segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Ecos do Salão Duas Rodas 2011

Fui ao Salão Duas Rodas em São Paulo.

Novidades? Poucas. Expositores? Muitos.

Como fica isso? Fica sem graça.

Novidades nipônicas foram muito poucas, praticamente mostrando pinturas novas e o renascimento da Tenerè da Yamaha, que decidiu banalizar e fazer toda uma linha de Tenerès: da 250 até a 1200.

Na Honda, os mesmos modelos já consagrados e na Kawasaki só Ninjas e Versys. A Suzuki padece da política do J.Toledo que continua trazendo poucos modelos atuais e insistindo com modelos antigos remodelados deixando a tradicional marca em último entre as japonesas.

Muitos chineses (diga-se de passagem que eles não devem ter muito medo da lei de patentes e direitos autorais já que as motos são cópias dos mais variados modelos japoneses).

Entre as Big Trails, vantagem para a KTM e BMW com seus modelos tradicionais Adventure e GS.

Ducati mostrou os modelos que podem ser vistos nas lojas do Grupo Izzo, sem nenhuma novidade e a BMW traz a nova R1200R que vem a ser o complemento das 1200 GS e RT: uma moto naked, com motor boxer gerando uma boa usina de potência.

A BMW ainda mostrou a nova GT e GTL de seis cilindros e as montadas no Brasil G650GS, F800GS e F800R.

Nas custons e tourings brilhou a HDMC. Mostrando oito novos modelos para 2012 e trazendo quase todo o catálogo americano para o Brasil, aliado as show das pinups, o stand foi muito visitado e fotografado, até mesmo pelos envolvidos nos stands das outras marcas.

Além disso, a HDMC permitiu que o público fizesse o "ass test" e sentassem em todos os modelos, com exceção do TriGlide e da Ultra CVO. A CVO por ser um modelo a ser vendido e merecedor de total atenção para evitar problemas com a moto e o TriGlide por ser um modelo destinado apenas ao salão com importação temporária devendo ser remetido novamente aos EUA.

Aliás, o TriGlide veio como cobaia para sentir o pulso do mercado brasileiro a respeito de um triciclo. Uma pesquisa de opinião estava sendo feita para saber se havia interesse no modelo e que preço seria convidativo para compra. Gostaria de ter acesso ao resultado dessa pesquisa...

Sobre os novos modelos, pude sentar em todos. A linha softail está mais baixa, comprovei isso sentando e colocando firmemente os pés no chão. Até mesmo a Fat Boy tradicional está mais confortável para mim, embora o novo guidão mereça ser trocado imediatamente... menos fechado, obriga o piloto mais baixo a se inclinar para frente.

A Sportster 1200 é uma boa opção para os clientes de Sportsters que queriam uma moto com motor e tanque maiores e acabavam nas Dynas. Veste bem, precisa de pouca coisa para ficar bem confortável (parece que os amortecedores traseiros seguem sendo a lesma lerda de sempre) com banco e guidão bem confortáveis, assim como o comando avançado.

A Dyna Fat Bob, com seu comando avançado me obrigou a me esticar para alcançar guidão e comandos, o que me mostra que um banco com um pouco mais de apoio na lombar (1 polegada basta) empurrando o piloto mais baixo para frente seria o ideal.

A Softail Blackline confirma a linhagem FX sendo uma moto bem confortável, mas muito ruim para o garupa. Comandos e guidão bem acertados para mim e a roda dianteira de 21 polegadas vão deixar muita gente satisfeita com a moto.

Gostei muito da Street Glide. Está na medida para o meu tamanho e acredito que a ausência do tour pack vai deixar a moto muito boa de dirigir. A Ultra limited confirma a menor altura que já tinha reparado na Ultra Classic 2011, assim como a Road King.

Da CVO só pude olhar e sobre as V-Rod, apenas mudanças na pintura, com uma edição comemorativa dos 10 anos da Night Rod Especial.

E a Dyna Switchback é mais bonita na foto do que ao vivo. Melhor investir em uma Dyna FXDC e comprar alforges e wind shield do que pagar o preço proposto para o modelo urbano/estradeiro que a HDMC inventou.

E faltou a Sportster forty-eight.

Sobre acessórios e equipamentos, não dei muita atenção, mas pude notar que as marcas de roupas e capacetes com maior tradição estavam presentes, assim como fabricantes de alforges e malas para viagem.

9 comentários:

Rafael LagoaRJ disse...

Wolf; agora que ambas as Fat (Lo e Clássica) estão com o mesmo banco elas ficaram com mesma altura (sentado) do solo? Compensa aguardar a Fat 2012 (tendo em vista suas novas mudanças) para comprar? Um abraço.

wolfmann disse...

A impressão que tive das duas é que estão muito parecidas. Se a distância do solo for a mesma, a diferença vai ser estética (ponteira cromada ou escovada por exemplo).

em termos de motorização, as 2012 vão manter o TC96 e o ABS já é equipamento de série a partir de 2011.

A eletrônica já mudou (ECU com entrada usando cabo de seis pinos) e não sei como ficou para usar o SEPST.

Na minha opinião esperar a 2012 é apenas para ter a moto mais nova porque não parece ter diferença entre os modelos.

wolfmann disse...

Rafael, lembrei de um motivo que não me faria esperar o modelo 2012: o guidão.

O guidão da 2012, tanto da tradicional quanto da Lo, mudou para uma geometria intermediária entre o guidão tradicional mais fechado e o guidão da Lo mais aberto, deixando as duas ainda mais parecidas, mas bem diferentes das 2011.

Eu gosto do guidão tradicional que será modificado em 2012 e por isso compraria a 2011.

Decidido então: não esperaria as 2012, compraria a 2011 mesmo com o banco um pouco mais alto (outra modificação entre as 2011 e 2012).

drpj disse...

Velhinho, vc ficou olhando as meninas da kawa???

Tinha a Z1000 carenada, ninja, sport-touring de respeito e a Concours 1400, tremenda touring.

Não Sao minha praia, mas eram importantes pro mercado.

Abs,

wolfmann disse...

As nipônicas só mudavam o nome na carenagem... performance semelhante, carenagem semelhante e preços semelhantes. Sem comentário.

Sobre a Concours, uma GW melhorada, não me parece uma concorrente para a GTL da BMW.

Aliás, as tourings japonesas perdem feio em termos de conforto do garupa para as Electras da Harley-Davidson.

Concorrente mesmo só a GTL e isso se comparar com a CVO porque se olhar a etiqueta de preço nem pensa na BMW.

Gil Pinho disse...

Wolfmann : Foi um prazer te encontrar pessoalmente no Salão. A V-ROD Nigth Rod vem com mudanças na ergonomia com pedais e guidom mais para tras e banco mais para frente e amortecedor dianteiro invertido , confere ? Pelo menos no ass-test , para mim , fez diferença.

Abraços ,

wolfmann disse...

Gil, o prazer foi meu. É sempre bom conversar com os leitores do blog.

E se fez diferença para você, com certeza vai fazer diferença para mim também já que me pareceu que temos mais ou menos a mesma altura.

Eu nunca me encontrei nas VRSC e por isso não dei muita atenção às crianças no Salão. Falha minha que você gentilmente está corrigindo.

abraço.

Anônimo disse...

Boa tarde Wolfmann!
Meu nome é Afonso Fernandes e moro em BH/MG.
Lendo seus comentários á respeito do guidon da Fat Boy, resolvi solicitar, se possível,a sua opinião e conselho referente ao que relato a seguir.
Tenho uma HD/ Fat Boy, ano 2008 e coloquei como acessório o farol "cabeça de touro".Fui submetido a uma cirurgia de coluna vertebral e agora com dificuldade de flexão do tronco, queria um guidon um pouco mais alto e um pouco mais próximo, mas mantendo o farol que coloquei.
Não adiantaria trocar o raiser por causa do farol. Vc saberia qual modelo de guidon eu poderia comprar?
Te agradeço.
Abraço,
Afonso

wolfmann disse...

Uma solução muito elogiada pelos colegas que usam as Fats com guidão de 1,25 polegadas é a troca pelo mini-ape de 10 polegadas ou até mesmo o de 12 polegadas. Todos que fizeram essa troca gostaram e não precisaram investir em novo jogo de cabos.

Antes de investir, faça um ass test na Heritage Classic e veja se o guidão te agrada: é o mini-ape de 10 polegadas.