domingo, 26 de setembro de 2010

FTD: o tal acordo aconteceu?

Fim de semana chuvoso, mas com muita gente na loja HD RJ.

Clima de normalidade, passeio convocado e cancelado em virtude do mau tempo e quem estava de moto acabou seguindo para outras alternativas.

Sobre o famoso acordo que aconteceria na última sexta feira, nenhum comentário.

Sobre as atividades do dealer, tudo segue como antes: oficina cheia, promoção em curso (agora também para o vestuário que conta com 30% de desconto para pagamento a vista), poucas motos em exposição e muitas vendas em virtude dos baixos preços (eu vi uma Sportster 883R sendo vendida por R$ 23.000,00 com entrada de 50% + saldo em 12 x no AMEX... preço final!).

Os colegas de fórum e os amigos que mantém seus blogs também nada noticiaram no fim de semana.

Portanto se o acordo foi concretizado segue com status de "segredo de estado". Para não dizer que nada se falou, foi veiculado um rumor de que o acordo negociado envolveria uma diminuição no contrato de apenas 1 ano, terminando em 2014 ao invés de 2015.

Como já estamos praticamente iniciando outubro e o encalhe de produção é bem pequeno por conta das seguidas promoções, meu palpite é que a produção de 2010 vai ser toda vendida através do Grupo Izzo e o acordo para terminar o contrato só terá efeito para a linha 2011.

Desse modo, apesar da ansiedade pela concretização da compra, acho que a compra de uma HD 2010 continuará sendo através do Grupo Izzo.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

FTD: HD e Izzo rumo ao acordo?

Dois amigos que mantem blogs, o Wilson Roque e o Reinaldo do Harlystas RS, divulgaram a nota publicada no IG onde a possibilidade da novela HDxIzzo acabar no fim de semana é grande.


Tanto o Roque em http://wilsonroque.blogspot.com/2010/09/final-da-novela-pode-ser.html quanto o Reinaldo, que cita o Roque e publica a íntegra da nota em http://hogpoa.blogspot.com/2010/09/ftd-final-da-novela-pode-ser.html , comentam a notícia e esperam que isso venha realmente a acontecer.

Eu continuo cético em relação a isso.

A HD vem executando uma política de asfixia com uma produção pequena e de modelos com pouca atração para os potenciais clientes forçando o dealer a uma política de preços bastante perigosa. Sem falar na falta crônica de peças e o vestuário que foi liquidado e não reposto até o momento.

Não acredito que os preços promocionais praticados seja uma política desenvolvida pela fábrica, mas sim uma tentativa do dealer, cortando na margem de revenda, de se manter vivo no mercado e evitar mais faltas contratuais não cumprindo as metas previstas em contrato que possam complicar ainda mais a situação.

Por outro lado, a fábrica deve ter uma promessa de parceria que deve estar chegando perto de um prazo fatal para ser implementada e tem pressa na solução do problema da exclusividade.

Analisando a situação dessa forma, onde se correr o bicho pega e se ficar o bicho come, aliado à informação plantada na imprensa pelos advogados da fábrica e a teimosia que o dealer vem mostrando até o momento fica uma dúvida bem forte se isso irá mesmo acontecer.

De toda a forma, o prazo indicado é a próxima sexta e só nos resta esperar para ver o que acontece e as consequencias desse acordo junto aos consumidores que compraram ou deram sinal e estão à espera da entrega das motos ou licenciamento das mesmas, assim como aquelas que deram entrada de pedidos de reposição de peças em garantia.

HD Point firma parceiria com a MB Pimenta

HD Point é um nome que criou tradição em Santa Catarina suprindo as carências dos proprietários de HDs esquecidos pelo dealer nacional que nunca se dispôs a abrir uma loja no Estado forçando os colegas catarinenses a seguir mais para o sul até Porto Alegre ou subir a norte para Curitiba.

Não é por acaso que o PHD também nasceu em Santa Catarina....

Já o Pimenta é um nome que traz uma associação de longa data com a HD. Com uma oficina especializada em HDs, revenda de motos usadas e boutique de acessórios, é referência para muitos harleyros no Brasil.

Pois bem: esses dois nomes juntam forças procurando fazer ainda melhor o que já fazem.

A HD Point agora parceira da MB Pimenta, espera melhorar ainda mais o atendimento aos catarinenses.

O amigo Wilson Roque divulga mais detalhes em http://wilsonroque.blogspot.com/2010/09/hdpoint-e-mb-pimenta-unem-forcas.html .

Agora é esperar que isso aconteça aqui no Rio também porque as opções continuam sendo poucas e concorrência nunca é demais.

Sorte aos novos parceiros.

domingo, 19 de setembro de 2010

Punta del Este em Dezembro

Os organizadores do tradicional evento uruguaio de fim de ano já começam a fazer a divulgação mais efetiva do evento.

A ser realizado entre 2 e 4 de dezembro em Punta del Este, já tem programa definido sem grandes alterações em relação aos encontros passados.

Quem tiver interesse, acesse www.harley-uruguay.com .

sábado, 18 de setembro de 2010

HD: um projeto atemporal

Atemporal? O que é atemporal?

A primeira vez que li isso foi em uma definição criada pelo JF do Dark Side Riders, onde o projeto da HD teria uma constância ao longo dos tempos, nunca envelhecendo e sempre se mantendo atual, e o mais importante servindo de modelo para os demais fabricantes.

Muitos não concordam e criticam com base exatamente no projeto ultrapassado, defasado tecnologicamente em relação aos modelos de ponta produzidos pela indústria motociclistica.

O projeto de uma cruiser-custon-touring ou sei lá que outra definição queiram inventar deveria incorporar o que mais além de confiabilidade e facilidade de manutenção... afinal você quer ficar parado na estrada porque o rádio deixou de tocar e os circuitos são todos integrados e fizeram a injeção parar de funcionar ou prefere procurar um fusível queimado e trocá-lo para seguir viagem?

No fórum do Motonline (http://www.motonline.com.br/) houve duas intervenções bastante interessantes sobre essa definição de projeto atemporal da HD que vale a pena transcrever. Uma das intervenções foi feita pelo Wbugno, amigo e companheiro no Biduzidos e a outra foi feita pelo Leoclima, que acompanha o blog e tem colaborado com vários comentários:

wbugno - Quase sócio - Registrado: 08 Nov 07 - Status: Offline -Mensagens: 2048
Enviado: 17 Set 10 em 08:44 IP gravado

rsrsrs...
Já houve tantas derrapadas aqui ou no biduzidos que me dá para levar muito em consideração... Como o pessoal comentou o Leo é gente boa, desbocado, mas é como a HD faz parte do estilo... rsrsrs

Inclusive como complemento às suas observações, o "excesso de lata" e etc, faz parte do charme da HD, são CLÁSSICAS, este fator que além de tudo é o que faz que as usadas se desvalorizem menos, lembre que muitos compram pelo status da HD e vão para usadas por que não aparentam idade... É o lance das montadoras de carros estão explorando, que lançam modelos novos o tempo todo para atrair os fãs das novidades que querem ser admirados por ter o ultimo modelo e etc, por sua vez sempre que sai um modelo novo derruba o preço da versão anterior e isto não ocorre com as HDs, se você pesquisar por ai vai achar usadas com preço mais alto que a 0km por conta do samba de criolo doido da Izzo que baixa o preço em promoção...

Além disto a HD é mais que uma moto, é um estilo de vida, você compra a moto e ganha de brinde um monte de gente para bater papo, trocar idéias seja lá onde for que você parar, isto só acontece com poucas tribos de motociclistas como os speedeiros, por exemplo... Também tenho BMW e posso te garantir que esta "elite" dos beemers tem hora que dá nojo... Para exemplificar melhor, eu levo a RT para lavar na Officer Bandeirantes, deixo a moto lá e atravesso a rua e vou trocar idéia e tomar café na HD que fica em frente... Abrx...

Motociclistas de bem com a vida
http:\\www.biduzidos.com.br -visite nosso forum São Paulo - SP HD EG 2008 / BMW RT 2010


Leoclima - Quase sócio -Registrado: 21 Jan 10 - Status: Online -Mensagens: 1434
Enviado: 17 Set 10 em 09:09 IP gravado

Concordo com o relator.
Eu mesmo quando comprei a minha HD não havia me dado conta do
que é uma HD. É uma clássica, uma referência, um ícone das motocicletas. É como se fosse o gabarito das motos. Olhando-se as "outras" (Midnight, Boulevard, etc) é que se vê como as HDs são muito melhores.A Boulevard foi recentemente "modernizada" pela Suzuki e veja o mostrengo que ficou .
Outro exemplo : A Honda Hornet: Qum comprou uma Hornet em 2007 ficou com uma velharia ruim de tudo na mão : Ruim de freio, de quadro e de motor. Quem comprou uma HD em 95 ou antes continua com uma HD, tão valorizada e boa quanto uma 2010.
E vai aumentar de preço. Se eu tivesse grana, compraria uma Fat Boy e deixaria valorizar.
Outra diferença que eu vejo : Nos jaspions (frequento muito Itaipava) , só
faz sucesso quem chega com novidade. Quem tem CBR 1000 RR não manda nada . Só de BMW 1000 RR e MV Agusta ou Suzuki 1000 modelo 2011.
Já quem chega com uma Harley modelo 1977 inteira num meio de HDs, faz muito sucesso.
E o preço do seguro ? As HDs são as beeeem mais baratas. Sem falar do pior caso : O cara dá quase 50 mil numa Boulevard 1500 e alguém chega e pergunta : É uma Harley????
Harley-Davidson Dyna Custom 09/09 Red Hot Sunglo
Teresópolis - RJ


Isso é HD: se precisar explicar algo mais, com certeza vocês não vão entender.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

efeitos da troca de pneus

Eu já troquei duas vezes o pneu traseiro, a primeira por desgaste aos 20000 kms e a segunda para aproveitar o pneu da FX que estava com menos desgaste e já me proporcionou rodar mais 3000 kms que faria com o pneu anterior e continuará rodando por outros 2000 kms ou mais.

O pneu dianteiro foi a primeira vez. Levado até o desgaste da marca TWI no lado esquerdo demonstrando um desgaste irregular do pneu, talvez pelo fato do freio ser daquele lado, talvez por mau projeto do pneu, esse pneu foi trocado aos 43000 kms (cerca de 7% a mais do que o esperado) tentando esticar a vida útil ao máximo para acompanhar o desgaste do pneu traseiro. Não deu.

A troca do pneu traseiro foi notável na tração e na dirigibilidade deixando a moto mais estável em linha reta, mas pouco notado nas curvas.

Já a troca do pneu dianteiro transforma bastante a moto: ela voltou a me impressionar como quando comprei a minha Fat em 2006. A dirigibilidade melhora bastante, diminuindo esforço na entrada na curva e aumentando bastante o limite de inclinação da moto. A necessidade do contra-esterço para a entrada da curva é mais suave e a frente dá a nítida impressão de ter ficado mais leve.

Ainda não dá para afirmar que isso tudo se deve a mudança de fabricante, pois o Marcelo trocou o pneu dianteiro da Electra Glide dele nestes dias, mantendo o fabricante original, e relata a mesma impressão.

Para a pilotagem o pneu novo na dianteira representou para mim ter de volta a minha Fat zero km e é muito bom ter uma moto zero por menos de R$ 500,00.

Não esquecendo dos cuidados necessários para a entrada em uso normal do pneu dianteiro, ainda assim ficou bem melhor pilotar a Fat.

Não fosse o custo da brincadeira, eu recomendaria a troca dos pneus dianteiros junto com os traseiros.

Atualizando os custos para manter a Fat rodando

Depois de tudo inspecionado e corrigido algums problemas (excesso de carbonização e aperto do parafuso de fixação da mesa), só restou trocar os pneus.

Decidi manter o pneu traseiro rodando por mais tempo pois a troca nesse momento não é necessária (deve rodar mais de 2000 kms antes de antigir o TWI).

Como já havia me programado para trocar a marca dos pneus para a Metzeler, procurei o representante (único no Rio de Janeiro) e comprei o pneu lá. Com custo de R$ 445,00, comprei um Metzeler Marathon ME880 130/90R16. O indíce de carga é um pouco mais baixo (67 contra 71 do pneu original), mas nada que possa comprometer.

A Homa Motos (www.homamotos.com.br) troca o pneu velho pelo novo, mas não balanceia e sou da opinião que a roda deve ser balanceada para a certeza de evitar vibrações, ainda mais na roda dianteira.

Por conta disso, peguei o pneu e saí de lá no melhor estilo mad dog, com o pneu atravessado no peito e fui trocar a roda.

Retirada a fixação da pinça do freio dianteiro, o resto é fácil. Solta o eixo e retira o aro. O pneu foi desmontado e montado no meu trabalho e levei a roda para balancear no Magoo (www.magoomotos.com.br).

Em tempo, as rodas não saem balanceadas da HD. Isso é fato comprovado na primeira troca de pneu traseiro e agora na troca do pneu dianteiro.

Se você tem uma moto nova e sente alguma vibração na dianteira acima dos 80 km/h, verifique a roda e verá que não existe chumbo de balanceamento preso na roda. Se tiver alguma marca recente, pode ser que tenha perdido o chumbo. De toda a forma reclame na autorizada porque isso deve ser resolvido na revisão de entrega e provavelmente não foi.

Voltando ao pneu dianteiro, com a roda balanceada é só recolocar a roda no lugar, ter cuidado em bombar o freio após a recolocação da pinça e lembrar que os pneus novos vem com uma cera de fábrica. Mantenha distâncias seguras até que essa cera esteja raspada (de 100 a 200 kms), principalmente saindo pela primeira vez quando o freio também vai estar se ajustando.

O custo do balanceamento foi R$ 50,00 totalizando R$ 495,00 para a troca do pneu. Com isso o custo do km rodado, aos 43000 kms, passou de R$ 0,46 para R$ 0,44.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

algo para os politicamente corretos pensarem

Minha HD, assim como todas as que conheço, tem projeto atemporal.

Esse projeto vem sendo demolido através dos anos pelas necessidades de se cumprirem metas impostas por programas politicamente corretos visando impor controles e mais controles da liberdade de escolha.

Mas me respondam uma coisa: se o governo não tem capacidade de garantir o produto que é vendido para colocar no tanque da minha moto, como pode o governo exigir que se controle aquilo que sai pelo escapamento? by Artur Porcão, fundador do fórum HD - www.forumhd.com.br

domingo, 12 de setembro de 2010

rendimento do motor com mistura muito rica

Há poucos dias relatei um problema de engasgos que foi resolvido provisoriamente com a abertura da tampa de combustível e consequente quebra do vácuo formado dentro do tanque.

Após a inspeção da suspensão e pneus, foi limpo o suspiro e verificado o pescador já que o tanque se aproximava do fim.

O suspiro apresentou ligeiro entupimento, resolvido com um jato de ar comprimido e o pescador funcionava dentro da normalidade.

Abri o coletor de admissão, já que tinha tido algumas ocorrências de combustão excessiva com liberação de fumaça quando ligava a moto.

O sensor MAP estava normal, a tampa do filtro apresentava fuligem excessiva e a entrada de ar estava extremamente suja mostrando que estava carbonizando em excesso.

A causa da carbonização é a mistura rica em excesso. Eu havia remapeado a injeção aumentando a mistura e a moto se mostrou mais fria, mas parece que isso foi em excesso.

A refrigeração se dava pela "lavagem" dos pistões com gasolina, apesar de não ter um consumo excessivo.

Além da carbonização excessiva, a moto apresenta mais dificuldade para dar partida com o motor quente e pode ser causa também de prédetonação ainda no coletor de admissão causando os backfires quando você solta o acelerador e o freio motor entra em ação.

Para solucionar o problema estou retornando a uma regulagem antiga, com algumas alterações bem sucedidas que implementei nos últimos mapas.

Como feed back para os colegas que fazem uso do SERT, mas que serve para qualquer outro equipamento incluindo os enriquecedores de mistura, vou deixar algumas observações:
- a melhor regulagem para tropicalizar a injeção é aumentar as tabelas VEs em 8%. Tentei 10% e foi excessivo;
- a tabela AFR original mostra uma relação estaquiométrica de 14,4:1 (14,4 partes de ar para cada parte de gasolina) preparada para atuar com 10% de etanol. Vale regular com valores abaixo de 13,8:1 (12,0:1 é a relação esperada para uma gasolina pura) para diminuir os backfires causados pela mistura pobre;
- a marcha lenta das injetadas tem valor mínimo permitido pelo SERT de 800 rpms. Recomendo baixar 50 rpms nas faixas acima de 1000 rpms até o valor default de 1000 rpms (faixa de 16 a 32º de temperatura do motor) e voltar a baixar 50 rpms nas faixas superiores a 32º até chegar a 800 rpms (96º em diante);
- pequenos engasgos na aceleração podem ser resolvidos aumentando em três pontos na tabela accel enrichment a partir de 16º;
- o mesmo acontece com as falhas na desaceleração e backfires diminuindo em 4 pontos na tabela decel enleament a partir de 16º;
- a tabela cranking fuel (controla o fluxo de combustível de acordo com o sensor CKP) deve ser alterada em 3 pontos a partir de 16º.

Esses valores decorrem das experiências que fiz nas regulagens na minha injeção e podem variar para cada uso e motor, mas vale a pena testar essas mudanças para tropicalizar o combustível (tabela VEs), melhorar a mistura (tabela AFR), regulara a marcha lenta (tabela idle control) e deixar a aceleração mais uniforme (tabelas accel enrichment, decel enleament e cranking fuel).

Não cheguei a implementar outras sugestões como atrasar o ponto da vela na faixa de baixa rotação para evitar que a marcha lenta muito baixa venha a apagar o motor ou a diminuição da constante do bico injetor para enriquecer a mistura usando a tabela original. Fica o registro das sugestões.

efeitos do tombo

Somente ontem pude fazer uma revisão mais minuciosa dos pneus e suspensões a fim de verificar possíveis causas e estragos com o tombo de domingo passado.

O vazamento na primária cessou na segunda feira demonstrando que foi mero encharcamento da junta.

Verifiquei com mais tranquilidade os pneus e o pneu dianteiro chegou ao final com um desgaste irregular do lado esquerdo (o lado do disco de freio): será trocado essa semana.

Já o pneu traseiro ainda se apresenta com 3 mm (cerca de 1,5 mm antes de chegar ao TWI) e ainda deve rodar cerca de 2000 a 3000 kms: vou mantê-lo rodando mesmo fazendo a opção pelo Metzeler na dianteira.

Como pneu dianteiro apresentou uma longevidade um pouco maior que esperado (quase 10% a mais), vou rodar com marcas diferentes até o final do pneu traseiro.

Inspecionando a suspensão dianteira encontrei o parafuso de fixação da mesa com folga (cerca de uma volta) e mais nenhum problema. O parafuso foi apertado e a direção se mostrou mais precisa.

Da inspeção acredito que o vilão foi mesmo o pneu dianteiro, com desgaste excessivo (começa a esfarelar na faixa mais gasta) não conseguiu aderência mínima necessária para manter o equilíbrio. A folga na fixação da mesa pode ter contribuído minimamente, mas não seria causa para o tombo já que a influência dessa folga pode ser sentida mais fortemente nas imperfeições do piso.

Vale a recomendação de troca ao atingir a marca TWI, mesmo que seja com desgaste irregular.

A folga na mesa não chegou a ser verificada na revisão de 40000 kms porque havia tido um problema de vazamento de óleo da suspensão antes da revisão e optei por não trocar o óleo: erro meu em não recomendar que fosse inspecionada a fixação da mesa e folga na caixa de direção (que foi devidamente lubrificada, mas não inspecionada).

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Pneus II

Vou trocar os pneus da Fat. Chegaram ao limite da segurança, pelo menos para minha pilotagem. O pneu traseiro ainda não alcançou o TWI (marca que indica o desgaste do pneu), mas o dianteiro já ultrapassou essa marca.

Porque um post para isso? Porque a moto já vinha balançando ligeiramente e eu teimosamente desejava levar os pneus até determinada data antes de trocar.

Nisso, saindo da garagem ontem a noite, com piso levemente úmido por conta de uma garoa que se iniciava, a moto escorregou e caiu. Não teve dano, exceção a marca no fundo da tampa da primária e provável junta dessa tampa estourada (mostra leve vazamento).

A moto deitou completamente no chão (as plataformas e os Highway Pegs seguraram a moto até que ela se deitasse completamente demonstrando que o engine guard é placebo) e eu fiz o rolamento para evitar maiores problemas (esfolei o joelho).

O detalhe principal dessa queda (não dá para chamar de tombo porque foi realmente muito lento, quase parado) foi a deslizada da moto em cima do piso de pedra portuguesa.

A moto escorregou de frente e de traseira (primeiro com a frente e a traseira acompanhou) sem que houvesse óleo ou água... apenas uma leve umidade por conta do sereno e início de orvalho que diminuiu bastante o atrito da calçada.

Pneus gastos foram, no meu entender, a principal causa da queda. O dianteiro vai completar 43000 kms e o traseiro está com mais ou menos 20000 kms.

Fica a lição aprendida: começou a balançar, mesmo que ainda não tenha chegado ao TWI é hora de trocar os pneus.

Muitos já comentaram sobre a "frisagem" do pneu para levar o pneu a rodar mais kms. Não recomendo e agora com base na experiência. Essa "frisagem" afunda os sulcos em borracha de menor aderência e o pneu, mesmo mantendo o desenho original, tem esses sulcos feitos abaixo da TWI indicando que a borracha já não tem condição de uso.

Providenciarei a troca e vou verificar a primária. Vou experimentar os recomendadíssimos Metzeler.

Viajar em grupo: ainda vale a pena?

A Dutra foi palco para a a viagem de diversos grupos em direção ao evento de Penedo. Eu fui, de carro, acompanhando o trem do HOG RJ.

Durante o percurso segui atrás do cerra-fila e vi o trem do HOG praticamente durante todo o caminho desde o posto do Belvedere, logo após o primeiro pedágio.

O Trem do HOG fez diversas ultrapassagens e foi pouco ultrapassado. Em diversos momentos teve motocicletas fora do HOG entrando e saindo do trem, assim como carros, que aproveitavam os espaços maiores que o recomendado pela técnica do riding group.

Também vi diversos grupos menores, alguns de amigos com quem já fiz diversas viagens de moto, seguindo de forma compacta e ordenada.

Vi outros grupos menores, de motoclubes diversos, que se podia dizer que andavam juntos porque estavam juntos pois seguiam de forma individual.

Ou seja, a Dutra era um cenário, na maior parte do tempo, com cenas muito perturbadoras.

Viajar em grupo não significa viajar em segurança se as regras mínimas não forem seguidas e não houver coesão no grupo.

Um grupo muito heterogêneo deve se ater às regras do group riding se deseja seguir em segurança. Um grupo homogêneo supera qualquer problema com base no conhecimento que cada integrante tem dos seus colegas.

Vou citar dois momentos: observando o trem do HOG, em determinado momento, o Capitão de Estrada iniciou uma ultrapassagem sem que o cerra-fila tivesse espaço para sair da formação e cobrir a mudança de faixa dentro da pista. A parte dianteira do trem ultrapassou de forma segura, mas a parte traseira (pelo menos dez motos que estavam mais atrás) acabou ultrapassando o obstáculo parte no corredor e parte no acostamento da faixa da direita... tudo isso para não perder o trem que seguia em maior velocidade. A visão disso assusta.

Outro momento é cópia do relato feito pelo Valladares no tópico criado no Fórum HD destinado a convocar interessados em viajar até Penedo:
Faaaaaaaaaaalaí galera,
Cheguei em casa agora, são 20:10h, depois de um rolézinho showzaço até Penedo pro encontro internacional de motociclistas, que por sinal foi uma mmmmmmerda, muito fraco. Em Terê, com um frio da porra (10°) e chuvisco estava melhor em qualidade de tendas com produtos a venda. Mas, como sempre tem um mas, o rolé valeu pracaráleo... na ida éramos eu, Pedrão, Guima, Jeff (diga não cachorro louco), Garuda, AlexHRT e o Albatroz-Seize (que infelizmente voltou pro Rio no pedágio da Dutra). Fomos num trem bom com uma velô de cruzeiro de 140~150km/h com umas muito boas esticadas, por um bom tempo, de até 185Km/h (o trem todo.. ). Chegamos em Penedo e fomos direto pro evento (fraquiiiiinho, mas ficamos por lá tomando umas cervas e comendo um churrasco de gato). Voltamos na mesma tocada e fomos direto pra dispersão no quiosque do Parque dos Patins, na Lagoa. Lá apareceu de novo o Seize, chegou o Eduharley e o foragido Filipe.
Caras, foi muito divertido jogar tanta conversa fora, e falar tanta merda como se falou...Hoje o dia valeu por muitas, mas muitas, terapias...
Ah, já ia esquecendo, encontramos os nossos amigos Wolfmann e o Oliver na cidade; e já na saída, no posto de gasolina o figuraço Héliojr, que estava estreiando o Power commander, depois de passar pelo Dinamômetro...tava babando feito criança com brinquedo novo... ...
Valeu galera.
Sds,


O grupo do FHD já se conhece de outros passeios e conseguiu uma viagem tranquila, chegando mesmo a imprimir velocidades bem acima do permitido. O grupo do HOG foi imprimindo uma velocidade pouco acima da permitida, mas o desentrosamento foi fatal, principalmente para quem vinha na parte de trás do trem que precisou recorrer a práticas nada recomendáveis para acompanhar o trem.

Como já disse antes: você não precisa andar no trem, mas se decide fazer a viagem dentro do trem a segurança do grupo é responsabilidade de cada um.

Sugiro que o tema segurança seja muito reforçado nos briefings feitos antes da saída para os passeios.