sexta-feira, 17 de setembro de 2021

Low Rider S: chegando na marca de 4.000 kms

E enquanto não se decreta a "extinção dos dinossauros" sigo com a minha média de lazer (400 km/mês) sem grandes ocorrências. A última foi o erro C1032 em junho que não voltou a se apresentar.

Atingindo a marca de 4.000 kms (2.500 milhas), metade do previsto para a segunda revisão (8.000 kms ou 5.000 milhas), mas acredito que a revisão vai ser feita no tempo.

Lubrificantes na marca, sem consumo, pneus e pastilhas sem desgaste excessivo (inspeção visual) e consumo com média excelente (20 km/l).

A LRS vem se mostrando um moto com uma pilotagem muito agradável, ciclística e freios acima da média das minhas outras Harley, a ergonomia se mostrou acertada com a adoção do guidão Reach Handlebar do Kit Confort que veio de brinde na compra da moto e comando avançado.

Não sinto falta de wind shield, mas ainda não fiz nenhuma viagem com trecho superior a 120 km.

As ponteiras V&H Twin Slash são bem mais barulhentas que as ponteiras V&H Eliminator que tinha na RKS, mas nada que me atrapalhe (ou já me acostumei). 

Não senti falta em nenhum momento de ajuste de performance que me obrigue a fazer remapeamento (tenho ponteiras e filtro de ar esportivos), mas venho mantendo um ritmo bem tranquilo no uso da moto.

A LRS vem se mostrando cada vez mais como uma solução provisória que vai se tornando definitiva.

quando o foco da pilotagem muda do piloto para a moto

Pelos números de emplacamentos publicados pela FENABRAVE pode-se notar que perfil de consumo de moto turismo está mudando: temos quase a metade dos emplacamentos feitos em Big Trails (GS1250, Tiger e GS850) e cerca de 10% de estradeiras custom (o catálogo Harley-Davidson).

O consumidor de motos premium parece mostrar que não tem mais a disposição para manejar uma moto grande, pesada e sem auxílios eletrônicos que tornem a pilotagem mais amigável.

A pilotagem deixou de ser um desafio para ser um instrumento no deslocamento de grandes distâncias. O "novo piloto" quer o prazer de chegar e ostentar sua moto sem grandes sustos ou desafios.

A Harley-Davidson PanAmerica não é apenas um projeto em busca de diversificação do catálogo, é uma efetiva busca pelo consumidor que não tem interesse nos projetos clássicos que sustentaram a marca e quer uma moto mais fácil de pilotar que ostente um nome tradicional.

O "território" das Tourings e Cruisers está encolhendo e as Big Trails estão deixando o off road para a estrada, tal e qual os SUVs vem fazendo no setor automobilístico.

Hoje em dia os iron butt estão sendo cada vez mais feitos em motos que diminuem o desafio de usar a habilidade para enfrentar grandes distâncias e aventuras como a do Rodrigo Azevedo (canal do YouTube Eu e minha Moto) em fazer a Estrada Real com uma Road King não servem mais como um "exemplo de superação".

Acho que todos os segmentos em duas rodas são divertidos, já passei por todos: do off road às estradeiras custom, passando pelas superbike naked, e cada vez que faço um ride test em uma Big Trail vejo como a pilotagem deixou de ser divertida para ser algo burocrático.

O blog segue aberto para os "dinossauros" até que sacramentem a nossa extinção com motos onde o maior desafio será não jogá-las no chão porque essas motos não caem, o piloto é que as derruba.

quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Abraciclo e FENABRAVE: números julho/2021

Como já postei antes, a ABRACICLO deixou de publicar os números referentes às vendas de motocicletas e vem publicando apenas os números referentes à produção dos associados.

Seguindo a tendência do início do ano, a BMW segue liderando o segmento de motos premium produzindo 6.459 unidades (previsão de 11.000 motos produzidas), seguida pela Triumph com 2.764 unidades (previsão de 4.700 motos produzidas), a Harley-Davidson vem em terceiro com 1.451 motos produzidas (previsão de 2.500 motos produzidas) e a Ducati fecha o segmento com 575 motos produzidas (previsão de 1.000 motos produzidas).

Comparando com os números do primeiro quadrimestre a BMW e Ducati retornam aos números de 2020 com  previsão de 11.000 e 1.000 motos, respectivamente, com o aumento da produção, a HDMC manteve o ritmo com previsão de 2.500 motos e a Triumph diminuiu o ritmo de produção baixando a previsão para 4.700 motos.

A Royal Enfield não está associada à ABRACICLO e por isso não tenho acesso a números da marca.

Consultando a FENABRAVE é possível verificar os emplacamentos, sendo possível acessar números de todas as marcas, incluindo a RE, e verifica-se que a RE já vem muito perto dos números da Triumph: BMW tem 5121 motos emplacadas, a Royal Enfield tem 2.902 motos emplacadas, a Triumph tem 2.780 motos emplacadas, a Harley-Davidson tem 1.205 motos emplacadas e a Ducati tem 577 motos emplacadas.

A média de emplacamentos das montadoras subiu, com exceção da BMW, ficando assim: BMW tem média de 730 (842 em maio), a Royal Enfield tem média de 414 (358 em maio), a Triumph tem média de 397 (362 em maio), a HDMC tem média de 172 (159 em maio) e a Ducati tem média de 82 (76 em maio).

O top 10 entre as cinco marcas apresenta cinco modelos Trail: A GS1250, Tiger, GS850, Himalaya (!!!) e GS750 e a RE tem quatro modelos entre as dez mais emplacadas: Himalaya, Interceptor, Continental e Meteor, mostrando o potencial da marca no mercado brasileiro.

Listando o top 10: GS1250 (2.696), Tiger (1.832), GS850 (1.245), Himalaya (1.126), Interceptor (961), Continental (403), Fat Boy (176), Meteor (144), Limited (138) e Road Glide (125).

Na publicação da ABRACICLO é possível ver a produção de cada modelo: Fat Bob (348), Fat Boy (324), Road Glide (222), Heritage (120), Limited (108), Sport Glide (107), Road King Special (90), Breakout (78) e Street Glide Special (54). A Low Rider S segue no catálogo 2021 sem entrar em produção (todos os modelos a venda são 2020) e é o modelo mais barato na tabela HD.

Não vejo muito esforço das montadoras em aumentar o ritmo de fabricação/vendas e, com os números do início do segundo semestre, devemos ter um 2021 muito semelhante a 2020.

Sem previsão de eventos de lançamentos de novos modelos e com uma estabilidade nas tabelas, acredito que as estratégias das montadoras não devem mudar para 2022.