terça-feira, 14 de novembro de 2023

Low Rider S: Recall feito

 Em setembro foi registrado no CRLV-Eletrônico a necessidade de fazer um Recall na Low Rider S por conta da fixação do regulador do amortecedor traseiro, onde o parafuso que fixa essa regulagem poderia se soltar e causar furo no pneu, com veículo rodando ou parado.

Estive na Rio Harley-Davidson no final de semana seguinte à divulgação do Recall, primeiro final de semana de outubro (7/10) e a montadora, apesar de divulgar o Recall, ainda não havia agilizado a logística para que o serviço fosse feito.

No fim de outubro (28/10) voltei ao dealer e recebi a informação que os kits enviados para o Recall já haviam sido utilizados, mas estava prevista a chegada de novos kits e deveria procurar informações para realizar o serviço, usual em serviços com grande procura.

Encontrando com o Carlos Roosevelt, gerente de pós-venda da Rio HD, ele ficou de me avisar quando tivessem chegado os kits e marcaríamos o serviço para o Recall.

Na semana passada, após o feriado de finados, recebi uma mensagem do Roosevelt informando a chegada do kit e marquei o serviço de acordo com a minha conveniência.

Serviço feito, levou cerca de uma hora e meia, lavagem cortesia que gastou mais 40 minutos, e a moto já está rodando com o Recall feito.

Agora vamos aguardar a rotina da burocracia para que a exigência do Recall seja retirada do CRLV-Eletrônico.

Conforme informado pela recepção da Rio HD, essa exigência deve levar entre 30 e 60 dias para ser retirada pois a Rio HD informou à HD a realização do serviço, e a HD informará ao DENATRAN para que este levante a exigência.

Para quem, como eu, não tem problema em esperar esse tempo não há problema nenhum. Mas para quem está vendendo o veículo com a exigência do Recall isso causa sempre um problema de desconfiança na parte do comprador sobre o motivo do Recall constar no documento, além de impedir a emissão de novo CRLV no nome do comprador enquanto a exigência de Recall constar no documento.

Fica o alerta para quem tem veículo com exigência de Recall no CRLV para fazer o serviço assim que possível pois essa exigência vai impedir o processo de transferência e vai exigir boa vontade entre vendedor e comprador para finalizar o negócio sem a transferência de propriedade ou aguardar para finalizar quando a exigência de Recall for levantada.


sexta-feira, 13 de outubro de 2023

ABRACICLO: números do terceiro trimestre

 A ABRACICLO publicou os números acumulados no terceiro trimestre referentes à produção de seus associados e tudo segue dentro do previsto para 2023, com a Harley-Davidson em terceiro lugar entre as marcas premium associadas na ABRACICLO.

A BMW produziu 10.547 unidades, a Triumph produziu 5.708 unidades, a Harley-Davidson produziu 1.458 unidades e a Ducati produziu 1.009 unidades.

Em relação às metas previstas a BMW, Triumph e Ducati mostram queda no ritmo de produção, indicando que podem não atingir as metas previstas. A Harley-Davidson segue seu ritmo de produção e deve atingir a meta para 2023.

O top ten da Harley-Davidson mostra a Fat Boy como best seller com 188 unidades produzidas, seguida de perto pela Sportster S com 185 unidades produzidas, em terceiro a Nightster com 144 unidades produzidas, em quarto a Road Glide Limited com 126 unidades produzidas, em quinto a Breakout com 120 unidades produzidas, em sexto chegam empatadas com 108 unidades produzidas a Heritage e a Street Glide Special, em oitavo chegam empatados com 102 unidades produzidas Road Glide Special e Road King Special e fechando o top ten a Ultra Limited em décimo com 84 unidades produzidas.

Esses Top Ten mostra alguns detalhes interessantes: a substituição da Ultra Limited pela Road Glide Limited, o efeito da "promoção" da Nightster dando 10% de desconto e a confirmação que a Pan America vai precisar de preço mais competitivo se quiser entrar no nicho da BMW GS 1250 e Tiger 900.

A produção da CVO Road Glide Limited anniversary edition foi feita apenas em maio/23, com todas as unidades vendidas em pré-venda e mesmo assim não tivemos a chegada dos demais modelos CVO (Street Glide e Road Glide) que foram para o catálogo americano com o novo motor de VVT de 121ci.

Vale notar a mudança na estratégia de venda da Low Rider S e Low Rider ST. A produção dos dois modelos somados chega aos números dos modelos classificados em oitavo lugar no top ten (102 unidades produzidas) e foi praticamente vendida em sua totalidade com pedidos de pré-venda e a Harley-Davidson já anunciou que produzirá novos modelos apenas mediante pré-venda. As inscrições nas listas de espera já estão sendo aceitas nos dealers.

Essa forma de produção com o produto já vendido mostra uma preocupação da Harley-Davidson em não apostar mais no "fator novidade" de seus produtos (os dois modelos Low Rider S e Low Rider ST trazem o motor de 117ci, exclusivo no Brasil para esses dois modelos) e só investir em novos modelos que tenham aceitação comprovada, ao contrário, por exemplo, da Pan America que já tem baixa procura.

Se a modalidade de produzir apenas o que o mercado deseja se tornar uma estratégia recorrente, a fábrica da Harley-Davidson em Manaus começa a perder investimento e a Harley-Davidson pode estudar uma mudança de postura de montadora para importadora, com a planta industrial servindo apenas para usufruir dos benefícios fiscais da zona franca montando modelos sob demanda.

Acompanhando...

FENABRAVE: emplacamentos terceiro trimestre

Publicados o volume acumulado de emplacamentos pela FENABRAVE e nada mudou na ordem das marcas tradicionais.

A BMW emplacou 10.504 unidades, seguida pela Royal Enfield com 8.349 unidades, Triumph com 4.900 unidades, Harley-Davidson com 1.393 unidades e Ducati com 944 unidades.

Os números de emplacamentos acumulados do terceiro trimestre mostram uma subida na média de vendas de quatro das cinco marcas: BMW, RE, Triumph e Ducati. Apenas a Harley-Davidson manteve a média de vendas no terceiro trimestre quando comparados com os números do primeiro semestre.

Agora é esperar 2023 terminar.

segunda-feira, 18 de setembro de 2023

Low Rider S: revisão feita


Questionando a saúde da bateria, a LRS fez a terceira revisão.

A revisão foi feita pelo Adriano Godinho na marca dos 9.742 kms rodados.

Foram 4.452 kms rodados entre as duas revisões e 18 meses de intervalo (veja aqui).

Neste ano e meio de uso da moto entre as revisões, a moto ficou parada na garagem, totalizando todos os intervalos, por cerca de seis meses por conta das viagens que fiz no período.

Em todos os retornos à atividade depois dos períodos de garagem, a bateria sempre fez o motor virar, com mais ou menos dificuldade, e completa dois anos e nove meses de uso.

Na revisão foi feita troca de lubrificante de motor, voltando ao lubrificante de base semi-sintética e filtro de óleo, sangria e troca de fluído de freio, troca de lubrificante de caixa e primária, reaperto e avaliação da saúde da bateria.

A bateria se comportou bem, mantendo os 12,8v na partida e vai seguir em uso até o próximo evento.

A moto não tem nenhum defeito, mantém a média de consumo de combustível em 17 km/l no uso diário, pneus e pastilhas de freio sem necessidade de troca, assim como velas de ignição e elemento de filtro de ar (que foi lavado).

Custo total da revisão foi de R$ 1.147,00, menor que o último serviço feito na oficina do dealer há um ano e meio atrás.

Atualizei os custos de uso da moto em outubro do ano passado (veja aqui) e mesmo com fazendo uma nova revisão agora, o custo de uso baixou de R$ 1,58/km rodado para R$ 1,22/km rodado.

Ainda estou longe do custo de uso da Fat Boy, mas ainda estou bem longe da quilometragem que a Fat Boy atingiu durante meu uso.

Em fevereiro/2024 volto a viajar e pretendo fazer uma recuperação estética da moto, tirando a oxidação dos locais tradicionais (espelhos, pedaleiras, suportes de piscas) e repintando de preto.

Até lá, salvo alguma intercorrência com a bateria, a moto não deve visitar oficina.

 

terça-feira, 12 de setembro de 2023

Low Rider ST: ass test



Já comentei algumas vezes que gostaria de ver a LRST para poder avaliar melhor as mudanças, tanto na troca da carenagem de farol por um wind shield, quanto pela adoção dos alforges rígidos que estou avaliando adotar na minha LRS.

E finalmente "achei" a moto na Rio HD e pude fazer o ass test nela.

As fotos foram retiradas do Instagram do dealer.




O Windshield tem um bom tamanho para desviar o vento do peito do piloto e se você trocar os comandos centrais por comandos avançados que permitem uma posição mais relaxada, vai permitir que o windshield desvie o vento até da cabeça (o piloto vai "escorregar" e ficar mais protegido do vento).


O grande problema para adotar os comandos avançados vai ser o filtro cônico que a HDMC adotou para o motor M8 117. Já tinha imaginado isso quando pude fazer o ride test na LRS 117 e dessa vez simulei a posição mais avançada das pernas.

Essa posição mais relaxada, com pernas mais esticadas, faz com que o joelho provavelmente vá ficar encostado na curva do filtro de ar e vai incomodar com o tempo.


O painel minimalista é digital e a entrada central no windshield deve diminuir a sensação de estar em uma bolha protegida do vento.

Alforges rígidos são menores que os alforges rígidos usados na RKS e não vai permitir que se guarde uma mochila padrão, mesmo com boa capacidade para armazenamento.

Sentado na moto, tive a mesma impressão que tive na LRS: a posição dos comandos centrais com o novo guidão é boa.

Em resumo, a LRST parece ser um modelo interessante para quem não quer fazer muitas modificações e gosta de viajar sozinho.

Apenas para ilustrar, essa LRST foi vendida e entregue pelo dealer de BH e nela foi colocado um banco confort, sissy bar e grelha transformando a moto em uma cruiser. A foto foi retirada do Instagram do dealer, que mostrava a entrega da moto à proprietária.

A foto foi editada para garantir a privacidade da proprietária.


Essas alterações mostram o potencial do modelo para a estrada, como já havia mostrado em fevereiro de 2021, quando a LRS estava entrando no mercado brasileiro (veja aqui) e mantenho a minha conclusão da época: trocar o banco e colocar um sissy bar talvez não seja a melhor opção para quem busca uma cruiser.

Depois de ter mostrado esses detalhes vou comentar as impressões sobre o ass test: não serve para mim.

O comando avançado se mostrou muito necessário para meu uso e conforto e o filtro cônico vai atrapalhar bastante o uso do comando avançado.

Os alforges rígidos não acomodam a minha mochila de uso diário e portanto acabam sendo inúteis para meu uso.

O windshield só funciona bem com os comandos centrais, coisa que eu trocaria pelos avançados. Na posição mais relaxada, o windshield se torna um obstáculo na visão próxima e eu teria os mesmo problemas que me fizeram desistir da CVO.



Low Rider S: saúde da bateria

Cheguei de viagem na última segunda feira após ter ficado fora por 3 semanas. A LRS já tinha sido encostado na sexta anterior à data da minha viagem e voltei a ligar a moto na última sexta feira totalizando 30 dias encostada na garagem.

Com isso estava apostando em problemas com a bateria, que já vem mostrando sinais de estar em fim de vida, mas o motor virou praticamente sem grandes "arrastos".

Na partida da moto após esse tempo encostada, a bateria acendeu painel e farol assim que coloquei o corta corrente na posição "on", apertei o starter e após um tempo bem curto (estimo em dois segundos), o motor de arranque "arrastou" e a moto ligou.

Saí para ir ao trabalho e na volta para casa a moto voltou a ligar sem problemas e vem sendo assim desde então.

Eu estava empurrando a revisão (já atingi a marca recomendada para troca de óleo mineral que a oficina do dealer usou durante o tempo de garantia nas revisões programadas) e uma vez que a bateria se comporta de forma regular, vou deixar a moto para revisão com o Adriano Godinho (que volta a cuidar da minha moto com o fim do período de garantia) e vou aproveitar para avaliar a saúde da bateria para trocar ou manter por mais algum tempo em uso.

A bateria é original, passou por vários períodos de inatividade por conta do aumento na frequencia das minhas viagens, e tem praticamente três anos (dois anos e nove meses para ser exato), o que para uma bateria Moura é uma surpresa, demonstrando o acerto que a HD fez no sistema elétrico dos M8.

Postarei mais informações após a revisão, tanto de custos quanto sobre o estado geral da moto e o serviço realizado na revisão.

quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Nightster Special: novidade encalhada

Dificilmente eu vejo um modelo perder o fator "novidade" tão rapidamente quanto a Nightster Special.

O modelo está em promoção por R$ 99.900,00 e tinha seu preço na última tabela divulgada pela HDMC em R$ 111.900,00, uma redução de R$ 12.000,00 (10,72%).

Essa promoção mostra que o modelo foi mal recebido e perde muito na preferência do comprador de HD quando é comparada com a irmã maior Sportster S (R$ 125.900,00), fato que não pode ser explicado pelas especificações pois a diferença entre os modelos se resume principalmente ao motor menor adotado na Nightster, mas para o consumidor de motos custom a Nightster tem uma ergonomia muito mais dentro do estilo.

O encalhe de um modelo novo mostra bem que nem sempre o "fator novidade" faz diferença e a HDMC, a exemplo do que fez com a Low Rider S, tenta fazer o desencalhe pela redução de preço.

E para quem comprou a moto dentro do "fator novidade" é algo para deixar uma dor de cabeça grande por ter pago o valor cheio antes da promoção. Será que a HDMC, através dos seus dealers, pensa em compensar esse consumidor? Será que existe algum consumidor do produto que chegou a comprar a moto pelo preço cheio?

E fica a dúvida: será que vale comprar a Nightster com valor promocional ou o modelo vai sair do catálogo assim que as unidades produzidas forem vendidas?