quinta-feira, 24 de julho de 2008

Capacete

Falei em uma postagem anterior da importância da escolha do equipamento adequado em uma viagem.

Agora vou escrever sobre os equipamentos em separado.

Inicialmente é bom ressaltar que cada um escolhe como quer se matar. Uns fumam, outros bebem e alguns gostam de (não) usar capacete. É uma questão de bom senso o uso do capacete adequado ou não usar nenhum capacete. Ou uma questão de sorte, que diga o Perrone que caiu em Parati usando um coquinho em alta velocidade e escapou com uma lesão pequena no pulso e alguns arranhões, e o coquinho nem arranhou.

Antes que alguém diga que sou hipócrita ao defender o uso do capacete, digo que, como todo mundo, não gosto do danado do capacete e sempre que posso eu não uso o capacete, mas que a gente fica mais exposto, não se pode negar.

Um bom capacete pode fazer diferença em um acidente e desta forma vale a pena gastar um pouco mais na compra de um bom capacete.

Já que no Brasil os capacetes devem ser certificados pelo INMETRO, aquele capacete importado que é certificado pelas mais rigorosas normas americanas e européias tem seu uso proibido.

É sempre bom lembrar que as normas americanas e européias são muito mais rigorosas que a norma brasileira, mas isso é questão de bom senso, coisa que falta às autoridades brasileiras.

Como a lei do selo foi modificada várias vezes, não custa lembrar aqui qual a interpretação que vem sendo usada pelas autoridades em caso de fiscalização: o selo/etiqueta do INMETRO só é exígivel para os capacetes fabricados a partir de agosto de 2007 (brecha para você usar o capacete importado que você comprou: coloque uma data de fabricação anterior a esta data), devendo os capacetes terem na lateral, frente e traseira do capacete um adesivo reflexivo. As viseiras devem ser cristal, não sendo admitido o uso de película na viseira. As viseiras escuras (daylight) tem seu uso restrito ao horário diurno (6h às 18h) e devem estar abaixadas (fechadas). Os capacetes abertos devem ter viseiras ou o piloto deve utilizar óculos de proteção tipo aviador (gogles de motocross ou esqui), embora estes óculos ainda não tenham sido certificados pelo INMETRO. Os óculos que estamos acostumados a usar, de armação com lentes escurecidas ou amarelas não são permitidos. NÃO EXISTE VALIDADE PARA O CAPACETE.

Ou seja, se você quiser andar com um capacete não permitido (coquinho) ou sem capacete ou até mesmo com a viseira do capacete permitido aberta, para a lei você estará sujeito às penalidades da lei, desde que haja uma fiscalização. Não se esqueça de abaixar a viseira quando chegar nas Blitzes.

Capacetes abertos não são indicados para a estrada pois além de não protegerem a mandíbula em caso de acidente, também deixam o rosto descoberto e sujeito a pedras, insetos e outros objetos que estejam soltos na estrada. Mesmo na cidade, eles não são os mais indicados, mas como se trafega em menor velocidade e quase sempre no trânsito, eles acabam sendo a escolha natural. Procure um capacete resistente, de preferência com mistura de fibras e evite os capacetes construídos em termoplásticos (normalmente os capacetes barbante de R$ 50,00). O cocão da KJC costuma ser uma escolha dos harleyros desde que o coquinho foi proibido. Eu uso um Shark SK. Leve e bem construído, consegue ser confortável e seguro. Com o tempo mais frio venho usando uma proteção no pescoço para evitar as tradicionais dores de garganta e resfriados comuns nesta época do ano.

Capacetes fechados são uma escolha natural para a estrada devido a maior velocidade de cruzeiro. Procure escolher um capacete que seja resistente, que tenha sido construído pelo menos com mistura de fibras, leve e com boa vedação acústica ao ruído do vento. Parece rabugice, mas uma viagem de 4 horas ou mais com vento rugindo nos seus ouvidos cansa bastante. Eu uso um AGV GP-PRO, com duplo casco e forro removível, feito em fibra de carbono, é leve e resistente.

Em hipótese alguma use um capacete fora do seu tamanho. O capacete largo vai balançar na sua cabeça e o capacete apertado vai comprimir sua cabeça. Em ambos os casos, o desconforto é grande e aumenta muito o cansaço em viagem.

O uso de intercomunicadores vem sendo bastante difundido, mas pode ser considerado como infração ao Código de Trânsito (dirigir usando fone ou telefone). Portanto cuidado com o intercomunicador, além de acabar com o silêncio dentro do capacete também pode causar prejuízo.

2 comentários:

Anônimo disse...

olá.Você poderia me informar onde encontro este capacete "cocão kJC"que vc menciona no seu blog? abraços

wolfmann disse...

Na época eu vi esse capacete em diversas lojas na General Osório em São Paulo.
Hoje em dia o cocão tem a marca da Kraft e você encontra facilmente na General Osório em São Paulo.
Como referência na internet você pode visitar os sites da Capacete e Companhia de Ribeirão Preto (www.capacetecia.com.br) ou Casa do Capacete de São Paulo (www.casadocapacete.com.br).