades, economia andando para trás com a COVID e catálogo reduzido, a melhor previsão que posso fazer é que para a HDMC conseguir atingir a meta de 3000 unidades é abusar das promoções para desovar estoque.

Vamos aguardar a publicação de dados da ABRACICLO (bem atrasada, diga-se de passagem) para ter os números finais de 2020.

Harley-Davidson apresenta seu line up para 2021

Ontem foi feito o lançamento oficial da linha 2021 da Harley-Davidson, catálogo enxugado segundo a estratégia Hardwire de excluir redundâncias.

Muito já foi apresentado com antecedência por Dan Morel em seu blog e o lançamento oficial se transformou em mero filme promocional da marca sem detalhar modelos e mudanças.

O site já está devidamente atualizado, inclusive o site brasileiro, e lá se pode ver com mais detalhe o line up, opções de cor, opções de motorização e preços praticados nos EUA (no site HDMC Brasil não foram veiculados os preços).

A família Sportster segue viva com a Iron 883, Iron 1200 e Sporstster 48 agrupadas sob a aba Street.

A família Softail apresenta a motorização 107 na Standard, Slim e Super Glide, e a motorização na Low Rider S, Street Bob, Fat Bob, Fat Boy e Heritage agrupadas sob a aba Cruiser com exceção da Heritage que está na aba Touring

A família Touring apresenta a motorização 107 na Electra Glide Standard, Road King, Road Glide e Street Glide, e a motorização 114 na Road King Special, Road Glide Special, Street Glide Special, Road Glide Limited e Limited agrupadas sob a aba Touring.

Na aba Touring também se encontra a família CVO com motorização 117 na CVO Street Glide, CVO Road Glide e CVO Limited.

Os modelos tradicionais terminam na aba Trike com o Freewheeler, Tri Glide Ultra e CVO Tri Glide.

As novidades ficaram por conta dos veículos elétricos Livewire e as bicicletas elétricas Balance Bikes para crianças e Ebicycles (a Serial no.1) para adultos.

A Pan America tem lançamento previsto para amanhã e entra em pré-venda e a High Performance Custom, projeto baseado na motorização da Pan America, começa a aparecer, mas falam em lançamento oficial apenas em 2022.

No site HDMC Brasil encontramos a família Softail com seis modelos (cinco na aba Cruiser e a Heritage na aba Touring) e a família Touring com cinco modelos.

A motorização 107 segue viva no Brasil com a Sport Glide e todos os demais modelos utilizam a motorização 114: as Softails Low Rider S, Breakout, Fat Bob, Fat Boy e Heritage, e as Tourings Road King Special, Street Glide Special, Road Glide Special, Road Glide Ultra e Limited.

Maiores detalhes podem ser vistos acessando o site HDMC.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Low Rider S: apenas um FOB?

Chegou no e-mail uma pergunta sobre o FOB da Low Rider. O colega demonstrava irritação com a sua Fat Boy 107 por ter recebido apenas um FOB ao invés dos dois como sempre havia recebido.

Na entrega da moto o Marcelinho fez a tradicional explanação mostrando detalhes da moto, entrega das chaves, ferramentas para regular a suspensão, manual, capa para moto (cortesia da Rio HD) e trocando o segredo do Security System.

O que ele chamou a minha atenção: a Low Rider S não tem chave de ignição como a Road King Special (a moto liga no corta corrente na presença do FOB), apenas um FOB (a HDMC deixou de entregar um FOB reserva), a bateria já vinha preparada para utilizar o Battery Tender com o rabicho colocado para fora da tampa, a existência de duas chaves da tranca da direção (a reserva está presa na pasta do manual) e detalhe para a mudança do formato da chave da tradicional chave de tubo para uma chave com o segredo em 3D, ausência de sirene no Security System (agora o alarme aciona apenas os piscas), porta USB já instalada na coluna da direção abaixo da linha do tanque (para quem usa o celular no suporte é uma mão na roda) e a regulagem da mola da suspensão traseira através de ferramenta para dar aperto no conjunto ao invés da catraca que vem embaixo ou do lado direito do banco.

Para meu uso ter um FOB reserva nunca foi detalhe relevante, mas confesso que sinto falta da chave de ignição. Já não gostava de não ter chave de ignição quando usei a CVO, mas é simplesmente por hábito.

Na reclamação do colega, o fato de não ter recebido um segundo FOB mostrava descaso pelo cliente. Eu não vejo assim. É uma economia em escala de produção que não significa grande coisa em uma moto, mas faz diferença para o fabricante na produção de milhares de motos, basta ver o exemplo da Apple ao deixar de fornecer fones de ouvido e carregadores para IPhone 12.

Está registrada a insatisfação do colega por não receber dois FOBs.

Low Rider S: buscando melhorar a ergonomia

Com o comando avançado surge o problema da postura mais relaxada, já que as pernas ficam mais esticadas e a coluna naturalmente se acomoda em uma posição mais reclinada.

O riser original é reto para deixar o guidão em uma posição esteticamente melhor com a adoção da fairing no farol.

Detalhe do riser na foto abaixo:


Detalhe do guidão compondo o estilo club bike com o fairing no farol na foto abaixo


Minha primeira tentativa foi girar o guidão para dentro a fim de ganhar uma polegada em relação à posição original: é soltar o clamp e girar o guidão, fazendo os devidos ajustes nas manetes.

O resultado pode ser visto na foto abaixo.


Eu tenho um encosto de lombar que usei na RKS. Esse encosto de lombar é fabricado pelo Erê e tem ajuste com velcro por baixo do banco.

A ideia do encosto da lombar na Low Rider S não tem muito função na lombar porque o banco original é cavado e tem bom suporte para a lombar.

Mesmo assim coloquei o encosto para ver se jogava a posição para frente, permitindo flexionar o braço em manobras de baixa velocidade quando o piloto esterça completamente a moto.

É muito simples, basta tirar o banco e prender a cinta de velcro e como o encosto estava em casa, fiz a tentativa, mesmo achando que não teria resultado prático.

Detalhe do encosto preso no banco na foto abaixo.

Como já previa, o resultado prático foi praticamente nulo. Esse encosto fica preso, mas não fica posicionado, devendo ser colocado na posição certa sempre que o piloto se mexe e com a espessura bem fina na parte que se acomoda no banco era apenas uma encheção de saco a mais na hora de sair. Além de ficar bem feio.

Foi devidamente retirado e guardado.

No momento, a solução do ajuste no guidão é a melhor sem precisar de grandes investimentos além de uma chave allen. Vou aguardar a entrega do kit cortesia HD antes de buscar um riser curvo para substituir o original, que me parece ser a melhor solução para manter guidão e banco original.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

comando avançado: o que mudou



Mudou o conforto de ter a perna mais esticada, mas piorou o engate das marchas e encontrar o Neutro.

Como diria Jack, vamos por partes: poder andar com a perna esticada melhora muito a minha ergonomia no uso da moto. Alivia o quadril e o joelho e permite rodar sem maiores incomodos, tal e qual sempre fiz usando os highway pegs nas motos anteriores.

Tem a contrapartida: a posição mais relaxada cobra um preço na coluna, que passa a ficar mais curvada e a lombar recebe maiores impactos, que espero resolver alterando a regulagem da mola na suspensão traseira.

A ciclística da moto não mudou porque a geometria é a mesma, mas a posição de pilotar fica alterada. Para mim é a volta da diversão porque já é minha posição preferida desde os tempos da Vulcan em 1997.

Já a parte mecânica sofreu um pouco. Com o varão que ligar o pedal ao trambulador na caixa de marcha, passar marcha ficou mais "seco" e acaba ficando mais duro, além de dificultar encontrar o Neutro quando para no sinal com a marcha engatada, coisa que normalmente não faço porque já vou baixando as marchas conforme vejo o sinal amarelando ou sei que vou parar a moto (é muito mais fácil achar o Neutro com a moto andando do que com ela parada).

Como a troca dos comandos foi meramente substituir peças, acredito que regular a embreagem para o novo comando é uma providência necessária.

Já o pedal de freio, que também precisa ser regulado pois está baixo desde que peguei a moto (ajuste a ser resolvido em revisão), melhorou muito com a posição mais inclinada.

Eu pretendia comprar um crash bar para proteger a moto, mas o comando avançado inviabilizou o modelo que estava negociando, por enquanto segue sem qualquer tipo de engine guard.

 

quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

e Dan Morel segue apresentando a linha HD 2021

 Dessa vez foi a Road Glide Special, confirmando os rumores que ele mesmo já havia postado anteriormente.

Pequenas mudanças para integrar as Tourings com as CVOs dentro da filosofia de diminuir redundâncias entres os modelos.

Para assistir o vídeo acesse aqui.

Low Rider S: primeiras impressões

 



A primeira impressão foi que precisava abandonar o comando central.

A moto gosta de manter o giro acima da marca de 2000 rpm, ao contrário da RKS que aceitava bem rodar abaixo dessa marca. A consequência prática é trabalhar mais com a caixa de marchas.

O motor 114 enche bem mais rápido que o motor 107 que usei na RKS.

A embreagem por cabo é o paraíso para quem vem da embreagem hidráulica, principalmente para as manobras em baixa velocidade.

Frenagem eficiente. A Low Rider S vem equipada com discos flutuantes e o ABS é independente, ao contrário do ABS Reflex das Tourings, sem maiores problemas porque nunca adotei o uso de apenas um freio no uso da RKS.

As suspensões são firmes, mas ainda dá para sentir pancada no fundo da coluna em buracos. Vou olhar a regulagem (segundo o manual deve estar na posição zero) e buscar uma regulagem com maior carga na mola.

A ciclística da Low Rider S é excelente: a melhor que já usei até agora nas HDs e o menor peso em relação às Tourings que vinha usando nos últimos cinco anos me fizeram pensar porque ainda insistia em andar com as Tourings, fato que pode ser revisto quando usar a moto na estrada.

Mas, como disse logo no início, o comando central não funciona para mim. Fico com a perna mais dobrada e acabo bem dolorido tanto no joelho quanto no quadril.

Com uma semana de uso fui na HD para ver a posição da Sport Glide, outro modelo bastante elogiado, e ver o que poderia ser feito para melhorar. No "ass test" a posição do comando avançado da Sport Glide me deu maior conforto e com a cortesia da Rio HD, dei uma volta e bati o martelo pela troca dos comandos na Low Rider S.

A HDMC tem em seu catálogo um extensor para comando avançado para ser usado no comando original da Sport Glide, mas não é o caso.

Além do comando original da Sport Glide, a HDMC tem em seu catálogo o comando avançado que equipa a FXDR/Fat Bob que é preto e se adequa melhor ao estilo dark da Low Rider S.


A Rio HD tinha para pronta entrega o kit para troca, instalava na hora e já pendurei mais uma no cartão de crédito. O kit instalado ficou em R$ 3.966,00.

Apenas para ilustrar o kit para comando avançado da Wings Custom para a Street Bob, que deve ser o mesmo da Low Rider S (não consultei), ficava em cerca de R$3.100,00 com frete para o Rio. Somando ao valor para trocar os comandos, que estimo em 10% do valor do comando, chegamos a cerca de R$3.400,00, cerca de 15% mais barato.




voltando as duas rodas: Low Rider S

 


Vendi a RKS (relembre aqui) em um momento pouco oportuno dentro do mercado de HDs pois logo em seguida a HDMC atualizava a tabela para recompor a defasagem cambial deixando os preços das motos novas bem fora da minha expectativa dentro do cenário econômico gerado pela COVID 19.

Fiquei sem perspectiva de voltar a rodar com uma RKS, as zero subiram cerca de 25% e as usadas anunciadas são raras e subiram bem.

Avaliando uma solução provisória recebi ofertas para motos dentro do patamar de R$25.000 como Fat Boy TC88 e Sportsters 12/13 e colocando um pouco mais Fat Boy EVO e Sportster 48 14/15. Todas opções interessantes, mas eu não tinha a liquidez necessária para negociar e fui vendo e procurando.

Em dezembro a HDMC iniciou uma promoção para vender Low Rider S, em seguida iniciou promoção para vender Fat Boy 107 e Sport Glide, todos com entrada de 30% e taxa 0,78% com prestação reduzida e valor residual a ser pago no final. A Low Rider S ainda contava com um kit conforto que inclui guidão Reach, banco confort (que pela foto parece ser o Sundowner) suporte e pedaleira para a garupa.

Eu já tinha lido boas recomendações sobre a Low Rider S no Fórum HD e o empurrão que faltava para encarar novamente o carnê foi o bônus que a Rio HD deu para a compra do modelo.

Inicialmente o bônus foi veiculado para troca de moto e financiamento dentro das condições veiculadas, mas conversando com o Marcelinho, vendedor que me atende desde os tempos que ele recebia motos para serviço na oficina do Grupo Izzo, foi estendido o bônus para a compra sem troca de moto e financiamento na mesma taxa, porém sem prestação reduzida porque não interessava pagar o valor residual.

Apenas para ilustrar, o valor residual que reduz o valor da prestação mensal leva a moto para um valor final maior que se você fizer o financiamento tradicional. No caso da Low Rider S subia 5,4%.

O chamado financiamento balão só interessa ao profissional que trabalha em empresa com participação nos lucros no fim do exercício financeiro pois recebe um valor extra que compensa a menor despesa mensal no fluxo de caixa, ou para quem pensa em trocar de veículo ao final do financiamento entregando o veículo antigo como parte do pagamento para quitar o financiamento anterior e usar o saldo como entrada para veículo novo.

Entraram os recursos que esperava, o valor da moto menor permitindo a entrada no valor que esperava gastar em uma moto usada e um carnezinho um pouco mais elástico e a Low Rider foi para a garagem no lugar da RKS.

Uma solução provisória por um tempo maior do que eu pretendia, mas definitivamente mais interessante.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

HD 2021: line up será apresentado, mas já temos novidades publicadas

A HDMC anunciou evento para apresentar o line up 2021 no dia 19/1/2021 e para quem quiser acompanhar on line, basta se cadastrar no site (link aqui).

Para quem acompanha o blog do Dan Morel já viu várias novidades como a manutenção da família Sportster e a continuidade do motor M8 107. As postagens estão no blog nos links: https://drdanmorel.wordpress.com/2021/01/05/linha-harley-2021-primeiras-motocicletas-nas-lojas-antes-do-lancamento/ , https://drdanmorel.wordpress.com/2021/01/09/linha-2021-uma-analise-do-que-ja-vimos/ e https://drdanmorel.wordpress.com/2021/01/10/harley-2021-primeira-imagem-de-modelo-que-sera-mostrado-em-19-01/ .

É interessante notar que o esperado corte no line up acabou sendo menor do que o esperado.

É verdade também que o line up mudará para atender as especificidades de cada mercado consumidor, como o nosso que não terá a família Sportster no line up 2021 (única confirmação feita até o momento).

Pelo que foi publicado pelo Dan Morel percebe-se que as Softail mono posto, com exceção da Low Rider S, estarão usando o M8 107 e as demais, incluindo-se as Tourings, passam a usar a motorização M8 114. Se isso representa uma sobre vida à motorização 107 é algo que não se pode afirmar pois pode ser a desova das últimas unidades fabricadas antes das paralisações por força da COVID 19 nos EUA.

Os modelos que não vi nas postagens de Dan Morel foram a Deluxe, Breakout e FXDR, resta saber se vão aparecer ou desaparecer.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Dealers encerrando as atividades: quem é o vilão da estória?

Postei no mês passado a posição da HDMC Brasil afirmando pela continuação das atividades (veja aqui), mas o anúncio do encerramento de atividades feito por vários dealers vem deixando a comunidade preocupada com o futuro da marca no Brasil.

Até o momento sete dealers já se posicionaram pelo encerramento do contrato de representação da marca, são eles: Salvador, Fortaleza, Cascável, Vitória, Caxias do Sul, Santos e ABA SP.

Nos comunicados que tenho lido, os dealers se justificam afirmando que a nova estratégia da HDMC inviabiliza o modelo de negócio e creditam a responsabilidade do fechamento das lojas a HDMC.

Um contrato tem sempre duas partes e se uma das partes está insatisfeita e deseja encerrar o contrato deve indenizar a outra parte. Esse é princípio envolvido na teoria geral dos contratos, ou traduzindo: quando um não quer, dois não brigam.

Desse modo, tanto HDMC quanto os dealers envolvidos no relacionamento contratual são responsáveis pelas decisões de fechamento das lojas.

A estratégia atual da HDMC prevê uma reestruturação do modelo de negócios a partir de uma simplificação de processos e melhoria da logística de distribuição e isso vai ter um preço e tomar tempo para dar resultados por isso vai diminuir produção e cobrar mais caro pelos seus produtos.

Para não inviabilizar o modelo de negócios com aumento além da capacidade do mercado consumidor, a HDMC está cortando a margem de revenda do dealer.

As consequências práticas serão um número menor de motos produzidas diminuindo o faturamento dos dealers e uma margem de revenda menor reduzindo ainda mais o capital para se sustentarem.

O que mais tenho escutado é que a HDMC terá como meta vender 3000 motos em 2021, cortando as cotas dos dealers pela metade e que a margem de revenda também foi reduzida a metade com o novo contrato, representando uma queda no resultado final dos dealers de mais de 50%.

Quem não quis bancar essa aposta no novo modelo de negócio, assinou o distrato e foi indenizado pela HDMC, mas notem que não ter o bar'n'shield no letreiro não vai tirar o dealer do mundo HD.

Todos os comunicados dos dealers que estão encerrando atividades afirmam que continuarão prestando serviços e revendendo motos usadas, ou seja deixam de vender motos zeros, mas vão continuar vendendo HDs, fazendo revisões e vendendo roupas e acessórios.

A comunidade HD vai continuar sendo atendida.