Eu fiz revisão na minha Fat Boy, mas a oficina onde fiz a revisão não tem ferramental adequado para verificar, mapear e ajustar a injeção eletrônica, o que não é demérito algum se levarmos em conta que a autorizada, apesar de possuir o ferramental adequado, também não consegue fazer isso.
Eu digo isso porque a minha Fat tem uma falha na aceleração, basicamente no momento da retomada, que atrapalhava bastante o uso da moto em baixa rotação. Na revisão de 8000 km reclamei disso e a autorizada deu um diagnóstico de bico de injeção, trocados após nove meses de espera. Realmente melhorou, mas não resolveu.
Recomendaram o SERT e remapear, fiz isso na autorizada e também não resolveu. Deram diagnóstico de mangueira furada (micro furos foi o diagnóstico), trocou e não resolveu. Depois da revisão de 16000 km o problema passou a ficar mais crônico e a gente vai levando, afinal já tinha trocado bico, remapeado, trocado mangueira.
Na revisão de 24000 km, feita fora da autorizada, descobri uma vela frouxa quando troquei as velas e já havia pedido um cabo de velas novo, também trocado. O problema amenizou, a baixa rotação ficou mais homogênea, mas a falha permanecia.
Um amigo do Chapter RJ, o Álvaro, havia remapeado em casa seguindo as orientações do Paulo Couto (colunista do Motonline - www.motonline.com.br) que também havia feito isso. De conversa em conversa, o Álvaro veio me ajudar a remapear a injeção.
Consegui resolver o problema da falha (ou pelo menos diminuir a quase zero): aumentamos o intervalo de tempo da injeção acima de 48º (quando a moto começa a aquecer) e a falha desapareceu (ou diminuiu).
Pergunto: se dois apaixonados por Harley-Davidson que estudam um pouco mais a literatura técnica conseguem resolver um problema crônico de mais de um ano ocorrendo, por que os mecânicos, treinados pela autorizada, não conseguem?
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