terça-feira, 16 de outubro de 2012

N-43: fim da vida útil

Adotei o Nolan N-43 em outubro de 2010, e completando dois anos de uso regular o capacete já mostra os sinais típicos de um capacete bem gasto: está folgado e o forro já começa a mostrar os encaixes.

É certo que o projeto permitindo várias configurações e um sistema de comunicação desenvolvido especialmente para este modelo deixam seu interior bem mais sujeito à fadiga pelo uso, mas não esperava que a vida útil dele fosse tão curta.

Comparando com outros capacetes de uso regular, o Nolan teve uma durabilidade bem menor. Antes dele usava um Shark SK-1 que foi usado regularmente pelos três anos que os fabricantes dizem ser a vida útil do capacete.

Mantenho o SK-1 até hoje por ter o selo do INMETRO, usando sempre que é preciso ir ao Detran para a vistoria e ocasionalmente para dar uma arejada. Esse capacete já conta com cinco anos de compra e está com a pintura estalada pelo sol, mas o casco continua íntegro e a forração continua firme e na comparação com o N-43 está muito mais ajustado à cabeça.

Em termos de conforto, o N-43 sempre foi melhor que o SK-1 e me agradou bastante durante todo o tempo que venho usando. Pena ter ficado folgado. Ainda pretendo usá-lo até achar outra opção, provavelmente com uma bandana para deixá-lo mais justo, pois o casco ainda tem menos idade que o casco do SK-1.

Opções: manter o N-43 (hoje custando um pouco mais caro, cerca de 190 euros sem os impostos), experimentar o AGV Blade (cerca de 100 euros sem impostos ou R$ 630,00 nas lojas brasileiras), encarar o LS2 OF559 que a Silvana usa eventualmente ( cerca de 80 euros sem impostos ou R$ 250,00 nas lojas brasileiras) ou partir para o Schuberth J1 (300 euros sem impostos, mais caro que o AGV GP Tech fechado que uso em viagens).

Tanto o N-43 quanto o J-1 não foram certificados no INMETRO, atendendo apenas às normas ECC européia e DOT americana. O Blade e o OF559 são certificados e o capacete da LS-2, além de ser o mais barato é também o capacete com preço mais barato que o mercado europeu (se for taxado de forma correta, seu preço será de 128 euros ou R$ 310,00). O Blade também tem preço próximo do preço europeu (do mesmo modo, se for taxado de forma correta o preço sobe para 160 euros ou R$ 400,00).
Pelo custoxbenefício de não se aborrecer com a falta de selo do INMETRO, vale a pena pagar o valor pedido no mercado nacional.

Uma opção old school que atende a norma DOT, o Bell custom 500 custa 150 doláres sem impostos, mas exigirá óculos de proteção, tendo a opção do novo modelo MAG-9, já na linha dos capacetes jet open face com viseira custando quase 200 doláres sem os impostos. Revivendo o coquinho, a Bell tem o Pit Boss (170 doláres sem impostos), half helmet com viseira retrátil escura que confesso ser o meu preferido na linha da Bell, mas de longe o modelo com mais chances de ter problemas com as autoridades.

Vou tentar experimentar os capacetes que andam a venda no nosso mercado antes de decidir por um capacete importado

14 comentários:

Filipec disse...

Wolfmann, acabo de trocar meu capacete com 3 anos de uso, e o estado dele era bem parecido. Eu estava usando uma balaclava de algodão, que alem de dar um pequeno volume, aumentava o atrito com o tecido do capacete e não deixava ele "sambar". Funciona provisoriamente até a chegada do novo. Abçsss

Anônimo disse...

Wolfmann, poucos dias antes do Rio Harley Days, comprei um AGV Blade Italy (branco) para eu andar de moto a noite, já que não instalei nenhum comunicador nele, é mais visivel a noite, e é um capacete mais barato para deixar junto com a moto.

Também costumo levar esse capacete em viagens, pois tem formato que cabe na mochila. Quando fui para o RJ, usei meu FXRG na estrada e, ao chegar ai, usei apenas o Blade. Para Floripa, também vou com o FXRG e levarei o Blade na mochila.

Pontos positivos:
- marca renomda
- design
- cor branca
- leve

Pontos negativos:
- viseira deixa queixo exposto
- pouca proteção da nuca

Sugiro experimentar o capacete.
Acho que vai gostar.
Abraços,
Renatinho

wolfmann disse...

Filipe, já estou usando uma bandana na cabeça para deixar o capacete mais justo.

Renato, a primeira idéia é experimentar o Blade e o OF559 e se um dos dois agradar, compro e aposento o N-43.

Não pretendo importar outro capacete aberto tendo as mesmas opções com o selo INMETRO, exceto se esses não me agradarem. Aí devo trazer outro N-43 porque o preço do Schuberth é muito salgado para o equipamento.

As opções da Bell eu vou ver in loco no ano que vem, quando estiver rodando nos EUA para a festa dos 110 anos da HD em Milwaukee.

Eduardo Gil disse...

WOlfmann,

Vai abrir uma loja na Barra somente de acessórios. Se não estiver enganado nesse fim de semana já deve estar tudo ok. Ficará logo depois do Rialto, ou melhor, ficará junto àquelas lojas de carros importados.
Parece que lá vai ter bastante opções de capacetes e de outros acessórios. Umas das atendentes de lá é bem atenciosa. O nome dela é Daniele.
Andei vendo recentemente alguns capacetes aqui no RJ e não são muitas as opções, ainda mais para quem tem uma HD.
Gostei desse aqui: Shoei J-Cruise Black Matt; mas não encontrei aqui no RJ. Então comprei um shark S700 preto fosco que até agora está me atendendo bem.
Ainda tenho receios de usar capacetes abertos. O N-43 era uma boa opção mas pelo visto durou pouco.

Até

Bayer // Old Dog disse...

Wolfmann, eu estou bem feliz com o AVG Longway. É leve, confortável e silencioso dentro do que um capacete escamoteável permite.

Uso também um NAU Spirit escamoteável, mas esse é pesado, quente, tem uma visibilidade limitada e pelo que estão cobrando por ele, ficaria com um LS2 escamoteável.

wolfmann disse...

Bayer, assumo: tenho preconceito contra os escamoteáveis. Prefiro encarar a estada com os capacetes fechados por achar que o ponto de encaixe fragiliza a estrutura.

Em termos de capacete fechado estou bastante satisfeito com o AGV GP Tech: silencioso, leve e muito confortável. Foi uma boa evolução do GP Pro. Recomendo e como o modelo é homologado no INMETRO, o capacete importado diretamente tem um laudo que o certifica.

Roque disse...

Acabei de trocar meu Shark Evoline, comprado em 2009, pelo novo Evoline 3, recém lançado na Europa e nos EUA. É mais leve do que o anterior (menos 260g), a viseira solar está melhor localizada e o mecanismo de abertura é muito melhor (viseira transparente abre junto com o sistema todo).
Ainda não fiz nenhuma viagem com ele (comprei no último dia da minha recente viagem nos EUA).

wolfmann disse...

Minha grande crítica sobre o Evoline é exatamente o peso excessivo.

Estou negociando a compra do MAG-9 da Bell, vou tentar marcar para experimentar o capacete e decidir ou não pela compra.

Com sorte experimento o AGV Blade antes para poder comparar.

Kasturp disse...

Wolfmann, uma opção para não aposentar o capacete precocemente, e mais barata, seria comprar uma nova forração para ele.....se você gosta do capacete e o casco ainda está bom a forração nova vai acabar com a folga....

wolfmann disse...

Kastrup,a forração onde a folga é maior é originalmente fina e não acho que uma forração nova vá resolver o problema.

Já estou usando bandana na cabeça e mesmo assim o capacete ainda balança, bem menos mas ainda balança, principalmente nos ressaltos do piso.

Acredito que foi a camada de isopor que perdeu espessura e para trocar o isopor por inteiro (casco interno) é melhor trocar o capacete.

Esse capacete foi comprado tamanho 60 (L), mas se voltar a optar por ele vou comprar 58 (M) para ter uma vida útil maior. Vai ficar mais justo no início, mas com tempo se ajusta.

Bayer // Old Dog disse...

Wolfmann, confesso que eu ficava ressabiado, mas preciso me identificar ao chegar na empresa e no condomínio, e levantar apenas a frente dele facilita muito o processo. A maioria dos meus capacetes sempre foi fechado também.

Mas você levantou um ponto interessante e eu vou perder algum tempo pesquisando o assunto. Sempre achei que por serem homologados, eles deveriam ser seguros. Mas acaba de me ocorrer que talvez a trava deles não estejam sujeitas à homologação DOT, já que os capacetes abertos recebem a mesma certificação.

Se for isso, vou voltar pro meu GP Pro...

wolfmann disse...

Bayer eu nunca pesquisei e acredito como você que havendo certificação deve cumprir sua função.

É realmente preconceito, mas sempre achei que se cair de cara no chão a frente escamoteável pode abrir. Desse jeito prefiro o aberto na cidade e vou para a estrada com o fechado, hoje um GP Tech.

Se achar alguma coisa, posta.

b00m disse...

Wolfmann, parece heresia, mas já experimentou os BMW system 6? Vira e mexe vejo em promoção aqui em ribeirão, esses dias estava de 5.000 por 900 reais em 10x. Nunca vi um capacete tão confortável. É escamoteável, mas com certeza protege mais do que um nacional fechado de 250 reais.
Eu gosto do evoline pelo motivo e poder andar aberto quando quero, sem levar multa...mas é pesado e tem um outro defeito que ninguém repara: é desengonçado. Se vc tentar deixa-lo em cima da moto, ele VAI cair. Só gosta de ficar no chão ou no cotovelo. Mas é uma boa opção, agora que saiu o evo3 tem várias promoções no evo2 por aí. Comprei um esses dias por 700 reais, novo.
abrax

wolfmann disse...

Eu não tenho preconceito de marca... meu preconceito é contra os escamoteáveis...

Eu gosto do capacete aberto para andar na cidade pela melhora na visibilidade. Andar com um escamoteável aberto para ter a mesma visibilidade não compensa, mas se tiver oportunidade vou olhar o System 6 e o Evo 3 que o Wilson Roque também elogiou.

Minha tendência é pelo AGV Blade. Experimentei o MAG-9 ontem e não ficou bom, aperta abaixo do maxilar inferior e incomoda bastante. Talvez se for um tamanho maior.