Foi mais uma semana tranquila, sem nenhum incidente ou coisa parecida. Todos os procedimentos permanecem sendo feitos com a ajuda da enfermagem, a hidroterapia segue seu rumo e não tivemos nenhum exame a ser feito.
O grande acontecimento foi uma pequena doença de criança. Vou explicar melhor: o Nuno ficou com tosse, parou de comer... fatos típicos para criança com infecção, até aí tudo normal. No momento em que eu ia fazer alguma coisa, a Silvana já tinha começado com a nebulização... não deu o resultado esperado, ela ligou para o médico que iria atendê-lo na quinta feira perto do almoço.
Até agora, tudo normal... toda mãe se preocupa, faz o tratamento que está acostumada, não vê o resultado esperado, liga para o médico e marca consulta.
Consulta marcada e neste momento entra a minha parte: eu iria sair do trabalho para levar o garoto no médico, mas tive um pepino para resolver e não consegui chegar a tempo... com isso a Silvana decide que vai levar o Nuno sozinha (com a enfermeira) e se não fosse pela Débora, vizinha nossa estar saindo no momento ela ia de taxi...
Ou seja, a Silvana está se adaptando e vivendo da melhor maneira possível, aliando a recuperação física à recuperação psicológica, embora muitas vezes a velocidade da recuperação dela não seja a velocidade que ela deseja e isso acabe dando uma desanimada ocasional.
E para terminar o sábado, a noite foi a inauguração da arvore da Lagoa e meu pai mora praticamente em frente ao evento, com isso todos os anos nós assistimos da varanda dele. Como não cabíamos todos no carro fui de moto na frente e a Silvana foi no carro com a Débora. Ao chegar na garagem ela decidiu adiantar as coisas e para isso era necessário tirar o carro da vaga para poder ter acesso ao porta malas. Como é dito em SP, deu cinco minutos nela e ela entrou no carro, ligou e tirou o carro da vaga.... Em breve vou precisar de um carro automático, e parece que vai ser muito mais breve do que se imagina.
Aos poucos ela vai recuperando a independência e hoje eu consigo mensurar a exata importância de ser independente e não estar preso a circunstâncias que obriguem a depender de alguém para fazer até mesmo as pequenas coisas como ir ao banheiro. Senhores, eu admiro muito a força de vontade e a coragem dela para enfrentar tudo isso.
No domingo fomos a uma corrida no Aterro do Flamengo: circuito Adidas e ela foi no mesmo esquema da corrida Venus: na cadeira de rodas com a enfermeira empurrando...e não é que a cadeira não aguentou a maratona... quebrou uma das rodas (será que é HD?) e ela teve de terminar andando.... nada como começar o domingo em cima das pernas e ainda precisou se movimentar bastante com o próprio esforço. Ela ficou bastante cansada (fomos a uma cafeteria que fica na esquina da rua onde moramos e ela precisou ir e voltar até a esquina, cerca de 200 metros, a pé) pelo esforço dispendido, mas mostrou que consegue fazer.
A cadeira já foi trocada, com a ajuda do Chico, e fica a constatação de que ela ainda precisa da cadeira para evitar grandes esforços e machucar algum músculo recém-nascido dela, mas ela já consegue se movimentar sem ajuda.
Vou continuar sendo chato e pedindo que não esmoreçam na corrente positiva, para que a musculatura da pelve e das pernas acorde e ela possa se livrar desse procedimento do cateterismo que incomoda bastante, assim como poder voltar a andar com mais desenvoltura e menos esforço.
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