sexta-feira, 7 de abril de 2023

FENABRAVE: emplacamentos primeiro trimestre

Muito vem sendo comentado sobre a economia brasileira principalmente sobre uma possível recuperação, plataforma do governo eleito, mas o primeiro trimestre terminou aos soluços: com crises e falas desmentidas tivemos uma inflação ainda acima da meta, produção abaixo do esperado, férias coletivas e taxas de desemprego subindo.

No que interessa ao mundo das duas rodas, as montadoras não parecem muito confiantes neste ano, vivendo uma expectativa antes de começar realmente a trabalhar, desovando estoques (a HDMC praticamente não produziu no primeiro bimestre pelo que a ABRACICLO publicou e ainda não atualizou o primeiro trimestre) e mantendo o mercado em compasso de espera.

A FENABRAVE já divulgou os números referentes ao primeiro trimestre e praticamente todas as montadoras vem projetando números inferiores aos conseguidos em 2022: somente a Royal Enfield e a Triumph projetam números melhores, mas dentro de uma margem de erro podemos dizer que o melhor que as montadoras parecem projetar será repetir 2022.

Projetando os emplacamentos para 2023, temos a BMW com 2.843 no primeiro trimestre (11.372 no ano), a Royal Enfield com 2.739 no primeiro trimestre (10.956 no ano), Triumph com 1.355 no primeiro trimestre (5.420 no ano), HDMC com 322 no primeiro trimestre (1.288 no ano) e Ducati com 263 no primeiro trimestre (1.052 no ano).

Os números da HDMC tradicionalmente melhoram ao longo do ano por conta de féria coletivas no início do ano e na ABRACICLO os modelos esperados para 2023, Sportster S (já está em pré-venda e em exposição no show room das revendas), Nightster e Low Rider ST ainda não aparecem na divulgação pela ABRACICLO como tendo iniciado produção, e por isso acho falsa essa primeira projeção de apenas 1.300 emplacamentos em 2023: no mínimo vai empatar com 2022.

Vale notar que a Royal Enfield com um catálogo de motos de cilindrada média vem performando muito bem e se torna dona de um nicho que as montadoras premium, exceção à BMW com sua linha de 310 cc, e as japonesas descuidam há muito tempo. Existe demanda para motos de média cilindrada no mercado brasileiro.

Voltarei a analisar as marcas premium quando a ABRACICLO divulgar os números do primeiro trimestre.

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