A ABRACICLO atualizou a produção de motocicletas até 30/9/22, completando o terceiro trimestre.
O ritmo de produção aumentou e mostra que as metas para 22 devem ser atingidas, mostrando um ano de recuperação em relação à 2021.
A exceção foi a Harley-Davidson que não deve cumprir a meta, mesmo com a entrada em produção da Pan America e da Road Glide CVO, mesmo chegando muito próximo e não podemos descartar que haja um aumento mais expressivo para atingir a meta.
A BMW segue líder no segmento produzindo 10.013 unidades, praticamente chegando aos números de 2021 (10.767 unidades).
A Triumph segue na segunda posição com 4.313 unidades produzidas.
A Harley-Davidson vem na terceira posição com 1.808 unidades produzidas.
A Ducati fecha o segmento com 1.008 unidades produzidas.
Projetando os números do terceiro trimestre teremos a BMW produzindo 13.350 unidades (meta são 12.000 unidades), a Triumph produzindo 5.750 unidades (meta são 5.500 unidades), a Harley-Davidson produzindo 2.400 unidades (meta sã0 2.500 unidades) e a Ducati produzindo 1.350 unidades (meta são 1.200 unidades).
A cumprir estas projeções, a Ducati mostra a melhor retomada entre as quatro montadoras: uma subida de 35% em relação à produção de 2021. A BMW mostra um subida de 25%, a Triumph mostra uma subida e 12% e a Harley-Davidson mostra 10%.
Quando analisamos os emplacamentos em números fornecidos pela FENABRAVE, a subida da Ducati não se justifica sem haver algum tipo de promoção por isso acredito que teremos um ritmo menor no quarto trimestre.
Com os emplacamentos posso adicionar a Royal Enfield ao grupo: a BMW emplacou 9.226 unidades, a Royal Enfiel emplacou 7.454 unidades, a Triumph emplacou 3.871 unidades, a Harley-Davidson emplacou 1.596 unidades e a Ducati emplacou 777 unidades.
Pelos números da FENABRAVE, a Royal Enfield é a montadora mais agressiva e já ultrapassou os emplacamentos de 2021 (6.538 unidades) com o detalhe que a Royal entrou no mercado com 2021 em andamento e não vendeu durante os doze meses como fizeram as demais.
A projeção de emplacamentos mostra números bem mais parecidos com as metas de produção e assumindo que as montadoras não queiram passar o ano com estoque no pátio, todas elas devem diminuir o ritmo de produção, com exceção da Harley-Davidson que deve manter o ritmo atual de produção.
As projeções para emplacamento mostram BMW com 12.300, Royal Enfield com 9.900, Triumph com 5.100, Harley-Davidson com 2.200 e Ducati com 1.050.
O Top Ten da Harley-Davidson tem a Fat Boy com 300 unidades, Ultra com 258 unidades, Road Glide Limited com 240 unidades, a Heritage com 168 unidades, a Pan America 156 unidades, a Fat Bob 132 unidades, a Street Glide com 120 unidades, a Road King com 108 unidades, a Low Rider com 96 unidades e a Breakout com 86 unidades.
A CVO Road Glide Limited já aparece com 24 unidades produzidas e deve estar perto da cota para 2022.
Chamo a atenção para a Pan America: a Harley-Davidson começou a produzir a Pan America em agosto e em apenas dois meses já é o quinto modelo mais montado pela HDMC Brasil. De acordo com as informações que tive, a HDMC Brasil está produzindo apenas as motos já vendidas em pré-venda, ou seja, são motos que já estão vendidas.
Isso demonstra que a Pan America, salvo algum problema crônico (e não tenho lido nenhum relato que mostre isso), será um best seller na linha da HDMC Brasil e confirma a aposta que a montadora fez ao incluir em seu catálogo uma Big Trail estradeira.
Com as projeções para 2022 perto de serem confirmadas e os números de venda vou arriscar um "exercício de futurologia": para 2023 teremos a Nightster (mesma plataforma mecânica da Pan America) e a saída da Sport Glide, que vem vendendo pouco.
E para terminar: a Road Glide já está vendendo quase tanto quanto as "Electras": a soma da produção da Road Glide Special e Road Glide Limited chega a 318 unidades e a soma das Street Glide Special e Ultra Limited chega a 378, mostrando que os modelos estão dividindo as atenções da turma que gosta do som e carenagem na estrada.
Falta só a HDMC Brasil buscar uma estratégia de vendas baseada no volume de vendas porque o catálogo está se mostrando muito equilibrado pelas opções oferecidas.
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