quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Milwaukee 8: um passo a frente no sistema elétrico das HDs

Afastado novamente por problema médico (dessa vez foi uma cirurgia no pé) deixaram a RKS parada por mais 31 dias (já tinha passado parada na garagem por 53 dias no início deste ano) e a moto não negou fogo: deu partida no primeiro toque do starter.

Quem já tem alguma experiência com as HDs sabe que o sistema elétrico das antigas Twin Cam e Evo sempre foi ineficiente para segurar carga em longos períodos de inatividade e a dificuldade em dar partida quando o sistema elétrico já não tinha carga suficiente para virar o motor.

O projeto do Milwaukee 8 tem mostrado na prática que a HDMC teve um cuidado maior no projeto.

É certo que o controle de qualidade continua deixando a desejar (a RKS teve um problema com regulador de voltagem: leia aqui), mas o projeto se mostra confiável.

A moto está prestes a completar dois anos (janeiro/2020), mesmo com vários períodos de inatividade e uso estritamente urbano, com a bateria original e sempre dando partida sem problemas.

Ainda não senti o tradicional "arrastar" que as Twin Cam apresentam quando a bateria começa a não manter a carga suficiente para dar partida.

Apenas para ilustrar, a bateria original da Fat Boy durou 3 anos antes de mostrar os sinais de fim de vida e ainda arrastei por mais seis meses (aproveitei a bateria da FX que tinha dado perda total) e seguiu nesse ritmo (trocas a cada três anos) enquanto esteve comigo.

Já a bateria original da CVO foi trocada em garantia duas vezes, mais uma vez comigo (sempre mantendo a marca que veio com a moto) e seguida mais duas vezes (uma mantendo a marca escolhida pela HD e outra - definitiva - usando Yuasa) mostrando não só que o sistema elétrico já não dava conta das necessidades da tecnologia embarcada como a má qualidade da marca escolhida pela HDMC Brasil.

Vamos ver até onde vai a bateria original HDMC Brasil.

6 comentários:

Roque disse...

Interessante. Minha Ultra Glide 2007 teve uma única bateria (a original) nos quase 7 anos que esteve comigo.

wolfmann disse...

Comandante, a minha Fat Boy rodava com a lenta na casa das 800 rpms, o que já causava um esforço maior do sistema elétrico para manter a carga quando ficava parada no trânsito. Portanto, mea culpa.

A CVO estava original, sequer troquei ponteiras, e o sistema elétrico, principalmente a bateria original (que a HD escolheu a Moura como fornecedor), não aguentava o tranco em manter a carga.

Na RKS troquei ponteira e coloquei meu GPS, nada além, e está se mostrando muito mais confiável.

A conclusão lógica é que a HD foi exigindo cada vez mais do sistema elétrico nativo do TC88 sem o devido redimensionamento para as novas necessidades, fossem da eletrônica, fossem do motor mais pesado dos TC103, TC103 HO e TC110. Corrigiu no M8.

Unknown disse...

Massa

ANDRE L B RODRIGUES disse...

Wolfmann, parabéns pelo blog! Acompanho desde que decidi a comprar a minha primeira e única moto e me ajudou a escolher a fat boy lá no ano de 2016. Comprei uma FLSTFB modelo 2014. Faz pouco mais de três anos e sempre pensei em trocar o guidão por um seca, pois com meus 1.72m me causa desconforto no pescoço/deltóides após 1 hora de ride. Acho que meus braços ficam muito esticados para baixo. Por isso, esse ano finalmente escolhi um guidão da wingcustom: o ape curve de 1.5pol de diâmetro. Eles me aconselharam o de 12pol de altura e disseram que preciso trocar todos os cabos de comando. Você concorda com a altura e com a necessidade da troca dos cabos? Caso positivo, necessitam cabos novos ou existem emendas ou comolementos pros atuais? Achei os preços dos cabos dele bem salgados. Indica algum lugar bom e mais em conta? Obrigado pelo seu tempo e novamente o parabenizo por esse espaço de informação!

wolfmann disse...

André, o guidão de 12" é o padrão da Heritage Classic e se você quiser fazer um "ass test" passa na revenda HD que estiver mais próxima de você e tira a dúvida em relação a posição de pilotagem.

Quem usa o "meio-seca" na Heritage gosta muito.

Uma alternativa, que eu usei na minha Fat Boy, é adotar um pull back riser de 4,5" substituindo o riser original. O pull back riser vai servir para aumentar a altura e trazer o guidão original para mais perto de você deixando os braços menos esticados. O pull back riser tem versão original que pode ser encontrada no catálogo HD.

Sobre os cabos: sua moto já usa tecnologia CAN BUS e não te recomendo emendas, embora a própria HD tenha cabos suplementares que se ligam através de tomadas específicas. Fuja das soldas, melhor investir em cabos novos.

Infelizmente cabos são caros, quase sempre tão caros quanto o guidão novo. Quem anuncia muito na web é a MS Custom do interior de São Paulo: tem bom preço e qualidade, faz uma consulta.

Eu não tenho certeza, mas acho que a sua Fat Boy já não usa mais o guidão buck horn tradicional que foi trocado pelo guidão com pull back menor da Fat Boy Special. Se for esse o caso os cabos originais não vão servir por ficarem muito esticados.

Se a sua Fat ainda usar o buck horn tradicional vale fazer uma tentativa porque na minha Fat aproveitei todos os cabos quando instalei o pull back riser e pode ser que atenda o novo guidão de 12".

ANDRE L B RODRIGUES disse...

Muito obrigado, Wolfmann. Realmente meu guidão já é aquele com um pull back menor. E encontrei um seca de 12 e 1.1/4 na caixa que sairá 1/3 do wings de 1.5 de diâmetro. Entao, seguindo a sua dica, vou de cabos novos. Mais uma vez, grato pela ajuda e parabéns pelo blog. Boa recuperaçao médica! Abs.