Assunto recorrente é compra de moto nova, ainda mais com o dealer inaugurando na próxima terça-feira.
Quem acompanha o blog conhece minha posição sobre procurar uma moto usada de baixa quilometragem e muitas vezes com alguns acessórios que todos acabam colocando.
Mas sempre temos uma discussão sobre o assunto e muitos se mostram inclinados a trocar suas motos pela maior tecnologia que vem sendo embarcada nas HDs mais novas como o piloto automático, o acelerador eletrônico e o abs.
Não estou do lado dos conservadores que abominam a evolução das máquinas e acho extremamente positiva essa troca buscando mais segurança e conforto.
Para quem está partindo para o famoso "upgrade" de família, a mudança é bastante sensível. Principalmente para as garupas que embarcam nas Electras.
Mas, e sempre tenho um argumento, é bom avaliar bem se a mudança é necessária. Uma moto nova implica em conhecer tudo novamente. A pilotagem com ABS traz mais precisão na frenagem, mas muda muito em relação à sensibilidade do piloto. A nova eletrônica traz muitas vantagens, mas também traz alguns problemas como a nova ECU que impede o uso dos equipamentos antigos do SEST/SEPST (cabos e programas). Acessórios que não podem mais ser aproveitados porque mudaram medidas e por aí vai... a HDMC vive dessa rotina porque se os modelos não partilham da política de obsolescência programada, a filosofia de mudar tudo sem mudar nada da HDMC deixa obsoletos vários acessórios que fazem a diferença entre a moto stock e a "sua" moto.
Sem falar no uso que você dá para a sua moto: será que o "upgrade" de modelo vai te trazer um modelo que vai te permitir o mesmo uso? Será que a nova Ultra Classic vai te permitir ir e voltar para o trabalho como a sua Dyna te permitia? Será que a nova Heritage Classic vai ser fácil de manobrar como era a sua Sportster?
Hoje em dia, andando solo há mais de quatro anos e com uso 80% urbano, estou mais para um "downgrade" de modelo, mantendo a Fat, que para um "upgrade".
Mesmo sendo o modelo mais simples da HDMC, a Sportster atenderia melhor as necessidades diárias, deixando a Fat para os dias com menos trânsito e mais estrada, e isso sabendo que a Sportster não tem ABS e mantém os malditos amortecedores traseiros que são troca certa em um modelo stock.
Para atender essa necessidade de "downgrade" ainda continuo achando melhor procurar uma usada bem cuidada do que comprar uma zero.
É lógico que uma Sporster 48 mudaria totalmente o meu raciocínio, mas acho que essa moto não aparece no catálogo brasileiro.... o que é uma grande pena.
Um comentário:
Justamente o que gosto na HD é a sua simplicidade. Eu desisti de um modelo mais caro, por conta de um motor maior e desnecessário (o 1600 já é um absurdo) freios ABS que envolvem componentes sofisticados , acelerador eletrônico (eu tenho no meu carro e detesto) e por aí vai. Se a HD lançar uma 1340 carburada, com freio traseiro a tambor, pedal de quique conjugado com motor de partida e buzina a ar, eu entro na fila de uma zero !!
Abraços.
Leoclima
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