sábado, 10 de outubro de 2009

fim de vida da FX

O acidente da Silvana determinou o final da vida da FX. Mesmo que o seguro se decidisse a consertar a moto eu a venderia por conta do trauma, mas isso não aconteceu.

O valor do orçamento (que não tive acesso, mas o primeiro orçamento girava em torno de R$ 50K ainda sujeito à negociações entre a HD RJ e a companhia de seguros) determinou a perda total do veículo, sendo pago o valor da tabela FIPE para a motocicleta (R$ 33,4K), sendo parte para a financeira e o saldo para mim.

Do acidente até a análise do orçamento e decretação da perda total foram mais de 60 dias, devendo chegar a 70 dias até o pagamento final. Parte do atraso no procedimento foi devido aos problemas que enfrentei com a internação da Silvana, parte por conta da HD RJ em elaborar o orçamento. Da seguradora (Allianz) e do corretor de seguros (Luis Mário) nada a reclamar, pelo contrário pois foram eles que pressionaram tanto a HD RJ para o término do orçamento quanto a mim para a entrega de documentos. Nota dez para o Luis Mário.

Uma dica para quem tiver a infelicidade de usar o seguro em caso de perda total: se a apólice não fizer menção explícita aos acessórios instalados na motocicleta, a propriedade dos mesmos é do segurado e não da seguradora, por conta disso retirei os acessórios que estavam em bom estado e vou negociá-los a parte.

Levando em consideração o valor a recebido, o valor que deixo de pagar à financeira e o valor de mercado dos acessórios retirados, acredito que a FX vá chegar a um valor de venda bem próximo à R$ 40K, bem superior ao valor de mercado dessa motocicleta.

Atulizando o histórico da FX antes do acidente, ela rodou pouco do início do ano até hoje (está com 22000 kms), mas sofreu várias alterações por conta da idade e do projeto inicial de customização.

A moto foi ao XII HOG Rally, em Campos do Jordão, e esticou até São Paulo por conta de uma semana de férias e essa foi a viagem mais longa dela. A roda traseira foi substituída pelo par da roda dianteira, trocou pastilhas de freio (ainda com meia vida) e fez cromagem em diversas peças. A bateria necessitou ser trocada (mais do que normal para uma moto com quase cinco anos e ainda usando a bateria original). Na troca da roda e pastilhas o serviço custou R$ 2,7k, a cromagem gastou mais R$ 6K e a troca da bateria e um o-ring R$ 500, aumentando o custo por km rodado para R$ 1,55.

Levando em conta a diferença entre os valores pagos na compra da moto e os valores apurados com a perda total, acredito que o custo por km rodado acabou completamente amortizado.

A média de combustível permaneceu constante em 13 km/l no uso urbano e 20 km/l no uso na estrada.

Seguro renovado por mais um ano apresentou queda no valores pagos: R$ 870.

Um detalhe merece ser comentado: durante a cromagem feita na HD-Pimenta em São Paulo, descobriu-se que os espaçadores das varetas do comando de válvulas estavam com problemas e necessitaram ser trocados. Isso foi causado, provavelmente, pelo tempo que a motocicleta tem e não foi a primeira FXS que apresentou esse problema no espaçador. Embora seja um defeito simples de corrigir, pouca gente procura por ele. Fica o comentário.

Também durante a cromagem, a moto acabou sendo totalmente revisada pois os lubrificantes e filtros foram trocados (foi cromada a tampa completa da primária, cabeçotes, coroa, manetes, canelas e tampas completas da caixa de marcha e inspeção), além da troca do fluído de freio por DOT 5 e verificação de pastilhas de freio e ajustes de cabos. Moto foi reapertada e ficou na oficina durante o tempo em que estivemos viajando em Maio deste ano.

Sobre o serviço da HD Pimenta, recomendo desde que o próprio Pimenta se ocupe da motocicleta ou que você tenha tempo para acompanhar o serviço. Pequenos problemas surgiram da montagem das tampas cromadas. Tive um vazamento no tanque de gasolina por conta de um o-ring mal colocado e a bateria (que já estava nas últimas) acabou perdendo carga (que já havia sido recarregada no Pimenta) com as sucessivas tentativas de fazer o motor funcionar e acabou com sua vida útil.

E como último comentário sobre a FX: o serviço de desmontagem dos acessórios feito pela HD RJ. A César o que é de César. Do mesmo modo que me sinto a vontade para criticar quando encontro motivos, tomo a mesma iniciativa quando surge a ocasião para um elogio.

A HD RJ, através do Zé Roberto (gerente da loja), do Bento (gerente da oficina) e do Mauro (chefe da oficina), fez um serviço rápido e teve uma atitude extremamente elegante e que não se encontra mais no mundo atual. Levando em conta a gravidade do acidente com um dos membros da comunidade HD, fez a cortesia de executar todos os serviços de desmontagem para retirada dos acessórios em bom estado e montagem dos componentes originais que ainda tinha em meu poder sem qualquer custo. Agradeço também ao Eduardo da Brazil Custom que me cedeu um pneu usado sem qualquer custo e ao Adriano que me devolveu o aro e câmara de ar que ele não chegou a usar e eram originais da FX.

Essas atitudes demonstram muito bem o diferencial que a gente encontra na comunidade HD. Sempre que um harleyro precisa de um auxílio, sempre existe um outro harleyro com a disposição para tal.

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