segunda-feira, 21 de outubro de 2019

HD Brasil: catálogo 2020 no site

Ia passar desapercebido por mim, mas graças a um comentário de um leitor do blog (obrigado, Augusto) visitei o site da HD Brasil e já está publicado o novo catálogo para 2020.

Novamente temos um catálogo enxuto para enfrentar o mercado desaquecido e a confirmação das apostas publicadas por Dan Morel no seu blog e na coluna Minuto Motor: chegam a Low Rider S, a Heritage Classic em versão dark (sabe-se lá o motivo para chamar uma Heritage sem cromados de Classic) e a Road Glide Limited.

Deixaram o catálogo as Softails Slim e Street Bob, a Sportster 48 e a Road Glide Ultra.

O que o novo catálogo permite concluir: as Sportsters vão focar o fã interessado em ingressar no mundo HD: tem o menor preço de venda e não trazem mudanças significativas com exceção de pintura e acabamento dark.

As Softails mantém a receita de sucesso com a Fat Boy e Fat Bob com as motorizações 107 e 114, traz a motorização 114 nos modelos já habituais (Breakout, FXDR) e traz as "novidades" também com a motorização 114 (Low Rider S e Heritage Classic), mantendo a motorização 107 apenas na Deluxe e na Sport Glide. A saída da Softail Slim já era esperada no ano passado pela baixa participação nas vendas e vinha dando espaço para Street Bob (mesma plataforma de motor/caixa/quadro) de valor mais baixo. E agora a Street Bob dá lugar para a Sport Glide, novidade de mid-season, que mantém a mesma plataforma das finadas Slim e Street Bob, mas com preço mais "salgado".

Na família Touring é interessante notar a "morte" da primeira versão M8 lançada em 2017: o M8 107. Essa motorização segue em fabricação nos EUA (equipa a Electra Glide, a Street Glide e a Road King, todas na versão standard), mas no Brasil não vai mais equipar nenhum modelo (a versão M8 107 que equipa as Softails Fat Boy, Fat Bob, De Luxe e Sport Glide já é uma evolução dessa versão inicial).

Além da "morte" do M8 107, também vale a pena notar que a HDMC introduz o sistema de controle de tração com o sistema Reflex™ Defensive Rider System (RDRS – sistema que aumenta a segurança na pilotagem), um novo conjunto de tecnologias de controle de pilotagem para diversos modelos.

O RDRS representa um avanço na segurança e trata-se da mais nova geração de ABS Reflex trabalhando em conjunto com a ECU de forma a evitar não só o travamento da roda, mas manter a motocicleta tracionando em caso de emergência. Quem pilota HD sabe como faz falta o freio motor na parada de emergência.

Na família CVO, virão os dois modelos de motocicleta que foram apresentados nos EUA: Street Glide e Ultra Limited, os Trikes seguem fora do catálogo HD Brasil.

Ainda sem previsão de chegada nos shows rooms dos dealers no Brasil, o catálogo está disponível apenas no site.

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Windshield: faz falta ou não?

Windshield é um acessório que costuma ser do tipo "ame ou deixe". Se o conforto para enfrentar viagens de longo curso e com velocidades de cruzeiro acima dos 100 km/h é bem conhecido, a quebra do estilo da motocicleta ao ver aquela "parede de vidro" é algo a ser evitável.

Temos o meio termo do windshield destacável que muitos usam normalmente, principalmente na família Touring da Harley-Davidson.

Além do windshield tradicional, também temos as carenagens de guidão que servem como anteparo do vento frontal e em alguns casos melhoram a aerodinâmica da motocicleta. É certo que para uma melhora sensível no arrasto provocado pelo vento frontal é preciso uma carenagem de área menor obrigando ao piloto ficar em uma posicão racer ao invés da tradicional posição custom que estamos acostumados nas HDs.

O tamanho da carenagem ou windshield tradicional será sempre inversamente proporcional ao ganho aerodinâmico, ou seja, quanto maior a "parede", maior será o conforto e menor será o ganho aerodinâmico.

E o uso? Como fica?

Eu experimentei usar o windshield tradicional e usei uma Street Glide por dois anos. Tem semelhanças, mas também tem diferenças.

A maior semelhança é o conforto que proporciona. Você pode acender um cigarro atrás de um windshield porque não existe vento frontal atingindo sua face (dependendo da altura do windshield). O uso proporciona menos cansaço em viagens longas por você não estar se "segurando" no guidão para enfrentar o vento frontal.

E a maior diferença é o prejuízo da visão próxima que eles proporcionam. O windshield tradicional atrapalha muito menos a visão do solo junto à roda dianteira que o morcegão, deixando mais fácil desviar de buracos e problemas de piso. No morcegão você está sempre vendo o piso cerca de dois metros da roda dianteira e muitas vezes isso atrapalha na hora de desviar.

Essa característica foi fundamental para voltar a usar uma moto sem morcegão: simplesmente não me adaptei à perda da visão próxima e o uso de uma bolsa de viagem "sentada" na garupa ameniza muito o confronto com o vento frontal.

Sem falar que a moto fica muito mais bonita sem o windshield.... Portanto se você preza mais o estilo que o conforto, esqueça o windshield.

Alforges rígidos da RKS

Juntando o tempo da CVO com o tempo que venho usando a RKS e mais a experiência em viajar com a Street Glide nos EUA no ano passado permitem responder a algumas perguntas sobre o uso dos alforges rígidos.

Os alforges são práticos no uso diário, quando guardo a mochila neles (na Fat usava uma bolsa magnética que ficava presa no paralama traseiro), não afetam o uso no corredor (com a CVO cheguei a bater com eles em parachoques quando fazia a mudança de corredor), mas são insuficientes para viagens mais longas.

Além disso, como os alforges são finos não permitem que se guarde o capacete dentro como nos tourpacks das Ultras.

Comparando com os alforges de couro das antigas Heritage e Road King Classic, tem menor capacidade para carregar objetos largos e pior arrumação, mas tem a vantagem de ter tranca e chave compartilhada com a chave da tranca de direção.

Para contornar o problema da guarda do capacete tenho usado a mesma solução que usei na Fat Boy: uma tranca com forma de mosquetão com segredo que prendo no guidão. É certo que não é a mesma coisa que deixar dentro do tourpack, mas já resolve na maioria das situações.

Esteticamente falando, o conjunto fica mais limpo com os alforges rígidos já que os alforges de couro acabam ficando gastos e deformados. Eu prefiro os rígidos.

Dá para não usar os alforges rígidos? Ao contrário das Softails, as Tourings sem os alforges perdem estilo, sem comentar o fato de que os amortecedores e ferragens deixam um aspecto de "moto que caiu" por estar "faltando um pedaço".

No computo geral, eu aprovo os alforges. É o acessório que nunca compraria, mas sentiria falta se não os tivesse na moto.


quarta-feira, 16 de outubro de 2019

nada de novo no front

Passou o mês de setembro, vamos na metade de outubro e até agora não temos a linha 2020 da HDMC Brasil.

Acho que só teremos confirmações em novembro, quando as demais montadoras vão apresentar suas novidades no Salão Duas Rodas.

A HDMC Brasil não vai participar do Salão em decisão tomada no início do ano, e estará acompanhada da BMW, Ducati e Triumph.

Para o pessoal que deixou comentários a serem aprovados, já aprovei e respondi o que estava ao meu alcance.