Já se falou um bocado sobre o catálogo apresentado no Dealer Convention do fim de semana de 16 a 18/8. Wilson Roque e Dan Morel já trouxeram fotos e até as primeiras impressões sobre o novo motor e o projeto Rushmore que traz novo sistema de som e luz para as tourings.
Eu estava em viagem, compartilhei informações no Facebook, mas não deixei nada no blog e valem algumas observações:
O novo motor com refrigeração dupla (líquida no cabeçote e ar nos cilindros) já tinha sido assunto no blog, estava patenteada desde o ano passado e para mim representa a continuação dos Twin Cam por mais algum tempo.
Minha análise é que a HDMC voltou ao centro das atenções, lugar perdido com o relançamento das Indians e o motor 111, já que esta solução já poderia ter sido adotada no ano passado e ficou engavetada aguardando o sinal verde dos gestores da empresa.
Além de não ter sido pioneira, a BMW adotou essa solução há coisa de dois meses, a solução traz pouca eficiência ao uso da moto, já que o ganho principal é melhorar a durabilidade do motor que sofrerá menos desgaste pela dissipação de calor sem tanto ganho para o conforto do piloto.
O projeto Rushmore é um atrativo para aqueles que gostam dos botões e das luzes. O ganho em eficiência na iluminação com os novos faróis de leds é grande, mas um sistema touch screem traz apenas uma aparência de modernidade.
Gostei mesmo foi de saber que o sistema de ABS foi aprimorado com a frenagem sendo equalizada usando apenas um dos comandos de freios, tal e qual a BMW já faz há algum tempo. Mostra que a HDMC está aprimorando o produto e prestando atenção à concorrência.
Para o Brasil, o Infomoto publicou uma matéria dando conta que a HDMC pretende trazer como novidades a Sportster 48, a Softail Breakout e sua versão CVO e o TriGlide.
Será interessante o aumento do catálogo brasileiro, mas existem modelos interessantes que poderiam vir para o Brasil e seguem de fora dando impressão que o mercado brasileiro é importante, mas nem tanto.
Fazem falta no Brasil a Softail Slim, a Sportster 72 e a Dyna Wide Glide. São modelos que tem um mercado no Brasil e mostrariam o interesse da HDMC em manter o catálogo brasileiro alinhado com o catálogo americano.
Como o TriGlide foi anunciado, acredito que a Ultra Limited (a touring que receberá o novo motor com refrigeração líquida no cabeçote) continue no catálogo e não descarto a volta da Ultra Classic com o motor antigo por uma questão de alinhamento de preço, pois acredito que a nova Limited, completa com o projeto Rushmore, vai subir de patamar de preço ficando mais perto do preço da Ultra CVO e do preço para o TriGlide, sobrando espaço na tabela de preços para uma Ultra com preços da atual Ultra Limited.
Minha dúvida é se a Ultra CVO vai continuar vindo já que a Breakout CVO é uma das novidades.
Agora vai ser esperar pelo Salão Duas Rodas em Outubro para ver o catálogo que será apresentado pela HDMC Brasil.
4 comentários:
Wolfmann, sou péssimo para entender inglês falado, mas pareceu-me que o sistema ABS HD permite usar os freios separadamente em baixa velocidade, de modo a facilitar manobras. Quem entendeu melhor esclareça-me.
Tovar, a possibilidade de equalizar a frenagem usando apenas um dos freios não invalida que você use os dois freios. Esse é apenas um sistema mais moderno que o sistema atualmente usado nas HDs.
Diga-se de passagem que pilotei uma Ultra na viagem pelos EUA e não precisei do ABS em nenhum momento.
Segui pilotando como se não tivesse o dispositivo sem o menor problema, mas se houvesse necessidade o dispositivo iria aumentar a segurança, do mesmo modo que o novo sistema aumenta a segurança ao equalizar a frenagem conforme a roda que estiver travando.
Eu quis dizer usar usar os freios de maneira independente, acionar um sem acionar o outro, permitindo por exemplo usar meia embreagem combinada apenas com o freio traseiro, manobra característica de contorno em muito baixa velocidade.
Não sei informar se outros sistemas permitem isso, nunca pilotei moto com ABS.
O que você está falando é um uso normal do freio, totalmente possível.
O ABS só entra em ação se você travar a roda, coisa que a gente não faz nas manobras de baixa.
Se a acontecer um travamento, o novo sistema vai equalizador a frenagem para evitar que o travamento cause problemas na parada da moto.
Qualquer manobra que a gente esteja acostumado a fazer será possível, desde que não aconteça travamento da roda.
O novo sistema é uma evolução já que era o piloto que devia equalizar a frenagem nas rodas e agora passou para o controle da moto.
Esse é o primeiro passo no sentido de adotar o controle de tração.
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