terça-feira, 20 de janeiro de 2015

começando o dever de casa: BMW R1200R e R Nine T

Com tempo sobrando e pouca coisa acontecendo comecei o dever de casa para o "projeto 2015".

Conheço pouco sobre a BMW, nunca tive uma e os amigos que tiveram quase sempre foram proprietários dos modelos GS, que não me atraem.

Os dois modelos que me chamam a atenção são a R1200R e R Nine T, ambos naked e bastante diferentes das motos que venho rodando desde 1997.

Primeira coisa a fazer foi ir na autorizada e ver as motos de perto.

A R 1200 R saiu do catálogo e pelo que vi na web, o modelo 2015 virá bem diferente do modelo que vinha sendo vendido.

A R Nine T ainda pode ser encontrada (modelo 14/14) e pude fazer um ass test nela. Próximo passo será marcar um test drive (prometido pelo vendedor).

O que achei mais interessante nisso tudo foi a conversa que tive com um proprietário de uma GS que me alertou para o fato dos modelos que estava procurando serem muito "simples, praticamente sem tecnologia embarcada".

Realmente, os dois modelos não tem os pacotes premium que disponibilizam controle de tração, suspensão e estabilidade, apenas o ABS integral que é referência para motocicletas, mesmo assim são modelos que custam acima de R$ 60.000,00.

Os dois modelos são na realidade derivações de um modelo clássico e muito bem conceituado, a R 1150 GS. Para quem não conhece, a foto abaixo mostra o modelo com a pintura clássica que alguns amigos meus chamam de "fandangos".


Esse modelo traz a suspensão dianteira Paralever e suspensão traseira Telelever acoplada com o eixo cardã. O motor boxer tradicional de 1083cc gera 65 cv. O diferencial dela é a suspensão dianteira apoiada em mola central, onde as canelas são meras guias pois todo o trabalho é feito pelo braço articulado que fica embaixo do tanque.

Em cima da GS 1150, a BMW fez a R 1200 C, que ficou marcada pelo marketing Hollywoodiano por ter aparecido em um filme de James Bond. Para quem não lembra, vai uma foto da criança.


Reparem que quadro, motor e suspensões são os mesmos, apenas o entre-eixos foi aumentado. A ideia desse modelo era permitir customizações dos clientes, que vem a ser a mesma inspiração para a atual R Nine T.

A R 1200 R é uma leitura atualizada desses dois clássicos. Lançada quase dez anos depois da saída da R 1150 GS, ela traz de volta a suspensão Paralever que havia sido "aposentada" com a R 1200 GS, que voltará a ser aposentada em 2015 já que a R 1200 R que está sendo divulgada abandona esse sistema de suspensão.


A R Nine T busca um visual mais bruto. Abandona a suspensão Paralever em favor das bengalas invertidas e simplifica o quadro para poder ter mais possibilidades de customizações (a fábrica tem uma série de customizações de catálogo: como rabetas, escapes e bancos).


Ambas contam com o motor de refrigeração à ar (a R 1200 R 2015 já contará com o novo motor de refrigeração híbrida que já equipa a R 1200 GS) que rende 110 cv, praticamente o dobro da "matriarca" R 1150 GS.

Não comento sobre a R 1200 R porque sequer sentei nela para ter uma ideia do que esperar, mas pelo ass test na R Nine T, espero uma pilotagem mais arisca: guidões mais baixos, pedaleiras recuadas, banco fino para os joelhos abraçarem o tanque e motor potente e com muito torque. Tudo indica um estilo de pilotagem bem próximo da Sportster XR 1200, a ser comprovado no test drive.

Acredito que serão necessárias algumas alterações para não deixar o peso do corpo nos pulsos e deixar a coluna mais ereta, como um riser mais alto, mas deve ser uma moto muito interessante de pilotar, principalmente pela leveza: quase 100 kg a menos que a Fat Boy e o centro de gravidade baixo (plantei os pés com facilidade no modelo stock).


7 comentários:

Piréx disse...

E sempre existe a possibilidade, Wolfmann, de fazeres uma cafe racer (o que a Nine T de fábrica quase é) a partir de um motor R e mais algumas peças de outras motos. Com um mecânico de confiança e paciência, o resultado certamente seria ótimo. Grande abraço.

Tovar disse...

Já ouví rumores, os quais não tive oportunidade de confirmar,de que a parte elétrica das BMW concentra-se em uma única placa lacrada, a qual se queimar para todo o sistema e custa uma fortuna.

wolfmann disse...

Piréx, cafe racer é a vocação da Nine T. A própria fábrica tem essa opção de customização no catálogo.

Tovar, a ideia inicial para a compra de uma BMW é aproveitar o financiamento Select, onde a fábrica tem compromisso de recompra ao final de dois anos, junto com o final da garantia, e trocar por outra, ou não.

Em dois anos a gente consegue aprender bastante, além da experiência para avaliar bem a motocicleta.

Por enquanto é fazer pesquisa.

Tovar disse...

Financiamento muito interessante esse, ainda mais se comparado a uma marca cujas revendas não pegam a sua moto usada.

Bayer // Old Dog disse...

Nine T definitivamente está na minha lista...

FB disse...

Caro Wolfmann sou proprietario de uma R1200GSA e te digo que esta moto nao costuma ter problemas. Quanto ao programa de financiamento Select: fique atento. Acredito que a recompra seja apenas no caso de aquisição de uma nova motocicleta. Pesquisen

wolfmann disse...

Esse detalhe não foi explicitamente comentado na visita que fiz à Autokraft.

Vou voltar ao assunto após ter feito o rest drive. Esse fim de semana não acontece nada por conta do SBS, onde a Autokraft está com stand montado e a loja está com staff reduzido.

Obrigado pela observação.