quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Suricato

O que é isso? É um dispositivo que te permite regular a mistura nas HDs injetadas idealizado pelo Porcão, criador do Fórum Harley (antigo Fórum HD).

Muita gente me pergunta sobre o dispositivo e nunca tive como responder, exceto que a maioria dos relatos é positivo.

O Bayer do Old Dog Cycles acaba de postar sobre a experiência dele com o Suricato e ponteiras Customer, de fabricação nacional.

A experiência positiva reforça a opção pelos produtos nacionais e como sempre costumo comentar, cada um tem uma necessidade e não existe uma receita mágica para tirar prazer da sua Harley.

Vale a leitura: http://olddogcycles.com/2012/11/valorizando-o-produto-nacional-suricato-e-ponteiras-customer.html

terça-feira, 27 de novembro de 2012

HD 110th Anniversary: venda de tickets para o evento de Milwaukee

Liberado no site da HD USA detalhes sobre venda dos tickets para a festa em Milwaukee.

Para HOG members a venda se inícia no dia 10/12 e para os demais interessados a partir de 17/12.

Os ingressos terão preços de 95 doláres para compra na parte continental dos EUA e 102,50 doláres para o resto do mundo. Ambos os ingressos darão acesso ao local do evento durante todos os dias e acesso à festa de 30 anos do HOG, exclusivo para HOG Members (será necessário apresentar carteira válida).

O ingresso mais caro traz algumas lembranças do evento que não estarão disponíveis no ingresso mais barato vendido apenas em território americano.

Para maiores detalhes acesse o link: http://110.harley-davidson.com/en_US/events/milwaukee2013

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

HD 110th anniversary

Para um evento ter sucesso precisa ser organizado com antecedência, pelo menos é o que a HDMC USA parece pensar.

As comemorações dos 110 anos da HD tem uma agenda que começa um ano antes, que começaram com uma grande festa no HD Museum e continuaram na European Bike Week na Aústria no final de agosto e início de setembro deste ano, mesma época da festa em Milwaukee no ano que vem.

A HDMC USA vai divulgar a data nos principais mercados em expansão pelo mundo, com o 110th Anniversary Experience em eventos marcados na Índia, Nova Zelândia, Austrália, África do Sul, China, México e Brasil, além de marcar presença na Europa com uma festa em Roma e a tradicional Bike Week em Daytona e Sturgis, culminando com a festa em Milwaukee.

Aqui no Brasil, a 110th Anniversary Experience acontecerá em São Paulo e já tem data: 01/06/2013.

Calendário completo no link:http://www.harley-davidson.com/en_US/Content/Pages/Events/110-anniversary.html

AGV Blade e seus concorrentes

Comecei a usar o AGV Blade, capacete aberto comercializado no Brasil pelos representantes da AGV.

Capacete tem dois cascos externos: um para tamanhos XS(53,54), S (55/56) e M(57/58) e outro para tamanhos L(59/60), XL(61/62) e XXL(63/64) ao invés de três cascos externos como é a prática na fabricação dos capacetes fechados da marca. Essa característica deixa o casco externo do tamanho M bem menor do que o casco do tamanho L. Além disso você também tem menos espuma no M do que no L uma vez que o M é o último tamanho do casco externo menor e o L o primeiro tamanho do casco maior.

Na prática isso traz um capacete mais justo e que se mexe bem menos sem trazer um "cabeção" para o casco externo, coisa que não acontece nos capacetes fechados onde M e L dividem o mesmo casco externo.

A forma do casco não é old school, mas traz viseira agregada que evita o uso de óculos de proteção ou o bubble shield fixo como nos capacetes old school e como os old schools tem casco ainda menor, o Blade traz uma camada interna mais espessa trazendo um pouco mais de segurança para o piloto. O único old school com a mesma camada interna que conheço é o Bell Custom 500 que não é homologado no Brasil.

A área de visão do Blade é comparável à área de visão de um capacete old school e junto com o baixo peso do capacete são os pontos altos do modelo. O ponto negativo é o formato do casco externo que não cobre toda a cabeça deixando a nuca bem exposta.

Com desconto para pagamento à vista, ficou em R$ 580,00, ligeiramente mais caro que se importasse diretamente (hoje comprando na FC-Moto, com frete e impostos, ficaria em cerca de 200 euros - R$ 540,00).

Antes de decidir pelo Blade consegui experimentar outros modelos e marcas: Bell Mag 9, Bell Custom 500 e LS2 OFF 559.

Os capacetes da Bell não tem homologação no Brasil e não vale a pena importar com a loteria da receita: um Bell Custom 500 com frete e impostos sairia mais caro que o Blade com selo e o Mag 9 mais caro ainda: cerca de 300 doláres para o Custom 500 e 400 dólares para o Mag 9 (preços da Bell Store que cobra 90 doláres de frete para o Brasil).

O Mag 9 estava a venda por um colega de QI que não se adaptou ao modelo por conta dos óculos de grau e tinha bom preço (acabou sendo vendido para outro colega de QI). Não me acostumei ao modelo por conta do casco externo cobrindo toda a cabeça e pressionando todo o maxilar inferior, mas o capacete sem dúvida é o melhor projeto de capacete aberto que vi. Talvez em outro tamanho, mas no tamanho certo estava incomodando bastante.

O Custom 500 é um capacete old school bem reforçado e com casco externo bem maior do que usualmente se vê sendo usado. Confortável, mas a exigência dos óculos de proteção ou do bubble shield para evitar possíveis problemas com a fiscalização policial deixam esse capacete como um opção para um passeio curto onde não se tenha tantas possibilidades de se aporrinhar usando diariamente.

O OFF 559 é um capacete barato (menos de R$300,00) com opções de cores interessantes, mas com um acabamento mais fraco que o Blade. Também tem apenas dois cascos externos e me pareceu com uma camada interna mais fina que o Blade. A Silvana tem um para os passeios curtos que fez nesses dois anos (ir e vir ao RHD e algumas vezes até o Rota) e gosta bastante, mas o tamanho da capacete dela é S, deixando a camada interna mais espessa e confortável.

Com a compra do Blade estou abandonando o SK-1 antigo e mantendo o N-43 como reserva. Na comparação com esses dois capacetes, o Blade é melhor que o SK-1 e perde para o N-43 que ainda é o capacete aberto mais seguro e confortável que já tive. Pena que a vida útil seja mais curta e não seja homologado no Brasil. Ainda não tive a oportunidade de experimentar um tamanho menor desse capacete e talvez ainda volte para ele se o tamanho menor não tiver um início desconfortável.

Estou gostando do capacete, vamos ver como se comporta com o uso contínuo.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Mercado de motos zero

Tenho recebido e-mails do marketing dos dealers oferecendo as últimas unidades de 2012 ao mesmo tempo que leio relatos de fila de espera por modelos e pinturas determinadas e a ansiedade pelo recebimento dos mesmos antes do realianhamento de preços com a chegada da linha 2013.

Com a chegada da fábrica no Brasil deixamos de ter as ofertas da linha anterior para recebimento da nova linha. Já foi assim no ano passado e está sendo assim neste ano.

A rede de revendedores está aumentando (a meta é um grupo de vinte dealers e analisar a situação antes de expandir ainda mais) e o mercado brasileiro parece ser um dos únicos com chances de expansão a curto prazo (hoje responde por 70% das vendas na América Latina) e seguindo este modelo a tendência das novidades aportarem no Brasil cada vez mais cedo aumenta.

Com o H.O.G. Rally e os vários feriados não tenho ido ao café da manhã no dealer carioca para ver como anda o termômetro do salão de vendas, mas parece que não haverá muito jeito de comprar modelo e cor específica, principalmente de modelos best sellers. O consumidor vai ter de decidir entre produto que não corresponde ao que deseja ou esperar o aumento de 2013 que, em um produto que é vendido na base do emocional do consumidor, acaba sendo uma frustração e a relação entre marca e cliente começa com o pé esquerdo.

Cada vez mais a gestão presente no mercado automotivo está se firmando na gestão da HDMC: para aproveitar preço você precisa aceitar o que estiver sendo no salão, senão perde a oportunidade (não dá para chamar essa prática de promoção de fim de ano).

A linha 2013 continua sendo um mistério quase descoberto: não se prevêem mudanças mecânicas, as cores do catálogo 2012 estarão quase todas presentes acrescidas das "cores da moda" com detalhes em flakes e os modelos comemorativos (todos os modelos que estiverem em produção no Brasil e tiverem uma edição comemorativa, estarão no catálogo 2013). O mistério sem resposta ainda é se teremos ou não a Sportster 72 ou a Softail Slim no catálogo, os demais modelos em produção seguem por aqui.

 A linha CVO continuará somente com a Ultra Classic e o TriGlide tem chances praticamente nulas de aparecer por aqui, exceto em regime de importação independente. Sei que tudo depende da  programação da matriz, mas os modelos CVO são importados e talvez fosse uma idéia a ser implementada pela filial brasileira adotar uma lista de encomendas e trazer a linha CVO inteira e o TriGlide para quem tivesse interesse em pagar o preço da exclusividade. Já foi assim com a Ultra CVO, que começou a ser entregue no segundo semestre deste ano e parece não ter conseguido alcançar a meta.

Agora fica por conta do consumidor avaliar se vale a pena comprar e começar customizando mudando a cor ou se vale a pena pagar a diferença para ter uma moto conforme seu desejo e mais nova. 

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

DEIC desmonta esquema de roubo de HDs

Notícia amplamente veiculada no dia de hoje, o DEIC (Departamento Estadual de Investigação Criminal) conseguiu rastrear e encontrar 31 HDs que haviam sido furtadas e serviram como base para serem customizadas e revendidas com documentos esquentados (recebi inclusive um comentário no post anterior do Guilherme com o link da matéria em um dos jornais virtuais).

A notícia fala em um customizador e um membro de "escuderia", seja lá o que os jornalistas entendam como "escuderia".

A investigação ainda deve ser aprofundada porque apenas dois suspeitos significa que o DEIC encontrou apenas a ponta do iceberg.

O modo da operação segue um padrão que já se comenta há algum tempo: as motos furtadas em evento são para atender encomendas, onde um olheiro procura a moto e passa o serviço para outros fazerem o carreto. Algumas devem ter sido furtadas pelo próprio olheiro já que era comum não travar a ignição ou a direção, coisa que mudou com os constantes furtos nos estacionamentos forçando a recolha da moto em carreta ou em furgão fechado com mais três ou mais pessoas envolvidas no furto.

Espero que a investigação prossiga e encontre não só a ponta da receptação (oficinas de customização que recebiam pedidos de motos prontas entre outros interessados), mas também os funcionários públicos encarregados de esquentar os novos números de chassi gravados no processo de legalização do cabrito montado.

Outro aspecto que considero importante é mostrar aos colegas que gostam de uma "oferta" o perigo em comprar peças sem procedência. Apenas para evitar a caça às bruxas, vale lembrar que existem muitos colegas que revendem peças que sobram em customizações, assim como existem vários colegas que revendem suas motos depois de customizá-las. Procure saber a procedência, evite as super-ofertas que aparecem em anúncios e, parece que vem sendo a prática atual, os "projetos" de customização feitos sem que a moto tenha sido comprada pelo interessado no "projeto".

Existem maças podres em todo lado, se informe antes de entrar em uma roubada... você pode acabar sendo envolvido em crime de receptação.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

viagem em grupo: grande ou pequeno?

Eu não gosto de viajar sozinho. Muita coisa pode acontecer e estar acompanhado pode fazer diferença na hora do aperto. Não havendo outra solução, vou sozinho como foi o caso no ano passado onde fui encontrar com o Celestino em Penedo para seguirmos para Curitiba.

Já fiz várias viagens no trem do HOG com mais de vinte motos (nosso maior trem foi até Campos do Jordão em 2009 com 106 motos sem qualquer tipo de apoio ou escolta) do mesmo modo que já fiz várias viagens com grupos de até oito motos.

Qual é o melhor? Vai depender do grupo. Neste ano de 2012, a maioria dos passeios do Chapter RJ teve trens com mais de 30 motos e já comentei que o entrosamento foi sendo aumentado conforme os colegas participavam com mais assiduidade dos passeios. No trem gigante de 2009 e no trem de 2008 (95 motos para Tiradentes) havia muitos grupos menores compondo o trem gigante e esse entrosamento foi fundamental para que não tivéssemos problemas.

Na viagem para Florianópolis não tivemos um trem numeroso, mas sim vários pequenos grupos saindo e escolhendo os caminhos mais convenientes. Eu fiz a viagem toda em dupla com o Alexandre Marinho e um trecho entre São Paulo e Curitiba em um grupo de seis motos. Como dizem os companheiros de QI, o "grupo coeso de dois" facilitou muito a viagem até Florianópolis: as negociações de ultrapassagens, a passagem em corredor (e tivemos algumas ocasiões onde não havia escolha exceto trafegar no corredor) e a manutenção do ritmo de viagem foram muito facilitadas por estarmos em dupla.

Quando estivemos trafegando com o grupo maior, há havia uma certa preocupação em manter formação, evitar espaços e cuidar do companheiro que vinha atrás. Lógico que o grupo de seis motos era bem mais visível na estrada que uma dupla de motos e nisso reside a grande vantagem de viajar em grupo: o aumento da segurança pelo aumento da visibilidade do grupo, mas também aumentava a preocupação na hora de negociar as ultrapassagens. Trafegar no corredor não aconteceu, mas com certeza necessitaria de um cuidado maior por conta de uma moto ficar entalada enquanto outras tivessem passado.

Imaginem então as dificuldades dos trens gigantes em fazer essas manobras comuns. Dificilmente um trem com mais de 50 motos consegue trafegar junto sem o auxílio de escolta, havendo necessidade de vários Road Captain para manter esse grupo coeso se não houver escolta.

Minha escolha é sempre pelo grupo menor, mais homogêneo e com entrosamento. Sempre que um grupo cresce muito é recomendável dividi-lo, estabelecendo pontos de encontro e separando os grupos conforme a experiência e o entrosamento. Um iniciante rodando em um grupo mais experiente vai passar por muitos sustos e a tendência é atrasar o grupo. Esquecer a vaidade nessa hora é fundamental para a segurança de todos: se você não acha que consegue acompanhar o ritmo mais forte, procure se incorporar ao grupo onde você seguirá mais confortavelmente.

Estrada não é lugar para auto-afirmação. Rode com segurança em um grupo que mostre ter a mesma experiência que você, será mais fácil ganhar entrosamento e logo você vai ver que esse grupo estará rodando tão bem quanto o grupo mais experiente.

Eu considero um grupo com até oito motos o número ideal para uma viagem longa: o Capitão de Estrada consegue manter o Cerra-fila no alcance dos seus espelhos e as negociações de ultrapassagens são muito mais tranquilas. Viagens mais curtas e em estradas mais sossegadas permitem grupos maiores com a mesma tranquilidade. Quanto maior o grupo fica, maior será a necessidade de serem estabelecidos companheiros responsáveis pela segurança do grupo. Esses colegas servem como marcos para o grupo manter sua coesão e facilitam o entrosamento.

E uma última colocação: não tenha vergonha de confessar alguma dificuldade para que o Capitão de Estrada possa ajustar o ritmo para manter a segurança e muito menos tenha vergonha de chamar a atenção de algum colega que esteja colocando em risco o grupo. Ninguém é dono da verdade e muitas vezes alguns vícios de pilotagem podem ser melhorados se alguém mostra o que está acontecendo.

Viajar com os amigos é bom, mas a ideia é ir e voltar juntos.

sábado, 10 de novembro de 2012

HOG RJ já divulga a festa do fim de ano

Acontecerá no dia 15/12 a festa de fim de ano do HOG RJ. Novamente o dealer cede o espaço para a realização da festa que seguindo o formato do ano passado terá tudo incluído.

Ingressos a R$ 85,00/pessoa comprados através do PAG Seguro e novamente a festa terá caráter beneficiente. O saldo servirá para ajudar instituições assistenciais.

Este ano a festa será animada pela banda Rock & Blues Band.

Maiores detalhes, acesse: https://www.facebook.com/events/292547464179220/

balanço do National H.O.G. Rally Florianópolis

Termino as postagens sobre estes dias fazendo um balanço do evento.

O Wilson Roque já deu um panorama bem fiel do que foi o evento no seu post http://wilsonroque.blogspot.com.br/2012/11/national-hog-rally-2012-o-que-eu-vi-no.html .

Eu participei do evento em dois dias (sexta e sábado) e na sexta tivemos uma falha gritante: as únicas festas que participo com hora para terminar são aniversários de crianças. Divulgar uma festa "anos 60", convocar os participantes para se vestirem à carater e na hora em que muitos estão chegando para a festa serem barrados porque o evento tinha hora para terminar (22h) é minimamente deselegante. Melhor seria ter programado um show com a banda Get Back (muito boa por sinal) e fim de papo.

Outro escorregão da organização foi a foto oficial. Sem nada programado, o momento escolhido (logo após o desfile das bandeiras) foi mau escolhido. Poucos participantes estavam presentes e a foto oficial nem de longe espelha a realidade do que foi o número de presentes ao evento.

As competições dos motor games pouco divulgadas não permitiram que houvesse uma competição entre os Chapters já que muitas das gincanas tinham poucos inscritos e quase sempre do mesmo Chapter, se transformando em uma competição interna premiando não os melhores, mas sim aqueles que souberam das competições.

O próprio Rally não teve a competição esperada porque alguns dos melhores colocados em Rallys anteriores sequer se inscreveram (detalhe triste para o acidente onde uma Electra ficou bastante avariada e felizmente não houve maiores danos pessoais para o piloto e seu filho que servia de navegador no rally).

A competição mais disputada foi o torneio de marcha lenta onde tivemos representantes de vários Chapters e não apenas de um ou dois Chapters como foi no dia anterior.

Fiquei decepcionado com a falta de modelos 2013 e falta de informações sobre a linha 2013. Essa era a hora de mostrar o que teremos no ano que vem: pinturas comemorativas (nem que fosse apenas em fotos), modelos novos (continua a novela da vinda da Sportster 72 e Softail Slim) e a adoção de motorização 103 na família softail são notícias que interessam aos proprietários e que a fábrica não mostra interesse em divulgar ou não, mantendo um mistério que não ajuda a vender o resto da produção 2012 e nem faz decolar a produção 2013.

Da mesma forma, a loja dedicada ao Harley life style não trouxe sequer uma amostra do que se pode encontrar da coleção dedicada aos 110 anos.

Com tudo isso, ainda assim meu balanço do evento é positivo. Tivemos uma festa bem organizada, com serviço impecável. O staff do P12 é muito atencioso. O buffet noturno era fraco em relação ao buffet diurno e isso fez diferença na sexta à noite e foi perfeito no sábado à noite após um dia inteiro de serviço de canapés, pastéis, espetinhos e bebida à vontade (Jack Daniels inclusive).

Os colegas que participaram ficaram satisfeitos e o evento esvaziado pelo protesto de alguns colegas que entenderam por não estar presentes apesar de terem seguido para Florianópolis, deixou o evento muito confortável para os que participaram.

Alguns improvisos, como a mudança de local para o leilão beneficiente, o jantar em pé e a premiação em palco apertado mostram que houve falta de uma melhor avaliação do que poderia acontecer de imprevisto (e aconteceu).

O próximo evento Harley tem local para acontecer: São Paulo para comemorar os 110 anos da HDMC. Ainda não tem data fechada, mas deve acontecer em Junho conforme o calendário de comemorações dos 110 anos da HDMC. Com base na experiência dos últimos eventos (segunda edição do RHD e a primeira edição do HOG Rally) acho que a equipe que irá organizar o evento pode e deve prestar atenção à alguns detalhes: divulgação completa do evento, formato do evento e valor do evento.

A divulgação do RHD foi bem melhor que a divulgação do Rally. Programação completa, com atrações conhecidas (nada contra as bandas do Rally) ajuda a vender o evento. Do mesmo modo, antecedência na divulgação da programação é necessária. Muitos precisam se programar para participar do evento e planejar a viagem.

Outro aspecto é o formato do evento. No RHD e no Rally, o evento com apenas três dias deixa apenas um dia útil para o evento, já que o primeiro é dedicado ao credenciamento e o último à dispersão. Não vale a pena programar um evento e propor um valor elevado para o passaporte se a maioria não vai aproveitar a programação completa do evento. Faz-se necessário retornar ao formato de quatro dias, dando enfase ao segundo e terceiro dia e mostrando que vale a pena participar do evento por completo para que o passaporte para o evento completo seja mais atraente.

Da mesma forma, concentrar o evento em um local, obrigando aos participantes a ficarem confinados sob pena de perder alguma atividade não é o melhor formato. Colegas que estavam conhecendo a cidade, como sempre se fez nos Rallys, acabaram perdendo a oportunidade de participar das atividades dos motor games simplesmente por não estarem no local do day use.

Uma maior liberdade em conjunto com uma divulgação antecipada de atividades (eu não tinha a menor idéia do que seriam os motor games ou as atividades de praia divulgadas na programação) melhora a avaliação do evento. Afinal, quem foi para Floripa com certeza gastou o dinheiro do passaporte na cidade, mas faltou convencer os colegas que valia a pena gastar esse dinheiro exclusivamente com o evento.

Ou se muda o formato ou se começa a vender o evento de forma segmentada como foi feito nos últimos dias de venda do Rally, onde se podia participar de um dia (a escolha e com preços diferenciados), dois dias ou do evento completo. Insistir em vender o evento completo para quem não vai participar do evento completo ou não pretende se confinar a um só local, só afasta os interessados em participar.

E por último, a principal reclamação: o preço do evento. A organização deve se decidir se pretende pagar o evento com a venda de ingressos, com o patrocínio ou se a fábrica vai dar a contra-partida aos proprietários que fazem o grande marketing de vendas dos produtos HD.

Se vai pagar o evento com a venda de ingressos, deve resolver se pretende fazer isso apostando na escala de vendas ou na margem de revenda do ingresso. Começar colocando o preço lá no alto, para vir baixando ou adaptando conforme as vendas não decolam só mostra desrespeito aos colegas que compram com antecedência.

Acredito que esse desrespeito e a indecisão sobre como vender o evento é que provocou a enxurrada de protestos, não participação de muitos que viajaram e as várias cornetadas sem fim sobre queixas de preços altos.

Gostaria de deixar claro que não considerei o preço do passaporte caro pelo evento que participei, mas as promoções para vendas na bilheteria onde se comprava dois passaportes para o sábado e ganhava um terceiro deixaram a impressão que o valor poderia ter sido menor, sem falar que na compra direto na bilheteria sequer se anotava o número HOG para uma verificação se estava ou não em dia com a anuidade ou se era membro do HOG (outro fato que mostra desrespeito aos colegas membros do HOG).

Termino com uma sugestão: estabeleçam uma política transparente para as cortesias a serem distribuídas. Distribuir cortesia para agradar amigos em detrimento de colegas que se dedicam ao HOG não é correto no meu julgamento. Eu mesmo fui surpreendido por estar em uma lista de cortesia concedendo desconto no meu passaporte, o qual agradeço ao Estevão Sanches pela gentileza. Gentileza essa que foi estendida aos Road Captain do Chapter RJ e que não foi aproveitada por todos, já que muitos não puderam estar presentes.

A regra antiga era de cortesia aos diretores e seus acompanhantes. Hoje com um número maior de componentes do staff de estrada dos Chapters, entendo que a cortesia integral deva se limitar aos diretores, o Head Road Captain sem favorecer acompanhantes e conceder cortesia parcial para os Road Captains.

Do mesmo modo, o staff que participa do apoio ao trem (Gerentes, Mecânico e Motorista do carro de apoio) deve ter cortesia integral ou parcial. Imprensa e fornecedores conforme a orientação da fábrica seguem a regra da cortesia, assim como companheiros que tem notória participação na divulgação da fábrica.

Qualquer pessoa fora desse grupo não deve e não pode ser considerada para receber cortesia sob pena de desrespeitar os companheiros que pagam por seu passaporte e não tenham dúvida que aqueles que tiveram esse privilégio sem terem feito por onde, vão comentar e deixar os colegas pagantes ainda mais aborrecidos com os valores pagos.

Valorizar os proprietários de HD e membros do HOG é uma forma de valorizar a marca e é nisso que se apoia um marketing de satisfação onde o cliente satisfeito é veículo de venda dos produtos HD.

Quanto antes isto for entendido, melhores serão os resultados. Já acabou o tempo onde a simples chancela HD vendia qualquer coisa à legião de fãs da marca. Hoje os fãs continuam fiéis à marca, mas não tão fiéis à fábrica.

Vale o bordão: se eu tiver que explicar (mais), você não vai (continuar) entender(ndo).

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

The One - Curitiba

Para fechar os comentários sobre a viagem, não posso deixar de comentar sobre a The One, revenda HD em Curitiba.

Duas quebras na estrada e duas ocasiões onde os serviços de mecânica foram requeridos e coube a The One prestar esses serviços.

Posso dizer que o Celestino ficou muito satisfeito com o tratamento recebido na segunda feira quando levou sua Electra para reparo do braço que aciona a caixa de marcha, elogiando bastante a presteza e a atenção na solução do problema. Tanto foi assim que decidiu deixar a moto para uma revisão e não apenas para o reparo deixando para pegar a moto amanhã, quando voltará a Curitiba para isso. Na terça feira, quando tivemos de recorrer aos serviços da The One por conta do vazamento na moto do Marinho, a moto do Celestino já estava pronta e ele só não pegou por conta de trabalho em São Paulo.

Do mesmo modo, o tratamento recebido para identificar e diagnosticar o vazamento na moto do Marinho foram dignos de nota. Eficientes e rápidos, a moto só seguiu viagem porque o mecânico garantiu que ela chegaria a São Paulo e provavelmente no Rio, coisa que aconteceu. A limpeza e ajuste dos suspiros permitiu que a moto chegasse no Rio sem perder quantidade considerável de óleo como vinha acontecendo.

Fica aqui o reconhecimento e o agradecimento à turma da The One.

pilotagem e equipamento

Ritmo de estrada: coisa que parece não fazer diferença, mas faz. Eu comecei a viagem completamente sem o ritmo da estrada. Qualquer balanço era um susto e o tempo sem rodar na estrada pegando o vento de frente, o vento lateral, a turbulência causada pelos caminhões na estrada e em sentido contrário fazem muita diferença.

Com a passagem dos quilômetros você começa a relaxar e perceber e lembrar que aquilo é normal. Eu só me senti na estrada quando atingi Itatiaia. Até chegar lá foi preciso uma certa dose de paciência do Marinho com o "bração" que ia na frente dele.

De Itatiaia em diante consegui ser menos "bração" e a viagem transcorreu melhor. A posição diferente por conta do banco original/encosto/bolsa no garupa também me levou a encontrar um modo diferente de pilotar a moto, usando mais torque para vencer o vento frontal e anular o vento lateral, assim como acelerar mais forte para fazer as ultrapassagens sobre as carretas. Usando mais torque, a moto acelerava mais rápido e a ultrapassagem era feita com mais segurança. A Fat conseguia sair rapidamente de 110 km/h para 140 km/h em uma ultrapassagem e mantinha a estabilidade muito mais facilmente rodando entre 100 e 120 km/h.

Vale sempre lembrar que na chuva ou com pista úmida/molhada é recomendável mais prudência e manter a velocidade na casa dos 90 km/h economiza muitos sustos.

Eu não consegui fazer, mas fazer alguns passeios curtos de 100/150 km em estradas antes de partir para uma viagem mais longa ajuda bastante a encontrar o ritmo de estrada.

O equipamento de segurança é outro detalhe importante. Ninguém fica rodando normalmente de armadura de estrada. Esses passeios curtos antes de uma viagem longa também ajudam a se ambientar com a roupa de cordura/couro, luvas integrais e capacete fechado.

Lógico que nem todo mundo gosta de andar com tudo isso, fazendo suas viagens com capacete aberto, sem luva e de camiseta ou colete. São escolhas e devem ser respeitadas, assim como deve ser respeitada a escolha em andar equipado.

Eu comecei a usar a calça de cordura Alpinestars P-1. Impermeável e com forro removível, a calça se mostrou confortável e com boa proteção para a chuva e pedras. Em conjunto com o meu casaco de cordura Screaming Eagle (que já merece aposentadoria, tanto que as proteções de ombro e cotovelo se esfarelaram nessa viagem) e botas Caterpillar Steel Toe também impermeáveis, me deixaram seco e confortável fosse na chuva ou no sol. Completei usando um par de luvas Alpinestars SP-X, mas estava levando um par Artic também da Alpinestars.

O capacete é um detalhe que merece comentar: o AGV GP-Tech vale cada centavo investido (no meu caso, dei sorte na alfândega e chegou bem mais em conta do que é comercializado no Brasil). Sucessor do GP-Pro, o GP-Tech é ainda mais leve, mais ventilado e mais silencioso. Com boa área de visão, eu gostei muito de usar esse capacete. Comparando o seu peso, ele consegue ser mais leve que o meu N-43. O problema que pode ser um fator para não escolhê-lo, é para quem usa intercomunicador. Como a queixeira fica muito próxima do rosto, o microfone pode acabar ficando muito encostado na boca, mas nada que uma diminuição da espuma do microfone não resolva. Quando ele tiver de ser substituído, procurarei outro igual ou o seu substituto.

as estradas que a Fat percorreu

A viagem do Rio a Florianópolis tem várias opções. A nossa escolha foi a mais direta.

Eu e o Marinho saímos do Rio na quarta para pernoitar em São Paulo: Dutra até Taubaté e de lá pelo complexo da SP-070 (Carvalho Pinto/Ayrton Senna). Estradas conhecidas, ambas pedagiadas, assim como seus problemas: o grande volume de tráfego até Queimados, os caminhões até Barra Mansa e o vento lateral na passgem por Garulhos na Ayrton Senna. A rigor a melhor parte do percurso é a Dutra entre Resende e Guaratinguetá, Esta etapa foi vencida em seis horas e meia, com paradas em Itatiaia (Graal na Dutra) e em São José dos Campos (Frango Assado na Carvalho Pinto). Nosso pernoite foi no Ibis Morumbi para facilitar a saída no dia seguinte e por conta disso atravessamos toda a extensão das Marginais Tietê e Pinheiros. Uma sugestão para quem entra em São Paulo: evite os horários de rush, entramos em São Paulo às 15h15 e em apenas 30 minutos atravessamos as duas marginais.

Na quinta nos agrupamos com o Celestino e Marcela em uma Electra Glide 2002 (centenária e com mais de 150.000 kms rodados) e partimos para o encontro com Chacon e Solange em uma Electra Glide 2004, Willy com uma Electra Glide 2009 e Rafael com sua Vulcan. Formamos um grupo onde a Fat era a HD menor. O trajeto escolhido foi via Rastro da Serpente: Rodovia Castelo Branco, uma passagem rápida pela Rodovia Raposo Tavares e Rodovias José Ermírio de Moraes/Rodovia Sebastião Camargo Penteado a fim de acessar a BR-476 (Sorocaba/Itapeva/Capão Bonito/Apiaí/Adrianópolis/Tunas/Colombo/Curitiba). Um trajeto com cerca de 500 kms que levou quase doze horas para ser percorrido, parte pelo mau estado da estrada a partir de Capão Bonito até Adrianópolis e parte por conta de um problema ocorrido com a Electra centenária: a haste que transmite os movimentos do pedal/contrapedal de câmbio desgastou as estrias impossibilitando a troca de marchas. Com paciência, arame e Superbonder a Electra conseguiu chegar em Curitiba, onde pernoitou até segunda feira quando foi levada para a oficina da The One.

O Rastro da Serpente é uma bela estrada, mas o lado paulista não vai resistir a mais um período de chuvas. Muito esburacado, com várias curvas sem asfalto e algumas curvas em meia pista de barro, a condição piora a cada ano (fiz essa mesma estrada em junho de 2011) e não vi grande esforço em reparar os problemas existentes e muito menos terminar as obras que foram começadas. Além do mau estado da estrada, as condições climáticas também ajudaram a baixar a velocidade: pegamos chuva/neblina/chuva entre Capão e Apiaí: uma hora para percorrer trinta quilometros. Vai ficar muito arriscado tentar passar de moto se a conservação seguir o modelo atual.

Nosso grupo ficou desfeito em Curitiba: Celestino e Marcela alugaram um carro para seguir até Floripa, Chacon e Solange pretendiam fazer a Serra do Rio do Rastro (e fizeram com direito a pneu furado e tombo quase parados), Willy e Rafael seguiram acompanhando um amigo que viajava de carro e a viagem seguiu em dupla até a volta ao Rio.

Sexta pela manhã seguimos para Florianópolis: BR-376 até Joinville e BR-101 até Florianópolis. O menor trecho da viagem com cerca de 400 kms, saímos tarde (9h00) e pegamos muita chuva na descida da BR-376 no trecho da Serra do Mar, pouco antes de Joinville e um pouco depois antes de acessar a BR-101. 13h15 estávamos em Canasvieiras fazendo o check in e aguardando nossas esposas que vinham de avião. A BR-101 no litoral catarinense é pouco protegida e o vento lateral é uma constante, assim como o excesso de velocidade. Mais de uma vez fomos obrigados a forçar o ritmo para evitar ser empurrados por carros e caminhões em velocidade bem acima do permitido. Santa Catarina padece de fiscalização, tanto de excesso de velocidade quanto de embriaguez. Apesar do trecho ser bem fácil, é bastante tenso ter de ficar vigiando os kamikazes do volante.

A volta foi na segunda pela manhã e seguimos por boa parte do caminho de ida. A subida para Curitiba foi o caminho inverso, dessa vez com muita chuva na BR-101 e sol na BR-376 fazendo com a que subida da Serra do Mar fosse um prazer ao contrário da descida tensa da sexta feira, feita com chuva e com muitos caminhões em volta. Trecho feito em tempo ligeiramente menor, permitindo almoço e check in bem cedo.

Na terça a idéia inicial era pegar a Régis, Rodoanel, Marginais SP-070 para pernoite em Taubaté. Abastecendo as motos em Curitiba, o frentista alertou o Marinho sobre um vazamento forte de óleo em cima da primária. Uma inspeção visual mostrou que o óleo pingava do filtro de ar e com a pressão do óleo caindo, decidimos ir até a The One para verificar o problema, afinal a moto está em garantia.

Bem recebidos na The One e com atendimento muito atencioso por parte do Índio e dos mecânicos, foi identificado a perda de um litro de óleo e o vazamento provavelmente pelas válvulas que estão no suspiro do   coletor do filtro de ar. Fica, não fica para serviço em garantia, a falta de todas as peças e uma garantia que a moto chegaria até São Paulo da parte do mecânico que fez a limpeza e completou o óleo nos fizeram tomar o caminho de São Paulo. A Régis Bittencourt (BR-116) é uma estrada bonita e que ainda não tinha feito. A realidade é que a fama que a precede é um pouco exagerada, ou demos muita sorte.

Com um piso regular para bom, a Serra do Azeite completamente duplicada e a Serra do Cafezal com a subida praticamente toda duplicada (a descida é feita em apenas uma pista), a estrada permite um bom ritmo e chegamos no Rodoanel em cerca de seis horas.

O Rodoanel Mario Covas merece uma consideração: quatro faixas, com duas dedicadas preferencialmente aos caminhões (as duas mais a direita) e duas dedicadas exclusivamente a carros e motos (as duas mais a esquerda). Tudo ótimo, sem pedágio ao contrário das BRs, mas a realidade contraria a teoria: em vários momentos estava entre dois caminhões. Era muito recorrente a presença de caminhões na faixa mais a esquerda que tem tráfego de caminhões proibido. Foram alguns sustos até começar a vigiar quando ia aparecer mais um caminhão onde era proibido. A fiscalização, dever da PM paulista, é fraca e o Rodoanel merece cuidado para trafegar durante a semana.

Do mesmo modo, a proibição de tráfego de motos na pista expressa da Marginal Tietê merece pois as placas indicam seguidamente o caminho pela via expressa e as motos não podem seguir por lá, obrigando a manter atenção redobrada para não errar o caminho (eu errei em uma das pontes e fui obrigado a fazer o retorno na Rodovia dos Bandeirantes, que parece ser normal já que o retorno é logo no ínicio da Rodovia).

Com os atrasos por conta da "visita" a The One, evitamos a SP-070 e seguimos pela Dutra chegando em Taubaté em duas horas para pernoite.

Na quarta, trecho pequeno novamente (cerca de 350 kms) feitos em quatro horas e meia pela Dutra, sem novidades.

No geral, as rodovias pedagiadas estão em boas condições de uso, com fiscalização fraca (quase inexistente) enquanto as rodovias sob a tutela federal ou estadual encontram-se em franca decadência. Considero que São Paulo, nas suas rodovias sob concessão, tem a melhor malha viária do país.

Fat na estrada

Vou começar falando sobre a minha Fat: completou 60000 kms na chegada em São Paulo e 62000 kms no retorno ao Rio. Total de 2560 kms sem problemas.

Trafegando nas velocidades limites para as rodovias que rodei (80, 110 e 120 km/h), com consumo oscilando entre os 19 e 21 km/l (média de 20 km/l), a moto se comportou muito bem.

Refez o Rastro da Serpente em condições de neblina, chuva e não chuva. Encarou os diversos buracos e "não estrada" no trecho entre Apiaí e Adrianópolis do mesmo modo que encarou a Dutra sem chuva e com forte vento lateral, do mesmo modo que encarou o complexo SP-070 (Carvalho Pinto/Ayrton Senna) com bastante vento lateral.

Voltou a encarar chuva e piso muito molhado na descida da Serra do Mar em direção à Joinville (BR-376) e na litorânea até Florianópolis (BR-101), voltando a encarar a mesma chuva na volta e subindo no seco até o Rio de Janeiro enfrentando caminhões, motoristas imprudentes e trechos de asfalto chokito (como na Serra do Cafezal - Régis Bittencourt).

Senti menos os efeitos do vento lateral dessa vez e dou crédito aos Michelin Commander II que substituíram os Metzeler Marathon. Esses novos pneus se adaptaram muito bem à moto e ao meu estilo de pilotagem, bem menos esportivo que o de muitos colegas.

Dessa vez fui com o banco original e um encosto lombar feito pelo Erê para que a Silvana pudesse aproveitar uma eventual garupa em Florianópolis. O encosto lombar me leva mais a frente, mas o banco original me deixa em uma posição mais alta em relação ao solo. No geral, essa combinação de banco original e encosto lombar foi mais confortável para a estrada que o Badlander. Embora force uma posição mais ereta na moto, a bolsa de viagem sentada no banco do garupa e presa no sissy bar ajuda a dar um descanso com a coluna mais reta. O único problema que senti com essa configuração foi encontrar uma posição correta para a bolsa/encosto que não pressionasse as costas logo acima da lombar pois a parte de cima do encosto era empurrada para frente pressionando as costas.

Posição mais elevada e coluna mais reta permitem uma pilotagem mais "ride like a pro" usando as técnicas de controle da moto nas curvas de baixa, mas o piloto apanha um pouco mais na pilotagem em velocidade de cruzeiro mais elevada, para isso serve a bolsa no lugar do garupa ou o windshield. Nas viagens usando o Badlander a resistência do vento incomoda menos porque o banco propicia uma posição que oferece menos o peito para enfrentar o vento.

Agora a Fat ganhou uma variedade de configurações que considero bastante interessantes: a configuração com o Badlander é muito interessante para um uso sem garupa e sem carga, tanto na cidade quanto na estrada. Na cidade a menor altura do banco deixa o calor do cilindro traseiro e do tanque do óleo incomodar mais o piloto.

Já a configuração de banco original com encosto se mostra muito eficiente para uso com garupa e/ou carga. Modifica sensivelmente o modo de pilotar, deixando a moto bem mais interessante de usar tanto na estrada quanto na cidade, principalmente se o piloto tiver uma boa prática no controle da moto em baixas velocidades. Em velocidades mais altas, a resistência do vento vai ser vencida com mais facilidade se o piloto mantiver o motor girando perto da faixa de torque máximo, ou como dizem os mais antigos: HD não pode andar com motor solto, sempre tracionando e sempre usando a marcha reduzida para aproveitar o freio motor.

Viajando em grupo, a moto acompanhou bem as outras Electras (eram quatro Electras, a minha Fat e uma Vulcan) e fez toda a viagem sem problemas ao contrário de duas das quatro Electras que apresentaram defeitos que foram corrigidos na oficina da The One.

A Fat segue em boa forma.

Estrada e H.O.G National Rally Florianopólis

Dei uma passeada (2564 kms) até Florianopólis para o H.O.G. Rally e levei apenas o telefone. Dessa forma algumas das notícias e comentários passaram em branco nesses dez dias.

Já postei sobre o que encontrei de interessante nos blogs que acompanho e vou tentar postar sobre esses dez dias ausente ao longo das próximas postagens.

O resumo dos dez dias: a viagem foi muito boa, o evento nem tanto e a companhia na viagem foi excelente.

Fui e voltei com a Fat enfrentando períodos de chuva, neblina e sol. A viagem, a maior parte em dupla com o Alexandre Marinho e sua Ultra (fomos e voltamos juntos) e uma parte na companhia dos amigos Celestino, Marcelo, Chacon, Solange, Willy e Rafael (fazendo o Rastro da Serpente), foi um belo laboratório para os novos Commander II que coloquei na Fat, para o equipamento de viagem e para colocar à prova o atendimento da The One, dealer em Curitiba.

Retrospectiva a partir do próximo post.

Nova edição do Garage Sale

O Lord of Motors iniciou a divulgação da próxima edição do Garage Sale: 8 de dezembro na Rua Ceará.

Junte as tralhas sem uso que estão em casa e monte sua barraquinha. Com certeza tem alguém precisando.

Evento segue a tradicional animação dos eventos do LOM. Vale a pena dar uma passada, nem que seja para cumprimentar os amigos.

HD também cai

Copiei este link do Old Dog Cycles (www.olddogcycles.com) que o Bayer mantém.

Dá para ver que as HDs caem, principalmente quando são pilotadas com excesso de confiança.

O local (Mulholland Drive em Los Angeles) é tradicional ponto de filmagem por ser um local onde muitos vão para testar suas habilidades. A curva é bastante fechada e os tombos são tradicionais.

Quem tiver interesse, procure no You Tube pelos videos postados por R Nickeymouse. Ele tem vários e posta sempre algum vídeo com acidente nessa curva.