sexta-feira, 25 de julho de 2008

Casaco, colete e camisa(eta)

Não tem nada melhor do que andar de moto com tempo bom, vestindo só uma camiseta, mas como nem sempre o tempo é bom e do mesmo modo nem sempre se consegue andar com temperaturas altas, muitas vezes faz falta um casaco.


O Roberto diz que eu sou muito friorento, pois ando de casaco no inverno e no verão, mas isso é opção pessoal. O casaco é necessário na estrada e deve ser bem escolhido. Não adianta andar com um casaco pesado em pleno verão só porque ele tem as proteções nos ombros e cotovelos. Na cidade, o casaco pode fazer diferença, mas geralmente a galera deixa ele em casa.

Colete é prático e muitos gostam de ostentar os patchs do motoclube. Eu tenho o meu colete que coloco em cima do casaco quando saio em eventos oficiais do HOG. É boa opção para viagens, quando é necessário carregar carteira, dinheiro e outras coisas, que se guardadas na calça vão acabar incomodando durante a viagem.

Camisa e camiseta devem ser escolhidas conforme o casaco, o percurso e a duração da viagem. Na cidade muitos acabam usando camisas mais grossas como um casaco fino, mas isso não dá a proteção necessária nem cumpre a função do casaco, que é de cortar o vento.

Tente fazer uma combinação de camisa(eta) e casaco que seja confortável e segura para a estrada. Por exemplo: um casaco de cordura com forro térmico fica muito bom do outono até a primavera, trocando apenas a camiseta por uma camisa mais quente.


Para o uso diário, um casaco que corte o vento e te dê proteção em um acidente eventual é o ideal. Por exemplo: um bom casaco de couro que tenha as proteções de ombro e cotovelo.


Pensando nisso leve em consideração o seguinte na hora de escolher seu casaco:
  • couro não é casaco quente nem impermeável, serve apenas para cortar o vento e manter o calor interno se estiver fechado;

  • cordura é casaco leve, ideal para uso prolongado e dependendo da trama da cordura chega a ser resistente à agua, mas não é impermeável;

  • leve em consideração o uso de espaldeira para a coluna, se for fazer uma viagem muito longa;

  • as proteções de ombro e cotovelo deixam você desconfortável fora da moto, procure um casaco que estas proteções possam ser retiradas e colocadas para um uso diário;

  • roupa de chuva é bom, mas leve em consideração que o escapamento costuma queimar as calças por elas não possuirem proteção além de escorregar quando o banco fica molhado. Eu uso uma calça de goretex (membrana sintética que apesar de impermeável permite que o calor dentro da roupa saia) e meu casaco de cordura tem um forro impermeável. Essa combinação também aparece no equipamento FXRG da Harley Davidson, com forros e proteções de fácil colocação e retirada.

Falando em equipamento FXRG, essa linha da Harley Davidson é a mais completa que conheço, com calça de viagem com forro impermeável, proteções nos joelhos e acabamento prevendo o desgaste pelo calor que vem do motor. O casaco vem com forro térmico, forro impermeável e cinta abdominal que serve como espaldeira. O valor desses equipamentos é proporcional ao acabamento e funcionalidade dos mesmos, sendo a linha mais cara da HD, mas vale o investimento se você pretende fazer várias viagens. A linha FXRG é apresentada em couro e cordura e a escolha é pessoal.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

DVD XI National HOG Rallye

Parece que o DVD do evento de Tiradentes chegou ou está prestes a chegar.

No blog do Chapter Porto Alegre foi divulgado que o DVD encontra-se a disposição na loja.

Como não estive na loja esta semana não posso confirmar isso, mas se chegou nos pampas deve ter chegado na praia.

A foto oficial acompanha o DVD. Passe na loja e pergunte pela foto e o DVD.

Capacete

Falei em uma postagem anterior da importância da escolha do equipamento adequado em uma viagem.

Agora vou escrever sobre os equipamentos em separado.

Inicialmente é bom ressaltar que cada um escolhe como quer se matar. Uns fumam, outros bebem e alguns gostam de (não) usar capacete. É uma questão de bom senso o uso do capacete adequado ou não usar nenhum capacete. Ou uma questão de sorte, que diga o Perrone que caiu em Parati usando um coquinho em alta velocidade e escapou com uma lesão pequena no pulso e alguns arranhões, e o coquinho nem arranhou.

Antes que alguém diga que sou hipócrita ao defender o uso do capacete, digo que, como todo mundo, não gosto do danado do capacete e sempre que posso eu não uso o capacete, mas que a gente fica mais exposto, não se pode negar.

Um bom capacete pode fazer diferença em um acidente e desta forma vale a pena gastar um pouco mais na compra de um bom capacete.

Já que no Brasil os capacetes devem ser certificados pelo INMETRO, aquele capacete importado que é certificado pelas mais rigorosas normas americanas e européias tem seu uso proibido.

É sempre bom lembrar que as normas americanas e européias são muito mais rigorosas que a norma brasileira, mas isso é questão de bom senso, coisa que falta às autoridades brasileiras.

Como a lei do selo foi modificada várias vezes, não custa lembrar aqui qual a interpretação que vem sendo usada pelas autoridades em caso de fiscalização: o selo/etiqueta do INMETRO só é exígivel para os capacetes fabricados a partir de agosto de 2007 (brecha para você usar o capacete importado que você comprou: coloque uma data de fabricação anterior a esta data), devendo os capacetes terem na lateral, frente e traseira do capacete um adesivo reflexivo. As viseiras devem ser cristal, não sendo admitido o uso de película na viseira. As viseiras escuras (daylight) tem seu uso restrito ao horário diurno (6h às 18h) e devem estar abaixadas (fechadas). Os capacetes abertos devem ter viseiras ou o piloto deve utilizar óculos de proteção tipo aviador (gogles de motocross ou esqui), embora estes óculos ainda não tenham sido certificados pelo INMETRO. Os óculos que estamos acostumados a usar, de armação com lentes escurecidas ou amarelas não são permitidos. NÃO EXISTE VALIDADE PARA O CAPACETE.

Ou seja, se você quiser andar com um capacete não permitido (coquinho) ou sem capacete ou até mesmo com a viseira do capacete permitido aberta, para a lei você estará sujeito às penalidades da lei, desde que haja uma fiscalização. Não se esqueça de abaixar a viseira quando chegar nas Blitzes.

Capacetes abertos não são indicados para a estrada pois além de não protegerem a mandíbula em caso de acidente, também deixam o rosto descoberto e sujeito a pedras, insetos e outros objetos que estejam soltos na estrada. Mesmo na cidade, eles não são os mais indicados, mas como se trafega em menor velocidade e quase sempre no trânsito, eles acabam sendo a escolha natural. Procure um capacete resistente, de preferência com mistura de fibras e evite os capacetes construídos em termoplásticos (normalmente os capacetes barbante de R$ 50,00). O cocão da KJC costuma ser uma escolha dos harleyros desde que o coquinho foi proibido. Eu uso um Shark SK. Leve e bem construído, consegue ser confortável e seguro. Com o tempo mais frio venho usando uma proteção no pescoço para evitar as tradicionais dores de garganta e resfriados comuns nesta época do ano.

Capacetes fechados são uma escolha natural para a estrada devido a maior velocidade de cruzeiro. Procure escolher um capacete que seja resistente, que tenha sido construído pelo menos com mistura de fibras, leve e com boa vedação acústica ao ruído do vento. Parece rabugice, mas uma viagem de 4 horas ou mais com vento rugindo nos seus ouvidos cansa bastante. Eu uso um AGV GP-PRO, com duplo casco e forro removível, feito em fibra de carbono, é leve e resistente.

Em hipótese alguma use um capacete fora do seu tamanho. O capacete largo vai balançar na sua cabeça e o capacete apertado vai comprimir sua cabeça. Em ambos os casos, o desconforto é grande e aumenta muito o cansaço em viagem.

O uso de intercomunicadores vem sendo bastante difundido, mas pode ser considerado como infração ao Código de Trânsito (dirigir usando fone ou telefone). Portanto cuidado com o intercomunicador, além de acabar com o silêncio dentro do capacete também pode causar prejuízo.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Dupla Personalidade na Fat Boy 2009

Hoje consegui abrir o site da HD americana e olhar os lançamentos para 2009.

Poucas novidades e já mencionei quase todas.

Faltaram duas que estavam escondidas: a nova pintura retrô da Deluxe que combina Deep Turquoise e Antique White deixando a moto ainda mais clássica e a tampa da primária e tampa da buzina pretas da Fat Boy.

Vou tecer comentários apenas sobre a Fat Boy por ser a mudança mais revolucionária na linha softail.

A Fat Boy é uma moto tradicional, que alia a esportividade com os cromados. Em 2007 adotou os aros 17" e pode colocar o pneu 200 na traseira. Para 2009 a moto vem com conflito de personalidade.

As tampas pretas da primária e buzina deixam a moto escura de um lado e cromada do outro. A HD, propositalmente ou não, coloca no photo gallery apenas as fotos do lado cromado e a entrada também mostra o lado cromado como se nada tivesse acontecido.

Quando você dá o giro de 360º toma o susto: tampas pretas tornando o motor da moto mais preto do que cromado. É o lado Night Train da Fat Boy.

Eu gosto da diminuição de cromados, mas acho que a moto não pode ser duas ao mesmo tempo. Ou ela é cromada como sempre foi ou será escurecida se tornando uma Night Fat Boy.

Entre no site americano e dê a sua opinião.

terça-feira, 22 de julho de 2008

modificações na linha Softail

Quem tem os modelos 2008 da linha Softail que usam os aros 16" (Heritage e Deluxe) tem reclamado que alguns acessórios da linha 2007 não servem para suas motos.

Pequenas alterações de parafusos que seguram o banco, facão lateral e paralamas traseiros são percebidas apenas no momento em que se compra um banco novo ou algo para compor a parte traseira da moto.

Nos modelos 2009 começaram os rumores que a HD estaria preparando as suspensões traseiras das Heritage e Deluxe para receber os pneus 200 e com isso diminuir os custos de fabricação.

Já foram feitas afirmações nos fóruns americanos que apesar destes modelos manterem o aro 16" a mudança para o aro 17" e o consequente aumento da largura do pneu seriam feitos com muita facilidade uma vez que a balança já estaria adequada à nova medida.

Vamos aguardar para ver se procedem os rumores.

HD 2009

Foi lançada nos EUA a linha 2009 da Harley Davidson. O site da matriz encontra-se desesperadamente lento devido aos acessos, mas já se pode ver algumas novidades:
  • A linha Sportster aposentou a 883 R e standard, que são bastante vendidas no Brasil, dando preferência aos modelos low e custom de suspensões mais baixas;
  • Ainda na linha Sportster, o modelo XR 1200, lançamento no mercado europeu, não aparece e as 1200 contam com a Nightster (promessa para o fim de ano) e os modelos low e custom, a exemplo das irmãs menores;
  • Na linha Dyna poucas alterações, sendo mantidas a Super Glide e Super Glide Custom que são vendidas no Brasil, além da Fat Bob, Street Bob e Low Rider como opção para quem procura motos com suspensões mais baixas;
  • Na linha Softail a FX standard continua aposentada (mas ainda presente no catalogo brasileiro) assim como a Heritage custom (fabricada apenas no Brasil);
  • Continuam no catalogo a FX custom, a Night Train (que saiu do catalogo brasileiro), a Fat Boy, a Heritage Classic, a Deluxe, os dois modelos da Rocker e a Cross Bones;
  • Na linha Touring não houve alterações nos modelos, sendo mantidos todos os modelos: Road King Classic, Electra Glide, Electra Glide e Ultra Classic Electra Glide (todas presentes no catalogo brasileiro), além do modelo standard da Road King e Electra Glide e as Street Glide e Road Glide;
  • Na linha VRSC aparecem a Night Rod special e a V-Rod (presentes no catalogo brasileiro) e um lançamento: a V-Rod Muscle que lembra bastante a nova V-Max.

Analisando a linha 2009 da HD podemos concluir que a Sportster vai ser a moto dos baixinhos e das mulheres nos EUA. Exceção à Nightster, que também conta com suspensões baixas nos EUA, todos os demais modelos oferecidos utilizam as suspensões mais baixas dos modelos Sportster, além da opção de restringir a XR apenas ao mercado europeu.

As Dyna e as Softail vão se mantendo dentro do tradicional e as Touring prometem inovações tecnológicas, que a lentidão do site americano impede de saber maiores detalhes.

Já as VRSC serão as armas da HD para competir com a invasão japonesa, tendo muito pouco em comum com o resto das famílias já tradicionais e cada vez mais se integrando no estilo dragster onde as japonesas vem ganhando terreno. O principal lançamento da HD para 2009, a V-Rod Muscle parece que vem preparada para tentar derrotar a nova V-Max da Yamaha, que causou muito agito quando foi lançada este ano.

viagem e equipamento

Já fiz algumas viagens neste ínicio de ano, a mais longa foi para Tiradentes, e posso dizer que o uso do equipamento correto vem trazendo mais prazer e conforto nas viagens.

Antes eu saía para a estrada com um casaco de couro antigo ou até mesmo uma camisa um pouco mais grossa. Resultado: o vento entrava pelo casaco ou camisa inflando e me fazendo usar um paraquedas. O capacete era o aberto e às vezes até o coquinho. Resultado disso: chorava a rodo quando a moto passava dos oitenta. Luva muito raramente. Bota, nem pensar, o melhor era o tenis.


Chegava cansado, dolorido e tenso por conta de algumas situações em que o pé escorregava no asfalto sujo, ou os olhos inchados por conta do vento. Cheguei a viajar no verão só de camiseta, em um dia de sol intenso, o que acabou causando um bronzeado camiseta muito bacana, sem falar na chuva que peguei no retorno, onde as gotas de chuva pareciam pedras.


Hoje estou viajando mais equipado. Não chega a ser um jaspion que andam com as motos "racers replicas". Mas uso sempre capacete fechado, casaco em cordura ou couro que tenha uma boa vedação ao vento sem deixar você suando feito um louco, bota para dar segurança aos tornozelos e luvas (já bem amaciadas), isso sem falar em uma roupa de chuva bem confortável e que consegue uma vedação ótima (na viagem para Tiradentes cheguei seco apesar da chuva na subida da serra). Ao chegar no destino acabo achando que ainda podia ir um pouco mais longe.


Escolher e usar o equipamento adequado é fundamental para uma boa viagem. Ainda não me sinto com vontade de largar a calça jeans, mas penso seriamente em comprar uma calça de cordura com forro removível impermeável.


Excessos também devem ser evitados. Muitas vezes você fica desconfortável porque está usando um equipamento não adequado para aquela viagem. Você fica pensando que está demorando muito para chegar, que a moto está com algum problema ou que o grupo está muito devagar. Muitas vezes é você que não está confortável na moto.


Do mesmo modo que um bom casaco influencia na sua viagem, um casaco muito grosso ou muito quente

Não importa a duração da sua viagem, curta ou longa sempre será melhor se você estiver devidamente equipado.

domingo, 20 de julho de 2008

Riders Program I: Group Riding

Neste final de semana (18/19.07.08) tivemos o curso de pilotagem da Harley Davidson ministrado no Rio de Janeiro.

Este primeiro módulo trata da viagem em grupo: como trafegar, sinalização, forma de estacionar e como se conduzir dentro do trem de motos.

Interessante foi perceber que as orientações que são passadas pelos colegas mais antigos dentro do Chapter RJ e os diretores por ocasião do briefing são a aplicação prática dessas orientações confirmando que os harleyros se comportam da mesma maneira no mundo inteiro.

Acho importante frisar que o Chapter RJ é o único Chapter no Brasil que não relatou acidente ou incidente com o trem de motos.

Do curso em si é importante ressaltar que o instrutor, policial da Polícia Rodoviária Federal, é motociclista de longa data e acaba passando mais do que as simples orientações previstas no curso. Ele passa experiência de estrada, de como se comportar para evitar as mortes na estrada e passando segurança a todos que estavam presentes no curso.

Como tópicos principais que me chamaram a atenção, e que ocorrem algumas vezes nos passeios realizados aos sábados, foram:

  • as filas são independentes, ou seja, se você trafega pela fila da direita você vai ser preocupar com seu colega de trás e procurar manter a distância equivalente ao tamanho de uma moto entre você e o colega que vai a sua frente, não importando a distância para o colega que vai na fila ao lado;
  • você não pode ficar trocando de filas, além de atrapalhar a formação é procedimento perigoso porque o colega da outra fila não espera que você vá ocupara espaço na outra fila;
  • o líder trafega sempre na fila da direita para que todos possam vê-lo fazer os sinais;
  • o cerra-fila tem papel fundamental em caso de problema com alguém do trem, devendo parar junto com o colega com problemas e o companheiro que segue logo em seguida e desgarrou do trem junto com o colega que tem problemas;
  • se alguém sai da sua frente, você deve se adiantar para ocupar o espaço deixado e manter o alinhamento;
  • se algum colega trafega mais lento que o ritmo do trem, você pode ultrapassá-lo para manter a formação coesa.

A segurança do trem depende da formação dele. É importante manter a formação para evitar que veículos estranhos ao trem andem dentro do trem.

E o mais importante: andar em grupo significa andar em grupo, se você não quer andar com o grupo não assuma o compromisso com os colegas porque andar em grupo significa muito mais do que manter uma formação, significa cuidar um do outro, demonstrando solidariedade para com todos.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Mata Cachorro: segurança x estilo

Vira e mexe surge o assunto mata cachorro nas conversas e fóruns que frequento. Colocar ou não colocar vem sendo a discussão sobre o DK (dog killer), inclusive com a apresentação de projeto de lei tornando obrigatório o chamado dispositivo de segurança.

Eu não coloco e nunca coloquei nas motos que tive por questões de estilo. Acho que o DK deixa a moto feia e compromete o estilo da moto, embora existam alguns modelos onde o DK vem de fábrica como é o caso da família Touring fabricada pela HD.

Os adeptos do DK são unânimes em dizer que apesar de comprometer o estilo da motocicleta, o DK é fundamental para a segurança em caso de queda da motocicleta pois evita que o peso da moto fique sobre as pernas do motociclista, além de proteger os cromados, pedaleiras, punhos e outras peças que seriam danificadas com o tombo.

É controverso, uma vez que um tombo em velocidade acima dos 60 km/h vai causar estragos com ou sem DK e muito provavelmente o motociclista vai escorregar pelo chão se separando da moto.

Se o tombo for parado ou em velocidade baixa, coisa que já me aconteceu com a Fat Boy, as plataformas normalmente seguram a motocicleta evitando que chegue ao chão.

A realidade é que ninguém espera que vai cair, afinal a moto não foi feita para cair, mas quando acontece a maior possibilidade de evitar ferimentos mais graves (fraturas, cortes profundos, concussões e etc.) reside na atenção que o motociclista tem no momento. Se estiver atento e estiver equipado corretamente (um bom capacete, casaco, luvas, botas e uma boa calça de viagem) a possibilidade de ferimentos mais profundos diminui radicalmente.

Se acontecer de ter menor atenção ou estiver distraído, aí vira passageiro e qualquer evento que ocorra vai ser impossível de prever os resultados.

O DK resolve muito bem para quedas que ocorrem de bobeira, quando se está parando ou já parou e não se observa onde está apoiando a motocicleta, porque em qualquer outro caso vai funcionar como em qualquer loteria: pode ou não ajudar a evitar maiores danos. Se a moto escorrega de lado, ajuda e previne, já se a moto bate de frente e sai dando cambalhotas (o que acontece na maior parte dos acidentes em alta velocidade) não tem DK que segure, só mesmo o anjo da guarda.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Porta Aviões São Paulo


O HOG RJ esteve visitando o porta-aviões São Paulo, ancorado na base naval da Praça Mauá, no Rio de Janeiro.


Passeio animado, trem de cinquenta motos passeando pela orla da Zona Sul do Rio de Janeiro, e recepção muito calorosa por parte do pessoal do NAe-12, mais conhecido como porta-aviões São Paulo.


Tour guiado por piloto naval que fez as honras da casa, mostrando o navio de cabo a rabo, infelizmente os aviões não se encontram no navio, mas sim na base naval de São Pedro da Aldeia, com um pequeno lanche no final do passeio.


O passeio terminou no restaurante Cais do Oriente, onde a confraternização de sábado terminou.


Nota máxima para a organização do passeio, que marcou o retorno de alguns veteranos que andavam afastados dos passeios em virtude da rotina pessoal de cada um, e o encontro com os novatos, que vão se transformando rapidamente em veteranos no HOG RJ

terça-feira, 8 de julho de 2008

Buell 1125R

O mais novo lançamento da Buell já está no Brasil, e por incrível que pareça já está na loja do Rio.

A Buell 1125R, motor 1125cc e 146 Hp, estacionou dentro da sala dos vendedores e atendentes da oficina. Ela pode ser vista entre a mesa do Márcio e a mesa do Marcelinho. No salão encontram-se as City Cross XB 9S, e as Lighting XB 12S e XB 12Ss (chassi longo) e uma Ulysses.

A 1125R consegue quase 50% a mais de potência que as XB 12 e Ulysses (103 Hp), e conta com um regime mais elástico, com potência máxima aparecendo aos 9800 rpm, ao contrário das XB 12, que tem a potência máxima aos 6.800 rpm.

O novo lançamento parece bem imponente, tem uma cavalaria digna de uma esportiva, só está escondida... coisas do Grupo Izzo. A Rocker chegou e foi para o salão, mesmo vendida no dia em que chegou.

Se você for à loja, passe na sala do pós-venda e veja a moto. Mesmo que você já tenha perdido o interesse nas esportivas, o lançamento vale a pena ser visto.

E vamos esperar a menina ir para o salão, onde poderemos fazer o "ass-drive".

domingo, 6 de julho de 2008

Sábado 12/07

O Chapter RJ está programando passeio para visitar o porta aviões São Paulo, nave capitânea da nossa marinha.

Os interessados devem se inscrever pois as vagas serão limitadas por imposição da Marinha do Brasil.

Procure a secretaria do Chapter (2494-5500) e faça sua inscrição: é grátis e tem o único objetivo de formar o grupo de interessados.

Riders Program

O Riders Program I está programado para 18 e 19 de julho, e a secretaria do Chapter RJ pede para confirmar e efetuar pagamento até o dia 9 de julho.

Não deixe de aproveitar a oportunidade de fazer o Riders Program. Pode ser que não acrescente muita coisa a um motocicista esperiente e um harleyro veterano, mas vale a pena relembrar e possibilitar a oportunidade de termos o Riders Program II, que os Chapters paulistas vem ministrando com uma regularidade invejável.

Eu vou fazer, e espero encontrar todos lá.

seguro: prêmio e franquia

Imagine-se na seguinte situação: sua moto está paga, você não deve nada à financeira e o seguro que você mantinha para algum sinistro relacionado à roubo acaba de vencer.

No tempo que você tinha o seguro visando proteger-se de uma prestação para algo fantasma, não aconteceu nenhum evento, nem você ficou sabendo de ninguém que tivesse passado por situação onde a moto tivesse sido roubada ou furtada, mas ficou sabendo de diversos tombos, dos mais corriqueiros aos mais violentos, alguns até mesmo com perda total da moto.

Os consertos foram feitos pelo seguro, pagando franquias bem altas, mas os prêmios de seguro eram bem abaixo da média das outras motocicletas.

Em um tombo bobo, o prejuízo na moto chega facilmente à R$ 3.000,00, valor inferior a muitas franquias. Em um tombo maior esse prejuízo pode chegar na casa dos R$ 10.000,00, raramente aos R$ 15.000,00, mas você vai pagar uma franquia de pelo menos R$ 3.500,00.

Vale a pena pagar um prêmio menor, mas com uma franquia alta se o foco do seguro passou a ser o tombo e não mais o roubo?

Essa dúvida começa a aparecer para alguns amigos que já quitaram a moto e temos encontrado o seguinte problema: franquia reduzida significa pouco mais de 30% a menos no valor da franquia, com uma aumento de quase 50% no valor do seguro.

Desse jeito, será que vale a pena pagar o seguro? Eu sempre digo que a moto não foi feita para cair e seguro não foi feito para usar. Quando for renovar meu seguro vou tentar uma franquia menor com um prêmio razoável, mas vou renovar o seguro. Até mesmo porque a marca HD vem sendo se tornando mais popular, nota-se pelas vendas aumentando, e pode ser que os novos harleyros fujam um pouco do espiríto HD de respeitar os colegas e não comprar peças de origem duvidosa.

as Ultra são o sonho de consumo dos harleyros?

Sei que já postei isso na casa velha, mas estive em SP para compromissos de família e visitei, como de hábito, as lojas da HD JK e a nova HD Bandeirantes, onde ouvi vários colegas de Harley do Chapter JK e alguns vendedores da HD Bandeirantes afirmando que a melhor coisa que um harleyro pode fazer é ter uma Ultra e se possível manter uma outra menor, de preferência uma Sportster, para o uso diário.

Vejo isso na prática, onde vários colegas paulistas do Biduzidos MC vem comprando as "penteadeiras" como eles mesmo chamam para fazer as viagens com mais conforto e mantendo as 883.

Esse colegas falam da possibilidade de ter uma HD Electra Glide, seja ela classic ou ultra classic, que são os modelos comercializados no Brasil. Seria uma moto só para viajar, deixando sua HD antiga para o uso diário.

Para mim isso não funciona. Quem usa a HD diariamente não vai ficar trocando de moto no fim de semana e quem só usa a sua HD para o lazer de fim de semana não vai manter uma outra HD com a mesma finalidade.

As touring (classificação das Electra Glide, que engloga as Road King também) não são máquinas para ficar paradas na garagem esperando aquela viagem especial de milhares de quilometros.

São máquinas muito gostosas de andar, que possuem uma dirigibilidade bastante diferente das softail em virtude das caixas de direção diferenciadas para o tamanho delas, mas também são máquinas que detestam o transito pesado.

Por serem de tamanho diferenciado proporcionam muito conforto, chegando a ter sistema de som compatível com automóveis, mas sofrem bastante no uso dentro da cidade, exatamente pelo seu tamanho diferenciado.

O harleyro gosta de andar com a sua HD sempre e quer que a sua HD leve-o a qualquer lugar. As Ultras não vão levar o harleyro a qualquer lugar, a menos que ele esteja com disposição para aturar o transito e o aborrecimento para estacionar a moto.

Já disse aqui que a minha HD de batalha é uma Fat Boy e ela sai todos os dias comigo. Vai comigo para o trabalho, para a estrada e para os botecos nos Night Trains e não gostaria de ser obrigado a andar de carro só porque não vou conseguir arrumar espaço para parar a moto.

Se você quer conforto, anda de carro! Se gosta de demorar para chegar nos lugares, vai de ônibus!O sonho do harleyro é andar de HD sempre! Acho que não vou ter uma Ultra... se for para ter outra HD vou preferir uma softail Cross Bones ou uma sportser Nightster... quem sabe uma dyna Fat Bob, mas definitivamente uma Ultra eu não vou comprar.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

V-Rod é Harley?

Já que falei na Sportster, que foge um pouco dos modelos custom tradicionais, vamos à uma palhinha sobre a V-Rod.

Todo mundo olha para os modelos V-Rod e Night Rod e fica sem entender como é que a Harley Davidson foi inventar uma "japonesa"? Alguém já imaginou uma HD que não esquenta? Ou uma HD sem um farol e tanque da década de 1930?

Pois é, meus amigos... a V-Rod é isso aí! Uma HD japonesa, moderna, sem os problemas de uma moto clássica, mas sem a alma de uma HD. E venhamos e convenhamos, se você quiser comprar uma japonesa é melhor comprar uma Honda ou Yamaha ou até mesmo uma dessas chinesas que imitam qualquer coisa.

Dizer que a V-Rod é uma Harley é forçar muito. A HD é algo muito diferente daquela dragster, que a gente tem de se dobrar por inteiro para poder pilotar. A V-Rod é uma tentativa americana de angariar novos mercados, baseando-se na tradição das corridas de arrancada que fazem sucesso nos EUA. Na terra dela, a V-Rod tem desempenho pífio de vendas, sendo vendida mais barata do que a Fat Boy ou Deluxe.

Hoje me perguntaram se eu compraria um brinquedo daqueles, e, apesar de achar muito bonitinha, eu disse que não compraria. Para comprar uma moto disfarçada de HD (só leva o nome da fábrica) é melhor comprar uma moto que leva o coração da HD: a Buell. Ninguém vai me convencer que aquele motor da V-Rod é um HD. O coitado foi tão modificado pela Porsche que acabou ficando sem qualquer identificação com as outras HDs.

Vale a pena comprar uma V-Rod? Acho que não. Até para revender a bichinha é difícil e você acaba tendo de perder uma grana preta para poder se livrar da coitada, sem falar na manutenção que é bem diferente das demais HDs. É verdade que para o Grupo Izzo é mole fazer manutenção nela, afinal já cuidam de tantas outras marcas que a V-Rod acaba sendo pinto. Se bem que isso não tranquiliza ninguém que conheça o padraão IZZO 9000 de pós-venda.

É definitivo: para mim a V-Rod não é Harley! A gente aceita os amigos que gostam da bichinha (afinal gosto não se discute, lamenta-se), anda junto com eles e sempre são benvindos nos passeios, mas não é Harley.

Sportster 883 é custom?

Antes de mais nada vou avisar que não sou proprietário de 883. Tenho uma Fat Boy, comprada no lugar de uma Night Train porque na época a Night Train estava sem previsão de entrega.

Como a Sportster vem puxando as vendas da Harley Davidson no Brasil, todo mundo tem uma opinião sobre ela. A 883 é uma moto para ser amada ou desprezada. Proprietários da menina falam de suas qualidades e acham ela uma moto muito versátil, mas acabam migrando para as softail, seja por questão de ter uma moto maior ou porque as esposas, namoradas, companheiras e afins reclamam muito do banco do garupa.

Aqueles que nunca foram donos de uma 883, normalmente não o foram por uma questão de preferência pessoal, que foi o meu caso (não gosto do tanque fino) ou porque foram desestimulados a comprar a magrinha, seja pelo vendedor ou por alguém que já anda com uma moto maior.

Eu andei em uma 883 carburada em Búzios e achei a moto bastante arisca, o motor responde rápido (mais rápido que as softail) e faz muita curva, mas tem as suspensões muito duras. O banco para o garupa é muito ruim: basta dizer que o banco é inclinado para trás fazendo o garupa escorregar para fora da moto. Todos os colegas que ainda andam com 883, usam-na como segunda moto ou fazem muitas modificações mecânicas (kit Dyna Jet e kit para amortecedores traseiros, banco maior para a garupa e um sissy bar - isso no mínimo). A própria Harley Davidson tinha uma versão custom para a 883 (que foi descontinuada) onde modificava o banco, tanque e colocava o comando avançado de pedais e pedaleiras.

Mas a magrinha é a HD mais barata e muita gente prefere comprar uma moto nova, apesar de ser menor que as tradicionais, do que comprar uma moto usada (softail ou touring) e dessa forma a 883 vem sendo uma moto bastante vendida e bastante vista nos passeios e encontros de harleyros, normalmente pelos novatos em HD.

Em virtude do seu preço menor, a 883 é a moto usada como base para transformações nas choppers estilo OCC, e elas ficam muito bonitas com os garfos alongados e traseira com pneu largo.

Moto custom é por definição Harley Davidson, e toda Harley Davidson para ser uma Harley Davidson tem de ser customizada para ser realmente uma Harley Davidson, portanto se você tem dúvida se compra ou não uma 883 por achar que ela não é custom, pode comprar a magrinha porque ela vai te dar o prazer de viajar junto com o grupo e se você viaja sozinho e tem tempo para ir modificando a magrinha te garanto que você vai estar comprando uma verdadeira moto custom.

Agora se você quer comprar uma moto mais tradicional é melhor comprar uma softail usada. HD usada, desde que não tenha tido acidente sério, é sempre uma moto confiável porque o harleyro cuida muito da moto e dificilmente você vai comprar um problema, mas é lógico procure sempre saber a procedência da sua moto.

Falo por experiência: em maio de 2007 comprei minha segunda HD. Como minha esposa queria andar de HD (já andava de Virago 535), eu estava pensando em comprar uma 883 para mim, iria usar a Fat para viajar e a 883 para uso diário. Só que como já disse antes, não gosto da 883 e acabou aparecendo uma oportunidade de comprar uma softail FX 2004 que o dono estava trocando por uma Heritage com motor 96 e 6 marchas. O custo seria o mesmo, mas surgia a questão de comprar uma usada ou uma nova. Comprei a usada e não estou arrependido. Adoro andar com a FX e em termos de manutenção, a FX me custou praticamente a mesma coisa que se tivesse comprado a 883 nova.

Em resumo, não tenha preconceito com a 883, ela é uma HD, mas não deixe de avaliar todas as opções (e agora temos a Dyna com preço bastante competitivo e a Heritage custom com preço muito convidativo), e não esqueça da sua garupa na hora de escolher a sua HD, afinal em algum momento a sua garupa vai estar ocupada pela sua mulher.