sábado, 5 de fevereiro de 2011

amadorismo no trato das HDs

Essa é 600ª postagem e a Fat está parada na oficina (ainda).

Um problema na alimentação fazia com que a moto não ligasse quando o tanque baixava a 2/3 e como já relatei no post anterior, a solução foi a troca de uma mangueira (furada pela terceira vez).

Mas, por algum outro problema a moto liga e não sustenta o fluxo de combustível e, também como já postei antes, não consegui encontrar a solução.

Resultado disso: reboque para a Brazil Custom, oficina que sou cliente desde que a moto saiu do período de garantia.

A injeção das HDs é relativamente simples e a maior parte dos problemas se origina na parte elétrica. Mas isso não quer dizer que não demande conhecimento e ferramental específico. Normalmente esses problemas seriam encaminhados para a oficina do dealer, mas com a transição essa opção é inexistente atualmente.

A Brazil Custom, como outras oficinas do Rio, não investe e terceiriza quando algum cliente chega com a moto apresentando problemas na injeção. Opção das oficinas especializadas já que os problemas com injeção são raros enquanto os problemas com carburadores tem maiores incidências e a maior parte dos mecânicos dessas oficinas tem grande experiência com carburadores.

Mas o número de injetadas cresce e se abandona uma fatia do mercado em expansão sob a justificativa que não vale a pena investir em treinamento e ferramental. E o terceirizado ganha tradição e acumula uma agenda de prestação de serviço que faz os clientes aguardarem com as motos paradas na oficina por até 10 dias por um diagnóstico, podendo se estender mais ainda se houver falta de peça de reposição (fato corriqueiro).

Enquanto essa visão romântica de que as HDs tem mecânica tradicional e que os clientes investem não em performance, mas sim em adereços cosméticos, oficinas que investem em treinamento e se mantém atualizadas (notadamente em São Paulo) ficarão cada vez mais frequentadas porque o cliente não quer ficar rodando de oficina em oficina para fazer serviços diferentes. O cliente quer ser atendido em todas as suas necessidades no mesmo lugar. Fidelização do cliente incluiu atender as necessidades do cliente. Se essas necessidades não são atendidas, o cliente troca de oficina.

Fica a crítica para as oficinas especializadas cariocas: chega de amadorismo. Invistam em treinamento porque os próximos dealers podem ter oficinas mais eficientes que as oficinas do antigo dealer.

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