segunda-feira, 8 de julho de 2013

HDMC: números primeiro semestre

A ABRACICLO publicou os dados referentes à venda e produção de motocicletas em junho.

A HDMC vendeu no primeiro semestre 3993 unidades, a best seller do primeiro semestre foi a XL 1200 Custom com 461 unidades vendidas seguida pela Electra Glide Ultra Limited e Fat Boy com 325 unidades vendidas. A Iron aparece na quinta posição com 303 unidades e as vendas para as forças policiais deixaram a Road King Police na sexta posição com 301 unidades. Na seqüência até a décima posição vem Night Rod Special com 276; Fat Boy Special com 266; Muscle com 237 e Road King com 221.

A Dyna Switchback é o mico do ano até agora: 42 unidades, seguida da Blackline com 77 e a decepção foi mesmo a Street Glide com 118 unidades vendidas.

Decepção porque iniciou muito bem no ano passado. Parece que a suspensão traseira com molas e pré carga de cinco posições (perdeu a suspensão com regulagem pneumática característica das tourings) afastou o consumidor, que voltou a dar preferência à Road King: ouvir som na estrada parece que não empolga tanto quanto o conforto da suspensão pneumática.

Para esse volume de vendas, a planta de Manaus produziu 4067 unidades mostrando que não existe excesso de produção e em breve estarão batendo a meta prevista para 2013.

Se a HDMC continuar com esse ritmo de vendas fará seu melhor ano no Brasil: cerca de 8000 unidades vendidas.

Os concorrentes, BMW e a novata Triumph parecem que irão incomodar.

A BMW já figura com um modelo entre os dez mais vendidos. O catálogo não é tão grande quanto a HDMC, mas se continuar como mostrou no primeiro semestre deve vender 7300 unidades (foram emplacadadas 999 importadas e 2651 nacionais contra 11 importadas (CVO) e 3787 nacionais da HDMC).

A Triumph inaugurou sua loja no Rio e vem tendo bastante público com divulgação através da estratégia conhecida de oferecer café da manhã aos sábados. Tiger e Bonneville puxam a marca.

A HDMC segue a frente, mas ainda há tempo para isso se inverter, como foi no ano passado, e o pós venda BMW vem sendo um diferencial importante quando o consumidor pensa em trocar a sua HD: tem muita gente cansada dos problemas conhecidos e migrando de marca. O life style tá valendo para os calouros, mas os veteranos estão dando mais valor ao tratamento e a não ter aporrinhação mais na frente.

10 comentários:

Guilherme Guazzelli disse...

Eu como proprietário da XL 1200 Custom fico feliz com o sucesso das vendas do modelo que escolhi, mas não concordo muito com essa 1ª colocação, já que a Fat Boy e a V-ROD tem dois modelos cada que somadas as vendas são, na minha opinião, as verdadeiras 1ª (591) e 2ª (542) colocadas em vendas. Concorda? Até pq a XL 1200 Custom tem a C, CA e CB, sendo as duas ultimas modelos especiais assim com a Fat Especial, mas foram somadas juntas.

Quanto a Road King, ela vai ou não sair de linha em 2014? Pq as vendas estão boas em comparação as demais.

Abraços.

wolfmann disse...

Guilherme, a diferenciação é feita pela própria fábrica ao enviar os dados para a ABRACICLO.

Eu concordo com você, mas o desempenho da XL1200 Custom é muito bom, desbancando a best seller Iron.

Quanto a Road King, ela não sai de linha. O modelo a ser descontinuado é a Road Glide que nunca veio para o Brasil.

A Road King é, na minha opinião, a HD mais característica. Não tem cabimento tirar esse modelo de linha.

Abraço.

Dan Morel disse...

A RK Classic que é vendida por aqui será mantida em linha nos mercados internacionais....(saindo de linha a Rk "nomal" com bolsa de fibra - que não é vendida aqui)


já nos EUA a situação e justamente a inversa....sai a RK Classic e fica apenas a "normal"

wolfmann disse...

Correção feita pelo dono da informação, Dan Morel.

Valeu!

Fábio Torres disse...


Senhor Wolfmann, parabéns pelo blog, venho seguido aqui em busca de informação. Tenho um sportster 2008 customisada, eu mesmo faço a manutenção dela e algumas cositas más, mas venho pedir uma ajuda, não pra mim, mas pra um amigo, que já tô com pena de ver ele sofrer na mão de vendedores e do dealer aqui de Porto Alegre.

Vou tentar resumir a novela ao máximo, veremos se pode me dar alguma dica.

Meu amigo comprou uma iron 2010, como ele não tem carteira, andou muito pouco nela, e ela ficou mais tempo parada do que
rodando. Disposto a vender a moto, levou no dealer pra fazer a revisão (trocar bateria, pois a moto não pegava, troca de óleo, etc...), aí começa a novela...

Depois de uns dias telefonaram dizendo que o módulo de injeção da moto estava queimado e que a moto não funcionaria. Alegaram que a umidade poderia ter sido a causa. Custo da peça, em torno dos R$ 2.000,00. Como meu amigo tinha uma viagem marcada pra Montevideo, chegou lá e comprou a peça, 600 dólares, quase metade do preço. Levou a peça no dealer que disse que a peça estava errada, que aquele módulo não estava correto sendo o código da peça diferente da correta.

Meu amigo voltou ao Uruguay e o vendedor de lá não quis receber a peça novamente dizendo que o código estava correto, que
aquele era o módulo pra iron 2010 e que ele garantia (inclusive deu cartão, etc...) que a peça era aquela e que iria funcionar.
Meu amigo voltou ao dealer que tentou, segundo eles, por quase 12 hs e não conseguiram "codificar" a peça, que é preciso carregar os software, ou "chipar" como eles diseram e que não tem jeito. Que meu amigo pode chamar o mecânico que ele quiser que não vai rolar. Mas que eles tem como encomendar a peça correta e que vai funcionar.

Não preciso nem entrar na questão tempo que a moto está parada na oficina, nem tempo perdido de lá pra cá, nem no valor já gasto pelo meu amigo que é tratado como um idiota e que não sabe mais em quem acreditar.

Pode me ajudar com alguma luz? Pra mim alguém está agindo de má fé, mas como não entendo dessa parte do módulo, não posso afirmar nada. Só acho estranho por exemplo, que umidade tenha sido a causa, pois fui olhar o módulo da minha, que fica embaixo do banco, tava tri sujo, com poeira, e uma crosta de barro, e minha moto roda todos os dias, pega chuva, passa por poças e nunca ouve problema.

Fábio Torres

wolfmann disse...

Infelizmente não conheço oficina ou pessoas em Porto Alegre que possam ajudar o seu amigo para esclarecer essa estória. Talvez, alguns dos leitores conheça, e basta comentar que eu publico.

Sobre o módulo da injeção (ECU), não conheço relato parecido,

A ECU é uma peça projetada para resistir ao tempo e sujeira, sendo praticamente blindada (exceção à tomada que permite a corrente elétrica e faz comunicação com os sensores). Minha Fat tem sete anos e mesmo sem lavar muito, sempre toma chuva sem problema.

O dealer tem razão ao afirmar que a peça precisa ser programada. O mapa que contém a programação para a a injeção atuar conforme as condições precisa estar gravado nela e, infelizmente, somente o dealer tem esse mapa original e condições de gravá-lo na memória da ECU.

Pode estar acontecendo um problema referente à origem das motos: o Uruguai recebe motos do mercado interno americano e o Brasil recebe motos destinadas ao mercado internacional. Isso é relevante no caso de alterações para atender legislações e realmente não sei te dizer se a ECU é diferenciada nesse caso.

Confira o part number da peça. Deve ser a mesma ou no máximo diferir no final provavelmente tendo uma letra a mais ou a menos. Se esse não for o caso, com certeza a peça não corresponde ao modelo. Use o google, digite "part number 99999-99x harley" que a pesquisa resolve isso.

Como seu amigo parece ter algum facilidade em ir e vir o Uruguai, sugiro a ele que peça para que os Uruguaios façam a programação original na ECU vendida e a instale na moto.

A programação pode ser feita em qualquer moto de mesmo modelo e servirá, em tese, na moto dele. O valor do serviço será análogo ao serviço que seria cobrado no Brasil.

A moto deve voltar a funcionar normalmente, e se tiver alguma alteração será mais simples de resolver e sai do impasse atual onde o dealer brasileiro não quer fazer serviço na peça uruguaia.

E para seu amigo não se aborrecer mais nem teste a peça condenada, a menos que deseje ingressar na justiça contra o dealer, que teria condenado uma peça em condições sem motivo além da ganância.

Fábio Torres disse...

Muito obrigado pela resposta. Já deu uma luz pelo menos. Vou verificar o código da peça. Assim que tiver o final da novela, posto aqui também. Se mais alguém tiver alguma dica, agradeço.

Anônimo disse...

Boa tarde a todos.
Sr. Wolfmann, estou estudando a compra de uma HD e pesquisando por pouco tempo, encontrei mais de 50 postagens de reclamações feitas em diversos sites, sobre o mau atendimento dos dealers HD e da própria HDB, assim como reclamações da baixa qualidade das peças das motos. Então fiquei bastante preocupado de fazer um investimento de tal monta, para ter problemas iguais as que tenho com operadoras de telefonia, tv ou outros serviços ruins como o que temos no Brasil.
Numa média, o faturamento da HDB é metade do lucro líquido da HD e em suas vendas globais o Brasil representa cerca de menos de 5%, então na minha opinião, o brasil é o BOI DE PIRANHA pra da atual HD e assim que o mercado ficar estagnado(a exemplo da switchback) a HD fecha a operação no brasil e os HOG ficarão a ver navios. O que o Sr. pensa a este respeito?
Grato
MArcelo Sperandin

wolfmann disse...

Marcelo, não acredito que a HDMC encerre suas operações no Brasil tão cedo. Existe uma demanda alta no mercado brasileiro pela marca, a filial brasileira conta com uma das duas fábricas da marca fora do território americano e a desilusão do proprietário calouro ainda não é significativa.

Os problemas relatados nos sites de defesa do consumidor deveriam motivar o MP a se movimentar e exigir seriedade e cumprimentando CDC, mas isso não acontece, e como você mesmo notou, não é privilégio da HD, mas sim uma prática generalizada.

Só aumentando o nível de exigência do consumidor para tentar uma mudança positiva.

Quanto ao investimento, o retorno em satisfação não será conseguido facilmente, memo trocando de marca. No final, o descaso é generalizado entre os fornecedores de bens e serviços no Brasil.

Anônimo disse...

OK, obrigado pela ajuda.

Vou continuar de olho no mercado e tentando aprender mais sobre as Harley.
abs
Marcelo