Em um momento de receitas baixas, a burocracia fluminense presta um grande desserviço à população. Meu caso não é uma exceção isolada, podem ser vistos vários veículos novos rodando sem placa por ineficiência da máquina governamental.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2021
Low Rider S: licenciamento 2021
Em um momento de receitas baixas, a burocracia fluminense presta um grande desserviço à população. Meu caso não é uma exceção isolada, podem ser vistos vários veículos novos rodando sem placa por ineficiência da máquina governamental.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021
Low Rider S: dá para encarar viagens longas? Cabe windshield? Consegue levar garupa e bagagem?
Como postei sobre a alternativa "estradeira" usando o kit confort recebi alguns e-mails perguntando sobre instalação de windshield, sissy bar/grelha e alforges destacáveis pensando em fazer viagens mais longas que passeios bate&volta com a garupatroa.
Tem várias opções de catálogo para sissy bar/grelha destacáveis, sempre no padrão HD: up-right, back rest e rack para ter a peça completa, além dos alforges e o realocador de pisca.
Um conjunto recomendado pelo catálogo HDMC é composto pelo Holdfast Sissy Bar Upright- Short (p/n 52300435), Passenger Backrest Pad - Compact (p/n 52300559A), Sport Luggage Rack for Holdfast Sissy Bar Upright (p/n 50300131A) e Detachables Saddlebags (p/n 90201561A) que vai precisar do realocador de pisca (p/n 67800830).
O Sissy Bar completo custa cerca de U$ 350,00 e os Alforges com realocador de pisca custa cerca de U$ 850,00 fazendo o total de cerca U$ 1.200,00.
Convertendo e estimando a margem de revenda do dealer, estimo em R$ 12.000,00 pelos acessórios, valor que já dá para pensar em comprar outro modelo que já venha mais preparado para viajar como a Heritage (R$ 96.000,00) que conta com alforges e wind shield como equipamentos de série ou a Sport Glide (R$ 92.500,00) que conta com alforges como equipamento de série.
O windshield é ainda mais complicado porque a carenagem de farol da Low Rider S é diferente da carenagem que equipa a Sport Glide, que pode ser retirada sem maiores problemas deixando o farol pronto para uso sem necessitar da carenagem.
Se você retirar a carenagem de farol da LRS vai deixar o globo óptico do farol totalmente exposto pois não conta com nacele de acabamento, como pode ser visto na foto abaixo:
Desse modo para instalar um windshield destacável vai ser preciso pensar em improvisar docks e acabamentos para cobrir o globo óptico ou modificar a frente para colocar uma frente de Sport Glide, que não sei se é possível.
A HDMC sugere em seu catálogo uma carenagem maior: a Softail Quarter Fairing (p/n 57001615DH) e custa U$350,00 que estimo em R$ 3.500,00 no Brasil e não será destacável, como pode ser visto na foto abaixo:
Somando os valores estimados para equipar uma LRS com todos esses acessórios chegamos a R$ 15.500,00, valor mais do que suficiente para pensar em comprar uma Road King Special (R$ 103.400,00) e com um pouco mais comprar um conjunto sissy bar/rack e windshield destacáveis aftermarket.
A Low Rider S é um projeto "club bike" e com pouco tempo de mercado.
Ser um projeto "club bike" implica em um conjunto mecânico aperfeiçoado e ser despojada de acessórios considerados inúteis para "club members" como banco two-up, alforges e sissy bar e que são necessários para fazer turismo com a esposa/namorada.
Ter pouco tempo de mercado implica em dificuldade em encontrar acessórios aftermarket obrigando a usar as opções do catálogo de fábrica ou improvisar.
Encarar 500 kms/dia com uma LRS não é difícil, encarar 1000 kms/dia será uma tarefa mais exigente, assim como acompanhar o ritmo de um trem de motos com projeto touring em uma viagem.
Dá para fazer, mas você precisa estar preparado para pressão aerodinâmica no peito, ainda mais se o ritmo for de velocidade de cruzeiro alta. O fairing de farol original alivia um pouco a pressão, mas o capacete vai receber todo o vento, coisa que os windshields aliviam.
O conjunto mecânico da LRS aguenta bem uma viagem de moto carregada e garupada, muito melhor que, por exemplo, a Sport Glide ou qualquer Sportster, mas o piloto vai trabalhando o tempo todo como por exemplo para reduzir e encher o motor em uma ultrapassagem ou para manter a velocidade (a LRS não tem cruise control e o punho sofre).
A oferta (ainda válida em fevereiro/21) do kit conforto amplia as possibilidades de uso da moto, mas está longe de ser um projeto voltado para conforto para piloto e garupa em viagens mais longas como uma Heritage, uma Road King, uma Street Glide, uma Road Glide ou uma Limited e transformar um projeto "club bike" em uma touring custa tempo e dinheiro que podem ser melhor utilizados se comprar um projeto touring.
Portanto pense bem antes de querer economizar pensando em usar a oferta do kit conforto para economizar na compra de acessórios porque guidão e banco two-up não transformam uma "club bike" em um projeto touring.
Para uso semelhante ao meu, que envolve uso urbano rotineiro, ando sem garupa e faço viagens esporádicas, a LRS é excelente opção, mas tem coisa melhor para quem quer curtir a vida na estrada com a companheira.
terça-feira, 16 de fevereiro de 2021
Low Rider S ultrapassa a marca de 1000 kms: resumo e atualizando o custo de uso
Comprei a LRS em dezembro (NF emitida em 17/12 e entregue em 22/12) e tenho usado a moto basicamente para deslocamentos curtos dentro da cidade.
A moto chegou hoje aos 1200 kms e é a primeira moto que fiz tantas experiências em tão pouca rodagem.
Com pouco mais de 100 kms fiz a troca do comando central pelo comando avançado por não ter conseguido me adaptar. É certo que banco original deixa o piloto em uma posição mais baixa e com as pernas mais fechadas que a posição usando o banco Sundowner e mesmo sem saber isso no momento que decidi pela troca, também não seria a solução ergonômica/estética mais feliz para a moto. Postei as impressões de uso com comando avançado Aqui.
Na marca de 300 kms troquei as ponteiras originais por ponteiras esportivas Vance&Hines Twin Slash. A moto ficou mais “alegre”, mas com pouca mudança em termo de rendimento e consumo. Postei as primeiras impressões e o processo de escolha das Twin Slash Aqui.
Na marca de 700 kms foi instalado o kit confort e começaram as experiências até aprovar a configuração atual: de cara descartei o banco Sundowner com o guidão original por não apresentar alteração relevante na ergonomia, além de ser uma solução estética bem ruim; o kit completo foi instalado (guidão, cabos, banco, suporte de pedaleira e pedaleira do garupa) com postagem sobre a instalação Aqui e a avaliação sobre o uso Aqui com mudanças relevantes na ergonomia, mas solução estética fraca; finalmente postei sobre a adoção da solução com a volta do banco original com o guidão Reach Aqui.
Fiz uma mudança na posição da placa, baixando a placa para uma posição inclinada ao invés da posição original, não só pela segurança em não bater na placa ao subir/descer da moto, mas pela estética envolvida nessa nova posição.
O custo da troca de comando e compra/instalação das ponteiras chega ao total de R$ 8.228,00 que na marca de 1200 kms rodados deixa o primeiro custo em R$ 6,86/km rodado.
O consumo tem sido uma surpresa agradável, variando entre 18,5 km/l na primeira medida e 20 km/l da última medida. Eu acredito que os trajetos com trânsito leve em vias rápidas (av das Américas, Túnel Rebouças, elevado Paulo de Frontin, Linha Vermelha e Ponte Rio-Niterói foram constantes nos meus deslocamentos) tenha mascarado o consumo urbano da LRS. Ainda não trafeguei em rodovia e a única serra que trafeguei foi o Alto da Boa Vista.
As primeiras impressões sobre o M8 114 estão sendo confirmadas conforme o uso vai aumentando: é um motor que enche mais rápido que o M8 107, não gosta de andar abaixo dos 2.000 giros e não gosta de pilotagem preguiçosa. Para ter uma performance esportiva é preciso estar trabalhando com a caixa de marchas para evitar que o giro baixe da marca dos 2.000 giros.
A embreagem com acionamento via cabo melhora bastante o uso em baixa velocidade e manobras em corredor, o novo guidão (mais largo que o original) exige mais cuidado na passagem pelo corredor, a troca de comando central pelo comando avançado foi fundamental para encontrar a melhor posição na moto, assim como a troca do guidão(que poderia ser alternativamente uma troca de riser).
Freios, suspensões (regulei a suspensão traseira na posição 4 de 10, ao invés da posição zero prevista no manual) e ciclística fazem da LRS melhor conjunto mecânico HD aquele já usei nesses 15 anos de Harley-Davidson.
Falta resolver o acionamento do pedal de freio traseiro, assim como resolver o freio baixo (seja por sangria ou por regulagem do pedal) e a dificuldade em encontrar o neutro que nasceu coma troca dos comandos quando adotou um varão mais comprido (provável necessidade de regulagem da embreagem).
Para concluir, a escolha da LRS está se mostrando excelente, e a solução provisória tem tudo para ser uma solução permanente pelo avanço da idade e a ótima adaptação que estou tendo com a moto,
a pergunta que todos me fazem: por que a HDMC decidiu ofertar o kit confort?
A resposta é simples: não sei.
Só posso especular sobre as intenções de marketing por trás da oferta.
Lembrando que o estoque 2020 para ser vendido é de 36 unidades (foram produzidas 168 unidades e vendidas 132 unidades), o maior entre o top ten de 2020, e talvez precisando de oferta como chamariz para equilibrar o estoque.
De toda a forma, a Low Rider S é uma moto solo, sem cromado, com inspiração no seriado SOA (o estilo "club bike") e com um conjunto mecânico mais esportivo (motor M8 114, suspensões dianteiras invertidas, freios com disco flutuante e ciclistica bem resolvida). Verdadeira antítese aos modelos que são tradicionalmente best sellers no line up (Fat Boy e Limited).
Trazer o kit confort dá uma alternativa de uso e amplia o público alvo do modelo e pode ser a intenção da oferta: mostrar que a Low Rider S pode ser uma alternativa viável para quem está querendo algum dos modelos mais conhecidos e não está disposto a gastar tanto (lembrando que a Low Rider S passou a ser o modelo de entrada do line up HDMC por "módicos" R$ 90.500,00) e talvez criar o hábito pela customização da Low Rider S em um modelo garupado.
Mas sem a oferta do kit confort vai valer a pena analisar uma Sport Glide, mesmo com um conjunto menos potente e suspensão dianteira tradicional e com o tradicional visual cromado (diferença de R$ 2.400,00 a mais por uma Sport Glide), já que o kit confort (banco/guidão/pedaleira) não sai por menos de U$ 600,00, que para a realidade brasileira vai significar um investimento acima de R$ 6.000,00 com impostos e margem de lucro agregada ao preço cobrado nos dealers brasileiros.
Apenas para concluir, a moto é excelente e a oferta do kit confort agrega um diferencial interessante ao modelo. Se estiver pensando em partir para uma HD zero, vale a pena analisar a escolha pela Low Rider S.
guidão H-Bar original x guidão Reach Handlebar kit confort
O guidão original da Low Rider S é o H-Bar e tem part number 55801128. Vem montado em um riser reto de 4 polegadas e se aproxima muito do estilo dirt track.
Na foto abaixo vemos as principais medidas: centro de guidão com 19cm (7,5 polegadas), altura 10 cm (4 polegadas), pull back 24 cm (9,45 polegadas) e largura 78 cm (30,7 polegadas)
O guidão que está na moto agora é o guidão Reach Handlebar e tem part number 55800717, veio com o kit confort que veio na oferta da compra da Low Rider S zero. Ele está montado no mesmo riser reto de 4 polegadas onde estava montado o guidão H-Bar original. Esse guidão tem estilo tradicional buckhorn que é visto na maioria das customs cruisers.
Na foto abaixo vemos as principais medidas: centro de guidão com 27 cm (10,6 polegadas), altura 18 cm (7 polegadas), pull back 27 cm (10,6 polegadas) e largura 81 cm (31,9 polegadas).
O guidão Reach é mais largo, mais alto e tem mais pull back que o guidão H-Bar, por isso permite maior possibilidade de achar a melhor posição para a ergonomia do piloto, principal ponto positivo do guidão Reach, além do estilo buckhorn que me agrada mais que o estilo dirt track do guidão H-Bar.
Tem pontos negativos: por ser mais largo exige mais habilidade na passagem pelo corredor e foge um pouco do estilo "club bike" que caracteriza a Low Rider S.
Comentando a parte estética, para quem está interessado em manter o estilo "club bike" a melhor solução para manter o guidão H-Bar é trocar o riser de 4 polegadas por um riser curvo de 5,5 polegadas (que terá de ser aftermarket porque a HD não tem essa solução no seu catálogo, apenas um riser reto de 5,5 polegadas - p/n 55800852). Vi várias fotos dessa solução e parece que funciona bem. Essa troca de riser permite que o guidão fique em uma posição mais próximo do piloto e continue na mesma altura do riser original pois a polegada e meia extra do riser permite colocar o guidão atrás sem baixar a altura do guidão.
Fazendo a troca do riser reto pelo curto vai permitir tentar um ajuste fino da posição apenas regulando a inclinação do guidão como fiz em minha primeira tentativa de encontrar a melhor posição para o guidão.
Comentando a parte ergonômica, a maior altura (3 polegadas a mais) e o maior pull back (pouco mais de uma polegada a mais) permitem que se busque uma posição mais próxima e que deixe os pulsos mais baixos com um limite maior do que o guidão H-Bar. A posição atual do guidão Reach ainda pode ser modificada para ficar mais perto do piloto, mas isso vai deixar os pulsos mais dobrados por deixar a altura da mãos mais baixa. Não pretendo mexer mais na posição do guidão, que funcionou tanto com o banco original quanto com o banco Sundowner, vou precisar achar a melhor posição para o manete esquerdo que não está com a mesma inclinação do manete direito e deixa o pulso fora de posição e com o uso da embreagem acaba causando cansaço no pulso/mão.
Para quem nunca pesquisou sobre a posição dos manetes, a posição indicada é aquela que permite acionar o manete sem levantar a mão e consequentemente dobrar o pulso. Detalhe pequeno que faz muita diferença.
Comentando a parte econômica dos ajustes: não dá para dispensar a oportunidade que tive de fazer o ajuste da ergonomia usando a cortesia do kit confort. Sem nenhum custo foi possível avaliar três opções (ajuste do guidão H-Bar com o banco original; instalação do kit confort com o novo guidão Reach e banco Sundowner e o uso do guidão Reach com o banco original).
Faltou apenas avaliar o banco Sundowner com o guidão H-Bar, mas descartei essa solução assim que recebi o kit confort e coloquei o banco Sundowner no lugar do banco original: além de ser uma solução muito infeliz no aspecto estético, não acrescentou nada em termos ergonômicos à posição alterada que já vinha usando.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2021
Low Rider S: voltando com o banco original
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021
Low Rider S: avaliando o kit conforto cortesia
Depois de instalado o kit conforto na Rio HD já rodei pouco mais de 200 kms entre circuito urbano e rodoviário, chegando a rodar um intervalo de duas horas na moto.
Embora eu não goste do resultado estético do novo conjunto, o resultado prático é muito bom.
O novo guidão é mais largo e está em uma posição mais baixa do que o guidão original resultando em maior cuidado no corredor, mas nada que já não fosse meu hábito na Fat Boy e muito melhor que na CVO ou na RKS.
O novo banco é macio, proporciona bom apoio para a lombar e permite uma posição mais relaxada que o banco original. Nas arrancadas mais fortes eu precisava me segurar no guidão e com esse banco estou melhor posicionado e o guidão não "sofre" tanto nas arrancadas. O ponto negativo na comparação com o banco original é o fato desse banco deixar o piloto em uma posição um pouco mais atrás (uma polegada) e o piloto mais baixo acaba escorregando no banco.
O kit conforto tem mais pontos positivos que negativos, mas quem quer conforto não faria opção por uma Low Rider S e esteticamente o efeito final não me agrada.
Ergonomia é sempre um aspecto personalíssimo que deve ser avaliada na hora da compra e já sabia que iria buscar soluções para melhorar a moto levando em consideração a minha ergonomia.
A solução Reach Handlebar e Sundowner Two-up Seat nunca foi cogitada por mim para a Low Rider S, mas como uma solução de custo zero não dá para descartar.
Para quem cogita usar a Low Rider S em viagens mais longas e/ou andar garupado deve considerar essa solução.
Vou recolocar o banco original para avaliar a ergonomia da troca do guidão com uma solução estética menos agressiva, solução que me parece mais interessante por não implicar em uma mudança estética tão radical e gostar bastante do guidão tipo buckhorn como é o estilo do Reach Handlebar.
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021
Low Rider S: alocando a placa em uma posição mais segura
A placa fica inclinada, continua perfeitamente visível e presa na furação feita pelo Detran quando emplacou a moto, como pode ser visto na foto abaixo.