Hoje o passeio do HOG RJ foi uma visita à Fazzi Custom em Niterói.
Quem foi elogiou a estrutura da oficina que além de bem aparelhada, tinha peças e acessórios. De lá a turma voltou para o Rio e terminaram no tradicional churrasco 0800 da 1220.
Enquanto o HOG RJ visitava oficinas, eu e mais três amigos decidimos aproveitar o dia ensolarado para subir a serra de Petropólis e comer empada em Nogueira. Passeio sossegado, sem incidentes, que serviu de iniciação na estrada do Oliver, que apesar de rodar com a sua Fat há quase um ano, ainda não tinha experimentado rodar em estradas.
Tudo o que aconteceu durante a semana foi assunto nas rodas de companheiros, principalmente a definição do dealer e do local da nova loja HD RJ. É facilmente percebido uma sensação de alívio entre os proprietários de HD e colegas do HOG com essa definição.
Agora fica a parte mais complicada: atender as expectativas. As principais tem a ver os preços das motos e a possível implantação de uma política de vendas de modelos zero com a moto antiga fazendo parte do pagamento. Não se sabe se isso será implementado, mas muitos esperam que isso aconteça.
Outra expectativa diz respeito à qualidade do serviço: ir até o Recreio para deixar a moto fazendo serviço é um desvantagem que só será superada se o serviço feito tiver qualidade e todos esperam que o treinamento prometido na entrevista coletiva dada pela HDMC em fevereiro já esteja em andamento. As motos injetadas dependem muito disso, já que as carburadas tem vários mecânicos com tradição no trato delas.
Correndo o risco de perder o meu mecânico de confiança, acredito que uma boa providência da parte do Grupo Catalão é tentar trazer para o seu staff algum dos mecânicos já tradicionais no mercado carioca. Aliás, sem querer ensinar aos novos dealers seu ofício, uma boa olhada no panorama carioca e conversar com quem fez a diferença dentro da estrutura do antigo dealer como o antigo gerente da loja José Roberto, pode suavizar bastante a transição.
E a maior expectativa que venho sentindo nos colegas e amigos dentro desse nosso universo HD é em relação à peças de reposição: hoje em dia não temos alternativas para a compra de peças de reposição (e não falo de acessórios) como pneus, filtros, pastilhas, velas de ignição e etc., a exceção das oficinas especializadas que por mais que se esforcem, não conseguem atender a todas as necessidades. As compras fora do país se mostram cada vez mais difícieis com a implantação da nova política da HDMC dentro dos EUA de proibir as vendas para fora do país, restando apenas pedidos aos amigos que viajam aos EUA e torcer para não ter problemas alfandegários.
Peças de reposição mais específicas como os tensores da corrente de comando para os TC88, nem pensar em encontrar para pronta-entrega, e em caso de necessidade a moto fica parada a espera da importação por uma oficina especializada. É preciso que o novo dealer avalie bem o universo rodando de modelos HD para iniciar bem a gestão de seus estoques.
A entrada amadora da HDMC no mercado brasileiro deixou para os novos dealers a pior missão: recuperar a confiança dos consumidores e reconquistar os proprietários que abandonaram a marca por se sentirem abandonados por ela e partem para outras marcas como a BMW, além de manter os clientes antigos dentro da marca.
Um comentário:
Se relações públicas (ou a falta de) é um exemplo, a HDMC não aprendeu a lição de casa e está muito parecida com o antigo concessionário. Ficamos sabendo das notícias pelo "ouví dizer", "me disseram", "parece que", etc., coisa inaceitável com as facilidades de comunicação eletrônica existentes. Um bom gerente de RP é artigo de primeira necessidade para a Harley Brasil. Se não puder, um estagiário oriundo da ESPM já daria uma baita ajuda.
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