quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

projeto 2015: test drive na BMW Nine-T

Entrar na revenda me fez lembrar os "bons tempos" do Grupo Izzo quando sofria de complexo de invisibilidade, mas nada que um pouco de conversa não resolva.

Conversando, me recomendaram escolher outro modelo alegando que o modelo não se encaixa no perfil de quem usa as Harleys, principalmente as Softails e Tourings, sugerindo experimentar a RT ou até mesmo a GS, alegando que para a minha "portentosa" altura de 1,72 existem soluções para viabilizar o uso sem sofrer com o "complexo de bailarina".

Por fim, depois de aceitar fazer um test drive na RT após fazer o test drive na Nine-T, viabilizou-se o test drive.

A revenda não conta muitos modelos para test drive e aguardei que conseguissem um modelo para dar uma volta e matar a vontade. A princípio o test drive com a RT é mais simples, mas insisti em fazer primeiro o da Nine-T.

Moto estava emplacada, acredito que seja da própria autorizada, mas não vi o documento.

É uma moto com muito torque, sobe giro rapidamente e bem ágil pelo baixo peso (em comparação com a Fat). Acelerando parada dá a impressão de ser desequilibrada pelo fato do motor boxer puxar lateralmente, mais isso não se confirma andando, mostrando ser uma moto muito bem acertada para o uso.

Andei apenas pela Av. das Américas, sem acelerar o que ela pode e sem fazer as curvas que ela deseja e mesmo assim fiquei muito bem impressionado.

O freio realmente freia... e ela pára onde você quer que ela pare (as vezes antes do lugar que você queria). E isso é uma coisa que já tinha desacostumado. Parabéns para o ABS BMW e os freios conjugados.

Comparando com a XR1200 da Harley, modelo mais próximo da proposta da Nine-T, essa moto se mostra mais segura e parece ser mais rápida que a XR1200, sendo uma escolha fácil para quem já anda com a XR1200 (lamento, Bayer: mas nem tente andar na Nine-T porque vai querer trocar de moto....)

Com isso tudo e o financiamento Select é só fazer o cheque, certo? Errado. Apesar de muito bem impressionado com o conjunto não consegui "vestir a moto". A posição de pedaleiras recuadas forçando o corpo para frente, apoiando o peso nos pulsos e fazendo a cabeça ficar encolhida nos ombros não me pertence mais. Lembrei perfeitamente do tempo que andava de RD 350 LC, quando coloquei risers para levantar o guidão da posição esportiva para uma posição mais confortável (que vem a ser a posição da Nine-T) e como chegava cansado após usar a moto na cidade.

Recomendo a moto, apesar das críticas que alguns proprietários de BMW fizeram ao modelo (novamente) sobre a tecnologia embarcada se restringir aos freios. Para quem anda de Harley sem nada disso, a Nine-T é um exemplo de tecnologia.

Infelizmente, ou felizmente... vai saber, a moto não serve para o meu perfil.

primeiras impressões de uso do N-44


Usando o N-44 com mais regularidade, tanto na cidade quanto na estrada (apenas uma vez no último fm de semana) já dá para perceber que o capacete melhorou em relação ao antecessor: esse está melhor para montar/desmontar e a ventilação interna está com mais entradas melhorando o conforto.

A versão Jet com pala e sem viseira está melhor: a pala é maior e protege mais do sol direto que o anterior. Infelizmente  não dá para usar pala em conjunto com a viseira integral por estar no mesmo encaixe, do mesmo modo que o N-43. Precisa dos goggles para usar a pala, embora sempre dê para argumentar com a viseira interna (que cobre melhor os olhos que a anterior).

O forro também está mais confortável, mas isso pode ser efeito "novo" por estar mais justo.

Na comparação com o Zeus 611 (um modelo nacional que vi anunciado na web), o N-44  tem uma viseira maior e parece que a queixeira atrapalha menos a visão lateral, mas não estive com o Zeus na mão para ter certeza.

Comparando com o AGV Blade, o casco do N-44 cobre mais a cabeça, deixando a nuca mais protegida. Eu prefiro por sentir a cabeça mais bem encaixada.

Para quem acha que a queixeira removível é frágil, o encaixe do N-44 é melhor que o do N-43 e parece mais resistente que as queixeiras dos articulados a venda.

O sistema modular da Nolan só perde para o Evoline em termos de praticidade porque precisa guardar as peças fora de uso para montar/desmontar o capacete, mas é bem mais leve.

A versão integral também me agrada. Embora seja mais pesado que o AGV GP Tech (cerca de 200g) não cansa, pelo menos no passeio curto que fiz no fim de semana. O bom tamanho da viseira e a queixeira bem projetada não prejudicam a visão lateral, tendo um campo de visão melhor que o GP Tech.

É bem ventilado, contando com entradas laterais e central maiores e a viseira interna escura está melhor: está baixando mais e cobre melhor os olhos. Não vi distorções com o uso das viseiras em conjunto e em um dia muito ensolarado recomendo o uso de óculo escuros por baixo da viseira interna porque a lente escura da viseira interna ameniza, mas o brilho intenso ainda incomoda, mesmo com a viseira baixa.

O capacete se mostro bem silencioso: na versão Jet o vento só começa a zumbir acima de 80 km/h e na versão integral não escutei o zumbido antes dos 140 km/h.

Esse capacete tem ainda mais uma versão: com queixeira e pala, lembrando muito os capacetes para off road. Usei essa versão também, mas não vi muito sentido em manter a queixeira em conjunto com a  pala, me agrada mais sem ela, mas o uso da queixeira sem a viseira não atrapalha, pelo contrário: protege o queixo em caso de queda.

Do mesmo modo é possível usar o capacete apenas com a viseira externa, sem pala ou queixeira, mas do mesmo modo que o uso com pala e sem viseira não me agradou, o uso do capacete somente com a viseira não me agrada.

O casco não tem formato old school e usar apenas com viseira não traz "estilo" e deixa o queixo sem proteção.

Finalizando: estou satisfeito e já tenho as minhas duas versões preferidas: Jet (apenas com a pala) para uso urbano e Integral (viseira externa e queixeira) para uso na estrada.

Comparando custos, o N-44 custou R$1150,00 e um AGV Blade para uso urbano mais o AGV GP Tech para uso na estrada ultrapassam os R$4000,00, para comparar com os modelos que tenho.

500.000 visualizações

E o blog atingiu a marca de 500.000 visualizações e grande parte desse número deve ser creditado aos colegas que lêem, comentam e indicam o blog.

O blog nasceu em junho de 2008 com a idéia de anotar tudo o que acontecesse com as minhas motos na época uma FX, que andava a maior parte do tempo com a Silvana, e a Fat Boy comprada zero em 2006, o blog acabou se tornando um espaço de divulgação de experiências e idéias, além do serviço de utilidade pública mostrando os principais defeitos e recalls que envolvem os modelos da marca desde que comecei a andar de HD.

Parabéns a todos.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

mistura E-27 ainda não foi implementada

Com a colaboração do Flávio, leitor do blog, que enviou o link do jornal Estado de São Paulo  que trata o assunto (http://www.estadao.com.br/jornal-do-carro/noticias/servicos,nova-gasolina-pode-ficar-para-abril-,23253,0.htm), fica a divulgação que a mistura E-27 ainda não está sendo comercializada.

Não há qualquer justificativa para o atraso, a matéria especula que o Governo pode estar esperando o resultado dos testes de durabilidade para implementar a medida em todas os combustíveis revendidos no Brasil, mas o certo é que nada mudou até o momento.

Trabalho com revenda de combustível e posso atestar que tanto a Raízen (Shell) e a Petrobrás continuam fornecendo gasolina comum e aditivada com percentual de 25%.

Ainda não há qualquer previsão para que a mistura E-27 chegue ao consumidor.

Boa notícia para o bolso de quem usa gasolina comum, como é meu caso.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

assunto do carnaval: chegada da Indian na terra brasilis

O lançamento (nos EUA) da Indian Chief Dark Horse trouxe a reboque a expectativa da chegada das motos da montadora ao Brasil.


Com a expectativa, muita gente cobrou e o Dan Morel postou, agora sobre a montadora  e alguns dos modelos anteriores à entrada da Polaris (https://drdanmorel.wordpress.com/2015/02/17/curiosidades-da-indian-2/).

Com uma campanha publicitária muito focada em se mostrar como uma "alternativa realmente biker" aos modelos da HDMC (a última iniciativa propõe troca de camisetas usadas HD por camisetas novas Indian e desconto para proprietários de HD trocarem por modelos Indian - http://wilsonroque.blogspot.com.br/2015/02/indian-vs-harley.html), a Polaris tenta marcar terreno no segmento custom dentro do mercado americano.

Mas os fiéis defensores das cores "preto/laranja" não deixam barato e adoram "cornetar" os modelos da Indian afirmando pelo alto custo (coisa que já mudou muito, atualmente são equivalentes quando não estão mais baratas) ou que quebram muito (outra coisa que parece estar mudando com a nova fábrica em Spirit Lake - Iowa).

Em 2013 cheguei a visitar um dealer da Indian, mas ele não tinha motos no salão (na realidade era dealer multi marca e recebia pedidos para os modelos Indian) e por isso não comento nada sobre acabamento ou posição de pilotar.

Olhando as especificações, posso supor que tenha uma performance mais forte que as HDs pelo motor ThunderStroke 111 que equipa as Chief e Roadmasterou pelo motor 1130 cc3 com refrigeração líquida que equipa  a Scout.

São motos mais pesadas e maiores que as HDs, o que vai exigir mais do piloto, mas como qualquer motocicleta não será nada que o uso não resolva.

A grande pergunta do carnaval foi: será que a Indian vai realmente mudar alguma coisa no segmento custom/cruiser brasileiro?

A Triumph e as marcas nipônicas já tentam isso há algum tempo, eu particularmente gosto muito da Thunderbird Commander, mas sem sucesso. 

A Indian traz a tradição e gera mais expectativa entre os proprietários de HD que os modelos atualmente no mercado. Resta saber se o efeito "novidade" vai ser suficiente para encarar o início das operações, e todo início é complicado, e o provável "custo da novidade" até que a montadora consiga trazer seus modelos para serem montados no Brasil (provavelmente na planta da Dafra como já faz a BMW).

E para quem perguntou se troco a minha HD por uma Indian: não troco. Não gosto dos paralamas e da forma que o quadro fica escondido, É certo que existe modelo com paralamas menores e que se pode customizar para deixar a moto mais "limpa", mas ainda assim prefiro esperar como a montadora vai resolver os pepinos da implantação na terra brasilis antes de cogitar uma Dark Horse.

Atualmente uma Indian é trocar um rótulo por outro, porque a minha expectativa é que teremos um produto que vai atender mais aos interessados no life style que no uso da motocicleta.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Dan Morel estreia seu blog

Quem acompanha o blog sabe que cito muitas vezes as informações sobre novidades que são coletadas pelo Dan Morel, e ele estreia seu blog após algum tempo sem colaborar na web.

Vale a pena acompanhar: https://drdanmorel.wordpress.com/

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

DPVAT e o licenciamento anual

DPVAT é o seguro obrigatório em favor de terceiros que venham a sofrer danos pessoais em caso de acidente envolvendo veículo.

No caso dos carros, o Detran-RJ cobra o valor do prêmio incluso no valor do IPVA, mas para motocicletas é preciso ir ao site que trata especificamente do DPVAT e fazer a opção de pagamento à vista ou parcelado.

Isso acarreta alguns problemas, principalmente para quem compra moto zero e recebe a moto licenciada. Nesse caso o proprietário ainda precisa pagar o IPVA, mas normalmente acaba não pagando o DPVAT por não emitir a guia correspondente no site, achando que, como os carros, o valor estaria incluso.

Muito bom, muito bem, mas isso vem trazendo surpresas no momento de agendar o licenciamento este ano, momento que descobre estar inadimplente em relação ao seguro do ano passado, e sem DPVAT pago, não pode fazer o licenciamento anual.

Aí começa a briga: seguro é contrato de risco, onde uma das partes (a seguradora) se compromete a pagar indenização à outra parte contratante (segurado) em caso de sinistro.

É contrato por tempo determinado (início e fim de vigência) e, no caso do DPVAT, é um contrato de adesão onde o segurado adere ao contrato sem modificar cláusulas no momento do pagamento do prêmio.

Dentro desses conceitos jurídicos, se você não pagou, não aderiu o contrato e ficou sem cobertura em caso de sinistro, ou seja: em caso de sinistro a seguradora não paga a indenização porque não houve efetivação do contrato por falta de pagamento.

Novo ano, nova apólice, novo pagamento e nova vigência. Como pode o proprietário estar inadimplente se o contrato sequer foi firmado? É o pior, como pode uma obrigação inexistente por falta de contrabato impedir o licenciamento do ano seguinte, desde que o DPVAT referente ao ano em vigência seja pago?

Esse é o cenário atual onde alguns amigos vem quitando um contrato que não poderão usar, em tese nulo por falta de objeto uma vez que a validade já expirou e aderindo a um novo contrato que poderão usar por estar dentro de vigência somente para poder licenciar a moto.

Já consultei alguns juízes e eles se mostram bastante surpresos com a situação. A inadiplência de DPVAT expirado configura não como um contrato de seguro, mas sim como uma taxa exigível por serviço prestado.

Se é taxa, o serviço deve ser prestado pelo Estado e não por particular.

Aceito esclarecimentos para entender mais essa comédia de erros.

ecos das postagens sobre o combustível E-27 e a recomendação para uso de Pódium ou Premium

Acatando uma sugestão do Bayer no Old Dog, vou reproduzir um comentário feito por mim na postagem que ele fez por lá (http://olddogcycles.com/2015/02/como-ficam-as-harleys-com-275-de-alcool-na-gasolina.html):

Senhores, não são apenas “mais 2%” porque os efeitos não são lineares, mais sim exponenciais.
Quanto mais longe da mistura E-10 (10% de álcool) maiores os efeitos da corrosão e em menor tempo.
Desde 2006 eu já troquei as mangueiras internas da minha Fat quatro vezes sendo, por coincidência ou não, duas vezes após o aumento da mistura álcool/gasolina de 22% e mais uma vez após a aumento de 22 para 25%. Dizer que apenas “mais 2%” não vai mudar muita coisa, mas para a minha moto já serão 4 anos de corrosão que terá um agente agressivo ainda maior por sabe-se lá quanto tempo.
Hoje em dia estou usando mangueiras automotivas, fabricadas para veículos flex, para tentar uma vida útil mais longa.
Não encontrei substitutos para filtro de gasolina (que forma uma goma com essa mistura de álcool e gasolina e entope a passagem) e nem para o regulador de pressão que formam conjunto com a bomba de gasolina (ou seria alcoolina), mas estou pesquisando.
Acredito que consigo melhorar muito a confiabilidade do sistema de admissão se conseguir substitutos projetados para carros flex, mas câmara de combustão, cabeçote, válvulas e velas estarão sempre em risco com essa mistura de menor poder calorífico (queima menos eficiente) e maior poder de explosão (explosão acontecendo antes ou depois do PME).
Não vou arriscar além dos 25% enquanto houver opção.
E fica o alerta para quem ainda está com a moto em garantia ou pretende comprar moto zero: a recomendação do fabricante vai ser motivo para invalidar a garantia se for comprovado o uso de combustível com índice de álcool acima do recomendado: será classificado como mau uso e quero ver algum Juizado Especial invalidar essa decisão.
Devido a esse comentário, recebi mensagens via Facebook e via e-mail me chamando de alarmista pelo mais educado.

A realidade é que ninguém precisa seguir a recomendação feita de não usar o combustível E-27, eu pretendo seguir, como disse no comentário.

O combustível indicado para os motores HD Twin Cam e Evolution continua sendo o combustível de baixa octanagem, apesar da indicação que vem sendo feita nos manuais das motos zero para usar somente Pódium (essa recomendação é fruto de parceria comercial e não vale a pena ser comentada).

O problema será a durabilidade dos componentes, seja pelo contato com um combustível ainda mais agressivo ou seja pela queima de um combustível com ainda menos poder calorífico.

Entre as mensagens que recebi vieram algumas consultas sobre o processo de separação do álcool no nosso combustível a fim de usar somente gasolina. É possível? Sim é possível, mas o resultado não será uma gasolina melhor.

O processo de separação consiste em adicionar solução de cloreto de sódio para que o álcool reaja quimicamente com a água e forme uma camada separada da gasolina. No tanque peanut da Sporster 48 que tem capacidade de apenas 8 litros, você exigir igual quantidade de solução de cloreto de sódio a ser misturada e agitada e aguardar a separação das camadas. Vamos convir que agitar um tanque de 16 litros para ter 8 litros de gasolina vai exigir esforço ou uma máquina capaz de fazer o procedimento.

Admitindo que esse procedimento seja feito, ainda assim o resultado vai ser um combustível de octanagem inferior ao combustível que serve como origem para a separação porque o álcool interfere nas características do combustível, inclusive aumentando a octanagem da gasolina que serve de base para a mistura do combustível E-27.

Resumo da ópera: mesmo que você separe o álcool da mistura E-27, a gasolina resultante será inferior e poderá produzir resultados indesejados durante a queima na câmara de combustão, sem falar no trabalho para obter essa gasolina a ser feito cada vez que quiser abastecer sua moto.

Como já postou o Roque no final da postagem de hoje (http://wilsonroque.blogspot.com.br/2015/02/harley-davidson-qual-gasolina-usar.html): "se correr o bicho pega e se ficar o bicho come".

Aos colegas "bad ass motherfucker" que acham bobagem essa discussão e vão continuar abastecendo com gasolina de baixa octanagem E-27, por favor, enviem seus relatos sobre como as motos estão se comportando e, principalmente, o que estão encontrando quando fizerem as manutenções preventivas (se é que fazem e não acham que isso seja dispensável também).

Desde já agradeço as colaborações.


terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

voltando à mistura E-27 da gasolina de baixa octanagem

Assunto recorrente durante o fim de semana, o aumento do teto da adição de álcool à gasolina tem causado bastante confusão já que todos se referem à qualidade do combustível.

Wilson Roque, hoje em seu blog, já adiantou que a nova mistura vai penalizar o consumo em mais 4% (http://wilsonroque.blogspot.com.br/2015/02/gasolina-com-mais-alcool-vai-render-ate.html), além de aumentar o desgaste das peças nos carros não flex.

Some a isso os colegas que insistem em não ver o problema de adicionar mais 386 ml aos já 4,5 l de álcool que ficam no tanque das Softails (18 l) cada vez que você enche o tanque, e muita gente enche e demora para esvaziar novamente, aumentando ainda mais a presença do agente corrosivo junto às peças de admissão de combustível (mangueiras, filtro, regulador de pressão e bomba de combustível), dizendo que é besteira se preocupar com isso, apesar dos alertas feitos pelos fabricantes de veículos automotores.

O combustível recomendado para as HDs é sempre motivo de discussão, mas no momento a recomendação do uso de combustível de alta octanagem nada tem a ver com o combustível ideal para uso nas HDs, mas sim com o combustível mais indicado em virtude da nova mistura.

Os motores de baixa compressão das HDs (Twin Cam e Evolution) rodam muito bem com as gasolinas de baixa octanagem, e para quem não sabe a octanagem mede a capacidade de não explosão da mistura conforme é comprimida, portanto quanto maior a compressão do motor, maior a necessidade de um combustível de alta octanagem para impedir a pré-detonação pela compressão, permitindo que a queima se inicie pelo centelhamento e não pela compressão do cilindro.

Usar um combustível de alta octanagem não traz prejuízo aos motores HDs, apenas custa mais caro para o proprietário, por isso sempre alternei o uso de combustível de alta octanagem (Pódium) com o combustível de baixa octanagem (comum) para ter um motor mais limpo com custo médio mais baixo.

Atualmente, o uso da gasolina de alta octanagem passará a ser imperativo para aumentar a durabilidade dos componentes da admissão de combustível e não para melhorar queima, performance ou rendimento.

A mistura E-25 (adição de 25% de álcool) já é prejudicial a esses componentes (pesquisas mostram que a durabilidade não sofre prejuízo usando a mistura E-10 ou inferior), e usar uma mistura maior só agrava o prejuízo.

Portanto, a recomendação pelo uso de combustível de alta octanagem feita pelos fabricantes é apenas um paliativo para evitar uma degradação ainda maior dos componentes, mas se você não seguir essa recomendação o máximo que pode acontecer é parar na estrada com um vazamento interno das mangueiras ou um problema na bomba de combustível porque a sua HD vai rodar como sempre rodou, vai gastar mais um pouco (4%) e provavelmente você vai ver o tanque esvaziar um pouco mais rápido. Nada além disso.

Economicamente falando, ainda será mais barato rodar com gasolina comum, mesmo consumindo mais, porque a diferença de preço entre as gasolinas de alta octanagem e baixa octanagem é superior a 10% (quase 20% no preço da Pódium). O preço a ser pago será na manutenção do sistema de admissão e queima do combustível.

novas informações sobre o HOG Rally Caldas Novas

Publicado pelos diversos Chapters com páginas no Facebook, o HOG Rally Caldas Novas terá o formato do evento de três dias, sendo o primeiro dedicado à recepção dos participantes com distribuição de kit e coquetel de boas vindas.

O segundo dia haverá almoço no HOG Point, tarde dedicada aos Motor Games e o Rally e festa temática (Noite em Nashville) fechando o dia.

O terceiro dia será dedicado ao desfile tradicional, almoço, jantar e leilão beneficiente, O HOG Point estará aberto durante o dia para confraternização.

Aproveitando o feriado de 21/04 (Tiradentes), a dispersão acontecerá somente após o término das atividades programadas permitindo a todos os participantes participar da totalidade do evento.

Na ata da reunião ordinária do Chapter RJ de Fevereiro, publicada na página do Chapter do Facebook, foi informado que os passaportes devem ter venda iniciada em 19/02 através do site da HDMC Brasil, ao custo de R$ 749,00 por pessoa.

Reservas de hotéis já estão sendo aceitas nos hotéis do Grupo Diroma, devendo o interessado informar o número HOG para liberar o bloqueio (estão bloqueados para o evento 500 quartos).

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

aumento do teto da mistura de álcool no combustível

A partir do dia 16/02 o Governo brasileiro empurra mais um problema para o contribuinte: a fim de permitir um socorro ao setor alcooleiro, o teto da mistura de álcool no combustível subiu 10% passando de 25 para 27,5% (na prática ficou em 27% por falta de instrumento capaz de aferir a mistura com precisão de 0,5%).

A Anfavea, associação dos fabricantes de veículos automotores (leia-se carros, utilitários e veículos pesados) aceitou essa elevação após reunião com o Governo onde foram apresentados testes de desempenho feitos pela Petrobrás afirmando pelo não prejuízo nos motores com o novo percentual de álcool.

Apesar disso, a Anfavea pediu testes de durabilidade dos componentes com a nova mistura e esses testes levarão mais tempo para serem concluídos e como medida paliativa negociou que as gasolinas de maior octanagem, Premium (91 octanas) e Pódium (95 octanas) permanecessem com a mistura limitada em 25% de alcool para preservar os veículos não flex, já que os veículos flex não tem qualquer tipo de problema em rodar com até 100% de álcool.

E parece que o Governo vai autorizar essa solução.

O que isso implica para quem roda de motocicleta? Você vai gastar ainda mais para encher seu tanque pois não poderá usar a gasolina comum, apesar de não ser necessário pelo projeto do motor, pois esse combustível ainda não tem testes suficientes que garantam a durabilidade dos componentes do sistema de admissão. Até prova em contrário, apenas as gasolinas com preços maiores são indicadas para uso em motores que não sejam flex, caso das motocicletas em sua maioria.

Fica o alerta para evitar o combustível comum e aditivado de baixa octanagem (87 octanas). Quem tiver disposição para testar os efeitos, avise que a gente compartilha. Não me ofereço para ser cobaia, a Fat não merece isso.

Agradeçam à Ministra da Agricultura que negociou a medida em benefício dos usineiros e agradeçam à nossa Presidente por tê-la escolhido.