sábado, 30 de novembro de 2013

experimentando um EVO



Essa é uma Dyna FXDS Convertible 95. Foi do Adriano, mecânico que cuida da minha Fat e como ele comprou uma CB 400 83, decidiu vender a criança.

Por falta de espaço na garagem, ele ia alugar uma vaga de garagem. Conversando, ofereci a garagem até ele vender (coisa fácil) e já foi vendida: menos de uma semana na minha garagem e sem anúncio, apenas oferecendo aos amigos que sempre apreciaram a customização feita por ele.

Durante o tempo que ficou fazendo companhia a minha Fat, ele me pediu para usar a fim de não deixar a coitadinha padecer dos males da "moto de garagem". Rodei duas vezes com a moto no quarteirão, apenas para aquecer o motor e manter a bateria em dia e nem seria preciso.

Mas podendo experimentar, e ainda mais com o aval do dono, por que não?

Sem comparar as motos, pois o estilo bobber da customização cobra seu preço na posição de pilotar, bem adequada para ele mas nem tanto para mim, e comparando apenas o EVO 80 com o TC 88 injetado posso dizer que tem performances bem distintas.

O EVO, por ser carburado, já tem um procedimento para ligar: vira a chave, puxa o afogador, abre a torneira e dá partida, alguns segundos depois fecha o afogador até chegar a temperatura de serviço, quando fecha completamente e sai para a rua. Processo que sempre fiz antes de comprar a Fat e não tem mistério. Muitos amigos fumantes aproveitavam esse tempo para uma ou duas tragadas antes de sair com a moto.

Essa moto tem mecânica totalmente original, com exceção de filtro e ponteira, com a carburação ajustada para o fluxo de ar aumentado. Coisa rara para os EVOs que normalmente acabam sendo bastante modificados com peças aftermarket conforme vão sendo necessário ou para aproveitar melhor o projeto original.

O TC, como qualquer motor injetado não passa por isso: você gira a chave, aguarda a pressurização do sistema, dá partida e vai para a rua. Minha Fat também tem a injeção reprogramada para aproveitar melhor o aumento de fluxo pela troca de filtro e ponteira, portanto em condições semelhantes.

Andando o EVO, na comparação com o TC 88 remapeado, tem um uso mais tranquilo, com a aceleração constante, mas é mais lento na resposta. Não dá para falar em velocidade por dois motivos: a moto não era minha e me limitei a dar a volta no quarteirão. 

É um motor que responde bem para trafegar entre os carros, mas esquenta. Esse foi um detalhe que não esperava: de tanto os proprietários comentarem que não se incomodarem com o calor como os proprietários dos TC comentam, esperava um motor que funcionasse dissipando pouco calor, mas é um motor refrigerado à ar e como tal não faz milagre: esquenta.

Em termos de conforto, o TC 88 remapeado não faz feio perto do EVO carburado, dissipando calor na mesma medida. Já achava isso quando pude experimentar a Electra centenária do Celestino e agora confirmo: vale a pena liberar as travas verdes dos motores injetados.

O motor liberado consegue ser tão confortável quanto um motor carburado e responde melhor que um carburado, sempre com respostas mais lentas pela tecnologia adotada.

Mas nada consegue igualar o prazer de escutar a marcha lenta de uma carburada parada no sinal.

Em tempo, uma moto com procedência e valor justo vende bem e rápido, não importando o ano de fabricação ou a quilometragem rodada.

Um comentário:

Anônimo disse...

Wolfmann,

Também ja pilotei uma com motor EVO, e a sensação térmica é que esquenta um pouco menos que o TC96 mesmo sem ser remapeado. Como isto de feeling é uma coisa muito relativa um dia gostaria de ver dias motos iguais em situações semelhantes e medir com um termômetro digital, para ver até onde vai esta diferença.

OBS: Rodando pouco novamente por problemas de hérnia de disco.....

abcs
Alex63