Passamos a última semana consultando médicos para decidir a cirurgia da mão.
A ortopedista já havia previsto a necessidade de uma nova cirurgia (a necessidade pode ser comprovada visualmente), mas os detalhes da recuperação não eram os mais animadores.
Hoje o polegar está virado para a palma da mão e efetivamente tem pouca abertura deixando a mão extremamente limitada. Isso se deve a perda de tecido mole na base do polegar que foi recoberto com um enxerto e esse enxerto adere naturalmente aos ossos e ligamentos retesando o polegar e limitando os movimentos.
Solução para isso implica em uma intervenção ortopédica e vascular. A intervenção ortopédica tem o objetivo de tirar o polegar da palma e a vascular tem o objetivo de liberar o movimento do polegar.
As soluções para isso implicam em possível transposição de tendão e substituição do enxerto por retalho vascularizado.
O retalho vascularizado é a parte mais complicada. O problema principal reside na escolha do local de onde será retirado o retalho. A solução que havia sido mais aconselhada era o retalho inguinal que implicaria em uma estada no hospital por três semanas. Essa longa estada não é a mais desejada por nós. A ausência seria muito sentida em casa por nós e a Silvana teria que abrir mão da marcha da sua recuperação, uma vez que voltaria a ficar com movimentos restritos pois o retalho inguinal iria prender a mão à virilha enquanto a pele e os vasos se regenerassem.
Em consulta com o cirurgião vascular (Recaldi) foi apontada outra solução que é considerada bem mais viável por nós. Será feito um retalho do braço direito a ser colocado no local do enxerto e o local da retirada do retalho será recoberto com nova pele enxertada. Existe a possibilidade de retirar o retalho do próprio braço esquerdo, mas a artéria interrompida torna mais dificil encontrar e retirar um retalho sadio que possa dar maiores garantias de sucesso.
Ao mesmo tempo o Márcio acenou com a retirada do filtro da veia cava, que hoje já não tem mais utilidade visto que o problema do trombo é passado, e com isso terminar com a necessidade do anti-coagulante. O problema para isso acontecer é o tempo: o prazo máximo para a retirada é de seis meses e o cirurgião se encontra em viagem no momento, retornando em fevereiro.
Dessa forma, a cirurgia da mão e a retirada do filtro serão realizados, a princípio, no dia 8 de fevereiro(segunda feira) e a Silvana volta para casa na sexta feira (12/02) para retomar o ritmo da sua recuperação. Será uma volta mais lenta, com alguns problemas logísticos que necessitarão da enfermagem, mas tudo será superado com a tradicional força de vontade da Silvana.
De resto tudo continua como antes: o cateterismo permanece, a hidroterapia segue em frente e a fisioterapia de mão também permanece em curso. Bom mesmo é que a Silvana vem conseguindo aumentar a sensibilidade da pelve, urinar cada vez uma quantidade maior de forma natural deixando cada vez menos quantidade para o cateterismo de alívio.
Como sempre sigo lembrando a todos para manter a corrente positiva para que a Silvana siga nessa recuperação fantástica que a solidariedade de vocês vem permitindo acontecer.
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