quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Trem do HOG

Nesse feriado diversos amigos do HOG que tem uma relação de amizade mais estreita estiveram nos visitando e, como não deixa de ser natural, o assunto foi: HDs, passeios, viagens, destinos e o HOG.

Depois do acidente da Silvana não voltei a participar dos passeios, mas eles continuam.

Não faço críticas sobre o passeio em que a Silvana se acidentou, até porque naquele passeio em especial o trem acabou se desfazendo no pedágio e os colegas subiram espaçados e sem qualquer formação.

Desse passeio em diante, os briefings voltaram a ser feitos e os passeios começavam com os interessados sabendo onde e quando haveriam as paradas.

Problemas com a formação na estrada continuam ocorrendo, em parte por conta do grande número de calouros interessados em participar, mas sem a devida preparação para viajar em grupo. Tanto é assim que os passeios que receberam maior aprovação foram aqueles onde o número de calouros foi reduzido. Por conta disso, muitos deixam de sair no trem do HOG quando o número de colegas começa a ser elevado.

Falamos também sobre as atuações dos Road Captain: tanto o líder quanto o cerra-fila e sobre a necessidade de um terceiro Road Captain quando o grupo aumenta muito para manter o trem coeso, sem deixar espaços enquanto trafega na estrada.

Dessa conversa informal eu tirei algumas observações que merecem uma atenção por parte da atual diretoria que, segundo a conversa do feriado, vai sofrer algumas alterações.

A primeira observação é que viajar em grupo pressupõe um mínimo de conhecimento das regras do Group Riding (Rider´s Program I). Não basta dizer onde e quando vamos parar. É necessário informar que a formação obedece alguns sinais conhecidos, que a posição no trem deve ser guardada, que a formação stagered (duas filas alternadas) deve ser mantida com a distância de roda e não a regra dos dois segundos, que as filas na formação stagered são independentes e uma fila não fica atrelada à outra, que é o colega da frente que cuida do colega de trás e não o contrário, que o trem não para quando há um problema (apenas o colega da frente vai parar para prestar um auxílio) e que o trem tem a velocidade do mais lento, mas os mais lentos devem se preocupar em acompanhar os demais pois o trem não pode se arrastar na estrada.

Viajar em grupo pressupõe uma preocupação com o grupo e não uma preocupação individual. Ninguém é obrigado a andar em grupo, mas se faz a opção deve se imbuir do espírito de grupo e manter a preocupação com o grupo.

A questão do mais lento inclusive foi motivo de uma discussão mais acalorada sobre a necessidade de não deixar ninguém para trás. Isso é válido em um grupo pequeno, mas em um trem grande como costuma ser o trem do HOG isso não pode prevalecer, pois se isso ocorre o Road Captain que serve de cerra-fila passa a ser um acompanhante do mais lento e deixa de lado a segurança do grupo para não deixar ninguém para trás.

Portanto, mais uma observação para a diretoria é escolher bem os Road Captain. O líder e o cerra-fila tem a necessidade de entrosamento, e muitas vezes será preciso um terceiro Road Captain para servir de "pastor" e manter o grupo coeso.

O Road Captain normalmente é um diretor, mas em várias oportunidades não estavam presentes todos os diretores e um veterano se oferece para servir de líder ou cerra-fila. Cabe à diretoria lembrar ao colega que vai desempenhar a função sobre as obrigações para com o grupo. Escalar um "pastor" para manter a comunicação entre líder e cerra-fila, mantendo a coesão do trem na passagem, é uma providência a ser adotada sempre que trem superar quinze motos (minha opinião), mas esse é um número que pode ser modificado conforme o entrosamento entre líder e cerra-fila.

E a última observação é com relação a horários, locais de partida e concentração, trajetos e como agrupar após incidentes como pedágios ou sinais de transito.

Programação feita não deve ser modificada, embora muitas vezes ocorram circunstâncias tais que obrigam a isso. Se ocorre uma modificação o ideal é certificar que todos sabem da alteração, pelo menos todos que estão presentes na saída do passeio.

Horários devem ser calculados levando em conta a duração do dia pois não são todos que tem condição ou gosto por andar durante a noite.

Agrupamento deve ser feito levando em conta o número de motos. Um número acima de quinze motos necessita de uma parada para acontecer o agrupamento e essa parada deve ser do conhecimento de todos. Agrupar rodando necessita grande entrosamento entre líder e cerra-fila para se ter certeza de que ninguém ficou esquecido.

E finalmente uma observação pessoal: a saída da loja em direção à estrada não deve ser feita pela linha amarela. É uma via perigosa pelo trajeto, com muitas pipas e linhas com cerol, além de propiciar condições para que o grupo seja rendido em um assalto. Recomendo firmemente a saída pela Zona Sul e como solução para os diversos sinais de transito que são enfrentados pelo trem nesse trajeto, sugiro um agrupamento do trem no Parque dos Patins na Lagoa. Uma parada de dez minutos propicia um cigarro para os fumantes, não é longa o suficiente para desanimar o grupo e serve para ter certeza de que ninguém vai precisar andar acima do limite de velocidade para alcançar o grupo.

Fica lançada a semente para que o trem do HOG possa ter mais segurança nas estradas que adoramos frequentar.

2 comentários:

Viajar de Moto disse...

Sugiro que você leia e se quiser publique em seu blog o post de meu blog que tem o titulo: Sozinho ou em grupo?
Abraços e muita saúde
Lauro

wolfmann disse...

Lauro, eu li o post. Muito interessante e afinado com a minha opinião do que seja andar em grupo.
Para mim, o grande motivo de andar em grupo é a segurança que advém da grande visualização e admiração que as pessoas, que dividem as estradas conosco, acabam tendo com o grupo de motocicletas.
Já fiz algumas viagens sozinho (muito poucas) e não gosto de rodar sem um companheiro por conta dos imprevistos que acontecem.
Um bom grupo é o grupo de amigos, onde todos se conhecem e pressentem um problema só pela mudança de tocada. De seis a dez motos é um número que permite uma tocada rápida e segura.

Para quem ficou curioso sobre a postagem do Lauro, visite: http://blogviajardemoto.blogspot.com/2009/09/sozinho-ou-em-grupo.html