quarta-feira, 11 de setembro de 2013

primeira viagem aos EUA: comentários

Para quem nunca havia ido aos EUA, posso dizer que foi mais simples que pensei.

Mesmo sem o serviço da BBT, não seria complicado. O americano se guia literalmente pelas regras e se você não inventar ou tentar um jeitinho, não encontra problemas.

Chegar e passar pela imigração não é tarefa complicada, demora, mas não é complicada.

Translado do aeroporto, recomendo que você já tenha alugado um carro: sai direto do aeroporto e começa a viagem. Se pretende alugar uma moto, pegue um taxi para o hotel.

Feito o check in no hotel, trate de ir buscar a moto. Não adianta sair do aeroporto para pegar a moto: bagagem para ser arrumada na moto é sempre um transtorno.

Nas rodovias, siga o comportamento geral. Se o fluxo na rodovia estiver acima do limite, acompanhe. A polícia tem mais interesse que o fluxo não seja atrapalhado do que multar por excesso de velocidade.

Se estiver sozinho, siga os limites (até 5 mph acima costuma ser relevado, mas não conte com isso). A polícia costuma "brotar" do chão na hora em que você está acima do limite. Normalmente um excesso vai te custar um tempo parado escutando o oficial, que pode estar de bom humor e aliviar com um "warning" ou multar. Velocidade acima de 100 mph é prisão e julgamento. Você não sai do condado enquanto não for julgado.

E se você pensa em um transgressão leve, do tipo ultrapassar em faixa contínua, porque não está vendo nenhum viatura é melhor repensar. A cultura americana tem muito pouca paciência com transgressores e não será difícil que o motorista do carro, que você ultrapassou na faixa contínua, acione o 911 e você acabe sendo parado mais à frente.

Cruzamentos tem uma rotina diversa da terra brasilis: é preciso prestar atenção em quem está chegando ao cruzamento antes de você. Somente após esse carro fazer a conversão, você poderá fazer a sua. Conversões à direita nos cruzamentos são liberadas após a passagem do pedestre, mesmo com o sinal vermelho.

E não tente entrar na cabeça de uma fila para fazer uma conversão: americanos não toleram e vão te fazer esperar até que o seu lugar na fila chegue, isso se não aparecer um policial para te dar um sermão por você querer entrar na frente de todos. Tente sempre prever suas conversões para não passar por esse problema.

GPS na terra do Tio Sam funcionam com precisão milmétrica. Confie neles. Mesmo quando a gente entende mal onde devia ter entrado, o aparelho corrige a rota rapidamente e te dá o melhor caminho.Verdade que não entrei em nenhum "local complicado".

Os EUA são a terra da gorjeta. Todo serviço espera ser gratificado. Alguns estabelecimentos incluem a gorjeta na conta, mas são poucos. Normalmente você vai deixar entre 15 e 20% da conta para o garçon, barman ou atendente. Lanchonetes como McDonald's costumam ter uma caixa para recolher as tips.

Arrumadeiras, mensageiros, valets e encarregados por limpeza de banheiros também esperam tips. Se você pretende ficar mais de uma noite no mesmo hotel, recomendo deixar uma nota de 5 em cima do travesseiro. Eu normalmente deixava um dólar nos hotéis que ficamos apenas uma noite.

Abastecer a moto ou o carro também tem diferença. Nos EUA não existe serviço de atendimento nas bombas, sendo tudo self-service. Para liberar a bomba, você deve fazer pré-pagamento ou entrar com seu cartão de crédito como garantia. O cartão internacional nem sempre consegue liberar a bomba porque é requerido o zip code (CEP) e o nosso CEP não serve. Eu ia até o encarregado na caixa da loja de conveniência e deixava uma nota de 100 doláres, buscando o troco na sequencia (meus abastecimentos eram na ordem de 40 dólares - para as motos uma nota de 50 era suficiente como garantia). Em alguns postos era só pedir para liberar a bomba e em um posto de Montana encontrei a bomba liberada.

Se você não sabe como encontrar alguma coisa, pergunte. Eles sempre procuram te responder. O respeito ao consumidor é algo muito importante para eles. E se tiver alguma dúvida sobre fazer ou não fazer algo, pergunte também: como a regra vale para todos, não conhecê-la não serve como desculpa.

Esqueça o "jeitinho" que o Tio Sam te recebe bem.

5 comentários:

Bayer // Old Dog disse...

Sou descendente da terra do Tio Sam e, apesar de ter nascido e sido criado aqui, confesso que nunca me adaptei com a nossa má educação com relação ao próximo.

Se você parar pra pensar, o jeito que eles fazem é até óbvio: todo mundo sai ganhando.

Aqui, só ganha o esperto que vem pelo acostamento, ou se enfia na cabeça de uma fila e ainda se acha no direito de xingar.

Roque disse...

Olhe, eu já lí e ouví comentários de muita gente, depois de fazer a primeira viagem aos Estados Unidos. Mas nunca lí um relato tão curto mas capaz de explicar tudo, aos detalhes. Parabéns! Espero que você tenha a oportunidade de voltar lá outras vezes. Abraços.

Mazz disse...

"O cartão internacional nem sempre consegue liberar a bomba porque é requerido o zip code (CEP) e o nosso CEP não serve"

Serve sim.. é só usar os 5 primeiros dígitos do CEP...

A parte do cruzamento tem um ordem quando tem 4 carros.. depois do que chegou primeiro é sempre o da direita do primeiro que sai e assim substantivamente... Outra coisa que o americano tem de bom.. o idioma, construções de frases e ordem lógica da frase... primeiro: tem menos palavras, 2 as pessoas falam a palavra INTEIRA e as sentenças são sempre bem explicadas de forma suscinta... não tem enrolation, direto ao ponto.. 3 sim é sim e não é não... nada de sim é não e não é sim... Outra fica muito mais fácil respeitar e obedecer quando todo mundo o faz... toda vez que volto dos EUA, vejo como a lei de gersson tá pregada no nosso dna... como é gostoso poder contar com um sistema que funciona, onde nenhum, vendedor te enrola, qualquer coisa pública funciona, transito descente (em ordem) e o que eu mais gosto é pode passar no farol vermelho a direita, quando não tem sinalização proibindo... outra aquela faixa bem no meio da pista para fazer conversão é coisa de primeiro mundo... util pra caramba.. pena que aqui na bananalandia nao ia funcionar, ia virar faixa... agora o triste lá é usar a moto como carro em alguns estados... sem corredor...

Anônimo disse...

dear Wolf, também gostei dos relatos, simples e diretos.lamentei que o amigo não troxe notícias/impressões sobre a "moto do índio"(rsrsrsr)mas temos tempo. fiz um ass test em uma 1952(acho)do museu aqui de macaé e gostei,e as noticias da fat?
um abraço
americo
americo.ney@hotmail.com

wolfmann disse...

Mazz, tentei usar o meu CEP do Rio como você comentou, mas a bomba não destravou e ainda travou o cartão que só foi desbloqueado após eu ter ligado para o cartão.

Provavelmente uma questão de segurança bancária brasileira, mas confesso que não tentei novamente.

Américo, a Fat continua parada. Mas vou postar sobre o assunto.