quarta-feira, 16 de novembro de 2022

Low Rider S: bateria volta a falhar

Em março deste ano, quando levava a moto para a oficina autorizada, tive um problema na porta da oficina quando a moto apagou e só voltou a ligar depois de algum tempo parada (cerca de 10 minutos enquanto esperava a oficina abrir as portas).

Problema relatado, mecânico rodou o diagnóstico sem encontra erros anotados no log e sugeriu deixar a moto passando a noite em carga lenta.

Problema resolvido até segunda feira passada (14/11) quando a moto apagou em um sinal de trânsito e a bateria não conseguiu virar o motor de arranque para por o motor em funcionamento novamente.

Encostei a moto, rodei o diagnóstico sem encontrar erros anotados no log e fiz mais algumas tentativas sem sucesso.

Com a moto encostada, fui procurar o contato da seguradora para pedir reboque e perdi alguns minutos. Nisso o motor esfriou e antes de fazer contato com a seguradora fiz uma "última tentativa"e o motor virou e entrou em funcionamento com a bateria mostrando algum esforço (aquela tradicional arrastada antes do motor dar partida).

Rodei ontem, hoje ela ficou na garagem por conta do mau tempo e vou voltar a acompanhar o problema: com certeza a bateria está no final da vida útil, mas acho estranho não haver erro anotado no log e a moto voltar a virar (com esforço) quando o motor esfriou.

Não parece ser um problema de regulador de voltagem e se estiver relacionado com a temperatura do motor pode ser um aquecimento na bobina, mas sem erro aparecendo para dar uma confirmação a culpa vai acabar nas costas da bateria.

Manter a moto em uso para ver o que acontece.

terça-feira, 8 de novembro de 2022

Low Rider S: limpa novamente



Quase 8 meses sem ver a cor do sabão, lavei a LRS no TT Garage (Estrada do Joá, 3.425) com o Marcelinho.

Marcelinho é mais que conhecido no meio Harley-Davidson carioca e agora está lavando motos de terça a sábado no TT Garage.

Moto limpa, adesivo novo.

Os pontos de oxidação na suspensão dianteira sumiram, mas os demais pontos tradicionais de oxidação (espelhos, suportes de pedaleiras e manetes) continuam presentes.

A pintura do tanque já mostra o tempo e merece um polimento.

Lavagem completa custou R$90,00 e aos 6.883 kms rodados o custo baixou mais R$ 0,01, caindo de R$1,58 para R$ 1,57.
 

quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Low Rider S: atualizando custos


Low Rider S vai completando 22 meses, já fez duas revisões na oficina do dealer e mantive o guidão do kit Confort recebido como brinde na compra da moto em dezembro/2020.

Além da manutenção do guidão recebido como brinde, fiz mais duas modificações no período de uso: troquei o comando original por um comando avançado e troquei as ponteiras originais por ponteiras esportivas Vance&Hines, sem fazer nenhum tipo de remapeamento ou ajuste da mistura.

Da última revisão, feita em março de 2022, foram cerca de 1.500 kms rodados.

A moto segue com a minha tradicional falta de cuidado com a parte estética, como pode ser visto:


Comparando com o uso das outras HDs que tive, a LRS chamou a atenção pela tempo para surgir oxidação de partes já tradicionais, além do tradicional velocímetro embaçando.





Não tive maiores inconvenientes além da bateria ter descarregado na chegada à oficina do dealer para a segunda revisão, problema resolvido com uma carga lenta da bateria feita no serviço de revisão.

Aos 6.773 kms rodados o custo baixou cerca de R$ 0,50/km, caindo de R$ 2,03 para R$ 1,58.

A moto segue sendo usada praticamente em circuito urbano e o consumo médio subiu de 18 km/l para 17 km/l, usando a receita de três tanques de comum para cada tanque de gasolina premium.

A próxima revisão já será feita fora de garantia, e será por tempo (um ano de uso), uma vez que a marca de 8.000 kms não deve ser atingida se continuar no uso em circuito urbano.

quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Lucky Friends Rodeo Motorcycle

 Evento que acontece em Sorocaba - SP, e neste ano teve três etapas (junho, julho e outubro), vem se firmando como obrigatório no calendário de eventos motociclisticos.

Com o objetivo de disseminar a cultura custom no Brasil, esse evento reúne música, motos e competição.

Rodrigo Azevedo, do canal youtube Eu e minha moto, fez uma cobertura bem interessante da etapa ocorrida em outubro e para quem quiser ter um gostinho desse evento, dá um pulo no youtube e procura pelo canal.

Vale se programar para ir no evento.

Harley-Davidson Homecoming: o aniversário de 120 anos da HD

Já está no site da Harley-Davidson a chamada para o evento comemorativo do centésimo vigésimo aniversário da marca.

Ao contrário de anos anteriores, quando comemorava no fim de semana do labor's day (dia do trabalho nos EUA), este ano a data escolhida será em julho, mais precisamente de 13 a 16 de julho, no formato que aconteceu o evento dos 115 anos: vários pequenos eventos esportivos, culturais e musicais espalhados pela cidade de Milwaukee e um passaporte para participar de eventos no Harley-Davidson Museum.

No site são oferecidos pacotes para estada e aluguel de Harley-Davidson pela operadora Eagle Rider.

Para quem ainda não acessou, o endereço na web é: https://www.harley-davidson.com/br/pt/content/event-calendar/homecoming.html 

terça-feira, 18 de outubro de 2022

ABRACICLO: produção terceiro trimestre

 A ABRACICLO atualizou a produção de motocicletas até 30/9/22, completando o terceiro trimestre.

O ritmo de produção aumentou e mostra que as metas para 22 devem ser atingidas, mostrando um ano de recuperação em relação à 2021.

A exceção foi a Harley-Davidson que não deve cumprir a meta, mesmo com a entrada em produção da Pan America e da Road Glide CVO, mesmo chegando muito próximo e não podemos descartar que haja um aumento mais expressivo para atingir a meta.

A BMW segue líder no segmento produzindo 10.013 unidades, praticamente chegando aos números de 2021 (10.767 unidades).

A Triumph segue na segunda posição com 4.313 unidades produzidas.

A Harley-Davidson vem na terceira posição com 1.808 unidades produzidas.

A Ducati fecha o segmento com 1.008 unidades produzidas.

Projetando os números do terceiro trimestre teremos a BMW produzindo 13.350 unidades (meta são 12.000 unidades), a Triumph produzindo 5.750 unidades (meta são 5.500 unidades), a Harley-Davidson produzindo 2.400 unidades (meta sã0 2.500 unidades) e a Ducati produzindo 1.350 unidades (meta são 1.200 unidades).

A cumprir estas projeções, a Ducati mostra a melhor retomada entre as quatro montadoras: uma subida de 35% em relação à produção de 2021. A BMW mostra um subida de 25%, a Triumph mostra uma subida e 12% e a Harley-Davidson mostra 10%.

Quando analisamos os emplacamentos em números fornecidos pela FENABRAVE, a subida da Ducati não se justifica sem haver algum tipo de promoção por isso acredito que teremos um ritmo menor no quarto trimestre.

Com os emplacamentos posso adicionar a Royal Enfield ao grupo: a BMW emplacou 9.226 unidades, a Royal Enfiel emplacou 7.454 unidades, a Triumph emplacou 3.871 unidades, a Harley-Davidson emplacou 1.596 unidades e a Ducati emplacou 777 unidades.

Pelos números da FENABRAVE, a Royal Enfield é a montadora mais agressiva e já ultrapassou os emplacamentos de 2021 (6.538 unidades) com o detalhe que a Royal entrou no mercado com 2021 em andamento e não vendeu durante os doze meses como fizeram as demais.

A projeção de emplacamentos mostra números bem mais parecidos com as metas de produção e assumindo que as montadoras não queiram passar o ano com estoque no pátio, todas elas devem diminuir o ritmo de produção, com exceção da Harley-Davidson que deve manter o ritmo atual de produção.

As projeções para emplacamento mostram BMW com 12.300, Royal Enfield com 9.900, Triumph com 5.100, Harley-Davidson com 2.200 e Ducati com 1.050.

O Top Ten da Harley-Davidson tem a Fat Boy com 300 unidades, Ultra com 258 unidades, Road Glide Limited com 240 unidades, a Heritage com 168 unidades, a Pan America 156 unidades, a Fat Bob 132 unidades, a Street Glide com 120 unidades, a Road King com 108 unidades, a Low Rider com 96 unidades e  a Breakout com 86 unidades.

A CVO Road Glide Limited já aparece com 24 unidades produzidas e deve estar perto da cota para 2022.

Chamo a atenção para a Pan America: a Harley-Davidson começou a produzir a Pan America em agosto e em apenas dois meses já é o quinto modelo mais montado pela HDMC Brasil. De acordo com as informações que tive, a HDMC Brasil está produzindo apenas as motos já vendidas em pré-venda, ou seja, são motos que já estão vendidas.

Isso demonstra que a Pan America, salvo algum problema crônico (e não tenho lido nenhum relato que mostre isso), será um best seller na linha da HDMC Brasil e confirma a aposta que a montadora fez ao incluir em seu catálogo uma Big Trail estradeira.

Com as projeções para 2022 perto de serem confirmadas e os números de venda vou arriscar um "exercício de futurologia": para 2023 teremos a Nightster (mesma plataforma mecânica da Pan America) e a saída da Sport Glide, que vem vendendo pouco.

E para terminar: a Road Glide já está vendendo quase tanto quanto as "Electras": a soma da produção da Road Glide Special e Road Glide Limited chega a 318 unidades e a soma das Street Glide Special e Ultra Limited chega a 378, mostrando que os modelos estão dividindo as atenções da turma que gosta do som e carenagem na estrada.

Falta só a HDMC Brasil buscar uma estratégia de vendas baseada no volume de vendas porque o catálogo está se mostrando muito equilibrado pelas opções oferecidas.


existe vida longe do teclado

Estou ausente do blog há algum tempo, a última postagem foi em agosto, por vários projetos pessoais que tiveram andamento acelerado com a volta à vida presencial e porque tivemos muito poucas novidades no mundo Harley-Davidson na terra brasilis.

Vou tentar responder aos comentários que estão na moderação, a maioria se refere a problemas de diagnóstico ou falhas nas motos que provavelmente já foram resolvidos, mas ficam arquivadas para futuras consultas.

Os números relativos à produção já estão atualizados no site da ABRACICLO e vai ser assunto de postagem.

Passeios, viagens e eventos também estão voltando à pauta com o retorno da vida presencial e já vale a pena começar a se programar, inclusive para eventos no exterior: o Homecoming (comemoração dos 120 anos da Harley-Davidson) já tem data marcada.

A Low Rider segue na ativa (bem uma atividade bem leve, mas segue rodando) e vou atualizar os custos dela para arquivo.

Vamos ao teclado.

segunda-feira, 8 de agosto de 2022

HD Brasil traz novidades em termos de customização de pinturas

 Muitos proprietários investem em pinturas customizadas, muitas vezes inspirados em catálogo da própria HD, e a HD Brasil está investindo nessa customização trazendo a pintura Apex customizada com inspiração nas motos que participam do King of Baggers.

Para quem tiver interesse, consulte o site da HD  (veja aqui). A HD Brasil deve trazer 35 unidades com a pintura customizada de fábrica e vale a consulta nos dealers locais para fazer reserva.

HD apresenta novidades anunciadas (II): Road Glide CVO


Outra novidade anunciada que ainda não aparecia nos números da ABRACICLO, a Road Glide CVO também vai aparecer nos números do terceiro trimestre.

Foi entregue a primeira Road Glide CVO produzida no Brasil. A moto foi entregue na Rio HD e o casal de novos proprietários posou para a tradicional foto de entrega da moto.
 

HD Brasil apresenta novidades anunciadas: Pan America

 


Recebi de Dan Morel a informação que saiu da linha de montagem a primeira Pan America. Esse modelo vem em pré-venda desde maio e deverá começar a ser entregue em setembro.

Eu comentei no post anterior que a Pan America ainda não aparecia nos números da ABRACICLO e com essa informação já devemos ter uma subida nos números da HD para o terceiro trimestre.

sexta-feira, 29 de julho de 2022

ABRACICLO: produção do primeiro semestre

 A BMW segue líder do segmento premium, seguida pela Triumph, Harley-Davidson e Ducati. A Royal Enfield continua fora da ABRACICLO e não há números de produção.

Recorrendo ao site da FENABRAVE e consultando os emplacamentos no primeiro semestre verifica-se que a Royal Enfield vem conquistando mercado e já consegue emplacar quase tantas unidades quanto a BMW.

Vamos aos números: BMW produziu 6.126 unidades e tem como meta 12.000 unidades para 2022, a Triumph produziu 2.820 unidades e tem como meta 5.500 unidades, a Harley-Davidson produziu 1.020 unidades e tem como meta 2.500 unidades e a Ducati produziu 573 unidades e tem como meta 1.200 unidades.

Metas modestas perto do volume produzido pelas marcas populares, mas representam um ano de pequena recuperação em relação à 2021. Se cumpridas as metas, as montadoras terão uma produção 10% maior que o ano de 2021.

Voltando aos números referentes aos emplacamentos, onde posso incluir a Royal Enfield, temos a BMW com 5.616 emplacamentos seguida pela Royal Enfield com 4.539 emplacamentos, Triumph com 2.504 emplacamentos, Harley-Davidson com 990 emplacamentos e a Ducati com 500 emplacamentos.

O grande trunfo da RE vem sendo a Meteor 350 que vem respondendo por metade dos emplacamentos. Vale ressaltar que a Meteor não pode ser classificada como uma moto premium, embora seja uma custom de baixa cilindrada que atende bem uma fatia do segmento custom que praticamente não tem opções.

O top ten da produção da Harley-Davidson é o seguinte: Fat Boy (192), Limited (168), Road Glide Limited (156), Heritage (101), Fat Bob (87), Street Glide Special e Road King Special (ambas com 78). Breakout (54), Road Glide Special (53) e LRS (35).

Vale lembrar que não aparece nenhuma CVO produzida, embora tenhamos o modelo no catálogo 22 e a que a LRS vem sendo produzida em ritmo lento por ser o único modelo equipado com o M8 117 ci.

A Sport Glide, único modelo equipado com o M8 107 ci, vem perdendo espaço pela sua motorização menor e pelo pouco conforto oferecido a garupa, principalmente na comparação com a Heritage que tem motor 114 ci, alforges maiores e garupa mais confortável. É a candidata a ser o mico do ano.

A Pan America ainda não aparece na lista de modelos produzidos apesar de se encontrar em pré-venda, dando a entender que ainda não chegou nos patamares pretendidos para iniciar a produção.

E para concluir, com os últimos valores divulgados para os modelos Touring (K1600, R18 da BMW e Gold Wing da Honda), a Limited vai se tornando uma opção mais atraente para quem prefere usar uma Touring ao invés de uma Big Trail.

sexta-feira, 3 de junho de 2022

Salão Moto Brasil

E por aqui aconteceu, depois de dois adiamentos, o Salão Moto Brasil no Parque Olímpico.

Com presença das principais marcas, representadas por seus dealers, o Salão Moto Brasil mostrou os modelos que podem ser vistos nas lojas dos revendedores.

O ponto alto do Salão foi o reencontro com muitos amigos que estavam recolhidos por conta da COVID.

Achei interessante a ideia de ter um ponto de encontro onde formadores de opinião sobre motociclismo se encontraram para conversar e atender os seguidores.

O Parque Olímpico foi uma boa escolha pela amplitude do local que permitiu uma série de atividades, entre competições, shows, venda de artigos e stands.

Quem não foi perdeu a oportunidade de encontrar amigos.

EXPOMOTOS 22: primeiro salão pós pandemia

Estive em viagem durante o mês de maio e tive a oportunidade de visitar a EXPOMOTOS que aconteceu na cidade do Porto em Portugal entre 6 e 8/5.

O mercado português tem características bem diversas do nosso mercado, sem montadoras no território nacional, rede de revendedores pequena e frota totalmente inportada, o que deixa um mercado consumidor pequeno e que trabalha na maior parte do tempo através de encomendas. Mesmo assim as marcas tradicionais como Honda, Yamaha, Kawasaki, Suzuki, Harley-Davidson,, BMW, Triumph, KTM, Ducati e Royal Enfield estiveram representadas.

Salão nos moldes bem conhecidos no Brasil, com uma parte na entrada com lojas vendendo capacetes, luvas, casacos, calças e bugigangas diversas. Nada de muito interessante, com capacetes em policarbonato de marcas alternativas e equipamentos em couro de fabricação própria, como jaquetas, luvas e botas. Eu acabei achando um par de luvas de Revit, marca que conheço do site alemão FC Motos, mas os preços são muito similares aos praticados no Brasil.

Na parte de exposição das marcas e modelos, o evento traz dois espaços distintos: um espaço logo na entrada onde estavam expostas motos e scooters elétricas, várias marcas que não conhecia mostrando produtos muito similares entre si, e alguns expositores mostrando customizações e preparação de motores.

No salão principal estavam as tradicionais japonesas (Honda, Yamaha, Suzuki e Kawasaki), européias (BMW, Triumph, Ducati e KTM), a indiana Royal Enfield e as americanas Harley-Davidson e Indian.

Não vi lançamentos, com exceção da família ST e a Pan America da Harley-Davidson, que apresentou o catálogo completo oferecido em Portugal. As japonesas trouxeram seus modelos esportivos e trail, a Indian trouxe o catálogo completo, assim como a Royal Enfield. BMW, Triumph e Ducati apresentaram catálogo restrito que acredito serem os modelos de maior interesse em Portugal.

Senti falta da Nightster, modelo da família Sportster que foi apresentado nos EUA em abril, mas que só chega em Portugal em junho, e mesmo assim bem melhor que no Brasil onde tem promessa de entrar no catálogo 2023.

Fiz fotos e "ass test" nos modelos que chamavam mais a atenção como a BMW R18, novidade prometida para o Brasil

BMW R18, a Custom da marca alemã, foi exposta na versão Bagger.

Painel em tela TFT bem grande que pode ser uma distração na pilotagem.

Os cilindros enormes e cromados chamam bastante a atenção na moto.

Carenagem de farol no melhor estilo morcegão.

Os alforges rígidos compõem o estilo Bagger.

No “ass test” chama a atenção o baixo peso da moto na comparação com as Tourings da Harley-Davidson e a posição das pernas com joelhos dobrados. A altura e largura do banco me permitiram plantar os pés no chão. Guidão permite alguns ajustes feitos no riser.

O ponto negativo na ergonomia são os grandes cilindros no motor boxer que obrigam a deixar as pernas bem dobradas.

Não pude deixar de fotografar o nosso "grande lançamento", que vem sendo divulgado nos dealers brasileiros: a Harley-Davidson Pan America

esta é a versão Standard, que não vem para o Brasil


painel em LCD


farol e farol auxiliar em LED

O "ass test" mostrou uma boa ergonomia: não fico longe do guidão, os joelhos não ficam dobrados e os pés plantam bem nas pedaleiras, mas é uma moto alta (mesmo com a possibilidade de regular a altura do banco) e acabo ficando na ponta dos pés. É uma moto leve comparando com as Softails.




esta é a versão Special, que será vendida no Brasil, vestida a carater com bolsa e alforges laterais





A diferença que chama mais atenção é a adoção de aros raiados ao invés dos aros de liga da versão Standard.

O "ass test" mostra que o banco é mais macio e por isso acredito que seja uma moto mais confortável. Perguntei sobre alforges e tourpacks rígidos, mas a Harley-Davidson não disponibiliza esses acessórios em Portugal, o que vai deixar uma demanda entre os proprietários que gostam dos top case das GS/Tiger.

A versão selecionada para o Brasil é a versão top de linha e vem para buscar espaço entre as Big Trails do nosso mercado, acho que vale a pena os dealers fazerem essa demanda junto à fábrica.

Um dos modelos expostos que não virá para o Brasil é a Sportster S, que vem tendo um bom resultado de vendas em Portugal

modelo "fora da caixa", muito mais perto do estilo das V-RSC

banco e escapes bem característicos

espelhos retrovisores na ponta do guidão, uma tendência café racer

frente minimalista, buscando o estilo naked

O "ass test" da Sportster S lembrou muito a Night Rod Special pela ergonomia: moto baixa, pedaleira avançada, guidão obrigando a uma posição mais agressiva em cima do tanque, formando a posição "C" característica

E para terminar a família ST, que também não vem para o Brasil, composta pela Road Glide, Street Glide e Low Rider (este modelo só chega em Portugal em junho).


filtro de ar esportivo, característico dos motores 117

painel sem grandes mudanças. Detalhe para os novos retrovisores

Street Glide tem suspensões mais altas

Road Glide também tem suspensões mais altas

painel sem nenhuma mudança

Os dois modelos tem suspensões mais altas, com bancos mais cavados não dando grande diferença para os modelos Special que estamos acostumados. O grande diferencial é mesmo o motor 117ci que não dá para comentar.

Infelizmente não matei a curiosidade sobre a Low Rider, nem mesmo o modelo tradicional, que mudou o guidão, mas gostei muito da FXST, mesmo não tendo nada a ver com a nossa FXST dos anos 2000.

guidão "meio seca"e tanque menor

a moto lembra muito a Street Bob que veio para o Brasil.

A FXST é o modelo de entrada em Portugal (custa mais barata que a Sportster S) e é uma moto bem interessante. O ass test lembra muito a Street Bob, com pedaleiras em uma posição de meito termo entre as pedaleiras centrais e os comandos avançados. O guidão é confortável e o banco é bem confortável. Fica a sugestão para a HDMC Brasil.



quarta-feira, 13 de abril de 2022

Low Rider S 117

 


A Low Rider S com o novo motor 117 ci já está na Rio HD.

Postagem feita nas redes sociais pela Rio HD mostrando a moto, na cor Gunship Gray, sendo retirada das caixas de transporte, foi a "certidão de nascimento" do motor M8 117ci no mercado brasileiro.

Ainda não tive oportunidade de ir ao dealer para conferir "ao vivo e a cores" as mudanças no modelo, mas assim que puder pretendo visitar o dealer para isso e fazer o ass test, se a moto ainda não tiver sido vendida.

Acredito que não esteja disponível para ride test, mas vou ver se consigo fazer e comparar com a minha Low Rider S.

Confesso que estou muito curioso para saber se o novo motor fará muita diferença no desempenho da moto.

Nightster 2022

 


Dando sequencia na atualização da família Sportster, a Harley-Davidson apresentou a Nightster.

A Nightster vem equipada com o motor Revolution Max de 975 cm3 e 90 cv e tem um visual que o fã das tradicionais Sportsters tem tudo para aprovar.

Ao contrário da inspiração dragster da Sportster S, a Nightster tem maior semelhança com as Sportsters tradicionais, lembrando a Sportster 48 (modelo que mais me agrada na família Sportster tradicional).

A moto tem tanque menor, o radiador não ofende o estilo custom, e os espelhos invertidos na ponta do guidão deixam a moto com um visual que remete ao estilo cafe racer.

A imprensa especializada já traz os press releases (leia aqui) e Dan Morel vem comentando sobre o lançamento desde o fim de março, mas ainda não postou (até o momento desta postagem) sobre o lançamento e sobre a moto.

Eu avalio com uma ótima opção para o mercado brasileiro, e já se fala que estará disponível em 2023, uma vez que o motor Revolution Max fará sua estreia ainda este ano com a chegada prevista da Pan America este ano (pré-venda iniciando em maio e já temos lista de espera nos dealers desde fevereiro).

Vamos acompanhando os reviews da imprensa especializada norte-americana enquanto o modelo não desembarca na terra brasilis.

quarta-feira, 16 de março de 2022

Low Rider S: segunda revisão

Fiz a segunda revisão programada na Low Rider S por tempo. Com 5.290 kms rodados e praticamente um ano após a primeira revisão (feita em 17/3/2021) foi executada na Rio Harley-Davidson II, loja do dealer localizada em Botafogo (Real Grandeza 358).

A moto rodou no intervalo de tempo entre as revisões 3.620 kms, com consumo médio de combustível de 18 km/l e nenhuma falha ou defeito importante nesse tempo, até não conseguir dar partida na porta da oficina.

Moto entrou para revisão ontem (15/3) e saiu hoje (16/3). Revisão teve custo tabelado de R$ 1.399,00 sem qualquer desconto HOG member, e cobriu troca de lubrificantes, filtro de óleo, reaperto e regulagem/lubrificação de embreagem e lavagem cortesia.

Saí com a moto de casa diretamente para a oficina, dei algumas voltas por ser cedo e parei na oficina 15 minutos antes do horário de abertura da oficina. Oficina aberta, o recepcionista pediu para colocar a moto para dentro e a moto não deu partida.

Depois de 14 meses de uso destinado a lazer, a bateria original abriu o bico. Pelo menos foi na porta da oficina para fazer a revisão.

Aproveitei para relatar o erro C1032 que havia acontecido em junho do ano passado (não voltou a aparecer desde então).

A revisão tem duração de cerca de três horas, podendo aguardar e acompanhar o serviço se for do interesse do proprietário, mas com o problema da bateria foi sugerido deixar a moto dormir na carga e pegar no dia seguinte, o que foi feito.

Saí com a moto para o trabalho, percurso pequeno, e já notei a nova regulagem da embreagem (mais alta) e o perfeito funcionamento no percurso.

O erro C1032 foi avaliado como um erro de leitura, não havendo qualquer indicação de falha no ABS, fato que já era a minha avaliação por não ter tido nenhum problema desde que zerei o log de erros e o problema da bateria foi avaliado como cabo frouxo, devidamente apertado, causando a perda de carga que também foi solucionada com a carga lenta.

Vou rodar com a moto para melhor avaliação.

A moto já apresenta vários pontos de oxidação nas hastes dos espelhos e nos suportes das pedaleiras, nenhum risco notável ou cansaço na pintura original foi constada após a limpeza da moto.

Revisão feita, o custo acumulado chega a R$ 10.726,00 e o custo por km rodado começa a chegar perto dos valores esperados: baixou de R$ 5,83/km rodado para R$ 2,03/km rodado.

Apenas para comparar, a Road King Special chegou a custo de R$ 1,51/km rodado na marca de 7.100 kms rodados quando foi vendida, a CVO Street Glide chegou a custo de R$ 1,00/km rodado na marca de 12.000 kms quando foi vendida e a Fat Boy chegou a custo de R$ 0,40/km rodado na marca de 82.000 kms quando foi vendida.

A tendência do custo, como já postei algumas vezes, é diminuir com o uso.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

HD 2022: tabela 2022 aparece nos sites dos dealers

 Levou algum tempo, mas a tabela sugerida em janeiro/2022 (veja aqui) começou a aparecer nos sites dos dealers com a chegada dos modelos 2022.

Ainda recebo e-mails com promoções a preço antigo em modelos 2021 e isso representa um economia interessante para quem está procurando HD zero, mesmo que não seja na cor desejada.

Se está criando coragem para encarar um financiamento, a hora é essa: você vai economizar cerca de 15% na compra de um modelo 2021 onde as diferenças entre os modelos se resumem à nova paleta de cores, sem nenhuma diferença mecânica, exceção à nova Low Rider S 117 e a Road Glide Limited CVO que ainda não chegaram aos dealers.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

qual o melhor motor Harley-Davidson?

A postagem anterior deu origem a uma série de e-mails sobre motores Harley-Davidson.

Tem de tudo: de tradicionalistas defensores do EVO e Shovel aos revolucionários defensores do Milwaukee 8.

Não sou pesquisador, não tenho costume de analisar projetos mecânicos e não passo de um curioso em termos de Harley-Davidson.

O que coloco no blog são impressões de proprietário e de vários rides test que os amigos me proporcionaram ao longo das viagens e conversas de bar. Com esses parâmetros vou listar as experiências que tive com esses motores.

O mais perto que cheguei de um motor Shovel foram as motos do Pedrão e andar em uma Shovel 67 em volta do quarteirão e sou sincero: não gostei. Moto pesada, com motor lento na curva de aceleração. Não seria uma aquisição de desejo. Os relatos do dono da Shovel eram de inúmeras dores de cabeça, fosse para manter ou fosse para recuperar alguma peça mais antiga, além das várias modificações para atualizar o sistema elétrico.

A minha experiência com motores EVO é maior. Andei em uma FXDB Dayton 50th anniversary que o motor EVO se resumia ao bloco do motor pois até os pistões haviam sido modificados, andei em uma FXDX Convertible bastante modificada, mas com motor totalmente original e muitas Sportsters (883R, Iron 883, Custom 1200, 48, Nightster).

O motor EVO 80 tem um comportamento muito mais "comportado" que os motores EVO 883 e EVO 1200 que equipam as Sportsters. São motores muito macios, com uma curva de aceleração constante e com a marcha lenta tradicional nas HDs. O motor da FXDB havia sofrido um upgrade para 103 ci e tinha uma performance digna dos EVO 1200 que equipam as Sportsters. Esses motores ainda conseguem ser mantidos sem grandes dificuldades através de "importabandistas" e tem grande variedade no mercado aftermarket, principalmente as peças S&S.

Os motores EVO 883 e EVO 1200  foram aposentados no Brasil no ano passado, mas seguem em (final) de produção nos EUA. Esses motores tem performance esportiva (as Sportsters são motos bastante exigentes) e a adoção da injeção deixou esses motores com um potencial de upgrade muito grande através de remapeamentos.

Andei em motos carburadas e injetadas: para quem quer performance, recomendo a opção pelas injetadas. Para quem quer a marcha lenta, procure as carburadas. Manutenção simples, o calo desse motor é o Spring Plate e é o motor mais adequado aos praticantes do DIY (ou na tradução livre: "faça mesbla você mesmo").

Tivesse recur$o$ di$ponívei$ faria uma "compra de desejo" para ter uma Softail motorizada com o EVO 80, mas não penso em comprar uma Sportster porque nunca foi um modelo que me atraísse na linha Harley-Davidson.

A maior parte da minha experiência com Harley-Davidsons foi com os motores Twin Cam: dez anos com um TC88 (remapeado por mim) e mais dois anos com um TC110SE. Nesses doze anos experimentei a linha evolutiva do Twin Cam toda: desde o TC88 carburado até o TC110SE. São motores de resposta muito linear, extremamente confiáveis e o calo é o sistema de carga (os relatos de problemas com os reguladores de voltagem são comuns).

Experimentei o TC88 em uma Electra Glide e em uma Fat Boy, a versão A da Electra Glide é mais vibrante, mas as duas versões são "mansas" em relação às versões injetadas.

O TC88B foi meu companheiro na Fat Boy: a injeção fez bem na comparação com a versão carburada, mas o desempenho precisava de ajustes, tanto foi assim que remapeei minha moto. Os TC96 que tive acesso foram vários, mas o TC103HO que veio depois de 2014 é o motor mais ajustado da família Twin Cam: performance na medida, sem precisar fazer muita coisa (um remapeamento para esse motor traz grandes benefícios no ajuste pessoal de curva de aceleração e marcha lenta). O TC110SE que usei na minha CVO Street Glide não traz diferença significativa em relação ao TC103HO.

Uma Fat Boy com TC88 carburado ou uma Road King com o TC103HO seria uma opção para uma "compra de desejo".

Como postei anteriormente, minha experiência com o Milwaukee 8 vem desde 2018 e é um motor que gosto muito: tanto na versão 107 quanto na versão 114, o M8 é um motor que corrige o calo do Twin Cam com um sistema de carga muito bem projetado, suprindo as necessidades de energia elétrica sem sacrificar a bateria ou o regulador de voltagem, tem uma performance excelente (a versão 114 faz o motor trabalhar em um regime de giros ligeiramente mais alto, o que deixou a moto mais "esperta") e o consumo de combustível é de longe o de melhor rendimento.

Usei duas Tourings (uma Street Glide Special alugada e a minha Road King Special) e uma Softail (a atual Low Rider S). Pude experimentar Ultra Limited, Road Glide Special, Softail Slim e Fat Boy 114: em nenhum desses modelos o M8 decepcionou, sempre com uma curva de aceleração linear, com torque aparecendo assim que se gira o acelerador e com uma dissipação de calor muito melhor que os Twin Cam. Tenho lido vários relatos de upgrade na performance, mas ainda não tive oportunidade de experimentar nenhum motor preparado com Stage I ou Stage II. Esses mesmos relatos apontam para uma melhora discreta no Stage I em relação ao motor standard e vários proprietários que fizeram o Stage I já fizeram o Stage II, sendo unânimes na conclusão de que, para atingir uma performance mais "divertida", se não for para mudar o comando de válvulas (Stage II) não compensa investir em Stage I.

Não faria uma "compra de desejo" em um M8 porque já estou com um modelo que é muito interessante. 

A Low Rider S é o melhor conjunto mecânico que já pude experimentar dentro da minha experiência Harley-Davidson e me deixa muito curioso sobre o lançamento da Low Rider S 117: será que esse 117 é isso tudo que a Harley-Davidson diz? Se for, pode ser a "compra de desejo" na família M8.

Concluindo, dentro da minha experiência, o melhor motor Harley-Davidson é o Milwaukee 8: uma evolução muito boa do confiável Twin Cam, que não vai apresentar problema com manutenção ou peças por alguns anos e que ainda tem muita margem para evoluir (o M8 117 já foi apresentado, o catálogo HD Screaming Eagle já traz o Stage IV elevando a capacidade do M8 114 para 131ci e a próxima geração ST já disponibiliza as Tourings com o 117).

E isso não me impede em "desejar" um EVO 80 ou um TC 88 carburado.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

usando o Milwaukee 8 há quatro anos

Minha experiência com o motor M8 da Harley-Davidson vem desde 2018, quando usei uma Street Glide alugada nos EUA, passou pela Road King Special e agora a Low Rider S: o M8 é um motor que esquenta menos, rende melhor, trabalha com marcha lenta mais baixa e tem um sistema de carga elétrica bem ajustado às necessidades de uso. 

O sistema de carga do M8 é muito superior ao sistema de carga do Twin Cam: com uso dedicado estritamente ao lazer, a carga na bateria se mantém mesmo com mais de duas semanas sem ligar e, ao contrário da Road King Special, não tive nenhum problema de regulador ou estator com a Low Rider S. 

Também vale registrar que não tive nenhum problema com o sistema de admissão de combustível, sem falhas em alta ou baixa, mesmo com a troca de ponteiras, mostrando que a injeção do M8 aceita "mais desaforos"  que a injeção do Twin Cam aceitava. Continuo com a minha "receita de combustível", onde abasteço dois tanques com gasolina comum e um tanque com gasolina premium, que vem apresentando bons resultados tanto no consumo quanto na performance.

E mesmo sendo um motor de uso muito tranquilo na versão standard, os upgrades de performance nesse motor vem atingindo desempenhos que impressionam, tanto em potência na roda quanto em torque.

Os relatos de satisfação com o resultado do upgrade no M8 ainda não me motivaram a investir em mudanças visando performance: eu vou manter a configuração standard por continuar me atendendo perfeitamente.

E para quem tiver a oportunidade de "abraçar" um M8, sugiro escolher o 114. Pela minha experiência com o 107 na Street Glide e na Road King Special, na comparação com a Low Rider S, o 114 se mostra uma evolução desejável tanto em termos de uso quanto em termos mecânicos.

Agora é esperar pelo 117 que vai aparecer na nova Low Rider S.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

Low Rider S atinge a marca de 5.000 kms


 Estando próximo da segunda revisão, que será feita por intervalo de tempo, a Low Rider S atingiu a marca de 5.000 kms rodados.

Sem nenhuma viagem longa, apenas passeios curtos, encarando sol e chuva, com um uso majoritariamente urbano (mais de 80% da quilometragem feita no Rio de Janeiro) e fazendo médias de consumo de combustível acima de 18 km/l em circuito misto (estrada/cidade), a moto vem se mostrando de uso muito tranquilo e sem maiores problemas.

Dentro da lista de problemas temos o tradicional embaçamento do velocímetro, que dessa vez vou reclamar pois o velocímetro vem embaçando mesmo sem ser molhado e portanto está  úmido há algum tempo, e o aparecimento do erro C1032 que eu atribuí a um mau contato no ABS e que desapareceu com a limpeza do log de erros.

O banco original absorveu água uma vez (quando mandei lavar a moto) e mesmo depois de muita chuva no lombo não voltou a molhar pela costura.

O custo de uso vai baixando conforme o odômetro avança e hoje chega a R$ 1,87/km (o custo logo após a colocação do comando avançado e ponteiras tinha ido a quase R$ 7,00/km, baixando a pouco menos de R$ 6,00/km após a primeira revisão) e deve aumentar após fazer a segunda revisão, mas deve ser um pequeno ajuste de valor pois devo chegar perto dos 6.000 kms/rodados e o valor da revisão na Rio HD é cerca de R$ 1.100,00.

Os pontos tradicionais de ferrugem já estão aparecendo (tampa de reservatório de fluído de freio, hastes do retrovisor, canelas da suspensão dianteira), mas nada que já não seja esperado.

Nesses 13 meses de uso não tive nenhum problema com o sistema elétrico de carga, mesmo com a moto ficando parada até 3 semanas: nesse episódio de moto parada, a bateria virou o motor com algum esforço (o relógio zerou), mas ligou a moto sem maiores problemas e depois de um passeio de 100 kms, a carga da bateria estava completa.

Como digo sempre: "so far, so good".

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

Harley a mais de R$100.000: quem vai comprar?

Com a nova tabela, mesmo que ainda não esteja sendo praticada pelos dealers, o que mais é lido nos grupos e fóruns de proprietários é que a HDMC Brasil não sabe o que faz, que os preços estão "abusivos" e que o próximo passo da marca no Brasil vai ser "entrar no avião e voltar para os EUA".

Antes de qualquer opinião sobre a estratégia da marca, seja nos EUA ou no mercado internacional, vale a pena lembrar o básico da economia de consumo: ou você vende muito com uma margem de revenda pequena que se traduz em preço menor, ou você vende menos (não é vender pouco, mas vender menos quantidade) com uma margem de revenda maior que se traduz em preço maior.

A HDMC teve uma estratégia de buscar novos consumidores, oferecendo novos produtos e tentando universalizar sua marca através do aumento de vendas. Essa estratégia não funcionou, a marca apresentou prejuízos em seu balança trimestral e causou a queda do CEO responsável por essa estratégia.

Como qualquer empresa, a HDMC visa o lucro para seus acionistas e mudou o CEO que apresentou uma estratégia bem diferente: apostar nos produtos tradicionais, agregar valor ao produto pela tradição da marca e aumentar a margem de revenda.

Essa estratégia vem sendo aplicada ao longo da pandemia (que ofereceu uma oportunidade de causar escassez sem que a marca fosse taxada de aproveitadora pois as fábricas precisaram fechar por conta da pandemia) no mundo inteiro.

Como parte dessa estratégia de agregar valor é preciso causar escassez do produto para incentivar a demanda, mostrando que a marca oferece uma exclusividade que se traduz no preço mais alto.

A escassez do produto aumenta a demanda e com a demanda em alta se justifica o preço mais alto.

Se comparar os preços em dólar e fizer a conversão direta (sem pensar em impostos de importação e circulação de mercadoria) os preços brasileiros não são muito diferentes dos preços norte-americanos e por isso estão dentro da realidade da marca para o mercado internacional.

E nisso entramos na segunda parte do problema: os valores de tabela não são preços diferentes do preço internacional, mas como muita gente não consegue comprar,  a marca ganha o adjetivo de "louca". 

Na realidade o problema não é apenas o preço internacional praticado no Brasil, mas sim a queda no poder aquisitivo do consumidor brasileiro.

Ou seja, não é a HDMC que cobra muito, somos nós que ganhamos pouco.

A HDMC Brasil não parece que vai sair do radar da HDMC USA: mesmo com o volume de vendas no varejo caindo, não vi reclamações dos dealers que apostaram na nova estratégia da HDMC (lembrando que a HDMC deu opção ao dealers de continuarem na rede), ou seja, estão dentro do esperado e, depois de dois anos encolhendo, a HDMC traz novos modelos mostrando que existe interesse no mercado brasileiro, mesmo que tenha encolhido.

Não imagino qual serão as metas para 2022, mas eu acho que a marca vai explorar novos mercados com a Pan America no segundo semestre e movimentou bem o mercado no primeiro semestre com o anúncio do M8 117 na Low Rider S e a volta da CVO.

Resumindo: HD zero vai ficar difícil de ser comprada, mas ainda vai ter muita gente que vai tirar o escorpião do bolso para comprar. Resta saber se teremos interessados suficientes para cumprir as metas da marca para o Brasil. Eu aposto que sim.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

ecos do Faster, Further no Brasil

Assim que o evento foi ao ar, o site da HDMC Brasil foi renovado e apareceram dois novos modelos no catálogo Brasil: a Low Rider S 117 e a CVO Road Glide.

Além da apresentação desses dois novos modelos, aparece no site a promessa de comercialização da Pan America no Brasil, abrindo caminho para os novos motores Revolution Max (já temos conversas sobre dealers organizando listas de espera para o modelo em agosto/22)

Eu não esperava essa ação rápida da HDMC Brasil, trazendo dois modelos com bastante procura nos EUA.

A chegada da CVO Road Glide vai atender uma parcela de proprietários da família CVO que estão secos por novidades, pois a HDMC Brasil não traz modelos CVO desde 2019.

Já a chegada da Low Rider S com o motor 117 está movimentando bastante os grupos de proprietários pelas novidades na motorização, até mesmo proprietários de Touring estão curiosos em saber se teremos pelo menos uma Street Glide ST para poder aproveitar o M8 117 nos "caminhões".

Infelizmente esses lançamentos vão ser para poucos: a HDMC Brasil traz tradicionalmente um número limitado de CVOs, e sempre com preços bem salgados, e não acredito que o fator "novidade" faça a Low Rider S conquistar seu lugar na preferência dos proprietários devido sua inspiração Club Bike e pegada mais esportiva, que não atraiu o consumidor tradicional de Harley-Davidson no Brasil.

De toda a forma, com a estratégia de preços que a HDMC Brasil vem fazendo, comprar uma Harley-Davidson 2022 vai exigir bastante do bolso dos proprietários.

A tabela Harley-Davidson válida a partir de janeiro de 2022 apresentou um aumento de cerca de 15% e ultrapassa a barreira dos R$100.000,00 para o "modelo de entrada", que para minha surpresa continuará sendo a Low Rider S mesmo equipada com o M8 117 (R$104.100,00) e a CVO, como esperado, será o modelo mais caro (R$ 246.700,00).

Ainda não vi nenhum dealer divulgando a tabela de janeiro/22, talvez por ainda estarem terminando com os estoques de 2021.

De toda a forma, com a colaboração de Dan Morel, segue a tabela com os novos preços. A Low Rider S segue indicando a versão com motor 114, mas o preço será válido para o motor 117, exceto se sair outra tabela antes da moto chegar aos dealers.



terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

Faster, Further: apresentação das novidades do primeiro semestre nos EUA

 Estive em viagem, mas vi o evento on line onde a HDMC apresentou as novidades que faltavam no catálogo 2022.

Dan Morel fez uma postagem comentando o vídeo em detalhe (quem tiver curiosidade acesse aqui) e vou deixar minhas impressões sobre a ação de marketing da marca nos EUA.

Com a vitória no King of Baggers a HDMC voltou forte em competições esportivas e explora a vitória, como qualquer marca faria.

O vídeo mostra trechos da competição, pilotos em ação, preparação das motos nos boxes. Detalhe que as motos que competiram são motos de série modificadas com acessórios presente no catálogo de acessórios da HDMC na parte de performance.

A vitória no King of Baggers traz o motor M8 117 para ser usado por modelos não CVO, lembrando que o M8 117 era uma exclusividade da família CVO.

E é o motor M8 117 a grande estrela, junto com os novos modelos da família CVO, do evento. Tanto foi assim que teve um trecho do vídeo totalmente dedicado a ele por ser a grande modificação implementada na Low Rider S.

A família CVO está ainda mais sofisticada, seja nas pinturas feitas de maneira artesanal, seja no novo (e poderoso) conjunto de som e no apoio eletrônico de tração, estabilidade e frenagem aprimorado.

O M8 117 agora equipa a Low Rider S, como já foi postado antes, e a sub-família ST composta por Low Rider ST, Road Glide ST e Street Glide ST. 

A Low Rider ST mereceu um tempo maior no vídeo por ser um modelo com inspiração na lendária Dyna FXRT da década de 80, a Road Glide ST é um tributo da fábrica ao King of Baggers (foi o modelo que serviu de base para a moto que competiu) e a Street Glide ST completa o "trio de baggers de alto rendimento".

E assim temos a HDMC mostrando o que tem de melhor: mudando tudo, sem mudar nada.

A simples adoção do M8 117 em modelos não CVO trouxe interesse e curiosidade a proprietários dos modelos contemplados com a nova motorização (eu estou muito curioso sobre como a Low Rider S vai aproveitar o torque e a potência extra), dando motivos para voltar a visitar os dealers.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

ABRACICLO: balanço 2021

 A ABRACICLO publicou os números finais de produção de seus associados e 2021 termina sem surpresas com a BMW liderando o segmento de motos premium, seguida pela Triumph, Harley-Davidson e Ducati.

A BMW produziu 10.767 unidades, menos 3,19% em relação a 2020 (11.122 motos produzidas) e seu carro chefe continua sendo a família GS: a GS1250 nas duas versões foi responsável por 41% da produção total e a família (GS310, GS750, GS850 e GS1250) respondeu por 84% da produção total.

A Triumph produziu 5.137 unidades, um aumento de 28,84% em relação a 2020 (3.987 motos produzidas) e a exemplo da BMW, seu carro chefe continua sendo a Tiger, que em suas duas versões foi responsável por 83% da produção total.

A Harley-Davidson teve outro ano de baixa produção com 2.178 unidades, encolhendo 35,84% em relação a 2020 (3.395 motos produzidas) e esse ano a Fat Bob bateu a Fat Boy e puxa a produção da marca com 22% da produção total, produção bem similar a da Fat Boy que responde por 20% da produção total.

A Ducati produziu 994 unidades, menos 10,05% em relação a 2020 (1.105 motos produzidas) e seu carro chefe continua sendo a Diavel, responsável por 31% da produção total.

O números finais da Harley-Davidson mostram a Fat Bob como o modelo mais produzido com 474 motos, a Fat Boy vem em seguida com 432 motos, Road Glide Limited com 270 motos, Ultra Limited com 228 motos, Heritage com 174 motos, Sport Glide com 150 motos, Road King Special com 138 motos, Breakout com 126 motos, Road Glide Special com 102 motos e fechando a lista a Street Glide Special com 84 motos. A Low Rider S esteve a venda nos dealers por todo o primeiro semestre queimando o encalhe de 2019/2020 já que não foi produzida em 2021.

A Royal Enfield não está associada à ABRACICLO e só tenho acesso aos números da marca através da FENABRAVE.

Os números de emplacamentos da FENABRAVE mostram a BMW com 11.904 emplacamentos (um aumento de 13,95% em relação a 2020 - 10.447 motos emplacadas), Royal Enfield aparece em segundo com 6.538 emplacamentos (aumento de 171,96% em relação a 2020 - 2.404 motos emplacadas), Triumph vem em terceiro com 5.049 emplacamentos (aumento de 3,15% em relação a 2020 - 4.895 motos emplacadas), Harley-Davidson aparece em quarto com 2.339 emplacamentos (queda de 37,41% em relação a 2020 - 3.737 motos emplacadas) e a Ducati fecha o segmento com 1.060 emplacamentos (queda de 1,03% em relação a 2020 - 1.071 motos emplacadas).

A combinação de números de produção com emplacamentos mostra a Harley-Davidson praticamente zerando o estoque produzido e terminando com o encalhe de 2020, dentro da estratégia de escassez para aumentar a demanda.

Em breve teremos as motos fabricadas nas lojas e já se fala em um aumento médio de 15%. Acredito que os dealers vão manter a tabela atual até seus estoques esvaziarem. Para quem quer moto zero, é bom ficar atento.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Low Rider S: licenciamento 2022

 Já podem ser emitidos no site do Bradesco os boletos para pagamento do IPVA 2022.

Como já havia comentado quando postei sobre a renovação de seguro da LRS, a tabela FIPE aumentou e com isso o IPVA subiu em relação ao ano passado.

Este ano a LRS vai pagar, com desconto para pagamento a vista, R$ 1.601,06 e R$ 242,26 de taxa de licenciamento.

O IPVA teve um aumento de 19,65% em relação à 2021 (R$ 1.338,10) e a taxa de licenciamento acompanhou a inflação oficial aumentando 10.43% em relação à 2021 (R$ 219,37).

O custo total para licenciamento em 2022 será de R$ 1.843,32, um aumento de 18,35% em relação à 2021 (R$ 1.557,47).

Vou ressaltar mais uma vez a minha indignação com a cobrança da taxa de licenciamento, uma vez que se resume a mera atualização de cadastro do veículo sem sequer emitir o documento de registro já que o CRLV passou a ser digital.

É um acréscimo de 15% por um serviço mínimo a ser executado de forma digital.

Harley-Davidson 2022: catálogo Brasil já está no site

 Um leitor do blog chamou minha atenção para a atualização no site da HD Brasil onde já aparece a linha 2022. Teremos 10 modelos no catálogo: Sport Glide (motor 107), Fat Bob, Breakout, Fat Boy, Heritage, Road King Special, Road Glide Special, Street Glide Special, Road Glide Limited e Ultra Limited (todas com motor 114).

Nada de CVO (também não aparece no catálogo USA), Sportster S ou Pan America.

Em relação ao catalogo 2021, a Low Rider S está fora e os demais modelos continuam e todas as minhas apostas se confirmaram: com a manutenção da Sport Glide, a saída da LRS e manutenção de um catálogo enxuto em relação ao catálogo USA.

Olhando no site HD USA e comparando temos a Sport Glide e a Breakout enquanto os americanos tem a Softail Standard e a Street Bob. 

Na família Touring faltam as versões standard (Electra Glide, Road King, Street Glide e Road Glide) que são equipadas com o motor 107 e temos todas as versões Special (Road King Special, Street Glide Special, Road Glide Special) e as versões Limited (Ultra Limited e Road Glide Limited) que tem motorização 114.

Nada de novo, espera-se mais um ano de vendas entre 2.500 e 3.000 motos e torcer para aparecer a versão 117 da Low Rider S, que será apresentada no evento do dia 26/1 (não aparece nem no catálogo USA), como a novidade do ano.

terça-feira, 11 de janeiro de 2022

Low Rider S 2022: a novidade para os EUA

Dan Morel publicou em seu site, com exclusividade (veja aqui e aqui), as novidades que a HDMC vai apresentar no evento de 26/1 e entre elas temos uma Low Rider S com motor mais forte, suspensões mais altas e mudanças estéticas no tanque e guidão.

A Low Rider S vai estrear a motorização M8 117 no catálogo padrão, já que essa motorização era exclusiva da família CVO e atende algumas reclamações sobre o posicionamento dos instrumentos, que antes estavam posicionados em cima do tanque e vão passar para o guidão permitindo uma leitura mais fácil tacomêtro.

Eu postei anteriormente sobre a possivel motorização 117 na família Touring e a aposentadoria da motorização 107, mas, pela postagem sobre a linha 2022 que Dan Morel fez, isso não vai acontecer o que reforça a minha aposta na manutenção da Sport Glide no catálogo brasileiro mesmo estando ausente no catálogo USA.

Aliás a ausência da Sport Glide no catálogo USA reforça os rumores de uma Low Rider carenada e com alforges rígidos, que também já foi assunto no blog de Dan Morel.

Conversei com ele ontem sobre o catálogo Brasil, mas só vou postar sobre as minhas apostas, publicadas aqui no blog, após ele postar.

Enquanto isso vou acompanhando e posto sobre as novidades.