terça-feira, 8 de novembro de 2011

RHD: lembranças e sugestões

Prefiro começar sugerindo do que lembrando.

Se o evento pretende ser fixo no calendário, sugiro que se volte ao formato de quatro dias. O evento começa na estrada e muitos fazem distâncias médias para chegar ao evento (caso de mineiros, capixabas e paulistas) e outros fazem distâncias longas (caso de sulistas, MS, GO, DF e NE do Brasil), portanto um evento com três dias acaba sacrificando o último dia, pois a grande maioria volta nesse dia para perder menos tempo de trabalho.

Em mantendo-se o formato de três dias, que se repense a atração principal: não dá para curtir o melhor da festa preocupado com horário de partida.

Outro detalhe que vale ser repensado é a participação de grupos organizados: o HOG sem a identificação dos Chapters e os MCs espalhados só favorecem a formação de grupos menores espalhados pelo público em geral. Criar um espaço HOG meramente com a idéia de ser uma área VIP sem que o usuário dessa área VIP se sinta motivado a usá-la é desperdício. Se a idéia é destacar a vantagem de fazer parte do HOG, isso não foi muito bem aproveitado. Uma sugestão é identificar um local para que os membros do HOG resolvam problemas administrativos (muita gente ainda não recebeu carteira, muitos ainda tem pendencias com inscrições duplas ou triplas, outros tem registro necessitando de atualização), além de criar um espaço para reforçar o marketing do Chapter local colocando a bandeira do Chapter e vendendo material de merchandising e identificação. Nesse evento o único Chapter identificado e com local de reunião foi o Chapter RJ, com a colaboração de um expositor: a Brazil Bike Travel, que colheu os dividendos tendo o stand muito visitado e muito observado pelos visitantes devido à agitação.

E notem que o Chapter RJ até hoje ainda não foi devidamente organizado nem pela HDMC e nem pelo dealer local, funcionando até hoje na base da união dos colegas que frequentam os encontros divulgados via internet.

Outra sugestão é sobre a divulgação do que vai acontecer: uma melhor divulgação do torneio de marcha lenta realizado no sábado ou sobre o concurso de customização traria bem mais participantes para essas atividades, que acabaram tendo como concorrentes apenas aqueles que foram avisados em cima da hora ou estavam no local do evento no momento que acontecia. Evitaríamos os convites em cima da hora e teríamos maior número de concorrentes e espectadores. As atrações do palco Sunset só foram divulgadas praticamente no evento. Os panfletos só avisavam que aconteceriam shows e atividades. Não custa preparar e divulgar com mais antecedência.

E a minha última sugestão é para o evento gastronômico. É praxe um almoço ou jantar de confraternização e no evento foi (ou pelo menos teria sido) a feijoada após o Desfile das Bandeiras. É claro que nem todos teriam interesse em participar do evento, portanto cobrança a parte é uma forma de dar desconto para aqueles que não querem participar do almoço, assim como a venda no momento visa agregar aqueles que resolvem participar em cima da hora.

Dessa forma não há como prever com exatidão o número de participantes do evento, mas mesmo assim deve-se pensar alto. Destinar um espaço mínimo, contando com o rodízio de pessoas para atender todos os interessados no evento é pedir para ser criticado. Do mesmo modo, concentrar o atendimento em apenas um local gerando filas para atendimento e filas para entrada é suplicar por críticas.

Valores de comida e bebida em eventos sempre serão criticados pela majoração dos valores visando cobrir os custos da temporalidade do evento, mas um mínimo de organização pensando no conforto de quem vai participar não custa a mais. Filas e atendimento seriam mais rápidos se a feijoada fosse servida em dois locais: no Espaço HOG (onde se teria uma valorização do espaço VIP e um número bem mais próximo dos clientes a serem atendidos, já que a feijoada teria sido vendida com a mesma antecedência dos ingressos HOG) e no local onde foi servida (para atender a demanda de ocasião).

A confraternização idealizada para a feijoada seria muito maior e as críticas muito menores.

Mas nem tudo são problemas: vale elogiar a iniciativa da HDMC em procurar as várias tendências existentes no mercado. Agregar pessoas e tendências fez do evento algo para ser lembrado. Há muito tempo não me recordo de ver tantos caras conhecidas, tantos coletes diferentes e tanta descontração. Negócios sendo feitos, contatos sendo reatados e o público não iniciado vendo tudo isso fez diferença.

E tanto fez diferença que motivou a Silvana a voltar a andar na garupa (a princípio apenas para o evento). Depois de dois anos e três meses sem sequer cogitar sentar na moto nem mesmo parada, ela voltou e participou do evento indo e vindo todos os dias na minha garupa. Participamos do Desfile das Bandeiras e o saldo foi muito positivo tanto para ela, quanto para mim que voltei a ter minha companheira de aventuras na minha garupa. Todos que acompanharam a recuperação se mostraram muito felizes com essa volta.

Isso também motivou a Soraya, amiga nossa, a vencer o medo que tinha de andar de motocicleta. Participou do Desfile das Bandeiras na garupa do marido, o Oliver, e ficou muito satisfeita, tanto que já fala em ir ao Rota na garupa dele (verdade que eles só rodam três quarteirões dentro do Leblon, mas é um início).

Foi um evento com saldo positivo. Pode melhorar, mas foi um evento para ser lembrado.

2 comentários:

Anônimo disse...

Grande Adelino!

Não sabia que a Silvana havia se deslocado para o evento na garupa da sua moto!! Que bacana!! Fico muito feliz em saber que o acidente vem sendo superado!!

Abraços,

Andre.

Roque disse...

Parabéns para a Silvana. "Matou outro leão" ao rodar na sua garupa, o que reafirma o espírito guerreiro que ela já demonstrou.

Parabéns pela análise do evento e pelas sugestões.