sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

2012 nos números da ABRACICLO

Foram publicados os números referentes às vendas no atacado e produção dos fabricantes membros da ABRACICLO.

A HDMC confirmou as previsões e teve seu melhor ano desde que implantou a planta industrial em Manaus: com 6996 unidades produzidas e 6923 unidades vendidas, além de ampliar sua rede para 14 dealers (15 endereços já que a Auto Star tem dois endereços em São Paulo).

Em relação a 2011, a HDMC produziu 41,8% a mais e vendeu 38,2% a mais. Não foi completado o número mágico de 7000 unidades, mas faltou muito pouco.

Dos 18 modelos no catálogo 2012, o best seller foi a Fat Boy Special, seguida pela Sportster 883 Iron. O maior incremento de vendas foi a família VRSC que conseguiu produzir/vender cerca de mil unidades a mais que em 2011.

Os lançamentos foram bem recebidos no mercado brasileiro, com a Sportster 1200 Custom sendo a segunda mais bem vendida na família Sportster, seguida pela XR1200 (que também caiu no gosto do mercado brasileiro) deixando a Sportster 883R na lanterna da família.

Da mesma forma, a Dyna Super Glide Custom foi desbancada pelo lançamento da Dyna Fat Bob e a Dyna Switchback figura na lanterna da família, mas consegue uma façanha: desbancou a Softail Heritage na preferência dos consumidores que ainda não partiram para as tourings.

Falando na Heritage, esse modelo foi o menos vendido do catálogo, perdendo espaço para a Dyna Switchback e para a Street Glide. A Fat Boy tradicional também teve um desempenho fraco nas vendas, mostrando que o consumidor brasileiro prefere as versões dark custom. Na família Softail tivemos a seguinte  ordem de vendas: Fat Special, Blackline, DeLuxe (modelo que tem a preferência entre os fãs dos cromados), Fat tradicional e Heritage.

E para terminar, na família touring a Street Glide mostra toda a força do lançamento: foi a mais bem vendida, desbancando a Electra Limited facilmente. Olhando os números da família, diria que o sucesso da Street Glide tem contribuição da escolha do modelo da Ultra para o Brasil: a Limited vendeu praticamente o mesmo número que a Road King mostrando que o consumidor brasileiro prefere a Ultra Classic à Ultra Limited.

Consultando os emplacamentos constata-se que a CVO foi um modelo que superou as expectativas: foram emplacados 74 CVOs, quase 50% a mais do que foi anunciado como sendo a cota para o mercado brasileiro. No Salão Duas Rodas, havia sido divulgado o preço e quantidade destinada ao Brasil: seriam apenas 50 modelos. Exclusividade também tem lugar entre as HDs.

Vamos ver se a HDMC vai continuar no mesmo caminho e trazer as novidades americanas para 2013 e não apenas as pinturas comemorativas. O desempenho em 2012 mostrou que vale a pena trazer as novidades para o Brasil.

2 comentários:

Kastrup disse...

Adelino, acho que essa distribuição de vendas foi muito influenciada pela falta de modelos nas concessionárias... Eu não afirmaria que foi exatamente o gosto do público, para mim ficou claro que a fábrica deu prioridade para os novos modelos e acabou direcionando esses números.

Com relação a Ultra, acho que as vendas foram prejudicadas pela falta de motos nas concessionárias e à migração para outros modelos por problemas que você colocou no outro post, afinal a Ultra não é uma moto para quem está entrando no mundo HD agora...não acho que seja por uma preferência da Classic em cima da Limited (embora eu prefira a Classic, não deixaria de comprar uma Limited).

Com relação a Street, acho que foi uma moto muito bem recebida e que acabou roubando público mais das Softails e da Road King do que da Ultra....

wolfmann disse...

Kastrup, eu ouvi mais reclamações da falta de acessórios na versão Limited comparada com a Classic (até você mesmo) e muitos optaram pela Street Glide pela diferença de preço e falta dos acessórios na Limited.

Concordo que a "empurroterapia" ajudou nas vendas da Street Glide, além da "modinha" do lançamento, mas a Limited tem muitos críticos que preferiram manter as Classics a ter de equipar as Limited.

Quem está vendendo a Street Glide(e já vi vários anúncios) foi a turma que comprou ela para alternar com as Ultras e acabou vendo que não valia a pena ter duas motos tão parecidas.

Dentro do conceito da "empurroterapia" o modelo mais prejudicado foi a Heritage, que praticamente não foi montado para alavancar as vendas da Switchback.

Mas a galera gosta de novidade. Se trouxerem a Slim e a 72 vai vender muito bem atrapalhando um pouco as best sellers Fat Special e Iron.