Estive na Rio HD no curso de orientação para viagens do HOG e no salão de vendas já apareceram a Dyna Switchback e Ultra Glide Limited, além de várias Dynas Fat Bob.
Com isso, dos modelos apresentados no RHD, falta apenas a Ultra CVO (quatro companheiros já estão aguardando sua chegada).
E novidade precisa ser experimentada. Fazendo ass test nas motos que ficaram em exposição no salão da Rio HD, já se pode ter uma idéia do uso das motos.
A primeira impressão que tive dos modelos 2012 foi no evento RHD de novembro do ano passado, mas elas estavam devidamente presas em cavaletes que as deixavam em posição vertical, impossibilitando que se tivesse uma idéia de como seria efetivamente tirar a moto do repouso e sentir o peso parada.
Agora a situação muda um pouco de figura porque no ass test a gente senta, tira da posição de estacionamento, levanta, solta o descanso... enfim, imagina como vai ser a criança na rua.
Das motos 2012, a única que pude fazer test drive foi a XL1200 custom graças ao Feliciano que me permitiu isso na moto dele e falta fazer o ass test na CVO (acho que não se vai conseguir isso muito facilmente...).
As tourings (Ultra Limited e Street Glide) não confirmaram o conforto inicial de poder plantar o pé no chão sem grandes esforços. Estão um pouco mais altas que as 2011 e não me permitem colocar o pé todo no chão. Nada que um banco mais cavado não resolva, pois me permitirá fechar mais a perna e aumentar o comprimento útil da perna.
A Street Glide parece ser uma moto mais ágil pela falta do tour pack, mas para quem quer dar conforto ao garupa o tour pack faz falta. A solução do sissy bar não é a mais confortável e muito menos a mais bonita esteticamente. É uma ótima solução para quem quer viajar solo com o conforto de melhores suspensões e som na estrada. Acabamento mais espartano, a Street Glide custa de 6 a 8 mil reais mais barata que a prima Ultra Glide Limited e só a idéia de colocar um tour pack destacável para o conforto do garupa e maior espaço de bagagem já deve custar boa parte dessa diferença.
Além disso, a Street Glide não conta com faróis auxiliares, engine guard traseiro, comunicador com o passageiro e o rádio PX. É bom avaliar bem se vale a pena não pagar a diferença para a Ultra Limited.
Exposto dessa forma parece que a Limited é um bom negócio. Não deixa de ser, mas pelo preço em relação à Ultra Classic (aumentou quase 10%), podia ser melhor. Se o acabamento da Limited no painel é mais luxuoso, faltam os protetores de alforges de série na Classic e trocaram as lanternas do tour pack pela grelha (também sem lanterna). Traduzindo: você compra uma moto mais cara (justificando o preço da Street Glide), mas vai continuar gastando para deixar a moto com o equipamento de segurança do modelo descontinuado.
Sobre as Dynas, a Switchback é uma Dyna para pilotos mais bem comportados: alforges rígidos, wind shield e plataforma deixam a moto bem mais comportada do que as Super Glides que já estamos acostumados. No ass test fiquei bem confortável, não mexeria em nada para começar a rodar com ela. O banco é confortável, a posição das plataformas é boa e o guidão mini ape trazem bastante conforto para uma pilotagem menos esportiva. Como diria o Pedrão, é uma Dyna coxa.
Já a Fat Bob é sua antítese: guidão V-bar discreto montado em riser alto, com comando avançado e rodas largas, além da solução do escapamento 2x1, deixam a moto com cara bem esportiva. No ass test fiquei sentado muito para trás, mas nada que um badlander não resolva. É a minha preferida dentro da linha 2012.
A Blackline é moto de estilo e por isso já nasce com mais dificuldade de customizar. Belo projeto, bem minimalista valorizando a "falta" dos amortecedores traseiros, tanque grande e o grande motor. No ass test falta perna e braço para pilotar, mas não para segurar a moto. Baixa, agrada a maioria, na hora em que senta, mas desagrada a maioria na hora que tira do descanso. Vai merecer uma solução imaginativa para deixar o piloto na melhor posição.
A XL1200 é uma moto que considero pequena. Anda bem (já fiz test drive), de boa ergonomia e suspensões padrão Sportster. Se fosse me iniciar no mundo custom, começaria por ela, mas não ia ficar com ela original por muito tempo. A do Feliciano já trocou escapes, filtro, colocou alforges e wind shield... e a próxima modificação será o guidão, que ele prefere mais alto. Ainda assim é a moto preferida dele atualmente, mas mexeu bastante.
E para não dizer que não falo das V-Rods, a 10th edition traz a V-Rod mais confortável novamente. Guidão e pedaleiras mais bem posicionadas para mim do que a Muscle ou a Night Rod, deixam o ass test bom. Assusta apenas a grande inclinação que ela faz para ficar no descanso... parece que o chão não encosta nunca no descanso.
Boas opções, mas continuo com a minha Fat.
5 comentários:
É porque voce ainda não viu a RK do coxa aqui...
Ola e qual a sua opinião a respeito da fat low?
obrigado
Douglas
o catálogo 2012 igualou as duas versões da Fat Boy, com mudanças apenas no acabamento Dark para a Fat Lo e cromado para a Fat tradicional.
A mudança do banco é muito bem vinda para pilotos mais baixos, mas foi downgrade para o garupa (ficou menor).
Já a mudança do guidão (posição intermediária entre o guidão tradicional e o guidão lançado na Fat Lo), vai continuar merecendo alguma solução para o dar mais conforto, talvez um pull back riser resolva o problema sem grandes investimentos.
No demais, as duas versões são idênticas para pilotar, ainda mais com o ABS de série.
Wolfmann, último sábado fui no Café-da-Manhã da Rio H-D e fiz o ass test em vários desses modelos que você mencionou. A que mais me agradou foi a Street Glide. Ela é, na minha opinião, a H-D mais bonita hoje em dia. Porém, estou resistindo a trocar a minha FXD por ela, pois no trânsito do dia-a-dia acho que vou perder em agilidade na cidade. Agora, na estrada, deve ser uma delícia! Quando for fazer a Rota 66 ano que vem, será o modelo que irei alugar pra fazer a "Mother Road"! Abraços.
Cezar - Niterói/RJ
Cézar, acho que é costume. Tenho vários amigos que andam de Electra ou Ultra diariamente e a única reclamação em comum é o calor, principalmente nas Ultras.
A configuração stock esquenta bastante.
Mas te confesso que se vier a encarar uma touring, será como segunda moto porque a minha Fat "veste bem" no trânsito.
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