domingo, 27 de junho de 2010

Seguro de HD está ficando mais caro?

Quando comprei a Fat o valor do seguro era bem alto (cerca de R$ 4000,00 em um seguro novo feito pela Sul América). No ano seguinte esse valor reduziu consideravelmente (menos da metade, cerca de R$ 1.600,00), no terceiro ano continou reduzindo (cerca de R$ 1200,00) e no ano passado chegou ao ponto mais baixo (R$ 780,00).

Várias renovações com mudança de classe de bônus, mas mesmo assim foi uma redução considerável.

Isso acontece em função do risco inerente ao contrato de seguro das HDs.

O risco em contrato de seguro é calculado em função dos sinistros que envolvem os segurados (colisão, quedas, roubos e incêndios) e no caso das HDs o cuidado dos proprietários aliado a uma postura dos mesmos em não patrocinar o roubo de motocicletas evitando comprar peças de procedência duvidosa sempre foi um dos motivos para que isso acontecesse.

Esse ano já tinha ouvido varios relatos de aumento nos prêmios dos seguros (ou pelo menos sem redução em relação aos valores anteriormente pagos) e na minha renovação deste ano também aconteceu isso. O valor permanece o mesmo, com diminuição do valor da franquia.

Os relatos de roubos de HDs (principalmente as Sportsters em São Paulo) começam a ser mais frequentes denotando que houve alguma alteração no interesse do alheio em relação às HDs.

As modelos 2010 estão vindo com alarme de fábrica e alguns colegas já começam a tomar mais cuidados com as motocicletas evitando estacionamentos públicos.

As medidas são boas, afinal cautela nunca é demais. Mais uma coisa deve ser novamente divulgada e encorajada: não patrocine o crime. Não compre peça de origem duvidosa. São muitos os colegas que vem comprando as motocicletas zero km e verificando que o custo de manutenção e customização é mais alto do que nas japonesas.

Se existe o escrúpulo de não comprar peça nas bocas de São Paulo (região da General Osório e adjacências), o mesmo não se pode dizer de comprar peças no E-bay e na versão tupiniquim, o Mercado Livre.

A compra na internet não é garantia de procedência da peça. A garantia da procedência da peça são as recomendações dos colegas e a reputação do vendedor.

Ser escrupuloso na escolha do vendedor as vezes implica em perder uma "pechincha", mas com certeza se esse vendedor de "pechinchas" tiver encalhe na peça, com certeza vai deixar de abastecer o seu estoque com peças de origem duvidosa.

É importante que se mantenha a união entre os colegas que andam de HD e que isso seja passado aos calouros que estão adentrando nesse novo mundo.

HD é tradição e tradição deve ser mantida por quem a repercurte.

Evitar as peças sem origem é evitar que a sua moto seja a próxima fornecedora desse estoque.

3 comentários:

Rômulo disse...

Wolf, muito do preço do seguro é determinado pela política de preço da própria seguradora. Desde a 1ª vez que segurei minha moto eu fiz diversas cotações, e em todas a Sul América se apresentou como a mais cara, chegando a mais que o dobro da segunda com preço mais elevado. De uma renovação para a outra ouve redução do valor pago e na última a redução foi considerável. A 1ª vez foi com a Mapfre na faixa de R$ 1.500. A segunda foi com a Porto Seguro, na faixa de R$ 1.200 E agora segurei com o Banco do Brasil por R$ 518

wolfmann disse...

Rômulo, não vi esse preço para prêmio de seguro em nenhuma cotação até agora.

Nem mesmo nas cotações do BB.

É a influência do risco a que me refiro. Em BH as HDs tem risco menor do que no Rio e ainda menor do que em SP.

O post tem a função de conscientizar a galera que se inicia nas HDs de que cabe a nós fazer o possível para manter esse risco baixo evitando peças que possam vir de desmanche de motocicletas.

Peça de motocicleta precisa de procedência para evitar a indústria do mercado de peças usadas.

Nada contra as peças nacionais substitutas, esse seria um mercado paralelo que tem várias opções tão boas quanto as peças originais e com preços mais baixos.

Rômulo disse...

Em BH o seguro deve ser menor mesmo que SP e RJ, mas tem o perfil também. Mas você está certo que o que aumenta valor do seguro é o mercado de peças usadas. Enquanto tiver pouco comprador de peças usadas sem procedência, o seguro vai se manter num patamar aceitável.

Abraços