segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Salão Duas Rodas 2013

Visitei o Salão Duas Rodas no sábado passado.

Fui sem grandes expectativas, principalmente sobre a HDMC que já tinha visto a linha 2014 no evento de Milwaukee.

A HDMC, como outras montadoras, distribuiu convites "expositor"(válidos de 9 a 11/10) para clientes nas lojas como cortesia e os HOG Chapters que fizeram programação para visitar o evento no sábado compraram e revenderam os ingressos para o final de semana (12 e 13/10) com o patrocínio dos dealers.

O HOG RJ veio para o evento na sexta como foi postado e HOG ABA SP e HOG SP fizeram programação para café da manhã e entrada antecipada (11h) no evento, podendo assim visitar os stands com menos tumulto.

Pelo que li na web, o HOG Tennessee e HOG Ribeirão Preto fizeram algo semelhante, mas com direito a estrada no sábado para o deslocamento das cidades até São Paulo.

Eu não tinha a sexta livre, vim no sábado direto para o evento e a única providência que fiz foi a compra antecipada em posto de venda da Ticket for Fun aqui no Rio. Como acabei chegando cedo, almocei com a a Silvana e os garotos e segui para o evento em seguida.

Chegando no evento às 15h (uma hora após a abertura dos portões), já encontrei estacionamento cheio, o estacionamento destinado aos HOG Chapters já estava vazio, indicando que os colegas de HOG já haviam partido. Muita gente para entrar e muita gente no evento.

Já contava com um evento cheio, mas já na entrada percebi que o evento esse ano seria apenas para confirmar o que já tinha visto. Não sei se, como foi no Salão Duas Rodas 2011, abriram os portões mais cedo (naquele ano a abertura foi antecipada em uma hora), mas já era bastante difícil chegar perto das motos: não me dei nem ao trabalho de tentar algumas fotos porque o número de pessoas na frente ou passando era muito grande.

Os stands das montadoras eram os mais visitados, mas todas as loja que revendem na web tinha seus stands fazendo vendas.

Entre as montadoras, as quatro grandes japonesas, Harley-Davidson e BMW atraíram mais interessados.

Nos stands da Harley-Davidson e Honda era praticamente impossível chegar e sentar nas motos devido ao grande número de visitantes. Nas demais era preciso paciência, mas era mais fácil conseguir sentar nas motos.

Vale mencionar que o stand da Dafra já tem boa movimentação de interessados, mostrando que a marca está se consolidando perante o público interessado em motocicletas.

Não vi novidades além de novos plásticos no design das japonesas (gostei da volta da CB 500 ao catálogo Honda) e comprovei que a Breackout vem apenas na versão CVO, em número limitado e com valor de revenda acima da Limited, mas abaixo da Limited CVO. Números são especulações (falavam em valor de compra de R$90.000,00 e Limited acima do valor das 2013).

A Street Glide segue diferente da Street Glide americana: com molas em cinco posições de pré-carga ao invés da regulagem pneumática presente na Limited e Road King. Analisando friamente, com exceção do novo sistema de som e a presença da carenagem ao invés de um wind shield, a Street Glide perde na comparação com a Road King e para quem não se interessa pelo diferencial da carenagem/som e/ou pelo motor TC103, a Switchback aparece como excelente opção assim como a Heritage Classic.

O motor TC103 continua restrito à família touring e a Sportster 48 atraiu muita gente, mas não me pareceu contagiar por conta do tanque menor. Vai ter seu público, mas não parece provável ser um modelo que vai trazer novos clientes para a marca. Eu já postei antes e continuo com a mesma impressão: gostei e vale a pena para quem tem outra moto para viajar porque o tanque pequeno vai obrigar a muitas paradas em uma viagem (até mesmo para quem usa diariamente na cidade: a cada dois/três dias vai ser obrigado a abastecer).

Se a HDMC quiser mesmo oferecer novas opções é bom pensar em trazer a Softail Slim e/ou a Dyna Wide Glide.

Outra aspecto que parece ser provável é uma nova "febre das Electras" já que a Limited Rushmore foi muito bem recebida pelos proprietários de HD, sejam eles proprietários de Electra ou não. Pela primeira vez vi um modelo standard atrair mais interesse que o modelo diferenciado, como foi o caso das Limited e Limited CVO.

A família VRSC atraiu mais curiosos fora da marca que dentro da marca. Em vinte minutos vi os proprietários ou fãs da marca (impressionante como praticamente só vi pessoas que, quando estavam com camisetas referentes à marcas das montadoras, usando camisetas da HDMC) passarem, olharem e voltarem para as Limited. Os interessados na VRSC parecem ser fora da tradicional legião de fãs da marca.

Mas não pensem que as VRSC estavam desprezadas. Pelo contrário: com o local sempre muito cheio, muitas fotos e muita gente querendo sentar (inclusive na moto que estava na carreta), mostra que a família VRSC achou seu público e que a HDMC acertou em insistir no modelo até a sua aprovação pois está trazendo um novo público para a legião de fãs.

Encontrei como alguns amigos, entre eles o Wilson Roque com quem conversei sobre essa "anomalia" da suspensão com pré-carga de mola na Street Glide.

Em pouco mais de hora e meia, gastando quase meia hora no stand HDMC, tinha visitado o Salão Duas Rodas (e ainda tive tempo para assistir de longe o show das pin ups no stand HDMC). Vamos ao próximo, e tomara que com mais novidades para se ocupar melhor o tempo durante a visitação.

4 comentários:

Roque disse...

Fui ao Salão só para ver a Ultra Limited e a CVO, já que não conseguia esperar algumas semanas para vê-las com mais calma nas revendas dos EUA, para onde estaremos indo na primeira semana de Novembro (com direito a uma esticada até o Canadá). Se o tempo estiver bom e tiver disponibilidade, pretendo alugar uma Limited e fazer um test-ride. Foi um prazer encontrá-lo no Salão.

wolfmann disse...

leve roupa quente: já peguei temperatura perto de zero no final do verão em Yellowstone.

Sempre bom jogar conversa fora contigo: descobriu o motivo da nossa SG ser diferente?

Abraço.

Roque disse...

Ainda não. A todos que perguntei, recebi aquele olhar tipo "what the hell are you taling about?"
Parece que estou falando grego . . .

Roque disse...

Consegui desvendar o mistério da suspenção diferente no modelo da Street Glide vendida no Brasil: qualidade de nossos rodovias. Projetada para uso urbano (daí o nome "'Street"), a suspensão pneumática não suportou a má qualidade das estradas brasileiras e teve que ser modificada.