A HDMC segue com sua política de descontos em modelos determinados e os números da ABRACICLO mostram que o mês de junho teve um desempenho muito semelhante ao mês de maio (primeiro mês em que a HDMC começou essa política): foram 401 motos produzidas para 403 vendidas, e no acumulado do primeiro semestre a HDMC tem 2348 unidades produzidas para 2148 unidades vendidas.
O resultado de junho mostra que a nova estratégia de vendas vem dando resultado, não deixando encalhe para o mês e demonstrando que o controle de demanda está dando certo, apesar da necessidade de ajuste à realidade econômica que o país vem passando.
Com os números de junho, a HDMC deve conseguir atingir e ultrapassar a meta para 2016, produzindo e vendendo mais de 4000 unidades. É bem verdade que essa meta deve ser revista para cima para compensar o ajuste negativo na tabela que as promoções vem fazendo no faturamento.
Correndo por fora, a Indian segue produzindo para atender a demanda: 68 unidades produzidas para 66 vendidas, acumulando no primeiro semestre 382 motos produzidas com 373 vendidas. Esses números, ao contrário da HDMC, não garantem a meta de 800 motos para 2016, ficando pouco abaixo e já podem ser vistas algumas promoções de preço nas Scouts, provável reação a nova estratégia da HDMC.
O top ten da HDMC: Iron com 399 produzidas e 531 vendidas, Breakout com 306 produzidas e 204 vendidas, Sportster 48 com 238 produzidas e 163 vendidas, Fat Boy Special com 229 produzidas e 217 vendidas, Limited com 222 produzidas e 211 vendidas, Heritage com 149 produzidas e 141 vendidas, Deluxe com 128 produzidas e 67 vendidas, Street Bob com 127 produzidas e 47 vendidas, Fat Bob com 102 produzidas e 29 vendidas, e Sportster XL 1200 Custom com 98 produzidas e 90 vendidas.
O mico do ano segue com a Low Rider, cada vez mais micando em 2016, com apenas 17 unidades produzidas e vendidas. Aliás a família Dyna vem sofrendo bastante com a decisão da HDMC em manter a motorização antiga (TC96) vendendo apenas 73 unidades no primeiro semestre. Apenas como ilustração, a família Sportster responde por 784 unidades vendidas, mais de 10 vezes o que foi vendido pela família Dyna.
Dois fatos chamam a atenção nos números da HDMC: a não produção de Fat Boy tradicional há dois meses (apenas 36 unidades produzidas e 66 unidades vendidas no primeiro semestre) e a chegada das CVO 2016 com 5 unidades da Street Glide produzidas em junho, vez que o primeiro semestre foi gasto desovando o encalhe das unidades 2015: 44 CVO Limited e 13 CVO Street Glide 2015 foram vendidas no primeiro semestre de 2016.
Da análise dos números da HDMC podemos esperar que a Breakout, Deluxe e a família Dyna estejam na fila para as promoções a fim de desovar o estoque.
Na Indian, a Scout reina absoluta com 254 motos produzidas e 247 vendidas. Os demais modelos venderam menos de 60 unidades cada um (48 vendidas e 49 produzidas da Classic e 42 vendidas e produzidas da Vintage) e a novidade apresentada no mês passado, a Roadmaster já vendeu a metade (23 unidades de 27 produzidas) de Classic e Vintage que estão no mercado desde o ano passado.
Nessa briga por espaço no segmento Custom premium, a Indian promete a Dark Chief para o segundo semestre, mantendo o ritmo de apresentar novidades e manter o interesse pela marca, mas vai precisar ter preços mais competitivos se quiser crescer dentro desse segmento. A HDMC já aponta essa tendência com as promoções seletivas.
7 comentários:
Wolfmann, como foi as vendas da Road King e da Street Glide Special ? Abraços!
E as V-RODs, cadê? Sumiram da lista?
Celso e Ricardo: tanto as VRSC quanto as RKs e SGs estão fora do top ten,
A última colocada no top ten (Sporster Custom 1200) vendeu 98 unidades enquanto a Street Glide Special vendeu 83 unidades (71 unidades produzidas), a Night Rod Special vendeu 79 unidades (53 unidades produzidas), a Road King Classic, que enfrentou a concorrência da prima Police no mês de junho, vendeu 61 unidades (98 unidades produzidas) e a V-Rod Muscle vendeu 57 unidades (66 unidades produzidas).
O desempenho fraco das VRSC pode ser lido de duas maneiras: ou elas estão perdendo seu apelo entre os calouros ou seu público está sofrendo mais com as dificuldades de crédito que a nossa economia está impondo ao público mais jovem.
Mas em um ano difícil para o mercado premium é complicado tirar conclusões sobre fatores que possam estar prejudicando vendas, principalmente nesses modelos menos tradicionais.
Já sobre as RKs e SGs, o que se pode notar é que a Limited e seu motor de refrigeração híbrida e as Chiefs com o fator "novidade" em alta atrapalham as vendas.
Sempre bom ler suas análises Wolfmann.
Espero que a Autostar daqui de São Paulo lhe ouça quanto a promoção do modelo Breakout..
Taxa de 0,99% fica complicado!
Wolf,
Entendo.
Sobre as VRSC, talvez os novos compradores estejam, ainda antes da compra, esbarrando nos problemas crônicos que esta moto tem. Como sabe, temos o V-ROD Brasil, e decidimos fazer este arquivo (*), a HDMC tem que reconhecer a falha. Estamos trabalhando nisto...
Dê uma espiada na coisa:
(*) https://docs.google.com/spreadsheets/d/1dO5WMRr51_Ogc-xsGOJ95OvAms2XZqd1WiqPdZHseds/edit#gid=0
Ricardo, acredito que a iniciativa seja válida. Mas é preciso pensar no seu valor de revenda: uma iniciativa dessas é algo capaz de marcar o modelo de forma definitiva, deixando além da marca "não é harley legítima", a marca de ser uma moto "com muitos defeitos".
Note que os defeitos são variados, não mostrando um defeito de fabricação, mas sim um defeito de montagem ou talvez um defeito nas manutenções feitas em autorizadas. Sendo dessa forma, dificilmente será validado um recall do modelo, principalmente porque nos EUA não existe recall para as VRSC.
De toda a forma, buscar a via judicial não deve ser descartada se a pressão não obtiver o resultado desejado.
Abraço.
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