terça-feira, 23 de novembro de 2021

eventos organizados por MC: qualquer um pode participar?

Circula um vídeo nos grupos de WhatsApp de um incidente em um evento de motos que teria acontecido entre dois clubes 1% e com isso apareceram algumas mensagens condenando este ou aquele MC, afirmando ser perigoso frequentar esse tipo de evento, mostrando que haviam seguranças armados e etc.

Não vou entrar no mérito do incidente pois além de não ter participado do evento, também desconheço os motivos que levaram ao incidente.

Mas cabe lembrar as regras de ouro: respeite para ser respeitado e só vá aonde for convidado.

Nunca houve restrição a participação de não membros em eventos públicos organizados por MCs, desde que a pessoa que não é membro do MC tenha sido convidada, penetras quase sempre não são bem recebidos. O membro que tiver convidado a pessoa que leva um penetra vai ficar bem aborrecido com o seu convidado, mas isso é para ser resolvido depois. Portanto se for convidado para um evento de MC é sempre bom avisar antes se for levar algum amigo junto, não acredito que haverá qualquer tipo de inconveniente (sempre bom lembrar que o convidado que leva um amigo é responsável pela conduta do amigo).

Lembrando que um clube 1% tem regras próprias de comportamento e que os membros são muito comprometidos com o clube, não se deve esperar muita gentileza quando acontece um incidente.

O vídeo que motivou a postagem é uma mostra disso.

O que leva a outra regra de ouro: respeite para ser respeitado. Quem faz convite deseja o comparecimento do convidado, mas não quer se aborrecer com ele. Bom senso é fundamental. Se for convidado, compareça, divirta-se, mas pense antes de fazer um comentário de gosto duvidoso ou uma brincadeira inconveniente: não vale a pena arrumar um confusão por uma bobagem.

Eu já frequento eventos organizados por MCs há mais de vinte anos e nunca vi um incidente. Já vi alguns convidados inconvenientes serem "aconselhados" a ir embora e já fui embora para não me aborrecer.

Concluindo: qualquer um pode participar de um evento organizado por um MC, basta ser convidado.

quinta-feira, 11 de novembro de 2021

motor Milwaukee 8: precisa fazer upgrade?

 Eu venho usando motos com motorização Milwaukee 8 desde 2018 quando troquei a CVO por uma Road King Special.

Nesse período rodei 7100 kms com a Road King Special M8 107, 3600 kms com uma Street Glide M8 107 alugada para ir ao evento dos 115 anos da HD e 4300 kms com a Low Rider S M8 114 completando 15000 kms em cerca de 4 anos.

A RKS fez parte da "segunda fornada" do M8 no Brasil e já teve alguns problemas resolvidos e outros resolvidos em garantia, como já postei por aqui.

A SG americana era da mesma "fornada" e não tive nenhum problema com ela na viagem.

A LRS vem se comportando sem qualquer tipo de incidente desde que comprei demonstrando que o "laboratório dos clientes" que a HD usa em suas primeiras séries resolveu os pequenos defeitos iniciais.

Rodar 15000 kms com motos em diferentes estágios de uso não é uma experiência que possa ser classificada como longa duração como foi com a Fat Boy, mas dá para perceber que o projeto tem tudo para ficar em linha por muito tempo (completou 4 anos em agosto).

Hoje já temos uma boa experiência em preparação dos Milwaukke 8 e já aparecem as tradicionais perguntas: vale a pena fazer Remap? O Stage I é recomendado? e o Stage II? 

Sem falar nas tradicionais: Esquenta muito? Dá deixar rodando mais redonda? Vale a pena usar um enriquecedor de mistura?

Eu não sinto falta de desempenho no M8: tanto o 107 quanto o 114 são motores onde o torque aparece cedo com o 107 sendo mais "preguiçoso" na subida de giros, mas nada que um bom trabalho com a caixa de marchas não resolva.

O M8 não é um motor desconfortável no trânsito urbano: esquenta e dissipa calor muito menos que a minha Fat remapeada. Contribui para isso o fato de que o M8 funciona com uma exigência de marcha lenta mais baixa por ter um sistema elétrico bem melhor projetado que os Twin Cam e o radiador de óleo como item de série nas motos que usam o M8.

O M8 também não é um motor "enforcado" pela mistura pobre. O mapa de injeção e o uso de duas velas por cilindro permite um motor com queima mais eficiente gerando um desempenho bom com um consumo de combustível muito bom (a minha RKS tinha uma média na cidade de 14 km/l, a LRS vem mantendo 18 km/l enquanto a Fat Boy nunca passou dos 12 km/l).

Tanto na RKS quanto na LRS troquei apenas as ponteiras, não fiz remapeamento e nem troquei o back plate ou o elemento do filtro de ar. E a troca das ponteiras não trouxe nenhum tipo de problema.

Portanto, para quem não quer um desempenho realmente esportivo, o M8 é um motor para trocar as ponteiras (se quiser o "barulho tradicional") e mais nada.

Para quem busca um desempenho esportivo vale pensar em fazer o Stage II. O Stage I faz diferença no 107, que não tem filtro de alta vazão, e pouca diferença no 114, que já conta com o filtro e back plate esportivos. A troca dos comandos feita no Stage II é que vai fazer a real diferença em termos de desempenho e com isso o remapeamento é obrigatório.

Fazer um remapeamento para enriquecer a mistura ou usar um enriquecedor de mistura é praticamente nulo: no máximo o preparador vai deixar a curva de aceleração mais uniforme, mas o ganho de potência não vai chegar a 5%. O Milwaukee 8 já é um motor bem calibrado para as condições de uso.

Como o Stage II é uma preparação que não se consegue fazer na garagem, eu não penso em mudar nada na LRS além das ponteiras em termos de preparação.

Já a turma que quer frequentar o "clube dos 200" recomendo juntar mais uns trocados e partir direto para o Stage II ao invés de ficar procurando soluções alternativas como remapeamento com mapas prontos fornecidos pelo fabricante do dispositivo escolhido para remapear em casa.