sexta-feira, 14 de julho de 2023

Low Rider ST: ass test

Pude fazer finalmente o ass test na Low Rider ST, mas não tive autorização para um test ride.

De toda a forma não acredito que será muito diferente do test ride que fiz na Low Rider S 117ci, mas seria interessante ter feito o test ride para avaliar a carenagem em movimento.

A Low Rider ST não me impressiona esteticamente. Mesmo com muitos fãs entre os puristas da marca pela nítida inspiração da carenagem na Dyna FXRT de 1983, a carenagem não me agrada.

Os alforges lembram muito os alforges da Sport Glide, de uso fácil tanto para abrir quanto para retirar do quadro, mas acho pequenos. Não cheguei a colocar minha mochila dentro para avaliar melhor porque estava sem ela.

A ergonomia não traz novidades em relação ao modelo LRS atual, com o piloto em uma posição mais ereta e o guidão com maior pull back e, mesmo continuando adepto do comando avançado, deixando o comando central mais "usável".

A carenagem continua sendo o ponto crítico para esse modelo: ou você vai achar que sempre precisou dessa carenagem na estrada ou vai achar que é muito ruim no uso urbano.

Sempre lembrando que não pude rodar com a moto, mas sentado na moto a carenagem atrapalha a visão próxima da mesma forma que a minha CVO Street Glide atrapalhava, e eu tentei várias soluções para melhorar essa visão próxima.

O painel digital minimalista contrasta bastante com os painéis mais completos das Tourings, deixando um "buraco" para quem espera ver um painel na sua frente como nas tourings, aliás tem mesmo um vão aerodinâmico para entrada de ar acima do painel digital e abaixo da linha do windshield.

Na estrada, onde a visão próxima não atrapalha, essa carenagem vai fazer uma diferença grande porque não é claustrofóbica para o piloto, que recebe o vento pelas entradas aerodinâmicas e por baixo por não ter as perneiras das Limited que enclausuram o piloto, mas deve conseguir deixar a pilotagem bem mais relaxada por conta do piloto não precisar fazer esforço extra para aguentar o vento no peito.

Além dessa carenagem bem mais aerodinâmica, o fato da carenagem estar montada no quadro e não na suspensão dianteira como o morcego das Street Glide e da Ultra, deve deixar a moto bem mais fácil de dirigir como todos que estão migrando para as Road Glide comentam.

Essa carenagem vai cobrar um preço dos que, como eu mesmo, gostam de usar o comando avançado porque o piloto ficará em uma posição mais relaxada e com a cabeça mais baixa aumentando ainda mais a dificuldade com a visão próxima da moto.

Pela experiência, minha primeira tentativa para adaptar a ergonomia da moto ao meu uso seria um crash bar preso nos suportes para engine guard (o popular mata cachorro) com high way pegs (as pedaleiras de estrada), mantendo o comando central, que permitiria uma pilotagem mais relaxada para trechos mais longos de estrada e manteria a posição originalmente pensada para a LRST.

Resumo: para quem quer uma Low Rider para viajar, vale a pena. A Low Rider ST tem um bom pacote ergonômico para o uso da carenagem, que não é claustrofóbica, já trazendo os alforges (de carga limitada) prontos para viajar.

No uso urbano a moto vai cobrar o preço na visão próxima e a retirada dos alforges vai influenciar pouco na passagem pelo corredor porque a carenagem fixa no quadro vai impedir o "jogo" de guidão que a carenagem morcego permite.

Vale ressaltar que a Low Rider ST é um brinquedo bacana para quem viaja solo. O banco two up para uso com garupa vai cobrar na estética, não será confortável para a garupa como uma Touring e a capacidade de carga dos alforges vai ser fonte de queixas da sua garupa, mesmo com sissy bar e grelha para amarrar mais bagagem.

Em termos de preço, a Low Rider ST é mais cara que a Heritage e mais baratas que todas as Tourings, que são motos bem melhores para viajar garupado.

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