Não se sabe e se alguém souber é favor comunicar aos proprietários de KTM e Ducati.
Depois de encerrarem as atividades da KTM Mega Store da Av. Bandeirantes em São Paulo, notas divulgadas na imprensa pela KTM e Ducati que estavam agindo na esfera judicial para a quebra dos dos contratos de exclusividade, indicando inclusive oficinas, agora é o banco Daycoval que faz publicar nota na imprensa comunicando que antes de efetuar qualquer compra, os interessados devem informar-se sobre a existência ou não de gravame junto ao Detran.
A notícia de investigação de crime de estelionato e crime contra a economia popular é só boato, sem grandes possibilidades de confirmação antes de instauração de processo judicial, mas estas notas publicadas em jornais de grande circulação sugerem providência do banco parceiro para evitar as alegações de que os compradores das motos alienadas (e não devem ser poucas) seriam terceiros de boa fé.
Esse é mais um problema para os órfãos do Grupo Izzo resolver e fica o alerta para quem tiver interesse em comprar motocicleta das marcas importadas pelo Grupo Izzo: procurem informações sobre as motos servirem de garantia a empréstimos ou outras operações, pois já existem alguns boatos que oficiais de justiça estão cumprindo busca e apreensão das motos.
Mesmo com as lojas oficiais fechadas existem muitos revendedores que bancam o risco da alienação para tentar negociar as motos com particulares.
Para quem quiser dar uma olhada na nota publicada ontem (3/10), vale visitar o blog do Bayer: http://olddogcycles.com/2012/10/update-do-post-anterior.html
8 comentários:
Não é boato, o Grupo Izzo está sendo investigado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul por crimes econômicos antes mesmo da quebra de contrato por parte da Harley-Davidson. Um ex-funcionário da concessionária localizada em Porto Alegre me disse que o Grupo Izzo nem sequer depositava o FGTS dos funcionários, além de alguns absurdos que eu cheguei a ver pessoalmente durante o tempo que eu frequentava a concessionária como motocicletas de polícia ficarem quase 2 meses paradas por falta de peças. É absurdo que coisas tão simples quanto velas de ignição e lâmpadas de farol pudessem faltar, mas acontecia.
Este breve relato é para que entendam como algumas coisas funcionaram e então poderem ligar alguns pontos e acrescentarem informações:
Grupo Izzo na fase motocicletas (sim, no passado já foram um grande grupo no setor automotivo) era o nome fantasia para várias razões sociais e cnpj dentre: Hdsp motorcycles e veiculos ltda (Sócios Luiz Paulo de Brito Izzo, Alexandre Fares de Brito Izzo), New Point Adm e Part ltda nominada Hdsp com veic ltda (Socios Alexandre Izzo, Paulo Izzo Neto, Luciana Linhares Ferro Izzo), Lpap Com Repres Veíc Autom ltda (Todos os sócios citados anteriormente).
Apenas para não ser longo, uma vez que cada loja já teve uma razão social e cnpj diferentes, porém, em certo momento, para facilitar transferências de mercadorias entre as mesmas, deram inicio a unificação da razão social Hdsp para todas as unidades, porém com cnpj’s diferentes.
A Lpap foi criada para trabalhar as marcas que não fossem HD, sua sede era na unidade Pacaembu, onde, além da loja HD, toda área servia como armazenamento e estoque central, bem como alguns anos ainda tinha uma concessionária Mitsubish do grupo.
Vamos ao assunto HD. Ao contrário do que muitos, aliás, todos acham, a HD não tirou a representação do grupo no país, muito menos por motivo dos erros cometidos pelo mesmo. A história é tão velha quanto o corporativismo, e temos um monte de exemplos no Brasil (Audi, Renault, Coca Cola e uma lista imensa onde a prática não vai terminar nunca), ou seja, desde 2005 o grupo tentava se preparar para um momento quando a representação fosse terminar, e isto era certo. Com contratos que duravam 8 anos, Paulo Izzo ganhou notoriedade e importância com os antigos executivos americanos, executivos que estavam na marca deste o inicio dos anos 80 quanto ela ressurgiu das cinzas da antiga AMF, e estariam prestes a se aposentarem deixando um legado de dar inveja. Então, com novos Ceo’s e diretores, após a crise de 2008, o foco da expansão mundial da HD estava voltada para o Brasil. Com potencial de vir a ser o 4º maior mercado mundial da marca, só haviam duas opções: 1 – aguardar o termino do contrato em 2015; 2 – rescindir o contrato pagando multa. Muita coisa aconteceu em 2010, boatos plantados, tentativas de caracterizar quebra de contrato, falta de produção, falta de peças, e mais um monte de acontecimentos para desestabilizar o grupo. O contrato era americano, com leis americanas, não tinha nada a ser feito legalmente pelas leis brasileiras. Por fim, resolveram rescindir o contrato entre a HD e o Grupo Izzo, cabendo, segundo línguas, um pagamento de U$ 54.000.000 em duas parcelas. Para aqueles que se deliciaram em esparramar a boa que a HD tomou o negócio do grupo, meus sentimentos, porém, não estou defendendo ninguém, volto ao tópico que todos já sabem: a empresa, no pais trabalha o mercado para a marca, depois a merca vem e toma pra si. Fato!
Em 2008, antes da bolha, o grupo vivia seu melhor momento de vendas, chegando faturar até 750 unidades/mês, a um preço de estratégia de mercado predatório, ou seja, vender tudo a todo custo, o mais rápido possível e acumular receita. Porém os outros setores da empresa não acompanhava esta condição. Pos vendas precário, deficiente, inexistente, inoperante. Peças e acessórios, além de caros era difícil e a falta de competência de pessoas ainda piorava a situação inflando o estoque com peças inúteis e desproporcionais ao estoque de vendas passadas e futuras de motocicletas. E o mesmo se seguia com administração, rh, treinamento, sistemas, lojas sucateadas com instalações precárias fora de São Paulo capital. O departamento de marketing na mão de Luciana Izzo gastava tubos de dinheiro para bancar os delírios da recém chegada socialite. Motorclothes passou a ser um orgulho e aposta em gente competente que realmente sabia o que estava fazendo, mudando a cara desta área da empresa.
A operação: no inicio, o estoque de Hd viria de sua montadora em Manaus, com as famílias Softail e Touring, enquanto Vrsc e Sportster eram importadas. Assim como as outras marcas importadas do grupo, inicialmente eram trazidas e pertenciam a SAB trading, um dos braços do mega empresário Jorge Guinlle (O Jorge que deu certo...), que, em 2008 fora anunciado como sócio no grupo Izzo, porém, sem colocar um tostão na empresa. E isto faz pensar que Paulo Izzo devia dinheiro ao Jorge Guinlle. A empresa vendia e faturava motocicletas do estoque entre lojas ao consumidor final, prática proibida numa época de guerra fiscal entre estados da união, que atualmente conhecemos como Substituição Tributária. Hoje, estão estimados em mais de 30 milhões somente as dividas fiscais das empresas. Mas a historia está longe de terminar, o grupo fazia uso da prática bancaria do sistema de floorplan (onde um grupo de bancos não comerciais bancavam um crédito rotativo para aquisição de estoques e a garantia de receber pelo empréstimo era de uma prévia alienação dos chassis a esses bancos, quando, do faturamento da venda do produto ao consumidor final, fazia-se o pagamento ao banco cujo chassi pertencia, e solicitava a baixa do gravame em até 48 horas no sistema do Detran). Todos sabemos que o floorplan é uma prática legal e bastante usada, até aí não tem problema, o problema era que, de tempos em tempos, a tática escolhida pelo diretor comercial do grupo, Alvaro Sandre, era de fazer girar o floorplan, ou seja, a entrada da compra da motocicleta por um cliente era usada para pagar ao banco, a liberação do gravame de uma motocicleta que já havia sido vendida há 30 dias atrás. Quando o cliente comprava uma motocicleta, ele tinha que concordar e aguardar este prazo para a liberação do chassi para emplacamento. Porém a bola de neve aumentava toda vez que um mês vendesse menos que o anterior, alguém ia ficar sobrando na liberação do gravame. Por muitas vezes, funcionários eram empurrados como boi de piranha tentando explicar o inexplicável: a quebra de acordo entre a loja e o cliente. Alvaro Sandre toreava clientes, vendedores e até os gerentes com mentiras para ganhar tempo. Com a chegada de 2011 e termino do contrato entre a HD e o Grupo Izzo, este começou a trabalhar oficialmente com a Ducati e a Ktm. Porém o faturamento mensal caiu para, no máximo 100 motos por mês, mesmo com a soberba (ou estratégia) do Paulo declarando á imprensa que iria vender 250 unidades. Sem estoque de motocicletas, e, quando tinha eram motocicletas de resto de estoques antigos arrebanhados de representantes no exterior, enfraquecido pelos boatos do contrato com a HD, com o passado manchado devido as mazelas do pós-vendas, lojas montadas a toque de caixa, sem estrutura, sem treinamento, sem funcionários suficientes, sem clientes, o ultimo prego no caixão era a demora de até 120 dias (!!!!) (para os que conseguiram) para se liberar um gravame de emplacamento. O pouco do imobiliário que sobrou das lojas estão divididos parte nos colégio Pentágono se sua mãe Nancy Izzo e parte em algum galpão da IBL Logistica. Este é o fim melancólico para todos.
Fecharam as portas, chutaram para as ruas mais de 100 funcionários com salários atrasados, sem recolhimento de fgts, sem inss, sem direito a seguro desemprego. Fora os que foram mandados embora antes e estão na justiça aguardando o acerto, não feito, de anos, décadas de trabalho com recebimentos por fora. Devendo ainda ao fisco, aos fornecedores, imobiliárias, clientes. Devendo aos bancos e clientes até hoje tentando na justiça emplacar suas motocicletas e uma famigerada, porém legal, lista de chassis circulantes prontos para serem apreendidos por pertencerem aos bancos. O irmão e fiel depositário da Lpap Alexandre Izzo morre em um acidente, o que pareceu ser bastante oportuno diante de um mundo de execuções e cobranças judiciais.
Qual o porquê de escrever isto? Já pararam para pensar a cultura em que vivemos? Ou o legado que estamos deixando para os próximos 50 anos sem que nada mude? De leis arcaicas que estão por aí e dão direito, sobretudo a quem não deveria ter, de usá-la a seu favor? De gente, empresários, gananciosos, políticos que, há décadas deixaram de ser cara de paus e hoje evoluíram do inoxidável para platina...e se, continuar assim, num futuro próximo serão de “adamantium”?
Paulo Izzo? Contratou um batalhão de advogados em várias áreas, tem todo o tempo do mundo e recursos legais disponíveis, inventários familiares para retardar os processos. Gerações já nascem tendo o patrimônio blindado, é normal. A única coisa que pertence e continua no nome dele são só os documentos pessoais, só! E, ah, o mesmo está bem, morando em São Paulo e, apesar de “low profile”, comercializando barcos de luxo. Alguém aí tem interesse em adquirir algum?
Para tantos perderem, alguns poucos ganharam muito...gostaria de saber o endereço de um dos sócios da LPAP, já que a citação tem se tornado impossível...
Se alguém tiver alguma informação, envie que será publicado.
Eu não tenho informações que possam ajudar no processo judicial.
o post existente anteriormente foi excluído a pedido do autor.
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