segunda-feira, 6 de junho de 2011

acabou o carnê, e agora?

Não sei quantos colegas estão chegando nesse momento especial de acabar com o carnê de financiamento, mas a Fat termina de ser paga hoje.

Financiamento de 60 meses terminado, deixo de ter sócio o banco como sócio e muitos me perguntam se vou trocar a moto.

Já respondi a essa pergunta, e volto a responder, desta vez com outra pergunta: trocar para que? Essa moto não tem defeito, conheço-a desde seu "nascimento", já deixei-a do jeito que gosto e preciso e sigo mantendo a manutenção sem descuidos.

Uma HD com 48000 kms é uma moto nova para os parametros do mercado e, seguindo os mesmos parametros, uma moto de baixo valor de revenda. Acredito que a moto possa ter um valor de mercado entre os 25 e 30k, considerando o ano e quilometragem. Alguns acessórios podem ser mais valorizados do que outros, mas tem a facilidade de ser uma moto praticamente original, de customização bem pouco pessoal.

Apesar de tudo, ainda é uma moto que chama a atenção e está se diferenciando exatamente por se manter muito pouco modificada (o BadLander e a cabeça de touro são as marcas mais marcantes).

Dentro do nosso mercado, é uma moto que pode esperar entre 3 a 6 meses para ser vendida perto do preço que eu ache mais adequado. Verdade que a compra continua muito facilitada e as fábricas e importadores chegaram a um consenso de que as motos zero km do segmento premium (HD, BMW, Ducati, KTM, Triumph e as nipônicas) estão em uma faixa que se inicia em 40k e termina em 90k, dependendo do modelo.

As HDs ainda tem duas opções abaixo do limite inferior (Sportster e Dyna) com as quais pretende plantar os pés no mercado (os novos dealers estão fortemente empenhados na venda desses modelos e a própria HDMC mostra empenho nisso pela nossa "imprensa especializada" e seus "testes" que não dizem nada, apenas mostram as qualidades).

Considerando isso tudo, continuo perguntando: vender a Fat para que? Definitivamente não compensa colaborar com a filosofia de obsolêscencia programada e trocar a moto.

Até pensei em uma segunda moto (não tem mais carnê para pagar) e vinha olhando com muito carinho para a BMW F800R por considerar o bom custo benefício desse modelo (impressionante como a gente curte as HDs, mas sente falta de uma moto moderna).

Olhando com cuidado, o projeto dessa motocicleta (agora montada em regime de CKD) mostra muitas qualidades e tem os atrativos da tecnologia e qualidade alemãs que vem fazendo muitos colegas de HDs manterem uma alemã na garagem para fazer companhia às suas HDs. Meu receio é a qualidade do pós-venda, que aqui no Rio fica dependente da única concessionária existente... quem já passou pelo Grupo Izzo pensa sempre nessa situação.

Também pensei em uma Sportster 883 Iron para implementar um projeto Sportster 48. Esse projeto também vem sendo cultivado com carinho, mas ainda penso que é mais fácil encontrar uma usada (talvez até mesmo já convertida para 1200 ou uma Nightster) e começar esse projeto do que passar pelo calvário de revisões em garantia, cuidar para que todo o serviço seja bem feito, além do investimento em transformar a moto.


Mas já desisti dessas idéias (pelo menos por enquanto). Acabaria deixando uma das motos encostadas e se me decidir mesmo a dar um descanso para a Fat, vou andar de carro e curtir um ar condicionado e música (verdadeiro coxa).

Agora, meu projeto é viajar a Curitiba para o Test Drive dos Biduzidos no Corpus Christ e curtir pilotar minha Fat por dois ou três mil quilometros, coisa que já não faço a muito tempo.

11 comentários:

Anônimo disse...

boa wofmann, acredito que a melhor coisa para se fazer depois de terminar de pagar a moto é pegar a grana da parcela e gastar em viagens com a propria moto. se quiser nos acompanhar, vamos para machu pichu em setembro!
abraços,
Renato

wolfmann disse...

A sugestão é excelente, mas em Setembro não terei férias.

Agradeço o convite.

Vou rodar mais um pouco (agora para Curitiba pegar frio) em Novembro e usar o dindin do carnê... hehehehe

Roque disse...

A mesma pergunta muitos me fazem. Minha Ultra é 2007 e está com 36.000km, sómente (fiz a viagem dos EUA em moto alugada). Não veja razão para trocar. Pilotei 7860 km numa 2010 e não sentí uma diferença muita grande. Em setembro vou fazer outra viagem por lá e já reservei uma 2011 ou 2012. Vamos ver o que o "ass test" conclui.
Abraços.

Pedrão disse...

E aê Velhinho,
Quem disse que sua moto não é customizada? Esqueceu do farolzão de Opala? rsrs
Abs,
Pedrão

wolfmann disse...

Não disse que não é customizada, disse que tem customização leve.

Venhamos que essa estória de colocar dadinho no paralama, bolsinha de couro e outros badulaques é demais para mim... hehehehehehe.

A moto é praticamente original. As mudanças foram mecânicas para deixar o motor mais perto dos objetivos de projeto (que nunca foram ecologicamente corretos como querem que seja hoje em dia) e ergonômicas.

As únicas concessões ao estilo foi a cabeça de touro e as tampas live to ride.

Tá bem perto da original...

Leandro disse...

Wolfmann, vc pegou a fat 0km? Estou pensando na Dyna 08 ou 09, mas encontra-se algumas por ai com uma kilometragem tão baixa que é até meio estranho rss (td bem que tem os que caem em si com o carnê e desistem, mas... ainda sim estranho rs) como [acho] ainda não sei analisar uma usada penso em uma 0, mas ai vem a questão de aturar o tempo de garantia... mas do outro lado é dificil saber como foi os primeiros anos nas mãos de outra pessoa... dúvida cruel.. rs Enfim Abs e boa sorte com a veterana que acho tb que não precisa mesmo ser trocada, pode-se dizer que em vez de velha ela se torna 'classica' rs

wolfmann disse...

Leandro, você encontra muitas motos usadas com baixa quilometragem. É o perfil do proprietário de HD: compra, usa nos fins de semana e quando acaba a garantia troca.

Poucos seguem com as motos por mais de três anos.

Sobre nova ou usada, o que posso te dizer é que a Dyna não mudou desde seu lançamento no Brasil.

A FXDC é um modelo mais completo que a FXD (melhores freios, painel no tanque, guidão mais confortável e banco um pouco melhor).

Uma usada com baixa quilometragem já passou pela maior desvalorização, você pode encontrar já com algum acessório interessante, mas é uma moto usada e procedência é sempre importante.

A zero km tem a garantia e você vai conhecê-la desde o "nascimento"... é questão pessoal.

Eu compraria usada por não dar grande valor a garantia e procuraria pelas 2009 (não tenho lido nenhum relato sobre problemas com rolamentos como já li das 2008).

Sorte na escolha!

Anônimo disse...

Wolfmann, esse mês paguei a penúltima e mês que vem pago a última do carnê da minha Dyna Super Glide 2009 (dei 60% de entrada e financiei o restante em 20x s/juros). Estou começando a pensar sobre usar o dinheiro que vai sobrar da prestação numa leve customização (banco solo, escapamento direto, guidão mini-Ape Hanger, remapeamento da injeção, etc.), porém fico na dúvida se vale a pena. Às vezes penso que mantê-la original seria mais lucrativo na hora da revenda. O que você pensa a respeito? Penso em ficar com ela uns cinco anos no total e depois partir para uma touring ou softail (FatBoy ou RoadKing), apesar de gostar muito da minha FXD, que é uma moto sensacional, não tenho do que me queixar. Nesse tempo (19 meses) ela já andou 12.500 km, pois uso-a todos os dias pra trabalhar, estudar, etc., além de b&v finais-de-semana. Grande abraço e parabéns pelo blog tão valioso de informações.
Cezar - Niterói-RJ

wolfmann disse...

Essas dúvidas acontecem o tempo todo.

Te recomendo a customização para melhorar o uso da moto. Se você se sente a vontade usando a moto como está e pretende trocar, não mexa. No momento da troca dificilmente seus acessórios acresterão valor à moto e você vai ter dois trabalhos: montar e desmontar a moto para vender os acessórios em separado já que você vai partir para uma moto diferente que dificilmente vai usar esses acessórios.

Te dou um exemplo que aconteceu esta semana: um amigo está trocando a Fat dele por uma Ultra. Acessórios completamente inúteis para a nova moto, colocou preço da moto com acessórios para não ter esse trabalho. Não teve oferta que sequer chegasse perto do valor.

Ligou para a revenda do BH e SP. Avaliaram, sem ver a moto (ou seja com ou sem acessórios) em valor bastante próximo do valor que ele quer.

Solução: venda casada com a compra da moto nova, retirada para vender os acessórios e vai apurar mais do que pretendia com a venda da moto sem tirar os acessórios.

Dá trabalho? Dá. Os acessórios não acrescentam nada na hora da venda.

Anônimo disse...

Eu to nesta de estar com uma alema paea fazer cia a harley, mas infelizmente estou penando desde janeiro por problemas com a mesma... Pode ser pelo fato de so ter uma concessionaria no rio sei la, mas estao em contato direto com a bmw do brasil e da alemanha para resolver o problema. Mas quando ela funciona, a moto é sensacional!! Disconcordo sobre largar uma outra moto de lado. Claro que quando é novidade vc acaba andando menos com a velha, mas passado algum tempo voce anda com as duas igualmente. Tem dias que acordo com vontade de andar de harley, dias de bmw... Em tempo depois de tanta apurrinhacao a bmw me emprestou uma gs1200 r enquanto a minha k 1300 r nao fica pronta.

Abracos,
Cesar

Anônimo disse...

Caro Wolfmann. Obrigado pelas ponderações, muito pertinentes à minha dúvida, que assim já foi sanada: vou é ficar com a moto por uns cinco anos e fazer um upgrade numa venda casada, se possível, já que há essa opção agora para nós harleyros. Tomara que a Rio Harley-Davidson também nos disponibilize essa possibilidade. Abs