sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

HDMC no Brasil

A HDMC segue sua expansão pelo mercado brasileiro: Nas últimas semanas foram inauguradas as lojas de Fortaleza e Recife e a loja de Ribeirão Preto está prestes a iniciar suas atividades (21/12).

Enquanto isso, o cenário do pós-venda muda, para pior. Além de permanecer o cenário já conhecido de falta de peças e modelos para pronta-entrega, agora estamos começando a ler reclamações em sites de defesa do consumidor sobre demora na baixa do gravame e consequente liberação para emplacamento, notadamente em motos compradas à vista.

A última reclamação que foi veiculada nas redes sociais relata demora de 45 dias para entrega da moto e 15 dias para baixa do gravame, total de 60 dias para liberar a moto como nos bons tempos do Grupo Izzo.

Como não foi divulgado o modelo da moto, não dá para saber se isso ocorre em função da "empurroterapia" que a HDMC Brasil vem usando para desovar os modelos 12/12 de fim de produção ou se foi um tradicional "gato por lebre".

O que se deve notar é a necessidade de transparência nas negociações, já que o consumidor alertava para o fato de não haver aviso de tanta demora, sem falar na demora seguinte para a baixa do gravame.

A falta de informação não deve voltar a ser uma constante nas vendas de motos zeros. Já tive oportunidade de comentar o fato com o gerente da loja do Rio e um dos argumentos que ele usou é a falta de adaptação do fábrica de Manaus às necessidades do mercado nacional, pois a fábrica segue uma programação para montagem que nem sempre atende à procura, e isso causa espera por determinados modelos.

Como exemplo, posso citar o caso das Ultra Limited que estão chegando para atender pedidos feitos há 60 dias. Já são modelos 12/13 e muitos dos colegas em lista de espera desistiram das encomendas ao longo do longo prazo, seja mudando para outro modelo, seja cancelando o negócio por ter negociado com outro dealer fora do seu domicílio, ou seja porque se sentiu mal tratado pela marca e migrou para outra marca.

Não entrando no mérito da questão da defasagem entre os modelos vendidos no Brasil e os modelos apresentados nos EUA e que atendem o mercado importador (Europa, Austrália, Africa do Sul e até mesmo a vizinha Argentina tem os mesmos modelos), a lista de espera não pode esperar que a meta anual seja atingida para começar a ser atendida, como é o caso. Deve haver uma contingência da fábrica que permita o atendimento das encomendas mesmo que isso atrapalhe a meta programada. Mostrar serviço não se resume a bater meta, mostrar serviço é principalmente atender bem o cliente, ainda mais na HDMC onde o cliente é o principal ativo da empresa.

Ainda assim, não é aceitável o prazo de quinze dias para baixa do gravame, visto isto não acontecer com todos os dealers, ainda mais para quem já integraliza o pagamento na hora da negociação. Acho que a HDMC deve pedir explicações sobre o assunto já o que o prazo normal para esse procedimento (normal no mercado de carros e motos) é de no máximo 5 dias.

Se existe má-fé, deve ser coibida. Se existe desorganização do dealer, deve ser corrigida, mas não se pode aceitar que o consumidor seja impedido de licenciar a moto paga, seja por ele ou por um banco, por um procedimento administrativo.


6 comentários:

Anônimo disse...

Wolfmann,

Como sempre muito boas suas explicações. No caso da HD RJ, eu tbm conversei com o gerente sobre o problema de gravame e erro de nota fiscal. E ele disse que era um problema pontual. Só que dois finais de semana depois, fui com meu primo comprar uma 883, e no início do negócio ele perguntou sobre isso e foi garantido que não haveria. Só que uma semana depois de receber a moto ele não pode emplacar, por problemas de gravame! E eles pediram 7 dias para resplver !!!!!
Então não é algo pontual, e sim uma prática da Vitoriana Motos. Reclamações como esta, estão ficando cada vez mais frequentes com relação ao dealer carioca.
MP RJ já esta ciente.

Abc

wolfmann disse...

A repetição é que levou ao post. O canal está aberto ao dealer, na ocasião em que conversei com a gerência também garantiram ser uma fase de reestruturamento tanto do banco quanto da empresa, mas com a reincidência nota-se que a fase ainda está em curso.

Espero que a fase termine ou que se inicie negociações com maior transparência. Se não existe condição de cumprir prazo que se deixe ao consumidor a decisão de esperar ou fazer negócio com outro dealer, afinal o tempo do dealer único acabou e a concorrência está aberta.

Anônimo disse...

Exatamente o que penso, tem de haver transparencia !

Eu sinceramente espero muito, que eles se aprumem, e quemde umafirma geral a HD Brasil tbm e que se possa dispor de peças e motos em um tempo razoável!


Abcs

Alexandre disse...

Comprei minha fatboy lo 12/12 na HD-RJ.
Até agora não tive problemas. Inclusive aó poderei pegar a moto em janeiro pois estou fora do país... Mas esses relatos me deixam apreensivo.

Só queria deixar um ponto positivo no meio de tudo: fui bem atendido, paguei de forma boa p mim, quebraram alguns galhos... Enfim, eu gostei muito da harley rio, do vendedor e das pessoas que conheci numsábado.

Espero continuar aó c coisasmboas p falar.

Anônimo disse...

Aexandre,

Eu também fui muito bem tratado pelo vendedor, a cordialidade existe. Só que os problemas também! A questão é a repetição dos fatos.

Como vc só vai pegar a sua FB em Janeiro, acredito que vc não tenha problema algum. Porém sugiro conferir se sua nota fiscal no sistema corresponde a forma de pagamento que vc fez. Senão vc não consegue emplacar a moto.

Ao pegar a moto, verifique que ao girar o guidão , nem o cabo de embreagem e nem os cabos de acelerador e freio peguem no tanque. Outra coisa a ser observado, veja se o módulo BCM que fica atras do tanque de óleo esta corretamente afixado em sua posição, pois eles tem vindo fora do lugar e pode dar problema.

No moas boa sorte e bons passeios
abcs
Alex

wolfmann disse...

Não se discute a boa vontade e cordialidade no atendimento.

Infelizmente isso não garante o perfeito cumprimento das obrigações contratuais pelo que estamos observando.

Tenho boas relações com vários dealers, fui bem atendido sempre que precisei, mas essa caixa preta da venda/entrega da moto continua sendo um mistério.

Acho que o consumidor exigente tem mais chances de ter menos aborrecimentos e exigir o cumprimento de obrigação em relação de consumo não desmerece nenhuma relação de cordialidade ou amizade com quem atende ao consumidor.

Trata-se apenas de exigir o que foi acertado.