quinta-feira, 22 de novembro de 2012

AGV Blade e seus concorrentes

Comecei a usar o AGV Blade, capacete aberto comercializado no Brasil pelos representantes da AGV.

Capacete tem dois cascos externos: um para tamanhos XS(53,54), S (55/56) e M(57/58) e outro para tamanhos L(59/60), XL(61/62) e XXL(63/64) ao invés de três cascos externos como é a prática na fabricação dos capacetes fechados da marca. Essa característica deixa o casco externo do tamanho M bem menor do que o casco do tamanho L. Além disso você também tem menos espuma no M do que no L uma vez que o M é o último tamanho do casco externo menor e o L o primeiro tamanho do casco maior.

Na prática isso traz um capacete mais justo e que se mexe bem menos sem trazer um "cabeção" para o casco externo, coisa que não acontece nos capacetes fechados onde M e L dividem o mesmo casco externo.

A forma do casco não é old school, mas traz viseira agregada que evita o uso de óculos de proteção ou o bubble shield fixo como nos capacetes old school e como os old schools tem casco ainda menor, o Blade traz uma camada interna mais espessa trazendo um pouco mais de segurança para o piloto. O único old school com a mesma camada interna que conheço é o Bell Custom 500 que não é homologado no Brasil.

A área de visão do Blade é comparável à área de visão de um capacete old school e junto com o baixo peso do capacete são os pontos altos do modelo. O ponto negativo é o formato do casco externo que não cobre toda a cabeça deixando a nuca bem exposta.

Com desconto para pagamento à vista, ficou em R$ 580,00, ligeiramente mais caro que se importasse diretamente (hoje comprando na FC-Moto, com frete e impostos, ficaria em cerca de 200 euros - R$ 540,00).

Antes de decidir pelo Blade consegui experimentar outros modelos e marcas: Bell Mag 9, Bell Custom 500 e LS2 OFF 559.

Os capacetes da Bell não tem homologação no Brasil e não vale a pena importar com a loteria da receita: um Bell Custom 500 com frete e impostos sairia mais caro que o Blade com selo e o Mag 9 mais caro ainda: cerca de 300 doláres para o Custom 500 e 400 dólares para o Mag 9 (preços da Bell Store que cobra 90 doláres de frete para o Brasil).

O Mag 9 estava a venda por um colega de QI que não se adaptou ao modelo por conta dos óculos de grau e tinha bom preço (acabou sendo vendido para outro colega de QI). Não me acostumei ao modelo por conta do casco externo cobrindo toda a cabeça e pressionando todo o maxilar inferior, mas o capacete sem dúvida é o melhor projeto de capacete aberto que vi. Talvez em outro tamanho, mas no tamanho certo estava incomodando bastante.

O Custom 500 é um capacete old school bem reforçado e com casco externo bem maior do que usualmente se vê sendo usado. Confortável, mas a exigência dos óculos de proteção ou do bubble shield para evitar possíveis problemas com a fiscalização policial deixam esse capacete como um opção para um passeio curto onde não se tenha tantas possibilidades de se aporrinhar usando diariamente.

O OFF 559 é um capacete barato (menos de R$300,00) com opções de cores interessantes, mas com um acabamento mais fraco que o Blade. Também tem apenas dois cascos externos e me pareceu com uma camada interna mais fina que o Blade. A Silvana tem um para os passeios curtos que fez nesses dois anos (ir e vir ao RHD e algumas vezes até o Rota) e gosta bastante, mas o tamanho da capacete dela é S, deixando a camada interna mais espessa e confortável.

Com a compra do Blade estou abandonando o SK-1 antigo e mantendo o N-43 como reserva. Na comparação com esses dois capacetes, o Blade é melhor que o SK-1 e perde para o N-43 que ainda é o capacete aberto mais seguro e confortável que já tive. Pena que a vida útil seja mais curta e não seja homologado no Brasil. Ainda não tive a oportunidade de experimentar um tamanho menor desse capacete e talvez ainda volte para ele se o tamanho menor não tiver um início desconfortável.

Estou gostando do capacete, vamos ver como se comporta com o uso contínuo.

2 comentários:

Anônimo disse...

Wolfmann, já uso o Blade há alguns meses e gosto muito dele. Capacete leve, boa visão e design diferenciado. Por ter volume mais compacto, é o capacete que levo na mala em viagens (assim não preciso usar o capacete fechado nos passeios). No entanto, o Blade é o meu capacete numero 3! Isso significa que uso ele somente na cidade. Para estrada, uso outros capacetes.
Abraços,
Renatinho

wolfmann disse...

Esse capacete tem destino certo: trânsito.

Na estrada o AGV GP Tech se mostrou excelente e mesmo na cidade ele é muito bom. Só não dá para encarar trânsito e temperatura carioca... Para isso o Blade foi comprado.