Um
amigo me pediu uma lista dos dez modelos, independente de marca, que eu
manteria na garagem. Não vale objeto de desejo, só as que já pude experimentar.
Minha
primeira é a Fat Boy que eu já tenho. Conheço bem a criança e já conheço os
calos dela e como cuidar deles. Prefiro ela aos modelos de traseira larga,
mesmo com a diferença de motor e caixa. A dirigibilidade dela compensa.
A
segunda também é uma velha conhecida: Yamaha RD350LC, evolução da viúva negra e
companheira de muitos kms. Detesta transito e gosta do giro alto para ter o
YPVS aberto. Responsável pela minha maior velocidade em duas rodas 195 km/h
voltando pela Ponte Rio-Niterói.
Em
terceiro uma 4 cilindros: a BMW K1200R. Foi a moto mais “tecnológica” que tive
oportunidade de pilotar. Fiz test drive em um evento BMW e a moto corresponde
em todos os sentidos: freia muito bem, acelera forte em qualquer rotação e as
suspensões assistidas pelo computador corrigem muita besteira. Acredito que a
sucessora (K1300R) seja ainda melhor, mas nunca tive oportunidade de
experimentar.
A
quarta é outra HD: a FXST que ficou com a Silvana até o acidente. Era uma 2004,
com pneu fino na traseira tal e qual a minha Fat Boy. Foi uma moto que deu
muita satisfação em modificar e procurar soluções para o uso da Silvana. Sempre
andou forte, mesmo sem grandes alterações de motor (apenas ponteiras SE e
modificação na marmita do filtro de ar para permitir maior fluxo). Salvou a
vida da Silvana quando ficou entre ela e o eixo traseiro do caminhão no
acidente. Não tivesse dado PT estava comigo até hoje.
A
quinta é uma Trail: a boa e velha DT 180 L, a última de tanque fino. Moto
valente, bem disposta, freava mal e dependia muito da sensibilidade do piloto
na hora de alicatar o dianteiro. O motor 2T não ajudava com o freio motor, mas
nunca me deixou na mão em dois anos de cidade/trilha.
A
sexta é uma custom, a minha primeira custom: uma Kawasaki Vulcan 800 Classic.
Estradeira e pesada, mas com muito torque. Para quem saía da RD350LC foi uma
modificação radical. Além da velocidade final menor, o grande torque me fez
ficar preguiçoso com o câmbio aproveitando melhor as marchas menores. Apanhei
bastante para me acostumar ao guidão mais largo, mas fiquei com ela sete anos,
o mesmo tempo que estou completando com a Fat. Grande companheira.
A
sétima é uma homenagem, a primeira moto que ficou comigo: uma Suzuki GT 185 74.
Motor 2T, freio a disco na dianteira e partida elétrica que vivia dando
defeito. Dois cilindros e dois carburadores que me ensinaram um bocado de
coisa. Consertei muito aquela bicheira, mas comecei com ela e gostaria de ter a
mantido como recordação.
A
minha oitava é a Honda CB 500. Voltei pilotando uma dessas depois de um período
inativo. Moto comprada de um amigo que levou um ultimato da esposa. Não gostava
de precisar trabalhar seguidamente o câmbio por conta das marchas mais curtas e
do torque entrando mais tarde que as custom, mas foi uma moto excelente,
experimentei a sucessora Hornet, mas a CB 500 era mais linear, sem apresentar
buracos ou mostrar os dentes somente em giro alto como a Hornet. Seguiu com o
nosso filho mais velho até ele casar. Eu voltei para as custom.
A
nona é outra HD: A Electra Glide centenária, a mais confortável que já
experimentei e mais equilibrada. A ergonomia dela é perfeita para mim e a
garupa perfeita para a Silvana. A que pude experimentar, do Celestino, ainda
tem o charme da carburação, que mesmo sendo mais lenta na arrancada, compensa
com folga quando está em marcha.
A
última é uma Scooter: Burgman 125 que a Silvana manteve por nove meses. Eu sou
contra a forma que as Scooters são usadas: como motocicleta para todos os usos.
Nós usamos a Burgman para pequenos deslocamentos, fora das vias expressas e em
trajetos curtos como de casa para a faculdade como a Silvana fazia ou para ir a
praia ou Shopping. Ela tinha um bauleto na traseira que deixava a garupa mais
confortável e o espaço debaixo do banco ajudava bastante a carregar as tralhas
da Silvana. Por conta da capacidade de carga, ainda acho a Scooter melhor que
uma bicicleta elétrica
Um comentário:
Gostei! Temos várias motos em comum na lista.
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