domingo, 1 de junho de 2014

"a vida do idiota é atribulada e cheia de imprevistos"

Essa frase me foi dita por um amigo, Aluísio Bindemann, e reflete perfeitamente o índice de acidentes de trânsito.

Durante a semana foram três ocorrências similares: o carro liga a seta para mudar de faixa e o idiota mete a mão na buzina e força a passagem pelo corredor. Nas três vezes foi moto no chão e carro amassado. Tempo perdido com discussão e em um caso tempo perdido para o idiota que provavelmente vai passar por cirurgia por conta de perna quebrada.

Não sei se conhecem o fundamento de usar a seta: quem liga pretende fazer uma conversão e quanto mais rápido isso acontece, mais rápido o trânsito anda.

Ceder a vez não significa atraso: na maior parte das vezes vai representar um avanço porque o trânsito não se interrompe esperando que o impasse seja terminado.

Na moto ainda temos o agravante do corredor: se você vem no corredor tem de estar atento às mudanças de faixa que os carros fazem, se o motorista sinaliza a sua vida melhora. Tirar a mão do acelerador não é nenhuma "agressão à sua masculinidade", pelo contrário: é um reconhecimento da sua inteligência.

O mau hábito de se transformar no "buzininha" não vai evitar que um carro entre na sua frente se vir a brecha, ainda mais se já estiver sinalizando que vai fazer isso.

Corredor já é um local mais arriscado para trafegar e ser idiota não ajuda a melhorar.

Ser inteligente no trânsito ajuda mais que a "armadura" que o deputado do PT quer impor pela via legislativa.

4 comentários:

Tovar disse...

"Ceder a vez não significa atraso: na maior parte das vezes vai representar um avanço porque o trânsito não se interrompe esperando que o impasse seja terminado."
Concordo em número e grau, muito bem, colocado.

Bayer // Old Dog disse...

Aplausos! Muito bem dito.

Em São Paulo, fico impressionado como os "buzininhas" aceleram e xingam ao ver alguém dar seta, mesmo havendo espaço suficiente para a mudança.

Sem falar nos que andam no corredor em alta velocidade, mesmo quando há uma curva onde não se tem a menor visão que está acontecendo. Eles devem acreditar que a buzina tem poderes mágicos, e vai fazer com que qualquer obstáculo que esteja fora da visão desapareça.

Já dizia um instrutor: se dá tempo de buzinar, dá tempo de frear.

Michel disse...

Vemos todos os dias como o pensamento coletivo toma conta de um grupo,posso dar como exemplo o bacaninha que ao ver o transito resolve pegar um atalho pelo acostamento e a partir deste momento uma série de pessoas o fazem.
Os motoqueiros não são exceção a regra, basta um passar buzinando com o instinto kamikaze achando que a buzina substitui a prudência e logo temos uma série atras.
O desfecho disso todos nós já sabemos qual é.
Acredito que a solução para o caso, como já foi dito muitas vezes aqui , chama-se educação no trânsito.Agora vale ressaltar um ponto importante, acredito que muitos acidentes poderiam ser evitados caso os motoristas de veículos maiores conhecessem a fundo a pilotagem sobre duas rodas, pois aí poderiam prever com mais eficiência a ação de um motoqueiro.

Rodrigo Chaves disse...

Prezados,

Aqui em Brasília não é diferente. Devidas as proporções, estamos muito próximos do caos que acontece no trânsito do Rio e SP. A falta de paciência dos motoqueiros/motociclistas no corredor é vista diariamente, pois se acham os donos deste estreito espaço. Alguns tentam introduzir o recurso da "Buzinha" mas graças a Deus não tem funcionado.
Ando de moto diariamente a 7 anos e vejo cada coisa....