Estou de volta a Braga vindo de Bragança, todas cidades do norte-nordeste de Portugal.
Fiz cerca de 2500 km em estradas e auto estradas européias (Portugal e Espanha), fiz uma rápida visita a França (mas fui de avião em virtude do curto tempo disponível) e a única coisa que lamento foi não ter feito esses quilometros de motocicleta.
Como estava acompanhado da Silvana, Nuno e Marina, a opção da motocicleta era inviável. Usei o carro da família, antigo mas em excelentes condições (BMW 325i, 1992).
Posso apontar que em Portugal e Espanha é muito facil rodar em auto estradas, todas muito bem sinalizadas e com asfalto em perfeitas condições, e o detalhe importante: sempre confinadas.
Entrando em uma auto estrada você não precisa se preocupar com cruzamentos pois eles não existem. Todas as mudanças de sentido são feitas através de viadutos. Outro detalhe interessante é o pedágio: como as auto estradas sao confinadas, você ao entrar nela passa por um posto de pedágio que emite um ticket com tarja magnética onde estão gravados os dados da sua entrada, trafega sem interrupções pela auto estrada e ao sair entrega o ticket na cabine para cobrança referente ao trecho que utilizou. O custo dos pedágios é relativamente barato (de um centavo a dez centavos de euro por kilometro) e a maior segurança faz com que as auto estradas sejam muito utilizadas. Você também pode ser tornar "aderente" ao sistem da via verde e pagar os pedágios em conta corrente. Esse sistema também é utilizado no resto da Europa.
As estradas nacionais (EN) são em mão dupla, com velocidade reduzida e muito transito pesado, normalmente servindo de ligação entre cidades, vilas e vilarejos entre as entradas e saídas das auto estradas.
No meu último trecho de viagem utilizei a estrada nacional de Chaves a Vinhais (localidade natal da minha mãe), aliás Vinhais é um bom exemplo de um lugar que fica no meio do nada e lugar nenhum... entre Chaves e Bragança fica Vinhais. Chaves e Bragança são fronteiras de entrada de turistas, que seguem para Portugal.... De Chaves existe uma auto estrada para Guimarães e depois para o Porto e de Bragança existe uma auto estrada que segue para Vila Real e de lá para o Porto. No meio das duas ficam diversos lugarejos "fantasmas", onde a agricultura é de subsistência, o comércio é fraco e as indústrias inexistentes. Só morros e vales, ligados por estradas sinuosas (bem conservadas) e em mão dupla.
Basta dizer que nas auto estradas eu trafego com média de 140 (picos de 160) e na nacional estavamos rodando a 60, desenhando as curvas.
A gasolina é cara (média de 1,30 euro por litro), mas de excelente qualidade. Basta dizer que o meu carro (6 cilindros e 172 cv) fez médias de 11 km/l, coisa impensável com a gasolina brasileira.
Hotéis são outro capítulo: preços de 30 euros (IBIS e Formule1) até os mais caros de 140 euros por noite. Como passei a maior parte do tempo na casa de familiares, pude esbanjar um pouco nas noites que usei o serviço da hotelaria.
Para comer, você encontra sempre um McDonald´s nas cidades maiores (menu consistindo de sanduiche, batata e refrigerante) variando de 15 a 20 euros por cabeça, mas é sempre bom experimentar novos restaurantes. Nós quatro estavamos comendo em restaurante pela média de 80 euros (tivemos restaurantes com conta acima de 100 euros e outros com conta de 30 euros). Questão de olhar o menu antes de entrar e você pode comer praticamente pelo preço do McDonald´s, as vezes até mais barato.
Portugal é o país mais barato dos três que visitei e a França foi o mais caro. Vale a pena entrar nas lojas para ver os preços porque muitas vezes você encontra algo interessante. As lojas HDs tem preços parecidos para acessórios e motocicletas.
Vale a pena viajar, você relaxa, vê coisas novas e vive novas experiências.
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